Sustentabilidade: as prioridades corporativas em 2024

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Sustentabilidade: O cenário cada vez mais globalizado em2024, é esperado uma situação ainda mais dinâmica. Onde as entidades precisarão se preparar para o futuro e se posicionarem com relação a sustentabilidade. Principalmente porque após a (decepcionante) COP23, cabe as outras entidades terem como elemento central de suas estratégias a sustentabilidade.

Sustentabilidade, temos um planeta e uma chance!

Além disso, modelos de negócios sustentáveis, são aqueles em que a rentabilidade se alinha com o impacto social e preservação ambiental. Dessa maneira, espera-se que exita iniciativas empreendedoras e inovação, além de grande contribuição para um novo paradigma de sucesso em escala global.

Assim, é crucial observar (isso mesmo, agora nós temos que ficar de olho) em mudanças regulamentares e o que elas estão desempenhando. Lembrando que um dos papeis fundamentais da legislação é a redefinição não apenas das normas legais. Mas também de norteadores que orientam as práticas em níveis locais e global.

Nesse sentido, as organizações não só devem ajustar suas operações para estar em conformidade com as exigências legais em evolução. Como também têm a oportunidade de se destacar ao demonstrar liderança proativa e compromisso com a responsabilidade social corporativa em uma escala global.

Dessa maneira…

A colaboração, transcendendo as fronteiras tradicionais, permanecerá como uma chave essencial para o progresso. Em um cenário cada vez mais interconectado, as indústrias, os governos e a sociedade civil estão destinados a criar alianças estratégicas. E assim enfrentar os desafios multivariados da sustentabilidade. Essas parcerias não apenas impulsionarão a inovação, mas também desempenharão um papel crucial na disseminação das melhores práticas, promovendo assim uma abordagem colaborativa e eficaz para questões prementes.

A ascensão da China (acredita nisso? Pois é) como um centro de inovação em sustentabilidade destaca a natureza global dessa transformação. Este fenômeno tem implicações que se estendem muito além das fronteiras regionais, enfatizando a importância de uma abordagem coletiva e internacional na busca por soluções sustentáveis.

A realização da Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas COP28, em Dubai, ressaltou a urgência e a importância de ações coordenadas em escala global. Entretando, temos que lembrar que estamos com um clima geopolítico muito complexo, as guerras e a turbulência política em diferentes partes do mundo mostram a necessidade do envolvimento ativo das empresas na criação de ambientes não econômicos e na gestão de riscos geopolíticos. Isso destaca ainda mais a importância de uma abordagem colaborativa e responsável por parte das empresas em face dos desafios globais.

O mundo está mudando!

O cenário da sustentabilidade está passando por uma evolução rápida, e 2024 promete ser um ano crucial na “guerra” contra as mudanças climáticas e a degradação ambiental. Empresas, governos e a população (claro que não podemos nos excluir) devem intensificar os investimentos e as ações para impulsionar a transição em direção a um futuro sustentável e resistente às mudanças climáticas.

Vale ressaltar cinco tendências específicas para questões climática. Onde destaca-se o potencial de influenciar significativamente uma abordagem mais sustentável nos próximos anos.

Fintech Climática

A fintech climática representa uma fusão da tecnologia financeira com os princípios da sustentabilidade, desempenhando um papel crucial ao gerar fluxos de financiamento (imprecindíveis) para uma transição em a economia verde. Nesse sentido, espera-se um aumento significativo nas fintechs climáticas, o que pode desempenhar um papel crucial ao direcionar (ou redirecionar) investimentos para áreas como energias renováveis, captura de carbono, sustentabilidade ambiental e social de maneira ainda mais abrangente.

Fintech Climática, Fintech Sustetável ou Fintech Verde o importante é a sustentabilidade!

As empresas de fintech climáticas poderão introduzir uma variedade de oportunidades de investimento como obrigações verdes, fundos de investimento responsáveis e apoio financeiro para projetos que visam a redução das emissões de carbono. O atrativo das fintechs climáticas está em sua habilidade de transformar a consciência ecológica em benefícios econômicos tangíveis. Esse setor está ganhando espaço e impulsionado por investidores e apoio governamental.

Além disso, as empresas de capital de risco estão cada vez mais sendo vistas como um vasto potencial de iniciativas, não apenas aportando recursos financeiros, mas também oferecendo orientação estratégica crucial. Dessa maneira, é possível que essas startups inovadoras expandam sua influência e alcance operacional em um ritmo acelerado.

Além disso, a inteligência artificial (IA), machine learning, big data, as empresas que estão incorporando essas tecnologías podem sair na frente. Uma vez que, essas tecnologias estão aprimorando a avaliação de riscos climáticos, abrindo caminho para estratégias de investimento mais abrangente e preparadas para o futuro.

Comunicação

Isso mesmo, comunicação, em pleno 2024, a velocidade e distruibuição de informações (principalmente relatórios) estão sempre nichados e insuficientes, eles não atingem a populção geral. Assim, em 2024, é inevitável observar a aceleração na preparação e divulgação. Em especial com a Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa (CSRD) na União Europeia e à Comissão de Valores Mobiliários (SEC) nos Estados Unidos.

A CSRD está ampliando o número de empresas obrigadas a divulgar informações de sustentabilidade. Do mesmo modo, várias outras empresas na Europa serão “obrigadas” a fornecer informações detalhadas sobre os impactos ambientais, questões sociais e gerenciamento de riscos e oportunidades associados. Essa exigência está influenciando essas empresas a reconsiderar suas estratégias sustentáveis.

Da mesma forma, as regras propostas pela SEC sobre divulgações relacionadas ao clima são esperadas para aumentar a responsabilidade e incentivar práticas empresariais mais sustentáveis. Essas regulamentações indicam uma mudança de paradigma, onde os relatórios de sustentabilidade deixam de ser um esforço voluntário, frequentemente inconsistente, para se tornarem um requisito padronizado e executável.

As empresas agora precisam se preparar para coletar, gerenciar e relatar os dados necessários sobre diferentes dimensões da sustentabilidade, com um aumento no uso de gestão de dados ESG (Ambiental, Social e Governança), bem como ferramentas e serviços de relatórios concebidos para ajudar as empresas a cumprir essas diretrizes.

Ahhh, mas é na Europa e Estados Unidos, calma pequeno gafanhoto, a legislação ambiental brasileira tem a tendência de acompanhar esses grandes centros, entretanto mesmo que não siga, a industria brasileira também tende a se igualar porque o mercado internacional exige!

Análise das emissões de escopo 3

Primeiramente, o que são essas emissões? As emissões do Escopo 3 representam uma categoria de emissões de gases de efeito estufa (GEE) que se originam de operações comerciais, mas não são de propriedade ou controladas diretamente pela organização. Isso inclui uma variedade de fontes, como a cadeia de suprimentos, transporte, uso ou descarte de produtos.
Ao abordar as emissões do Escopo 3, as empresas visam compreender e gerenciar o impacto ambiental de toda a sua cadeia de valor, buscando reduzir as emissões associadas a essas atividades indiretas. Isso reflete um compromisso mais amplo com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental.

Nesse sentido

As emissões de âmbito 3, que representam as emissões indiretas ao longo da cadeia de valor de uma empresa, muitas vezes constituem a principal fonte da pegada de carbono de uma organização. Diferentemente das emissões de Escopo 1 e 2, que são diretamente controladas pela empresa, o Escopo 3 abrange todas as outras emissões indiretas provenientes de atividades como viagens de negócios, compras, gestão de resíduos e uso de produtos comercializados.

Em 2024, esperamos que a análise das emissões de Âmbito 3 se intensifique e que organizações e ambientalistas continuem em busca de uma maior transparência e ações concretas em relação às mudanças climáticas. Assim, tanto investidores, quanto clientes e entidades reguladoras,  exercem pressão sobre as empresas não apenas para relatar, mas também para reduzir ativamente suas emissões de Escopo 3.

Entretanto, para isso, há uma demanda uma coleta constante de dados e uma colaboração muito próxima com fornecedores e parceiros para conseguir implementar mudanças em toda a cadeia de valor. Embora seja uma tarefa complexa, a crescente pressão por descarbonização, principalmente nas cadeias de abastecimento e melhorias sustentáveis em diversas indústrias.

Gestão de Riscos Climáticos

Como já tem sido noticiado, sentido e vivenciado, a frequência crescente de fenômenos meteorológicos extremos. Além da necessidade persistente de transição para uma economia de baixo carbono, representam um riscos muito alto para os ativos, investimentos e operações em toda a cadeia de uma empresa.  O ano de 2023 serviu de aprendizado, uma vez que empresas – que não se preparam – para esses eventos enfrentaram crises graves.

Assim, em 2024, espera-se que a gestão dos riscos climáticos seja integrada às principais estratégias de gestão de riscos de organizações. Antecipa-se que as empresas adotem abordagens mais abrangentes, incorporando análises de cenários climáticos e testes de estresse para compreender os potenciais impactos em seus negócios sob diferentes cenários de aquecimento global.

Essa abordagem não apenas reduzirá o risco, mas também poderá trazer novas oportunidades de inovação e resiliência. A tendência também aponta para um aumento na oferta de produtos de seguros adaptados aos riscos climáticos. E acaba refletindo a crescente conscientização sobre a necessidade de proteção contra eventos climáticos adversos.

Inteligência Artificial aliada a Sustentabilidade

Algo que muitos ainda tem receio, mas este que vos fala, acredita ser um caminho sem volta é o uso da IA. Dessa maneira, a Inteligência Artificial (IA) emerge como uma ferramenta poderosa para abordar desafios – que são muito complexos – de sustentabilidade. Em 2024, espera-se que a aplicação da IA para a sustentabilidade se expanda significativamente, uma vez que ela possui um potencial de otimizar a utilização de recursos, além de aprimorar a eficiência energética, e dessa maneira reduzir os impactos ambientais.

As capacidades preditivas da IA estão sendo utilizadas em todas as áreas, e claro, por que não na conservação da biodiversidade? Onde modelos de aprendizado de máquina auxiliam na previsão de ameaças e na gestão de áreas protegidas. A IA também desempenha um papel muito importante na análise de big data para a ciência ambiental. Assim, aprimorando nossa compreensão dos sistemas ecológicos e dos impactos das mudanças climáticas.

Por fim, uma área específica em que se espera que a IA simplifique significativamente os processos é a gestão de dados ESG. Com o aumento das divulgações obrigatórias de sustentabilidade, as empresas enfrentam o desafio de coletar e analisar grandes volumes de dados. E vários dos software de gerenciamento de dados ESG, com tecnologia de IA, pode agilizar esse processo, garantindo precisão, eficiência e conformidade.

Referências:

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