Microplástico é encontrado em CORAÇÕES humanos

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Microplásticos, sim… isso mesmo que você leu. Foram encontrados microplástico em corações humanos! A descoberta alarmante foi feita por uma equipe de cientistas do Hospital Beijing Anzhen, na China. Onde os pesquisadores analisou o tecido cardíaco de pacientes submetidos a cirurgias cardiovasculares, segundo estudo publicado pela American Chemical Society.

Apesar dessa notícia preocupante, há outras que só tornam o assunto mais sombrio. Afinal, nos últimos meses, pesquisadores anunciaram, também a descoberta de microplástico viajando na corrente sanguínea em doadores anônimos, inseridos profundamente no tecido pulmonar e um outro estudo recente relatou a descoberta de microplástico em placentas.

Ok! Mas o que é o microplástico?

Alguns estudos mostram que os microplásticos podem ser encontrados no ar que respiramos, na poeira que se acumula no chão e nos mariscos e peixes que compramos no supermercado.

microplástico
Microplásticos estão em nossos corpos. Quanto eles nos prejudicam?

Entretanto, não existe uma definição única para o que é um microplástico. Mas os pesquisadores geralmente os descrevem como qualquer partícula de plástico com menos de 5 mm e mais de 1 micrômetro de tamanho. Assim, geralmente são menores que o menor grão de areia ou uma fração da largura de um fio de cabelo humano.

A forma, o tamanho e a composição química dessas partículas também variam, e os pesquisadores geralmente se concentram na identificação dos polímeros mais comuns. Porém, são as menores partículas que mais preocupam, uma vez que essas são mais propensos a penetrar profundamente no corpo e passar por membranas protetoras internas.

Microplásticos no corpo humano: o que sabemos e não sabemos?

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Contaminação por microplásticos em pulmões humanos.

O que pesquisas recentes deixam claro até agora é que os microplásticos são onipresentes. Além disso, essas partículas entram nos corpos das pessoas regularmente durante a inalação ou através do consumo de alimentos ou bebidas e que encontram seu caminho para os sistemas vitais do corpo.

Alguns estudos de animais de laboratório e células cultivadas fora do corpo sugerem que:

Há motivos para preocupação sobre como esses minúsculos pedaços de plástico afetam nossa fisiologia.

O que permanece menos aparente é quais riscos à saúde, se houver, essas minúsculas partículas representam nas concentrações que foram encontradas. Os cientistas dizem que a enxurrada de estudos recentes e manchetes representam seus primeiros passos para entender o impacto dessas partículas nossas vidas.

Afinal há microplásticos no ar que respiramos. Encontramos microplásticos nos pulmões. O próximo passo é – e daí? Importa que haja plástico nos pulmões? Exato! Não sabemos a resposta para essa pergunta no momento.

E o microplástico encontrado no coração?

O mais alarmante (e nada surpreendente) é que os microplásticos usados em embalagens de alimentos e tintas foram os tipos descobertos no coração humano pela primeira vez.

As partículas, com menos de cinco milímetros de comprimento, eliminadas por plásticos de uso único, como garrafas e embalagens de alimentos, e depois liberadas no ar, na água e nos alimentos ao nosso redor. Uma equipe do Hospital Anzhen de Pequim, na China, coletou amostras de tecido cardíaco de 15 pacientes submetidos a cirurgia cardíaca, bem como amostras de sangue coletadas antes e depois da operação.

Em seguida, a equipe analisou as amostras com imagens infravermelhas diretas a laser e identificou partículas de 20 a 500 micrômetros de largura feitas de oito tipos de plástico, incluindo tereftalato de polietileno, cloreto de polivinila e poli(metacrilato de metila). Essa técnica detectou dezenas a milhares de pedaços individuais de microplástico na maioria das amostras de tecido, embora as quantidades e os materiais variassem entre os participantes.

Todas as amostras de sangue também continham partículas de plástico, mas após a cirurgia seu tamanho médio diminuiu e as partículas vieram de mais diversos tipos de plásticos.

Dessa maneira o microplástico…

No sangue, os plásticos podem se prender à membrana externa dos glóbulos vermelhos e afetar sua capacidade de transportar oxigênio, algumas associações ao desenvolvimento de câncer, doenças cardíacas e demência, bem como problemas de fertilidade. As células não conseguem quebrar as partículas de plástico no corpo, levando a uma inflamação significativa.

Isso ocorre depois que um estudo recente descobriu que a pessoa média inala microplásticos equivalentes a um cartão de crédito toda semana. Nove tipos de plástico foram encontrados em cinco tipos de tecido cardíaco. Dezenas a milhares de pedaços individuais de microplástico descobertos usando um laser e imagens infravermelhas, mas as quantidades variaram entre os pacientes.

Todavia, partículas microscópicas de poli(metacrilato de metila) – um plástico comumente usado como uma alternativa resistente ao estilhaço ao vidro – são encontradas em três partes diferentes do coração. Em suma, outros plásticos encontrados incluem o tereftalato de polietileno, usado em embalagens de roupas e alimentos, e o cloreto de polivinila (PVC), que é comum em esquadrias de janelas, canos de drenagem, tintas e muito mais.

Por fim…

A detecção de microplásticos in vivo é alarmante, e mais estudos são necessários para investigar como esses entram nos tecidos cardíacos e os efeitos potenciais do prognóstico de longo prazo. Microplásticos foram vistos nas partes mais desoladas do mundo, incluindo os Alpes, a Antártica e a ‘zona da morte’ do Monte Everest.

Contudo, além da questão do descarte inadequado dos resíduos, é importante ressaltar que os microplásticos infiltram-se no ambiente por meio de uma variedade de atividades humanas. Entre essas atividades, destacam-se a lavagem de roupas de poliéster, o atrito resultante dos pneus em contato com o asfalto e a utilização de produtos que contêm microplásticos de polietileno, entre outras fontes.

Em conclusão, é precisamente através desses mecanismos que os microplásticos encontram seu caminho para o ar que respiramos, os alimentos que ingerimos, a água que bebemos e até mesmo os ecossistemas oceânicos. Esse fenômeno tem consequências prejudiciais tanto para a vida marinha quanto para a saúde humana.

Mais estudos são necessários para entender completamente os efeitos dos microplásticos no sistema cardiovascular de uma pessoa e seu prognóstico após uma cirurgia cardíaca, concluem os pesquisadores.

Referências:

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