A anatomia patológica, ciência derivada da medicina e patologia que tem por finalidade diagnosticar lesões a nível estrutural. A especialidade consiste na análise crítica e criteriosa de tecidos enviados ao laboratório. Sendo assim, por ser uma área da patologia, se estuda as estruturas desde o nível microscópico até o macroscópico. Portanto, considerada uma área de fundamental, visto que, a partir dessa ciência que se obtêm os laudos, desde as doenças até o atestado de óbito. Logo, veremos mais adiante sobre os descalcificadores utilizados na anatomia patológica.
Saiba os conceitos básicos de biópsia nesse artigo.
Introdução aos descalcificadores
Alguns tecidos contêm depósitos de cálcio que são extremamente firmes. Assim, talvez não irão se incorporar adequadamente com parafina para permitir uma secção correta do material. Desse modo devido à diferença de densidade entre o cálcio e a parafina. Sendo assim, espécimes ósseos são o tipo mais comum, mas outros tecidos podem conter áreas calcificadas também. Portanto, o cálcio deverá ser removido antes da inclusão na parafina, afim de permitir o correto seccionamento.
Técnicas de descalcificadores
Uma variedade de agentes ou técnicas têm sido utilizados para descalcificar tecidos. No entanto, nenhum deles funcionam perfeitamente. Logo, ácidos minerais, ácidos orgânicos, EDTA e eletrólise já foram muito utilizados. Sendo assim, ácidos minerais fortes, tais como ácidos clorídrico e nítrico, usados para ossos densos. Portanto, irão remover grandes quantidades de cálcio mais rapidamente. Contudo, esses ácidos fortes também causam danos à morfologia celular. Portanto, não recomendados para tecidos delicados, como a medula óssea.
Ácidos orgânicos, como acético e ácido fórmico estão melhor adaptados à medula óssea. Sendo assim, uma vez que eles não causam danos ao material. No entanto, eles agem mais lentamente no osso denso.
O ácido fórmico na concentração de dez por cento é o melhor dentre todos os descalcificadores.
Sendo assim, algumas soluções comerciais disponíveis combinam o ácido fórmico com o formol, para fixar e descalcificar os tecidos ao mesmo tempo.
Processamento dos tecidos
Uma vez que o tecido foi fixado, deverá ser processado de uma forma na qual se possa fazer finas seções microscópicas. Sendo assim, o processamento usual é feito com a parafina. Desse modo, tecidos embebidos na parafina (que tem uma densidade semelhante ao do tecido) podem ser seccionados em cortes de 3 a 10 microns, normalmente 6-8 microns. Portanto, as principais etapas deste processo são a desidratação e a diafanização.
O próximo passo, chamado de “diafanização”, consiste na remoção do desidratante com uma substância que vai ser miscível com o meio de impregnação (parafina). O agente diafanizador mais comum é o xilol. Contudo, o tolueno funciona bem, e é mais tolerante a pequenas quantidades de água que restaram nos tecidos, mas é três vezes mais caro do que o xilol.
Clorofórmio costumava ser utilizado, mas um perigo para a saúde, e é lento.
Salicilato de Metil raramente, usado, porque é caro, embora tenha um cheiro mais agradável.
Finalização
Finalmente, o tecido é infiltrado com o agente impregnante, parafina. Sendo assim, os referidos processos são quase sempre automatizados para os grandes volumes de rotina de tecidos processados. Portanto, a automação consiste de um instrumento que move os tecidos através dos diferentes agentes em um tempo pré-estabelecido (Histotécnico).
Portanto, gurunauta, se esta afim de conhecer mais sobre a anatomia patológica, não deixe de acompanhar nosso blog. Pois nessa seção, você verá imagens e assuntos pouco abordados em sala de aula, que vão te auxiliar na sua vida acadêmica. Te espero aqui, mete bronca!!