Na tradição sociológica, o francês Émile Durkheim (1858-1917) é frequentemente alocado no rol dos conservadores. Muitos são os manuais e as exposições-padrão responsáveis por difundir a imagem de um Durkheim conservador, crítico do individualismo, arauto de uma sociologia “sem sujeito”, enfim, um positivista empedernido e compromissado com a manutenção da ordem social. A sociologia durkheimiana, tanto na primeira quanto na segunda fase de seu desenvolvimento, bebeu em fontes teóricas muitíssimo heterogêneas.
Face ao exposto, analise as alternativas a seguir e assinale a que corresponde, de maneira correta, ao pensamento de Émile Durkheim na sociologia.
A)
Durkheim determina o fato social como objeto central de investigação deste novo campo científico. Nessa perspectiva, o fato social é entendido como uma “coisa” que exerce força de coerção sobre os sujeitos, independente de sua vontade ou ação individual.
B)
Para Durkheim, o soberano pode ser um rei, um grupo de aristocratas, uma assembléia democrática ou a própria sociedade civil. O fundamental não é o número dos governantes, mas a determinação de quem possui o poder ou a soberania.
C)
Para Durkheim, os homens reunidos numa multidão de indivíduos, pelo pacto, passam a constituir um corpo político e jurídico, uma pessoa artificial criada pela ação humana e que se chama Estado.
D)
Para Durkheim, o soberano é o povo e a sociedade civil, entendido como vontade geral, pessoa física e jurídica, livre e corpo político de cidadãos. Os indivíduos, pelo contrato, criaram-se a si mesmos como povo e é a este que transferem os direitos naturais para que sejam transformados em direitos civis, logo a sociedade seria a detentora do poder conservador de determinar as mudanças legais em sentido lato.
E)
No pensamento de Durkheim, a propriedade privada é um direito da sociedade civil, pois é um efeito do contrato social e um decreto do soberano.
