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Eduardo

etica e logica12/06/2024

A Ética de Aristóteles é caracterizada como “eudaimônica” po...

A Ética de Aristóteles é caracterizada como “eudaimônica” por apresentar a felicidade como conceito central, que deve ser entendido também como bem-estar propiciado por uma escolha ou ação e contentamento com relação à vida. Acompanha o sentimento de que o que foi feito foi bem feito, realizou o bem, a virtude. A felicidade, para Aristóteles, é a forma do bem, do sumo bem, realização máxima de todas as virtudes. Um fim em si mesmo, buscado em todas as nossas escolha e ações.

CATANEO, M. E. Ética clássica - livro didático. UnisulVirtual: Palhoça, 2011.

Veja as seguintes passagens do livro a Ética a Nicômaco (ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Martin Claret: São Paulo, 2001.)

Passagem I

“tanto o vulgo como os homens de cultura superior dizem que esse bem supremo é a felicidade [...] porém, divergem a respeito do que seja a felicidade [...] Voltemos ao bem [...] ele é a finalidade em todas ações e propósitos, pois é por sua causa que os homens realizam tudo o mais. Se, pois, existe uma finalidade visada em tudo o que fazemos, tal finalidade será o bem atingível pela ação, e se há mais de uma, serão os meios atingíveis por meio dela”. (ARISTÓTELES, 2001, p. 19-25).

Passagem II

“o bem do homem vem a ser a atividade da alma em consonância com a virtude [...] Mas é preciso acrescentar ‘em uma vida inteira’, pois uma andorinha não faz verão, nem um dia tampouco; e da mesma forma um dia só, ou um curto espaço de tempo, não faz um homem feliz”. (ARISTÓTELES, 2001, p. 27).

Passagem III

“[...] a felicidade necessita igualmente dos bens exteriores, pois é impossível, ou pelo menos não é fácil, praticar atos nobres sem os devidos meios. Em muitas ações usamos como instrumento os amigos, a riqueza e o poder político; e há coisas cuja ausência empana a felicidade - como a estirpe, a boa descendência, a beleza. De fato, o homem de muito má aparência, ou malnascido, ou solitário e sem filhos, não tem muitas probabilidades de ser feliz [...] Como dissemos, pois, o homem feliz parece necessitar também desse tipo de prosperidade”. (ARISTÓTELES, 2001, p. 30).

Passagem IV

“Não é, portanto, nem por natureza nem contrariamente à natureza que as virtudes se geram em nós; antes devemos dizer que a natureza nos dá a capacidade de recebê-las, e tal capacidade se aperfeiçoa com o hábito [...] não foi por ver ou ouvir repetidamente que adquirimos a visão ou a audição, mas, pelo contrário, nós as tínhamos antes de começar a usá-las, e não foi por usá-las que passamos a tê-las. No entanto, com as virtudes dá-se exatamente o oposto: adquirimo-las pelo exercício”. (ARISTÓTELES, 2001, p. 40).

Considerando as passagens apresentadas, avalie as interpretações, relacionando a numeração, a seguir:

I. Esta passagem relaciona bem e felicidade. O ‘bem’ representa a finalidade de todas as nossas ações. E a felicidade é o bem supremo a que todos os homens aspiram. Contudo a felicidade não é consenso para todos.

II. As ações virtuosas sempre visam um bem. Mas, para ser feliz, o homem necessita de uma vida inteira de ações virtuosas.

III. O homem é virtuoso à medida que se propõe escolher deliberadamente, com a razão, o que fazer; e a virtude, neste sentido, é o meio-termo entre dois vícios, que, por sua vez, estão marcados pelo excesso ou pela falta.

IV. A virtude não é inata. Mas, em função da natureza humana, é possível ser virtuoso. A virtude é uma capacidade que se desenvolve com o hábito, e que deve ser exercitada.

É correto, com relação às interpretações, o que se afirma em:

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