A soldagem por chama também recebe os nomes de soldagem a gás e soldagem oxiacetilênica, sendo um processo de soldagem muito popular e acessível. Este processo se vale de um gás combustível em conjunto com oxigênio como fonte de calor, sendo o acetileno o principal combustível. Além do acetileno, o metano, o propano e o GLP podem ser o combustível do processo, porém o acetileno possui uma chama de maior temperatura média.
A proporção entre o combustível e o oxigênio pode proporcionar três tipos de chama: a chama redutora ou carburante, a chama neutra e a chama oxidante. A chama redutora possui mais combustível, o que fornece mais carbono ao material e é mais adequado para a soldagem de aços carbono e ferro fundido. A chama neutra possui a mesma quantidade de oxigênio e de combustível e oxigênio, o que a torna apropriada tanto para materiais ferrosos quanto não-ferrosos. Já a chama oxidante possui mais oxigênio, o que a torna viável para a soldagem de metais não-ferrosos e aços com proteção contra a corrosão.
Vantagens e Limitações
A soldagem por chama é um processo de soldagem de baixo custo, viável para oficinas de reparos ou soldagem de chapas finas e tubos pequenos. Seu equipamento além de possuir um custo acessível, é um equipamento com uso para outras aplicações, como o corte de chapas, por exemplo. É possível realizar a soldagem tanto de metais ferrosos quanto de não-ferrosos em todas as posições de soldagem sem a necessidade de energia elétrica.
A solda do processo é de baixa qualidade, pois há um grande fornecimento de calor à peça, o que altera as propriedades mecânicas do metal. Diferentemente de outros processos de soldagem, não há nenhuma proteção da poça de fusão, o que a torna vulnerável à contaminação de gases atmosféricos. Por ser um processo totalmente manual ele é suscetível a erros do operador e há risco de explosões dos cilindros de combustível e oxigênio.