Integral Tripla: Cálculo de Volumes de Sólidos

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integral tripla

Usamos a Integral Tripla para encontrar alguns volumes de formas clássicas (caixas, cilindros, esferas e cones). Para todas essas formas, integrais triplas não realmente necessárias, mas eu só quero mostrar como você pode usar integrais triplas para encontrá-las, além disso é a melhor forma de aprender, depois podemos ir para formas mais complexas, porém, para isso, o que vamos ver hoje é pré-requisito básico. 

Além de que iremos abordar um pouquinho os métodos de coordenadas cilíndricas e esféricas ilustrados. Para quê? Óbvio, o objetivo aqui é ajudá-lo a compreender melhor como configurar uma integral tripla. 

Primeiramente, lembre-se de que calculamos o volume de uma região sólida E utilizando ∭ₑdV.

Dessa maneira, vamos começar pela mais simples, uma região retangular.

Integral Tripla: Uma Caixa Retangular

consideramos uma caixa um retangular como um conjunto de desigualdades a ≤ x ≤ b, c ≤ y ≤ d, p ≤ z ≤ q. Assim, o volume é o comprimento vezes largura vezes altura, como esperado. Porém, aqui não é só geometria, vamos montar a integral:

integral tripla

Claro, nesses caso o teorema de Fubini continua válido, ou seja:

Integral Tripla: Um Cilindro Circular

A equação que descreve a borda externa de um cilindro circular com raio A é x² + y² = a². Se quisermos considerar o volume dentro de tal cilindro com altura h, então estamos considerando a região onde x² + y² ≤ a² e 0 ≤ z ≤ h (em outras palavras, entre os planos z = 0 e z = h). 

Já temos limites em z, então vamos usá-lo como a integral mais interna. Agora precisamos de limites para o circular x² +  ≤ a² no plano xy. Podemos fazer isso de algumas maneiras diferentes: 

  • Em coordenadas cartesianas

Descrevemos o sólido utilizando as seguintes desigualdades:

integral tripla

Assim, vamos para a terceira integração e aqui vou pular algumas etapas, porém, faça aí você mesmo, use substituição trigonométrica!

  • Em coordenadas cilíndricas

Um cilindro circular é perfeito para coordenadas cilíndricas! Descrevemos a região x² + y² ≤ a², de modo que todo o sólido se dá pelas desigualdades 0 ≤ θ ≤ 2𝜋, 0 ≤ r ≤ a, 0 ≤ z ≤ h (mudanças de base). Então, vemos que o volume é:

lembrando que [J] é determinante da matriz do Jacobiano, que para esse caso  J = r então, temos que:

integral tripla

Seja qual for a forma, chegamos na forma do cilindro, porém, claro, fazendo a transformação de coordenadas fica muito mais fácil. Vamos para outra forma muito usual, e a última que veremos por hoje! 

Integral Tripla: Uma Esfera 

A equação para a borda externa de uma esfera de raio a é x² + y² + z² = a². Se quisermos considerar o volume interno, então estamos considerando as regiões x² + y² + z²  a². Assim, vamos considerar as desigualdades de três maneiras, coordenadas cartesianas, cilíndricas e esféricas.

  • Em coordenadas cartesianas 

Resolver para z−√ a²− x² y² ≤ z ≤ √ a²− x² y². Então a projeção da esfera no plano xy (ou seja, a equação que você obtém quando tem z = 0 na equação da esfera) é apenas o círculo x² y² a². Agora devemos descrever isso com desigualdades. No total, o sólido pode ser descrito pelas desigualdades −a ≤ ≤ a−√ a²− x² ≤ y ≤ √ a²− x², −√ a²− x² y² ≤ z ≤ √ a²− x² y².

Então podemos encontrar o volume:

  • Em Coordenadas Cilíndricas

O limite em z ainda seria o mesmo, mas usamos polar para x e y. No total, o sólido pode ser descrito por 0 ≤ θ ≤ 2𝜋0 ≤ r ≤ a, a² − r² ≤ ≤ a² − r². E obtemos um volume de:

integral tripla
  • Em Coordenadas Esféricas

Em coordenadas esféricas, a esfera é todos os pontos onde 0 ≤ φ ≤ 𝜋 (o ângulo medido para baixo a partir do eixo z positivo varia), 0 ≤ θ ≤ 2𝜋 (assim como em coordenadas polares) e 0 ≤ ρ ≤ a. E obtemos um volume de:

Ou seja, nos três casos, chegamos na fórmula que aprendemos em geometria para a esfera. E por fim e não menos importante vamos avaliar um cone. 

Integral Tripla: O Cone

A equação a² z² h² x² h² y² fornece um cone com um ponto na origem que se abre para cima (e para baixo), tal que se a altura for z=h então o raio do círculo naquela altura é a (você pode ver isso inserindo z = h e simplificando). Então vamos encontrar o volume dentro deste cone que tem altura h e raio de a naquela altura. Mais uma vez, iremos avaliar nos três sistemas de coordenadas (cartesianas, cilíndricas e esféricas). 

  • Em coordenadas cartesianas 

Primeiro temos h/a x² + y² ≤ z ≤ h. A projeção para baixo no plano xy seria a interseção de z=h e o cone, que é o disco x² + y² ≤ a². Então o sólido pode ser descrito pelas desigualdades -a ≤ x ≤ a, –a² – x² ≤ y ≤ a² – x² e h/a x² + y² ≤ z ≤ h.

Então teremos para o volume:

  • Em Coordenadas Cilíndricas

O sólido pode ser descrito por 0 ≤ θ ≤ 2𝜋, ≤ ≤ a, h/ar ≤ ≤ h. E obtemos um volume de:

  • Em Coordenadas Esféricas

Em coordenadas esféricas, precisamos encontrar o ângulo, φ, que o cone faz com o eixo z positivo e precisamos encontrar o alcance em ρ. Observando o cone de lado, o ângulo φ é parte de um triângulo retângulo com comprimentos laterais a e h. Então tan(φ) a/h na aresta do cone. Assim, o alcance é ≤ φ ≤ tan−1 (a/h). O alcance em ρ depende de φ. Sabemos que ≤ ≤ h. E como z = ρcos(φ), podemos dizer que 0 ≤ ρ ≤ h/cos(φ) = hsec (φ). Então, todos juntos temos ≤ φ ≤ tan−1 (a/h), 0 ≤ θ ≤ 2𝜋 e ≤ ρ ≤ hsec(φ). Assim, teremos o volume:

Dessa maneira, teremos o volume do cone pelas três maneiras.
Mas preste atenção: como mencionamos no início, nem sempre utilizamos integração para calcular o volume desses sólidos simples. No entanto, a técnica de definir o espaço de integração E para esses sólidos é extremamente importante. Dedique-se a estudar bem essa base inicial para evitar dificuldades ao resolver questões mais complexas.

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