Expedições arqueológicas realizadas no Egito encontraram espelhos de cobre forjados cerca de 5 mil anos antes da nossa era, pela civilização que lá viveu.
Mas foi somente no final do século XIII que surgiram os primeiros espelhos simila- res aos de hoje, feitos de vidro e cobertos por uma fina camada metálica refletora, fabricados por artesãos da cidade italiana de Veneza.
Hoje, a maior parte dos espelhos é fabricada assim: uma das faces de uma placa de vidro recebe inicialmente uma fina camada de prata ou alumínio, sendo coberta depois por uma substância protetora; a outra face é a frente do espelho.
Os espelhos que usamos rotineiramente para "ver" imagens ou produzir a sensa- ção de espaços amplos são planos, mas existem os de superfícies curvas; podemos vê-los em ação em faróis ou retrovisores de automóveis, algumas antenas ou mesmo em parques de diversões. Neste último caso, a imagem produzida é bastante diferente da produzida pelos espelhos planos. Neste capítulo e no próximo, vamos estudar as leis que regem a formação de imagens em espelhos, começando pelos espelhos planos.
Espelho plano é aquele cuja superficie, plana e lisa, reflete regularmente a luz inci- dente; isto é, raios que incidem paralelamente são todos refletidos na mesma direção, sofrendo portanto uma reflexão regular.
No quadro de Caravaggio, Narciso tem a mão esquerda junto à linha da água no rio, mas na imagem sobre a superfície do rio é a sua mão direita que vemos na água. Nessas condições, dizemos que objeto e imagem são figuras enantiomorfas, pois são simétricas em relação ao eixo que pertence ao plano do espelho.
Caravaggio, Narciso, 1594-1596/Galeria Nazionale d'Arte Antica (GNAA),
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