Os aços para cementação se destinam ao tratamento termoquímico de mesmo nome, havendo melhoria nas propriedades de sua camada superficial. O enriquecimento de carbono na superfície da peça que a cementação proporciona, aumenta a dureza, e a resistência ao desgaste, sendo um processo muito popular.
Há diversas variações da cementação, sendo geralmente um processo complexo que exige certos requisitos do material. Muitos aços apresentam condições satisfatórias para este tratamento, se classificando em aços carbono, aços de baixa liga e aços de alta liga.
Aços Carbono para Cementação
Estes aços possuem um baixo teor de carbono, entre 0,08% e 0,25%, podendo haver outros elementos de liga. O manganês é um elemento de liga muito desejável para este material, já que aumenta sua usinabilidade, facilita a carbonetação e melhora seu endurecimento. O seu tratamento térmico é facilmente controlável.
Estes aços possuem propriedades inferiores às dos aços liga, porém apresentam menor custo e podem possuir propriedades adequadas para muitas aplicações. Dentre algumas aplicações citam-se pinos, engrenagens pequenas, fusos, roletes, e baixas solicitações em geral.
Aços de Baixa Liga para Cementação
Possuindo de 1% a 2% de elementos de liga como cromo, níquel e molibdênio, estes aços possuem boa temperabilidade e resistência mantendo ductilidade. São aços para cementação que encontram muitas aplicações na indústria automobilística em coroas, pinhões, parafusos, eixos de comando, dentre outras.
Aços de Alta Liga para Cementação
O teor de elementos de liga nestes aços é maior do que 2% e o teor de carbono não deve ser maior do que 0,25%. A temperabilidade que possuem é muito alta, sendo possível atingir grandes valores de resistência e tenacidade do núcleo. Estes aços são mais caros e sua fabricação possui certas dificuldades, o que limita sua disseminação. Os aços de alta liga possuem aplicações similares às dos aços de baixa liga, porém para condições de trabalho mais severas.