Luciano Floridi, em sua entrevista ao IHU (Humanismo em Bits), destaca que a cultura digital apresenta uma outra lógica de poder e que a ética da alteridade se torna fundamental para pensar as novas relações que devem compor a geografia de encontro entre as pessoas e destas com os próprios dispositivos digitais. Entre algumas de suas propostas e afirmações ele propõe que:
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Na infosfera, o ser humano se torna escravo absoluto dos instrumentos técnicos como smartphones, softwares, satélites, robôs, smartwatches que transformam cada vez mais a vida em um processo mecânico e automatizado.
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Na cultura digital devemos dar voz à afirmação de identidades e territórios demarcados, pois a pluralidade tende a enfraquecer a Ética da Alteridade.
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Somente se colocarmos o eu na frente do tu será possível preservar a autonomia das pessoas e impedir que a cultura digital torne as pessoas dependentes de forças estranhas às suas tradições e costumes.