A diabetes é uma patologia crônica, caracterizada pela deficiência ou pela má utilização do hormônio insulina. Desse modo, caracterizada como uma doença multifatorial que ainda pode ser multi sistêmica. Entretanto, diagnosticado a diabetes em uma pessoa, não significa sua sentença de morte. Sendo assim, muitos indivíduos conseguem levar uma vida perfeitamente normal com a doença instalada em seu organismo. Portanto, caro leitor, você verá nesse artigo, informações relevantes e importantes acerca do diagnóstico laboratorial da diabetes.
No entanto, você pode relembrar os conceitos básicos da bioquímica e saber mais sobre o metabolismo dos carboidratos.
Começando o diagnóstico
Acerca da atividade laboratorial, necessário para o diagnóstico de algumas patologias, em suma importância a investigação é fundamental. Sendo assim, vários indícios sugerem a análise de amostras biológicas afim de elucidar o que está de errado com o organismo. Desse modo, através de métodos analíticos podemos concluir o diagnóstico de certas patologias. Portanto, as amostras devem seguir regras para garantir os melhores resultados.
Principais regras das amostras biológicas
Acerca do diagnóstico da diabetes, necessário a obtenção da mesma, afim de elucidar o resultado. Entretanto, dois tipos de amostras biológicas podem ser utilizadas com fins diagnósticos, o sangue e a urina, como preferência para a primeira. O sangue, largamente utilizado, devido o mesmo, ser de fácil obtenção, coleta e reposição. Sendo assim, a urina também pode ser utilizada, mas ela requer mais regras de coleta, fácil obtenção, porém não é reposta tão facilmente.
Saiba aqui, nesse artigo como é feita a coleta de sangue.
Tempo de jejum
Para a obtenção do diagnóstico e consequente resultados excelentes, fundamental que o paciente realize jejum de algumas horas. Desse modo, certos exames requerem poucas horas de jejum, cerca de quatro horas, como o ácido úrico e enzimas. Contudo, outros exames, necessitam de um um tempo maior de jejum, cerca de doze horas, como o colesterol total e suas frações. Sendo assim, para o diagnóstico da diabetes, precisamos dosar a quantidade de glicose presente no sangue. Portanto, o tempo de jejum ideal para a glicemia é de oito horas. No entanto, importante mencionar que o tempo máximo de jejum permitido é de quatorze horas. Pois, se esse tempo for prolongado, existe o risco do paciente desmaiar em plena coleta de sangue, devido a utilização das fontes energéticas do indivíduo.
Acondicionamento da amostra
Toda amostra de sangue com finalidade de diagnóstico, deve ser acondicionada em locais próprios para a sua manipulação. Sendo assim, o sangue deve ser coletado e colocado em tubos de colete específicos para cada tipo de exame. Desse modo, o tubo ideal para mensurar a glicose, contém fluoreto de sódio, um reagente que impede a utilização da glicose pelas hemácias. A cor da sua tampa é cinza. No entanto, caso o laboratório não possua, pode ser acondicionado em um tubo seco com tampa vermelha ou amarela, a cor depende do fabricante.
Centrifugação
Assim que obtemos a amostra, fundamental que a mesma passe pelo processo de centrifugação. Esse passo é importante, visto que ele que permite separar os componentes sólidos da fase líquida do sangue. Desse modo, para o diagnóstico da diabetes, utilizaremos apenas o soro sanguíneo e não a porção celular. Relembrando que soro, é a porção líquida sem a presença de anticoagulante, já o plasma é porção líquida com anticoagulante.
Chegando ao diagnóstico
Com a obtenção da amostra, podemos obter o diagnóstico da diabetes. Desse modo, o exame solicitado é o de glicemia em jejum. Sendo assim, o paciente deve chegar em jejum ao laboratório para realizar o seu procedimento. Desse modo, ao sair o resultado, devemos comparar com o valor de referência para dar o respectivo resultado. Portanto, os resultados podem ser:
Não diabéticos: valor de 40 à 99 mg/dl.
Pré diabéticos: 100 à 124 mg/dl.
Diabéticos: acima de 125 mg/dl.
No entanto, outros exames podem ser solicitados ao critério médico. Sendo assim, os exames complementares são:
- Curva glicêmica clássica e não clássica
- Hemoglobina glicada ou glicosilada
- Teste de resistência a insulina.
Logo mais veremos mais sobre esses exames complementares.
Portanto, gurunauta, se esta afim de conhecer mais sobre a bioquímica clínica, não deixe de acompanhar nosso blog. Pois nessa seção, você verá assuntos pouco abordados em sala de aula, que vão te auxiliar na sua vida acadêmica. Te espero aqui, mete bronca!!