Confiança versus desconfiança (estágio- fase oral sensorial, idade -1 ano, força básica ou virtude esperança)
A fase oral sensorial do desenvolvimento psicossocial, paralela à fase oral do desenvolvimento psicossexual de Freud, ocorre durante o primeiro ano de vida, época de nosso maior desamparo. A criança é totalmente dependente de cuidados básicos para sobreviver e ter segurança e afeto. Nessa etapa a boca é de total importância. Erikson escreveu que a criança "vive por meio de, e ama com [a] boca" (1959, p. 57). No entanto, o relacionamento entre criança e o seu próprio mundo não é exclusivamente biológico; é social também. A interação social do bebê com a mãe determina se será incorporada à sua personalidade uma atitude de confiança ou desconfiança no relacionamento futuro com o ambiente.
Depende da mãe. Se a mãe responder adequadamente às necessidades físicas do bebê e Ihe propiciar muito afeto, amor e segurança, a criança desenvolverá um senso de confiança, atitude que caracterizará sua visão crescente de si mesma e dos outros. Dessa maneira, aprendemos a esperar "consistência, continuidade e estabilidade" de outras pessoas e situações no nosso ambiente (Erikson, 1950, p. 247). Erikson disse que essa expectativa proporciona o início da nossa identidade do ego.
Por outro lado, se a mãe rejeitar, não prestar atenção ou for inconsistente em seu comportamento, a criança se tornará desconfiada, temerosa e ansiosa. Segundo Erikson, a desconfiança também pode ocorrer se a mãe não focar sua atenção exclusivamente na criança. Ele argumentou que a mãe que volta a trabalhar e deixa o filho aos cuidados de parentes ou em uma creche arrisca-se a desenvolver desconfiança na criança.
A confiança pode ser perdida posteriormente na infância
