A inspeção visual é a técnica mais básica para a realização de ensaios não destrutivos, mas isto não diminui a sua importância. Este tipo de inspeção pode se dar tanto como um ensaio único, quanto como um complemento para outros ensaios, tais como o ensaio por líquidos penetrantes ou radiografias.
Há algumas técnicas de inspeção visual, que se classificam em uma inspeção direta ou remota, uma classificação baseada no uso de instrumentos óticos ou não.
Inspeção Visual Direta
Este tipo de ensaio não utiliza qualquer instrumento ótico, sendo um processo simples, porém rápido. É possível detectar defeitos de forma geométrica ou de posicionamento em um tempo menor do que qualquer outro ensaio. É recomendável que o ângulo em relação à superfície não seja menor que 30° e a distância até o olho do observador seja de no máximo 60 cm.
Inspeção Visual Remota
Alguns instrumentos podem compensar a acuidade do olho humano, permitindo ampliações da imagem ou permitindo a inspeção em locais de difícil acesso.
A lupa é um instrumento muito popular entre os inspetores, permitindo um aumento de cinco a dez vezes e detectando defeitos que não são perceptíveis a olho nu. Quando se deseja um aumento além de dez vezes se utiliza um microscópio, principalmente para peças pequenas.
A telelupa permite a transmissão de imagens de locais inacessíveis, como o interior de tubulações, por meio de refração e reflexão por meio do seu tubo modulado. O circuito fechado de TV é um recurso que se utiliza quando o acesso é difícil ou perigoso, tais como inspeções submarinas.
Vantagens e Limitações
É o ensaio não destrutivo de mais baixo custo, podendo ensaiar equipamentos em operação. Para a inspeção de solda ha inúmeros benefícios, como perceber imperfeições antes da soldagem terminar. Como este ensaio detecta as descontinuidades maiores, o uso de ensaios mais sofisticados pode ser menor, diminuindo os custos da inspeção.
Este ensaio, porém, somente detecta descontinuidades superficiais e é muito dependente dos conhecimentos do operador.
