- Dos poetas do Romantismo brasileiro listados abaixo, qual faz parte da terceira geração?
a) Gonçalves de Magalhães.
b) Casimiro de Abreu.
c) Fagundes Varela.
d) Sousândrade.
e) Laurindo Rabelo.
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Assinale a alternativa incorreta sobre a poesia romântica no Brasil.
a) Os ideais libertários, características do escritor francês Victor Hugo exerceram clara influência na produção poética do período.
b) Principal representante da segunda geração, Casimiro de Abreu, autor de Lira dos vinte anos, exprime um acentuado pessimismo e uma morbidez explícita na maioria de seus poemas.
c) As obras da chamada primeira geração empenharam-se na construção da identidade nacional, buscando, em especial, a saudade da pátria.
d) Nas obras da primeira geração, a natureza, imponente e vigorosa, muitas vezes se assemelha a imagens da fugas da realidade.
e) Conhecida por condoreira, a terceira geração da poesia romântica no Brasil afastou-se do egocentrismo.
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"Oh! páginas da vida que eu amava,
Rompei-vos! nunca mais! todo o sagrado!
Ardei, lembranças doces do passado!
Quero rir-me de tudo que eu amava!
E que doído que eu fui como eu pensava
Em mãe, amor de irmã! em sossegado
Adormecer na vida acalentado
Pelos lábios que eu tímido beijava!
Embora – é meu destino. Em treva densa
Dentro do peito a existência finda...
Pressinto a morte na fatal doencal...
A mim a solidão da noite infinita!
Posso dormir o trovão sem crença...
Perdoa minha mãe – eu te amo ainda!"
AZEVEDO, Álvares de. Lira dos vinte anos. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
A produção de Álvares de Azevedo situa-se na década de 1850, período conhecido na literatura brasileira como Ultrarromantismo. Nesse poema, a força expressiva da exacerbação romântica identifica-se com:
a) Amor materno, que surge como possibilidade de salvação para o eu lírico.
b) Saudosismo da infância, indicado pela menção às figuras da mãe e da irmã.
c) Construção de versos irônicos e sarcásticos, apenas com aparência melancólica.
d) Sentimento de desespero pelo eu lírico, indicado pelo seu desejo de dormir.
e) Fixação do eu lírico pela ideia da morte, o que o leva a sentir um tormento constante.