A trefilação é um processo de conformação muito popular na produção de fios, mas também pode produzir barras e tubos ao se usar uma trefiladora de bancada. A trefiladora de bancada confere acabamento a tubos, microtubos e barras.
Uma corrente-sem-fim aciona uma garra que traciona o material, que é forçado contra uma matriz, da mesma forma que na trefilação de fios. A matriz de trefilação se chama fieira, ela deve possuir alta dureza, assim metais duros como carbonetos de ferro a compõem. O tamanho da trefiladora de bancada depende muito da necessidade do produto, mas é comum que possua até trinta metros, que é o tamanho máximo da barra ou tubo que passa por este processo. As velocidades da operação são da ordem de 10 metros por segundo.
Na trefilação de tubos, é necessário haver um controle sobre seu diâmetro e dimensões internas, sendo necessário empregar um componente interno. Geralmente buchas ou plugues cumprem esta função, seja a bucha solta entre o tubo e a fieira ou fixa. Um mandril também pode controlar as dimensões internas desta forma, contribuindo também para a redução do diâmetro. Uma desvantagem do uso de mandril é que sua remoção se dá apenas por retífica, não sendo vantajoso quando se deseja elevado controle dimensional.
Vantagens
O processo produz peças de bom acabamento, que não necessariamente deve possuir seção circular. A tolerância dimensional conferida ao produto é estreita, podendo ser comparável, ou melhor a que a alcançada por laminação a frio.
Desvantagens
É um processo de baixa produção, já que cada peça deve ser inserida uma de cada vez, aumentando o setup. Em comparação com a trafilação de fios e arames, que são desbobinados de um sarrilho, este é um processo muito mais lento.
A ponta do produto deve ser estreita, para que passe pela fieira e seja presa pela garra, o que demanda mais uma etapa de preparação.
