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Engenharia Agronômica ·
Desenho Técnico
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Desenho Técnico Aplicado Desenho Técnico Aplicado Rafael Ramos Koury 1ª Edição Desenho Técnico Aplicado DIREÇÃO SUPERIOR Chanceler Joaquim de Oliveira Reitora Marlene Salgado de Oliveira Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira PróReitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira PróReitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira PróReitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira PróReitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira PróReitor de Extensão Manuel de Souza Esteves DEPARTAMENTO DE ENSINO A DISTÂNCIA Gerência Nacional do EAD Bruno Mello Ferreira Gestor Acadêmico Diogo Pereira da Silva FICHA TÉCNICA Direção Editorial Diogo Pereira da Silva e Patrícia Figueiredo Pereira Salgado Texto Rafael Ramos Koury Revisão Ortográfica Marcus Vinícius da Silva e Rafael Dias Carvalho Moraes Projeto Gráfico e Editoração Eduardo Bordoni Fabrício Ramos Marcos Antonio Lima da Silva Supervisão de Materiais Instrucionais Janaina Gonçalves de Jesus Ilustração Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos Capa Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos COORDENAÇÃO GERAL Departamento de Ensino a Distância Rua Marechal Deodoro 217 Centro Niterói RJ CEP 24020420 wwwuniversoedubr Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universo Campus Niterói K88d Koury Rafael Ramos Desenho técnico aplicado Rafael Ramos Koury revisão de Marcus Vinicius da Silva e Rafael Dias de Carvalho Moraes Niterói RJ EADUNIVERSO 2014 154 p il 1 Desenho técnico Estudo e ensino 2 Desenho Normas técnicas 3 Construções geométricas 4 Geometria descritiva 5 Ensino à distância I Silva Marcus Vinicius da II Moraes Rafael Dias de Carvalho III Título CDD 6042 Bibliotecária Elizabeth Franco Martins CRB 74990 Informamos que é de única e exclusiva responsabilidade do autor a originalidade desta obra não se responsabilizando a ASOEC pelo conteúdo do texto formulado Departamento de Ensino a Distância Universidade Salgado de Oliveira Todos os direitos reservados Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida arquivada ou transmitida de nenhuma forma ou por nenhum meio sem permissão expressa e por escrito da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura mantenedora da Universidade Salgado de Oliveira UNIVERSO Desenho Técnico Aplicado Palavra da Reitora Acompanhando as necessidades de um mundo cada vez mais complexo exigente e necessitado de aprendizagem contínua a Universidade Salgado de Oliveira UNIVERSO apresenta a UNIVERSO Virtual que reúne os diferentes segmentos do ensino a distância na universidade Nosso programa foi desenvolvido segundo as diretrizes do MEC e baseado em experiências do gênero bemsucedidas mundialmente São inúmeras as vantagens de se estudar a distância e somente por meio dessa modalidade de ensino são sanadas as dificuldades de tempo e espaço presentes nos dias de hoje O aluno tem a possibilidade de administrar seu próprio tempo e gerenciar seu estudo de acordo com sua disponibilidade tornandose responsável pela própria aprendizagem O ensino a distância complementa os estudos presenciais à medida que permite que alunos e professores fisicamente distanciados possam estar a todo momento ligados por ferramentas de interação presentes na Internet através de nossa plataforma Além disso nosso material didático foi desenvolvido por professores especializados nessa modalidade de ensino em que a clareza e objetividade são fundamentais para a perfeita compreensão dos conteúdos A UNIVERSO tem uma história de sucesso no que diz respeito à educação a distância Nossa experiência nos remete ao final da década de 80 com o bem sucedido projeto Novo Saber Hoje oferece uma estrutura em constante processo de atualização ampliando as possibilidades de acesso a cursos de atualização graduação ou pósgraduação Reafirmando seu compromisso com a excelência no ensino e compartilhando as novas tendências em educação a UNIVERSO convida seu alunado a conhecer o programa e usufruir das vantagens que o estudar a distância proporciona Seja bemvindo à UNIVERSO Virtual Professora Marlene Salgado de Oliveira Reitora Desenho Técnico Aplicado Sumário Apresentação da disciplina 07 Plano da disciplina 09 Unidade 1 Fundamentos do Desenho Técnico 13 Unidade 2 Construções Geométricas e Estudo dos Polígonos 31 Unidade 3 Projeções Ortogonais 47 Unidade 4 Normas Técnicas em Desenho 73 Unidade 5 Projeções Horizontais 97 Unidade 6 Projeções Verticais 115 Considerações finais 139 Conhecendo o autor 141 Referências 143 Anexos 145 Desenho Técnico Aplicado 7 Apresentação da Disciplina Caro aluno Todo curso que se inicia é repleto de oportunidades e expectativas O sucesso do curso depende de muitos fatores como a qualidade do material didático a disponibilidade do professor o empenho do aluno em estudar e aprender os conteúdos ensinados etc Em um curso à distância particularmente é o aluno o responsável pela disciplina de estudos que impõe mudanças em seus hábitos diários Esta é uma metodologia moderna e dinâmica que visa proporcionar a absorção de conhecimentos e a preparação para o mercado de trabalho àqueles que se encontram mais afastados dos grandes centros e suas universidades O desenho técnico é uma forma de representação gráfica de objetos tridimensionais ou superfícies de maneira objetiva e sem distorções revelando suas medidas e proporções reais O objetivo desse tipo de desenho é comunicar informações importantes aos profissionais envolvidos na construção ou execução de determinados objetos que vão desde componentes mecânicos até pontes e edifícios Atualmente com a modernização e mecanização da mão de obra aumenta cada vez mais a distância entre a concepção e a execução dos objetos produzidos pela sociedade Assim para que os projetos concebidos sejam realizados com perfeição atendendo a todas as especificações técnicas e a todas as dimensões estabelecidas tornase necessário detalhar profundamente o desenho técnico de cada parte cada componente a ser produzido Funcionando como uma linguagem gráfica o desenho técnico obedece a um conjunto de normas e padrões que funcionam como a estrutura gramatical e o vocabulário de um idioma Cada área de atuação Mecânica Arquitetura Engenharia naval etc possui características específicas mas todas seguem as regras fundamentais da disciplina Assim diferentes profissionais podem trocar desenhos e comunicar informações de um projeto com facilidade Desenho Técnico Aplicado 8 No Brasil a ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas estabelece e regula o conjunto de normas do Desenho Técnico É importante frisar que normas não são leis de modo que o profissional pode não se prender a todos os aspectos das mesmas desde que justifique e se responsabilize pela transmissão de informações nos desenhos As seguintes normas se aplicam diretamente ao desenho técnico no Brasil NBR 10067 Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico NBR 10126 Cotagem em Desenho Técnico Sendo complementadas pelas seguintes normas NBR 8402 Execução de Caracteres para Escrita em Desenhos Técnicos NBR 8403 Aplicação de Linhas em Desenho Técnico Apostila de Desenho Técnico Básico NBR 12296 Representação de Área de Corte por Meio de Hachuras em Desenho Técnico Outras normas podem ser utilizadas para desenhos específicos arquitetura elétrica hidráulica entre outras áreas de atuação O ensino a distância garante maior flexibilidade no tempo de estudos mas também é verdade que exige do aluno maior responsabilidade Na Universo o aluno terá as condições didáticas necessárias para que obtenha êxito em seus estudos mas o sucesso completo depende em grande parte do seu esforço pessoal Ao longo do curso o tutor estará disponível regularmente enviando materiais complementares como textos e vídeos Em síntese caro aluno o estudo dedicado do conteúdo desta disciplina lhe permitirá não só o domínio dos conceitos mais elementares de desenho em Engenharia e Arquitetura como também os termos mais adequados para o diálogo com clientes e outros profissionais da área além da capacidade de representar suas ideias graficamente Enfim concluindo esta disciplina do curso você terá adquirido um conhecimento muito importante para o seu avanço até tornarse um profissional apto a atuar com destaque no mercado de trabalho Excelentes Estudos Desenho Técnico Aplicado 9 Plano da Disciplina Nossa disciplina Desenho Técnico dividese em seis unidades que apresentam entre outros itens essenciais a nomenclatura de conceitos métodos e técnicas de representação Será exercitada a sua capacidade de imaginar e desenhar objetos em plantas cortes e vistas de acordo com as normas brasileiras e os padrões internacionais Esta disciplina oferece um conteúdo sintético mas essencial para a sua adaptação na construção e montagem orientados por desenho técnico Apresentaremos um resumo das unidades enfatizando seus objetivos para que você tenha um panorama daquilo que irá estudar Unidade 1 Fundamentos do Desenho Técnico Em nossa primeira unidade você irá estudar os conceitos básicos de desenho geométrico será apresentado ao material de desenho e das características básicas das retas pontos e planos Objetivo Conhecer as relações geométricas existentes e como elas podem ajudar na construção do desenho Desenho Técnico Aplicado 10 Unidade 2 Construções Geométricas e Estudo dos Polígonos Em nossa segunda unidade você irá estudar os conceitos básicos de desenho técnico Projeções Ortogonais Planos de Projeção Verdadeira Grandeza Épura Escala etc Objetivo Compreender o funcionamento das vistas em desenho técnico Conhecer as figuras geométricas básicas os cálculos e os métodos de construção de polígonos em desenho técnico Unidade 3 Projeções Ortogonais Nossa terceira unidade irá lhe apresentar a explicação dos conceitos básicos de desenho técnico Projeções Ortogonais Planos de Projeção Verdadeira Grandeza Épura Escala etc Objetivo Conhecer os conceitos básicos de geometria descritiva de modo que se possa representar objetos tridimensionais em um plano o desenho mantendo a correspondência entre as medidas no desenho e as medidas reais Desenho Técnico Aplicado 11 Unidade 4 Normas Técnicas em Desenho Nossa quarta unidade irá tratar da Apresentação da ABNT e das normas que regulam o Desenho Técnico no Brasil Você será apresentado aos formatos de papel utilizados aos elementos como carimbo margem marcas de dobra cotas letras e números além dos tipos de linha as escalas e legendas Objetivo Conhecer as normas da representação gráfica o conjunto de símbolos universalmente identificados com o Desenho Técnico Unidade 5 Projeções Horizontais Nesta unidade serão apresentados os desenhos em projeção horizontal também conhecidos como Plantas Entre as plantas mais utilizadas estão a de cobertura de situação de teto e a mais conhecida a planta baixa Objetivo Representar plantas variadas para aprovação e execução de projetos Conhecer os métodos de desenho e as informações que devem ser incorporadas a cada tipo de planta segundo as normas técnicas Desenho Técnico Aplicado 12 Unidade 6 Projeções Verticais E para finalizar nesta unidade serão apresentados os desenho em projeção vertical que podem ser vistas quando observados desde fora ou cortes quando seccionados e observados por dentro Objetivo Representar vistas e cortes variados para aprovação e execução de projetos Conhecer os métodos de desenho e as informações que devem ser incorporadas a cada tipo de desenho segundo as normas técnicas Bons Estudos Desenho Técnico Aplicado 13 1 Fundamentos do Desenho Geométrico Desenho Técnico Aplicado 14 Nesta unidade você vai estudar as relações geométricas existentes e como elas podem ajudar na construção do desenho basicamente através do uso de compasso e esquadros Objetivos da Unidade Conhecer as relações geométricas existentes e como elas podem ajudar na construção do desenho Plano da Unidade Conceitos Básicos Instrumentos de desenho Construção de Retas Bons Estudos Desenho Técnico Aplicado 15 Toda construção geométrica parte de princípios básicos estudados desde a antiguidade Quando ainda não havia sistemas matemáticos bem definidos todo o estudo de geometria era feito através dos desenhos Tais conceitos são válidos até hoje mesmo com os recursos disponíveis atualmente O desenvolvimento das tecnologias computacionais vem facilitando cada vez mais os processos de representação gráfica de objetos tridimensionais Contudo a capacidade de raciocínio do ser humano continua sendo a principal ferramenta para a interpretação e elaboração de desenhos técnicos e mais do que isso para a criação e transmissão de novas ideias Ainda que os recursos computacionais tragam inúmeros benefícios à execução de desenhos técnicos tais como maior rapidez e precisão a utilização desses recursos só é viável se o indivíduo possuir uma acurada visão espacial sendo capaz de raciocinar em três dimensões Ao contrário do que possa parecer essa habilidade pode ser desenvolvida e aperfeiçoada Uma das formas de fazêlo é através do estudo da Geometria Descritiva e do Desenho Técnico Quando corretamente estudada o Desenho Técnico desenvolve não só a capacidade de leitura e interpretação de plantas mas também a habilidade de se imaginar objetos e projetos no espaço Por esse motivo o estudo dessa disciplina é de fundamental importância em diversos ramos de atividades tais como Engenharia Arquitetura Geologia Matemática Desenho Industrial Pintura Escultura etc Conceitos Básicos A Geometria é um ramo da Matemática e pode ser definida como a ciência que investiga as formas e as dimensões das figuras existentes na natureza A Geometria Descritiva por sua vez é o ramo da Matemática Aplicada que tem como objetivo o estudo de objetos tridimensionais mediante projeções desses sólidos em planos Desenho Técnico Aplicado 16 Em Geometria é comum utilizarmos os conceitos de forma e dimensão Forma é o aspecto ou configuração de um determinado objeto forma arredondada elíptica etc enquanto dimensão é a grandeza que caracteriza uma determinada medida desse objeto largura comprimento etc Os elementos fundamentais da geometria são o ponto a reta e o plano O ponto é o elemento mais simples pois não possui forma nem dimensão Contudo a partir do ponto é possível obterse qualquer outra forma geométrica Por exemplo uma linha pode ser construída a partir do movimento de um ponto no espaço Se o ponto mantiver sempre a mesma direção sem desviar dará origem a uma linha reta Se ao contrário o ponto mudar constantemente de direção dará origem a uma linha curva Se ainda o ponto mudar bruscamente de direção de tempos em tempos originará uma linha poligonal Também podemos comparar uma linha a uma série de pontos enfileirados no espaço unidos de tal forma que se confundem num traço contínuo A linha constituise no elemento geométrico que possui apenas uma dimensão o comprimento Segmentos representados como uma sequência de pontos Uma superfície por sua vez pode ser definida como o conjunto das posições de uma linha móvel Quando a superfície é concebida pelo conjunto das posições de uma linha reta que se desloca em trajetória retilínea e paralela a si mesma é denominada de superfície plana ou plano Quando a superfície é obtida pelo movimento de uma linha curva que se desloca no espaço é chamada de superfície curva Desenho Técnico Aplicado 17 Superfícies planas e curvas representadas como sequência de retas paralelas A reta não possui início nem fim sendo ilimitada nos dois sentidos Entretanto se marcarmos sobre uma reta dois pontos A e B o número infinito de pontos existentes entre A e B constitui um segmento de reta que tem A e B como extremos Por outro lado se marcarmos sobre uma reta um ponto O a reta ficará dividida em duas partes chamadas semirretas Assim como as retas os planos também se estendem ao infinito E da mesma forma que um ponto divide uma reta em duas semirretas uma reta divide um plano em dois semiplanos Locais geométricos Um local geométrico pode ser definido como uma condição uma propriedade ou uma restrição em um desenho que inclusive pode ser expressa matematicamente Um exemplo simples é a circunferência todos os pontos no traço da circunferência estão na mesma distância do centro Retas paralelas são outros exemplos de local geométrico são dois conjuntos de pontos que nunca se cruzam e que estão a uma distância fixa Em suma todas as formas no desenho são locais geométricos e através de suas propriedades é que iremos relacionálos Um exemplo prático Desenho Técnico Aplicado 18 Temse dois pontos no espaço denominados A e B e desejase encontrar um terceiro ponto C que esteja à mesma distância x de ambos os pontos Sabemos que a circunferência define um conjunto de pontos que se encontra com a mesma distância do centro Com o compasso pegamos na régua o tamanho x e traçamos duas circunferências uma com centro em A e outra com centro em B Veja a figura a seguir Determinando pontos equidistantes de A e B A interseção das duas circunferências é a nossa solução Vemos inclusive que existem dois pontos válidos marcados como C1 e C2 o que é perfeitamente plausível Caso o problema tivesse maiores restrições por exemplo escolher o ponto mais alto somente um dos pontos seria a solução correta Determinando pontos C1 e C2 equidistantes de A e B esquerda e demonstrando outras situações possíveis para estes pontos Desenho Técnico Aplicado 19 Se escolhermos outras distâncias x perceberemos outras soluções Veremos inclusive que pode haver distâncias cujas respostas são somente um ponto ou distâncias em que as circunferências não se cruzam não havendo solução Os conjuntos de soluções conforme nós variamos a distância x pode ser definida por uma reta Esta reta é outro local geométrico neste caso definindo um conjunto de pontos que são equidistantes de A e B contendo inclusive C1 e C2 Determinando a reta c Mediatriz A reta c encontrada nas figuras anteriores também é chamada de mediatriz Ela define um ponto médio entre os dois pontos Caso os pontos definem uma reta a mediatriz cortará esta reta em seu ponto médio dividindoa ao meio Determinando a mediatriz Desenho Técnico Aplicado 20 Importante No AUTOCAD o ponto médio pode ser encontrado com o recurso objectsnap OSNAP opção MID midpoint Bissetriz A Bissetriz é a semirreta que possui origem no vértice de um ângulo específico o dividindo em dois ângulos congruentes O compasso é um instrumento de desenho que faz arcos e circunferências mas também serve para resolver alguns problemas geométricos e para o desenho técnico Determinação da bissetriz do ângulo Ô Desenho Técnico Aplicado 21 Instrumentos de Desenho Entre os equipamentos utilizados no Desenho Técnico Instrumental temse Pranchetas mesas para desenho construídas com tampo de madeira macia e revestidas com plástico apropriado comumente verde por produzir excelente efeito para o descanso dos olhos Régua paralela instrumento adaptável à prancheta funcionando através de um sistema de roldanas Régua T utilizada sobre a prancheta para traçado de linhas horizontais ou em ângulo servindo ainda como base para manuseio dos esquadros Esquadros utilizados para traçar linhas normalmente fornecidos em pares um de 30º60º e um de 45º Transferidor instrumento destinado a medir ângulos Normalmente são fabricados modelos de 180º e 360º Escalímetro utilizada unicamente para medir não para traçar Compasso utilizado para o traçado de circunferências possuindo vários modelos cada qual com a sua função alguns possuindo acessórios como tira linhas e alongador para círculos maiores Curva francesa gabarito destinado ao traçado de curvas irregulares Gabaritos fornecidos em diversos tamanhos e modelos para as mais diversas formas círculos elipses específicos para desenhos de engenharia civil elétrica etc Lápis ou lapiseira atualmente as mais utilizadas são as lapiseiras com grafite de 05mm e 07mm de diâmetro Materiais Complementares Flanela escova para limpeza fita adesiva borracha Desenho Técnico Aplicado 22 Manipulação dos esquadros Para traçar retas paralelas segure um dos esquadros guiando o segundo esquadro através do papel Caso o segundo esquadro chegue à ponta da Apostila de Desenho Técnico Básico primeiro segure o segundo esquadro e ajuste o primeiro para continuar o traçado Traçado de retas paralelas com os esquadros Traçado de retas perpendiculares com os esquadros Desenho Técnico Aplicado 23 Construção de Retas Relação entre retas Desenho Técnico Aplicado 24 Exemplos de construção geométrica Usando régua e compasso traçar uma reta paralela à reta r passando pelo ponto A Traçando retas paralelas Usando régua e compasso traçar uma perpendicular e uma paralela à reta r passando pelo ponto A Traçando retas perpendiculares Desenho Técnico Aplicado 25 Traçar a mediatriz do segmento de reta AB conforme explicado no início da unidade Traçando a mediatriz de um segmento de reta Divisão de uma reta Aqui se utiliza uma escala conhecida por exemplo a régua ou escalímetro para dividir uma reta em várias partes iguais Trace uma segunda reta BC com qualquer comprimento mas com um vértice em comum com a reta a ser dividida AB Divida a reta BC com sua régua No exemplo vamos dividir em 5 partes faremos uma reta de 5 cm marcando cada centímetro Ligue os extremos A e C Com os esquadros faça retas paralelas à AC transferindo os pontos da reta BC para a reta AB Desenho Técnico Aplicado 26 Dividindo uma reta qualquer em segmentos iguais Dica No AUTOCAD o comando DIVIDE podese dividir arcos retas e circunferências A divisão é marcada por pontos os mesmos criados pelo comando POINT que podem ser selecionados como qualquer objeto Construção de concordâncias Chamase concordância a união de duas linhas por meio de um arco Desenho Técnico Aplicado 27 Concordância entre duas retas Etapas 1 Traçar paralelas às retas na mesma distância do raio do arco 2 Onde as paralelas cruzarem é o centro do arco que deve ser colocada a ponta seca do compasso Construção da concordância entre duas retas Concordância de duas circunferências por meio de um arco Construção da concordância entre duas circunferências Desenho Técnico Aplicado 28 Concordância de uma circunferência e uma reta Construção da concordância entre uma reta e uma circunferência Terminamos assim nossa primeira unidade de estudos Na próxima unidade você vai estudar as figuras geométricas poligonais o cálculo da área o perímetro a diagonal e os ângulos internos e externos destas figuras É HORA DE SE AVALIAR Lembrese de realizar as atividades desta unidade de estudo Elas irão ajudálo a fixar o conteúdo além de proporcionar sua autonomia no processo de ensinoaprendizagem Desenho Técnico Aplicado 29 Exercícios Unidade 1 1 A partir dos pontos A e B com 8cm de distância entre si determine o ponto C equidistante de A e B 6 cm afastado de ambos 2 Com o auxílio de esquadros trace quatro retas paralelas e equidistantes 3 Trace o segmento AB medindo 5cm em seguida com o auxílio do compasso desenhe uma reta perpendicular ao segmento Desenho Técnico Aplicado 30 4 Determine a mediatriz de um segmento AB medindo 6cm 5 Utilizando os instrumentos de desenho represente um triângulo Escaleno ABC com as medidas AB4cm BC7cm CA5cm Desenho Técnico Aplicado 31 2 Construções Geométricas e Estudo dos Polígonos Desenho Técnico Aplicado 32 Então você chegou a nossa segunda unidade onde estudará as Projeções Ortogonais Planos de Projeção Verdadeira Grandeza Épura Escala etc Objetivos da Unidade Compreender o funcionamento das vistas em desenho técnico Conhecer as figuras geométricas básicas os cálculos e os métodos de construção de polígonos em desenho técnico Plano da Unidade Construções Fundamentais do Triângulo Polígonos Regulares Ângulos de um Polígono Bons Estudos Desenho Técnico Aplicado 33 Construções Fundamentais do Triângulo Caro aluno na tabela abaixo veja as construções Fundamentais do Triângulo Tipo Características Ângulos Equilátero 3 lados iguais 3 ângulos de 60 Isósceles 2 lados iguais e um diferente Dois ângulos iguais e um diferente mas os valores dos ângulos não são fixos Escaleno 3 lados diferentes 3 ângulos diferentes com valores que também não são fixos Tabela 1 Tipos de triângulos Ex1 Construir um triângulo conhecendose seus três lados AB 6 cm BC 45 cm AC 35 cm Figura 1 Construção de um triângulo com os três lados conhecidos Desenho Técnico Aplicado 34 Ex2 Construir um triângulo Isósceles cuja base mede 4 cm e altura 6 cm Figura 2 Construção de um triângulo Isósceles com a base e a altura conhecida Utilizando os métodos já ensinados de determinação de mediatriz e retas perpendiculares e paralelas é possível construir qualquer triângulo desde que se conheçam pelo menos três informações de seus lados eou ângulos no mínimo um dos lados Área do triângulo retângulo Um triângulo retângulo é aquele que possui um de seus ângulos retos ou seja com 90 conforme a figura a seguir A área dessa figura pode ser calculada multiplicando a sua base pela altura e em seguida dividindo o resultado por 2 dois A base e a altura serão sempre os dois lados adjacentes ao ângulo de 90 o ângulo oposto é chamado de hipotenusa Área base x altura 2 IMPORTANTE Esta fórmula só serve para o TRIÂNGULO RETÂNGULO Área de triângulo qualquer conhecendo apenas a medida dos lados 35 A fórmula de Heron relaciona a área de um triângulo qualquer à medida de seus três lados Existem outras formas de se obter a área do mesmo triângulo mas este método é o mais utilizado em arquitetura engenharia topografia e áreas afins Considerando um triângulo ABC Desenho Técnico Aplicado 37 Polígonos Regulares São figuras geométricas que têm todos os lados do mesmo tamanho Podem ser construídos através de métodos de desenho técnico que serão explicados nas imagens Perceba que as linhas tracejadas na cor azul são traços auxiliares do compasso e as setas tracejadas vermelhas são indicações do centro do arco ponta seca do compasso As mais simples são Triângulo Equilátero Figura 5 Triângulo equilátero 3 lados iguais A área do triângulo equilátero pode ser obtida pela fórmula de Heron mas devido à sua peculiaridade onde abc também é possível utilizar esta outra fórmula Área a¹₃ 4 A área do quadrado é igual ao quadrado da medida do seu lado Em geometria pentágono é um polígono com cinco lados A soma dos ângulos internos do pentágono é 540 ou seja num pentágono regular cada ângulo interno tem a medida de 108 O ângulo central de um pentágono regular mede 72 A área do pentágono regular pode ser obtida através da fórmula Área a²25 105 4 172a² Hexágono Desenho Técnico Aplicado 41 Sabendo que a soma dos ângulos internos de um triângulo é sempre 180 podemos afirmar que um polígono com n lados terá para soma dos ângulos internos Si 180º n 2 Ângulos Externos de um Polígono Figura 10 Ângulos externos de um polígono Como cada ângulo interno é suplemento do interno adjacente temos Si Se 180º n Então Se 180º n Si Se 180º n 180º n 2 Se 180º n 180º n 360º Se 360º Onde Si soma dos ângulos internos Se soma dos ângulos externos Então Se 360º A soma dos ângulos externos é constante É mais fácil portanto determinar caso os ângulos internos e externos sejam respectivamente iguais a medida do ângulo externo de um polígono mesmo quando queremos o interno Ângulos internos de um Polígono Importante Diagonal de um Polígono 1 Com o auxílio de compasso e régua construa um triângulo com base AB5cm e lados AC3cm e BC6cm 3 Com auxílio de compasso e régua construa um Hexágono com 3cm de lado 4 Calcule a soma dos ângulos de um polígono com 15 lados iguais Em seguida informe a angulação em cada um dos vértices R Si 180n 2 Si 180 15 2 Si 2340 Portanto cada um dos vértices terá 2340 15 156 Desenho Técnico Aplicado 47 3 Projeções Ortogonais Desenho Técnico Aplicado 48 Nossa terceira unidade irá lhe apresentar a explicação dos conceitos básicos de desenho técnico Projeções Ortogonais Planos de Projeção Verdadeira Grandeza Épura Escala etc Objetivos da Unidade Conhecer os conceitos básicos de geometria descritiva de modo que se possam representar objetos tridimensionais em um plano o desenho mantendo a correspondência entre as medidas no desenho e as medidas reais Plano da Unidade O sistema de Projeção O método da dupla projeção de Monge Projeções do Ponto Figuras Geométricas Planas do 1º Diedro Estudo de Sólidos Geométricos no 1º Diedro Seis Vistas Ortográficas Bons Estudos Desenho Técnico Aplicado 49 Criada pelo matemático Francês Gaspard Monge a Geometria Descritiva também conhecida como Geometria Mongeana foi de início um segredo militar de engenharia durante 15 anos Somente em 1794 ele foi autorizado a apresentar a técnica publicamente A Geometria Descritiva desenvolve não só a capacidade de leitura e interpretação de desenhos técnicos mas também a habilidade de se imaginar objetos e projetos no espaço O sistema de Projeção O estudo do Desenho Técnico está baseado na projeção de objetos em planos O conceito de projeção pode ser entendido com a utilização de exemplos do cotidiano uma vez que se trata de um fenômeno físico que ocorre na natureza e que pode ser reproduzido pelo ser humano Por exemplo a sombra de um objeto nada mais é do que a projeção desse objeto sobre uma superfície sob a ação de raios luminosos Da mesma forma as sucessivas imagens projetadas em uma tela de cinema são resultado da incidência de um feixe de luz sobre as imagens contidas em uma película Um sistema de projeção é constituído por cinco elementos o objeto ou ponto objetivo a projeção o centro de projeção as projetantes e o plano de projeção Do centro de projeção partem as projetantes que passam pelos pontos objetivo e interceptam o plano de projeção Os pontos onde as projetantes interceptam o plano de projeção correspondem às projeções do ponto objetivo Quando a direção das projetantes é perpendicular ao plano de projeção temos a projeção cilíndrica ortogonal Figura 13 onde se podem ver as diagonais de um polígono pontos A B e C projetadas em um plano Desenho Técnico Aplicado 50 Figura 13 Projeções Ortogonais Se o objeto for paralelo ao plano de projeção temse a seguinte situação No Sistema de Projeções Cilíndricas Ortogonais o objeto é representado em Verdadeira Grandeza VG ou seja sua projeção corresponde à mesma forma e tamanho do objeto real Além disso há somente uma posição em que a projeção pode se localizar uma vez que as projetantes só podem assumir uma direção Figura 14 Por esse motivo o sistema mais utilizado em Geometria Descritiva e em Desenho Técnico é o Sistema de Projeções Ortogonais Desenho Técnico Aplicado 51 Figura 14 Projeção ortogonal O método da dupla projeção de Monge Para se definir a forma e a posição de um objeto no espaço de forma satisfatória utilizandose um sistema de projeções uma só projeção não é suficiente Assim na Geometria Descritiva clássica são utilizados dois planos de projeção para se representar um objeto sendo que o sistema de projeção adotado é o Sistema de Projeções Cilíndricas Ortogonais O método da dupla projeção de Monge consiste em se determinar duas projeções ortogonais do objeto sobre dois planos perpendiculares entre si o plano horizontal de projeção π e o plano vertical de projeção π Esses dois planos dividem o espaço em quatro regiões denominadas diedros e se interceptam segundo uma linha chamada linha de terra Os dois planos de projeção definem ainda quatro semiplanos horizontal anterior πA horizontal posterior πP vertical superior πS e vertical inferior πI Figura 15 Desenho Técnico Aplicado 52 Figura 15 Planos de projeção perpendiculares esquerda e semiplanos direita Qualquer objeto quando representado no sistema mongeano possuirá duas projeções uma no plano horizontal de projeção e outra no plano vertical de projeção A projeção do objeto sobre o plano π é chamada de projeção horizontal e a projeção sobre o plano π é denominada projeção vertical Por convenção considerase que o centro de projeção que dá origem à projeção horizontal está localizado acima do plano horizontal π a uma distância infinita enquanto o relativo à projeção vertical está localizado na frente do plano vertical π também a uma distância infinita Rebatendose o plano horizontal π sobre o vertical π ou viceversa é possível representar uma figura do espaço tridimensional em um único plano Assim podese rebater o plano π sobre o plano π girando de 90 o plano π em torno da linha de terra no sentido horário fazendo com que os dois planos de projeção fiquem em coincidência obtendose o que se chama de épura Figura 16 A épura possibilita portanto a representação de um objeto tridimensional em um espaço bidimensional a folha de papel tornando possível a resolução de inúmeros problemas geométricos Desenho Técnico Aplicado 53 Figura 16 Projeções ortogonais do objeto esquerda e Épura do objeto direita Projeções do Ponto No sistema mongeano um ponto possuirá sempre duas projeções a horizontal e a vertical Conhecendose essas projeções é possível determinar a posição do ponto no espaço Por convenção de modo a facilitar o estudo todo ponto situado no espaço deve ser designado por uma letra maiúscula entre parênteses Já as projeções desse ponto situadas sobre os respectivos planos de projeção devem ser designadas pela mesma letra maiúscula porém sem parênteses e a projeção vertical deve ser seguida por um apóstrofo Procedendose ao rebatimento do plano horizontal sobre o vertical obtémse a épura do ponto Figura 17 Na épura as duas projeções de um ponto devem estar ligadas por uma linha denominada linha de chamada que deverá ser sempre perpendicular à linha de terra Desenho Técnico Aplicado 54 Figura 17 Projeções do Ponto A esquerda e Épura do ponto A direita Coordenadas do ponto A distância de um ponto ao plano vertical de projeção é denominada afastamento enquanto a distância deste ponto ao plano horizontal de projeção é chamada de cota O afastamento é positivo quando o ponto está na frente do plano vertical de projeção e negativo quando o ponto está atrás deste plano A cota é positiva quando o ponto situase acima do plano horizontal de projeção e negativa quando o ponto está abaixo deste plano O conhecimento da cota e do afastamento de um ponto não é suficiente para que um ponto seja individualizado Como se trata de um sistema tridimensional é necessário incluir mais uma coordenada para que a posição do ponto fique bem definida Assim incluise uma terceira coordenada a abscissa tomada sobre a linha de terra a partir de um ponto O considerado origem e marcado arbitrariamente sobre esta linha Figura 18 À direita deste ponto a abscissa é positiva à esquerda é negativa Em épura se o afastamento for positivo a projeção horizontal do ponto estará abaixo da linha de terra e se for negativo esta projeção estará acima da linha de terra Por outro lado quando a cota for positiva a projeção vertical do ponto estará acima da linha de terra e se for negativa estará abaixo da linha de terra Ainda com relação à épura se o ponto estiver à direita da origem a abscissa será positiva e se o ponto estiver à esquerda da origem a abscissa será negativa Desenho Técnico Aplicado 55 Figura 18 Coordenadas do ponto e a épura correspondente Estudos da Reta A projeção de um segmento de reta sobre um plano é o lugar das projeções dos infinitos pontos que compõe esse segmento sobre o plano Figura 31 Figura 19 Projeção do segmento de reta AD sobre o plano π Desenho Técnico Aplicado 56 Segmentos de reta paralelos ao plano de projeção Todo segmento de reta paralelo a um plano apresentará projeções com dimensões idênticas às reais ou seja será projetado em verdadeira grandeza qualquer que seja a posição do plano Figura 20 Figura 20 Segmentos de reta paralelos aos planos de projeção Segmentos de reta perpendiculares ao plano de projeção Todo segmento de reta perpendicular a um plano apresentará projeções na forma de um ponto qualquer que seja a posição do plano Figura 21 Desenho Técnico Aplicado 57 Figura 21 Segmentos de reta perpendiculares aos planos de projeção Segmentos de reta oblíquos ao plano de projeção Todo segmento de reta oblíquo a um plano apresentará projeções deformadas tanto em relação à sua medida linear quanto em relação ao seu ângulo qualquer que seja a posição do plano Figura 22 Figura 22 Segmentos de reta oblíquos aos planos de projeção Desenho Técnico Aplicado 58 Figuras Geométricas Planas do 1º Diedro As figuras geométricas planas se projetam nos planos verticais e horizontais da mesma forma que as retas que formam seu contorno As possíveis posições em relação aos planos de projeção são analisadas a seguir Paralelas ao Plano de Projeção sua projeção se apresenta em verdadeira grandeza VG ou seja com suas medidas e ângulos reais Não importa qual a posição do plano horizontal vertical ou de perfil a projeção será sempre em VG Figura 39 Figuras planas paralelas ao planos de projeção Figuras perpendiculares ao plano de projeção Sua projeção se apresenta reduzida a um segmento de reta Não importa qual a posição do plano horizontal vertical ou de perfil a projeção será sempre um segmento de reta Figura 40 Figuras planas perpendiculares ao planos de projeção Desenho Técnico Aplicado 59 Figuras Oblíquas ao Plano de Projeção No caso da figura ser oblíqua inclinada em relação ao plano de projeção sua projeção se apresenta como uma figura deformada ou seja com medidas lineares e angulares diferentes das reais Não importa qual aposição do plano horizontal vertical ou de perfil a projeção será sempre deformada Figura 41 Figuras planas oblíquas aos planos de projeção Importante As figuras são deformadas apenas quanto ás medidas de seus lados e seus ângulos o triangulo aparece na projeção como um triângulo diferente do original o quadrado passa a ter lados de tamanhos diferentes a circunferência tornase semelhante a uma elipse etc Ao trabalhar com os três planos de projeção as figuras deverão ser analisadas de acordo com suas posições relativas a cada um destes planos Lembre sempre que em uma figura geométrica plana os lados são segmentos de reta logo suas projeções obedecerão às regras quanto à projeção dos segmentos A seguir são apresentados alguns exemplos de projeção de figuras simples em relação aos três planos de projeção Posição das figuras planas em relação aos três planos de projeção EX 1 O retângulo está paralelo ao plano π e perpendicular aos planos π e π Logo apresenta VG apenas na projeção horizontal e tornase um segmento de reta nas projeções vertical e de perfil Figura 42 Retângulo paralelo ao plano horizontal π e perpendicular aos planos verticais π e π Ex 2 O triângulo está paralelo ao plano π e perpendicular aos planos π e π Portanto apresenta VG apenas na vista de perfil e tornase um segmento de reta nas projeções horizontal e vertical Figura 43 Triângulo paralelo ao plano de perfil π e perpendicular aos planos vertical e horizontal π e π Ex 3 A circunferência é paralela ao plano frontal π e perpendicular aos planos horizontal π e de perfil π Portanto apresenta VG apenas na projeção vertical e tornase um segmento de reta nos planos horizontal e de perfil Figura 44 Círculo paralelo ao plano vertical π e perpendicular aos planos horizontal e de perfil π e π A projeção de sólidos é feita de forma semelhante à das figuras planas que formam suas faces As figuras planas são definidas pelos segmentos que formam seus lados que por sua vez têm por extremidade dois pontos Para definir as projeções de um sólido devese primeiro projetar suas faces em casos mais complexos podese projetar pontos isolados Ex1 Figura 46 Paralelepípedo paralelo aos três planos de projeção π π e π As faces do paralelepípedo projetado acima são retângulos paralelos ou perpendiculares aos diferentes planos Sua projeção fica determinada pela junção destas diferentes faces Considerando a face em destaque a parte superior do sólido vemos que está paralela ao plano horizontal π e perpendicular aos planos vertical π e de perfil πEntão a projeção horizontal estará em VG e as demais são reduzidas a um segmento de reta Ex 2 Figura 47 Pirâmide com base paralela ao plano horizontal π A pirâmide projetada acima tem base retangular e faces triangulares sua projeção fica então determinada pela junção destas faces Considerando a face em destaque vemos que está oblíqua em relação a π e π e perpendicular a p então as projeções horizontal e de perfil permanecem triangulares mas estão deformadas e a vertical é reduzida a um segmento de reta Ex 3 Figura 48 Cilindro com base paralela ao plano de perfil π O cilindro projetado acima tem uma face circular e sua lateral é uma superfície curvilínea sua projeção fica então determinada pela projeção do círculo e o contorno da lateral Considerando a face em destaque vemos que está perpendicular a π e π e paralela a π então as projeções horizontal e vertical são reduzidas a um segmento de reta e a de perfil está em VG Seis Vistas Ortográficas As três vistas ortográficas principais frontal superior e lateral esquerda por vezes não conseguem esclarecer suficientemente a forma de objetos mais complexos Além de outros recursos podese aumentar o número de vistas para seis São considerados dois planos em cada posição Horizontal abaixo e acima do sólido Vertical atrás e à frente do sólido De perfil à direita e à esquerda do sólido Desenho Técnico Aplicado 66 Figura 49 Sólido representado dentro de uma caixa formada por seis planos de projeção O posicionamento das vistas é feito de uma das formas a seguir Figura 50 Vistas no 1º Diedro esquerda e 3º Diedro direita Desenho Técnico Aplicado 67 Escolha das vistas Devemse executar quantas vistas forem necessárias à perfeita caracterização da forma do objeto estas devem ser selecionadas conforme os seguintes critérios a A vista mais importante de um objeto deve ser utilizada como a vista frontal contendo preferencialmente o comprimento da peça eou o maior número de detalhes b Limitar ao máximo o número de vistas c Evitar vistas com repetição de detalhes Planos Auxiliares A solução de um problema pode ser facilitada quando pelo menos um de seus elementos ocupa uma posição particular seja paralelo a um dos planos de projeção Para que no método mongeano dupla projeção ortogonal uma figura ou objeto ocupe uma posição desejada podemos recorrer a artifícios que visem deslocar a figura ou objeto ou deslocar o sistema de representação adotado A estes artifícios denominamos genericamente de métodos descritivos que são Rotação Quando conservamos o sistema de representação adotado e giramos a figura ou objeto em torno de um eixo Mudança de Planos de Projeção Quando a figura ou objeto é conservada e um dos planos de projeção ou ambos são substituídos mantendo a ortogonalidade entre eles Quando um objeto possui uma face inclinada em relação aos planos principais de projeção esta face não aparece em verdadeira grandeza Desenho Técnico Aplicado 68 Figura 47 Sólido representado nos planos horizontal e vertical e sua épura Para obter a verdadeira grandeza desta face é preciso projetála em um plano auxiliar que lhe seja paralelo Para isso é preciso mudar a posição de um dos planos de projeção plano horizontal de projeção ou plano vertical de projeção ou os dois um após o outro de forma que fique paralelo à face inclinada Assim o objeto permanece fixo e os planos de projeção mudam de posição Figura 23 Sólido representado em um plano de projeção auxiliar e sua respectiva épura Desenho Técnico Aplicado 69 Encerramos aqui nossa terceira unidade de estudos onde você pode entender melhor o funcionamento das vistas no Desenho Técnico o funcionamento da Geometria Descritiva e das Projeções Ortogonais Você já sabe que diferente do olho humano no desenho técnico o objeto observado se projeta em um Plano de Projeção através de linhas ortogonais mais ou menos como os raios de Sol paralelo entre si que se projetam no chão formando a sombra dos objetos Nesta unidade estudamos as projeções de diferentes formas geométricas nos planos horizontal vertical e de perfil dando origem às vistas ortográficas Na próxima unidade você vai estudar o conceito de Escala a relação entre o tamanho do desenho e o tamanho real do objeto É HORA DE SE AVALIAR Lembrese de realizar as atividades desta unidade de estudo Elas irão ajudálo a fixar o conteúdo além de proporcionar sua autonomia no processo de ensinoaprendizagem Desenho Técnico Aplicado 70 Exercícios Unidade 3 1 Defina ponto linha superfície e plano 2 Identifique no texto os conceitos de projeções ortogonais de verdadeira grandeza de Plano de projeção e de Geometria Descritiva Explique o significado e a importância de cada um para o Desenho Técnico Desenho Técnico Aplicado 71 3 Utilize uma régua para representar em uma folha de papel a épura de uma reta com 6cm de comprimento paralela aos planos horizontal e vertical definindo o afastamento de 3cm em relação à linha de terra no plano horizontal e 8cm de cota no plano vertical 4 Utilize uma régua para representar em uma folha de papel a épura de uma reta com 6cm de comprimento paralela ao plano horizontal e perpendicular ao plano vertical definindo o afastamento de 2cm em relação à linha de terra no plano horizontal e 4cm de cota no plano vertical Desenho Técnico Aplicado 72 5 Utilize uma régua para representar em uma folha de papel a épura de um Cubo 6 lados iguais com 5cm de lado definindo o afastamento de 5cm em relação à linha de terra no plano horizontal e 3cm de cota no plano vertical Desenho Técnico Aplicado 73 4 Normas Técnicas em Desenho Desenho Técnico Aplicado 74 Nossa quarta unidade irá tratar da Apresentação da ABNT e das normas que regulam o Desenho Técnico no Brasil Você será apresentado aos formatos de papel utilizados aos elementos como carimbo margem marcas de dobra cotas letras e números além dos tipos de linha das escalas e das legendas Objetivo da Unidade Conhecer as normas da representação gráfica o conjunto de símbolos universalmente identificados do Desenho Técnico Plano da Unidade NBR ISO 102092 Documentação técnica de produto Vocabulário Parte 2 Termos relativos aos métodos de projeção NBR 10067 Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico NBR 10068 Folha de Desenho Leiaute e Dimensões NBR 10582 Apresentação da Folha para Desenho Técnico NBR 13142 Dobramento de Cópia NBR 8402 Execução de Caracteres para Escrita em Desenho Técnico Bons Estudos Desenho Técnico Aplicado 75 A execução de Desenhos Técnicos é inteiramente normalizada pela ABNT Os procedimentos para execução de Desenhos Técnicos aparecem em normas gerais que abordam desde a denominação e classificação dos desenhos até as formas de representação gráfica Há também normas específicas que tratam os assuntos separadamente como as que seguem NBR ISO 102092 Documentação técnica de produto Vocabulário Parte 2 Termos relativos aos métodos de projeção Esta norma é equivalente à ISO 102092 ISO 1993 Ela cancela e substitui a NBR 10647 ABNT 1989 Esta parte da NBR ISO 10209 ABNT 2005 estabelece e define termos relativos aos métodos de projeção usados na documentação técnica de produto abrangendo todos os campos de aplicação NBR 10067 Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico A NBR 10067 ABNT 1995 fixa a forma de representação aplicada em desenho técnico Normaliza o método de projeção ortográfica que pode ser no 1º diedro ou no 3º diedro e os símbolos para representação Figura 21 a denominação das vistas a posição relativa das vistas a escolha das vistas a determinação do número de vistas vistas especiais vista fora de posição vista auxiliar elementos repetitivos detalhes ampliados linhas de interseção vistas de peças simétricas etc cortes e seções e generalidades Desenho Técnico Aplicado 76 Figura 24 Símbolos do método de projeção ortogonal no 1º diedro e no 3º diedro Fonte NBR 10067 NBR 10068 Folha de Desenho Leiaute e Dimensões A NBR 10068 ABNT 1987 tem por objetivo padronizar as características dimensionais das folhas em branco e préimpressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos A norma apresenta entre outros aspectos o leiaute da folha com vistas a posição e dimensão da legenda margem e quadro marcas de centro escala métrica de referência sistema de referência por malhas e marcas de corte O desenho deve ser executado no menor tamanho possível desde que não prejudique sua clareza O formato do papel segue a DIN 476 série A DeutschesInstitutfürNormung originária da Alemanha cuja base é o formato A0 A zero constituído de um retângulo de 841mm x 1189mm 1m2 999949mm2 0999949m2 os lados desse retângulo possuem a mesma relação que existe entre o lado de um quadro e sua diagonal ou seja 2 x 841 1189 Através de sucessivos cortes dividindo em duas partes iguais os formatos obtêmse os tamanhos menores da série Figura 25 Desenho Técnico Aplicado 77 Figura 25 Formatos derivados da série A A legenda deve estar dentro do quadro para desenho de tal forma que contenha todos os dados para identificar o desenho número origem título executor etc esta deve estar localizada no canto inferior direito tanto nas folhas posicionada horizontalmente quanto verticalmente como mostra a Figura 26 Desenho Técnico Aplicado 78 Figura 26 Folha Horizontal e Vertical As margens são limitadas pelo contorno externo da folha e o quadro O quadro limita o espaço para o desenho Figura 24 Figura 27 Margens O formato da folha recortada da série A é considerado principal As margens esquerda e direita bem como as larguras das linhas devem ter as dimensões constantes na Tabela 01 Desenho Técnico Aplicado 79 Tabela 2 Formatos das séries A em milímetros NBR 10582 Apresentação da Folha para Desenho Técnico A NBR 10582 ABNT 1988 normaliza a localização e disposição do espaço destinado para o desenho texto e legenda Como regra geral devese organizar os desenhos distribuídos na folha de modo a ocupar toda a área e organizar os textos acima ou ao lado da legenda junto à margem Figura 28 Distribuição do texto desenho e legenda na folha Toda folha de desenho deve possuir no canto inferior direito um quadro destinado à legenda Este quadro deve conter o título do projeto nome da empresa escalas unidades em que são expressas as informações número da folha caso o projeto tenha mais de uma folha e outras informações necessárias para sua interpretação Figura 29 Desenho Técnico Aplicado 80 Figura 29 Exemplo de legenda Acima da legenda é construído o quadro de especificações contendo quantidade denominação do objeto material dimensão entre outros que se julgar necessário A legenda deve ser traçada conforme a NBR 10068 Erro Fonte de referência não encontrada Tabela 3 Dimensões da Legenda conforme o formato da folha em milímetros Formatos Comprimento A0 E A1 175 A2 A3 E A4 178 NBR 13142 Dobramento de Cópia A NBR 13142 ABNT 1999 fixa a forma de dobramento de todos os formatos A de folhas desenho As cópias devem ser dobradas de modo a deixar visível a legenda NBR 10582 Esta dobragem facilita a fixação das folhas em pastas que serão arquivadas sendo assim as folhas são dobradas até que suas dimensões sejam as da folha A4 Figuras 07 a 11 Figura 30 Formatos A4 e A3 Desenho Técnico Aplicado 81 Figura 31 Formato A2 Figura 32 Formato A1 Desenho Técnico Aplicado 82 Figura 33 Formato A0 NBR 8402 Execução de Caracteres para Escrita em Desenho Técnico A NBR 8402 ABNT 1994 normaliza as condições para a escrita usada em Desenhos Técnicos e documentos semelhantes Visa a uniformidade a legibilidade e a adequação à microfilmagem e a outros processos de reprodução A habilidade no traçado das letras só é obtida pela prática contínua e com perseverança Não é pois uma questão de talento artístico ou mesmo de destreza manual SILVA 1987 Desenho Técnico Aplicado 83 A maneira de segurar o lápis ou lapiseira é o primeiro requisito para o traçado das letras A pressão deve ser firme mas não deve criar sulcos no papel Segundo Silva 1987 a distância da ponta do lápis até os dedos deve ser 13 do comprimento do lápis aproximadamente Na execução das letras e algarismos podem ser usadas pautas traçadas levemente com lápis H bem apontado ou lapiseira 03mm com grafite H Estas pautas são constituídas de quatro linhas As distâncias entre estas linhas e entre as letras são apresentadas na Figura 34e a tabela 04 a seguir Figura 34 Características da forma de escrita Fonte NBR 8402 ABNT 1994 Tabela 4 Proporções e dimensões de símbolos gráficos Fonte NBR 8402 ABNT 1994 A escrita pode ser vertical ou inclinada em um ângulo de 15º para a direita em relação à vertical Figuras 14 e 15 Desenho Técnico Aplicado 84 Figura 35 Forma da escrita vertical e inclinada Fonte NBR 8402 ABNT 1994 A NBR 8403 ABNT 1984 fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes Tabela 5 e Tabela 6 A largura das linhas corresponde ao escalonamento 2 conforme os formatos de papel para desenhos técnicos permitindo que na redução e reampliação por microfilmagem obtenhase novamente as larguras de linhas originais A relação entre as larguras de linhas largas e estreita não deve ser inferior a 2 As larguras devem ser escolhidas conforme o tipo dimensão escala e densidade de linhas do desenho de acordo com o seguinte escalonamento 013 018 025 035 050 070 100 140 e 200mm As larguras de traço 013 e 018 mm são utilizadas para originais em que a sua reprodução se faz em escala natural Desenho Técnico Aplicado 85 Tabela 5 Tipos de Linhas em Desenho Fonte NBR 8403 ABNT 1984 Importante Se existirem duas alternativas em um mesmo desenho só deve ser aplicada uma opção Desenho Técnico Aplicado 86 Tabela 6 Continuação Tipos de Linhas em Desenho Fonte NBR 8403 ABNT 1984 Em muitas situações ocorrem cruzamentos de linhas visíveis com invisíveis ou com linhas de eixo Nestas situações a representação pode ser tornada clara utilizandose algumas convenções que embora não normalizadas podem ser bastante úteis em particular para a realização e compreensão de esboços Algumas destas convenções estão normalizadas pela ISO 12820 1996 mas os programas de CAD normalmente não as utilizam As convenções para a interseção de linhas são apresentadas na Tabela 06 SILVA et al 2006 Tabela 7 Interseção de linhas Fonte Silva et al 2006 Desenho Técnico Aplicado 87 Escalas Através do Desenho Arquitetônico o arquiteto ou o desenhista gera os documentos necessários para as construções Esses são reproduzidos em pranchas isto é folhas de papel com dimensões padronizadas por norma técnica onde o espaço utilizável é delimitado por linhas chamadas de margens Uma prancha A4 por exemplo tem 21cm de largura por 297cm de altura e espaço utilizável de 175 cm de largura por 277 cm de altura Desta forma se tivermos que desenhar a planta o corte e a fachada de uma edificação nesta prancha estes deverão estar em ESCALA As escalas são encontradas em réguas próprias chamadas de escalímetros Assim a escala é a relação que indica a proporção entre cada medida do desenho e a sua dimensão real no objeto Um dos fatores que determina a escala de um desenho é a necessidade de detalhe da informação Normalmente na etapa de projeto executivo quando elementos menores e cheios de detalhes da construção estão sendo desenhados para serem executados como por exemplo as esquadrias portas janelas etc normalmente as desenhamos em escalas mais próximas do tamanho real 120 ou 125 Outro fator que influencia a escolha da escala é o tamanho do projeto Prédios muito longos ou grandes extensões urbanizadas em geral são desenhados nas escalas de 1500 ou 11000 Isto visando não fragmentar o projeto o que quando ocorre dificulta às vezes a sua compreensão A escolha da escala geralmente determina também o tamanho da prancha que vai se utilizar Com a prática do desenho a escolha da escala certa se torna um exercício extremamente simples À medida que a produção dos desenhos acontece a escolha fica cada vez mais acertada Só uma dica um prédio com 100 metros de comprimento 10000 cm para ser desenhado na escala de 1100 precisa de 1 metro 100 cm de espaço disponível na folha de papel para ser desenhado Na de 150 o dobro Assim você pode determinar a prancha a ser utilizada Por exemplo um projeto pequeno desenhado na escala de 1100 ou 1100 talvez possa utilizar uma prancha A4 ou A3 Um projeto nesta escala significa que o desenho estará 100 vezes menor que a verdadeira dimensãograndeza VG Então se estamos desenhando uma porta de nosso projeto com 1 metro de largura VG ela aparecerá no desenho em escala com 1 centímetro de comprimento Se escolhermos 150 ou 150 o desenho será 50 vezes menor e Desenho Técnico Aplicado 88 assim por diante Como podemos observar o tamanho do desenho produzido é inversamente proporcional ao valor da escala Por exemplo um desenho produzido na escala de 150 é maior do que ele na escala de 1200 Escalas recomendadas Escala 11 12 15 e 110 Detalhamentos em geral Escala 120 e 125 Ampliações de banheiros cozinhas ou outros compartimentos Escala 150 É a escala mais indicada e usada para desenhos de plantas cortes e fachadas de projetos arquitetônicos Escala 175 Juntamente com a de 125 é utilizada apenas em desenhos de apresentação que não necessitem ir para a obra maior dificuldade de proporção Escala 1100 Opção para plantas cortes e fachadas quando é inviável o uso de 150 plantas de situação e paisagismo também para desenhos de estudos que não necessitem de muitos detalhes Escala 1175 Para estudos ou desenhos que não vão para a obra Escala 1200 e 1250 Para plantas cortes e fachadas de grandes projetos plantas de situação localização topografia paisagismo e desenho urbano Escala 1500 e 11000 Planta de localização paisagismo urbanismo e topografia Escala 12000 e 15000 Levantamentos aerofotogramétricos projetos de urbanismo e zoneamento As escalas são classificadas em dois tipos Gráficas Numéricas Escalas Numéricas A escala numérica pode ser de redução ou de ampliação É chamada de ampliação quando a representação gráfica é maior do que o tamanho real do objeto Exemplo 31 51 101 A escala de redução é mais utilizada em arquitetura Quando o desenho é sempre realizado em tamanho inferior ao que o objeto real Exemplo 125 150 1100 Ex Escala 15 cada 1 cm do desenho representa 5cm da peça Para desenhar nesta escala dividese por 5 a verdadeira grandeza das medidas A escala se expressa pela divisão entre o tamanho da imagem e tamanho do objeto representado ou sejaE l₀ l Desenho Técnico Aplicado 90 As cotas são a forma pela qual passamos nos desenhos as informações referentes às dimensões de projeto São normalmente dadas em centímetros Isso porque nas obras os operários trabalham com o metro trena dobrável com 2 metros de comprimento que apresenta as dimensões em centímetros Assim para quem executa a obra usuário do metro a visualização e a aplicação das dimensões se torna mais clara e direta Isso não impede que seja utilizada outra unidade desde que mantida em todo o desenho a mesma unidade Normalmente para desenhos de alguns detalhes quando a execução requer rigorosa precisão as dimensões podem ser dadas em milímetros Na hora de cotar devese ter o cuidado de não apresentar em um mesmo desenho duas unidades diferentes centímetros e metros por exemplo As áreas podem e devem ser dadas em metros quadrados Assim procurar sempre informar através de uma nota de desenho as unidades utilizadas como por exemplo cotas dadas em centímetros e áreas em metros quadrados Os desenhos de arquitetura bem como todo desenho técnico devem ter as suas medidas indicadas corretamente Indicar a medida da cota errada ou uma má indicação costuma trazer prejuízos e aborrecimentos Figura 37 Exemplo de cotas As cotas sempre que possível devem estar margeando os desenhos ou seja fora do limite das linhas principais de uma planta corte ou qualquer outro desenho Isso não impede que algumas cotas sejam dadas no interior mas devese evitar a fim de não dificultar a leitura das informações Desenho Técnico Aplicado 91 Na sua representação são utilizadas linhas médiasfinas para traçado das linhas de cota que determina o comprimento do trecho a ser cotado linhas de chamada que indicam as referências das medidas e o tick que determina os limites dos trechos a serem dimensionados Nos desenhos a linha de cota normalmente dista 25cm em escala 11 da linha externa mais próxima do desenho Quando isso não for possível admitese que esteja mais próxima ou mais distante conforme o caso A distância entre linhas de cota deve ser de 10 cm escala 11 As linhas de chamada devem partir de um ponto próximo ao local a ser cotado mas sem tocar deixar 05 cm em escala 11 cruzar a linha de cota e se estender até um pouco mais além desta 05 cm em escala 11 O tick sempre a 45º à direita ou uma circunferência pequena cheia que cruza a interseção entre a linha de cota e a de chamada Este deve ter um traçado mais destacado através de uma linha mais grossa ou circunferência cheia para facilitar a visualização do trecho cotado O texto deve estar sempre acima da linha de cota sempre que possível no meio do trecho cotado e afastado aproximadamente 2mm da linha de cota Caracteres com 3mm de altura Figura 38 Linha de Cota Linha de Chamada e Tick traço Desenho Técnico Aplicado 92 Princípios Gerais As cotas de um desenho ou projeto devem ser expressas em uma única unidade de medida As cotas devem ser escritas sem o símbolo da unidade de medida m mm ou cm As cotas devem ser escritas acompanhando a direção das linhas de cota Qualquer que seja a escala do desenho as cotas representam a verdadeira grandeza das dimensões medidas reais As linhas de cota devem ser contínuas e os algarismos das cotas devem ser colocados ACIMA da linha de cota Quando a peça for muito grande devese interromper a peça e não a linha de cota Figura 39 Exemplo de cota contínua com desenho interrompido Desenho Técnico Aplicado 93 Figura 40 Recomendações de posicionamento dos textos das cotas E assim encerramos nossa quarta unidade de estudos agora você já sabe o conceito de Escala a relação entre o tamanho do desenho e o tamanho real do objeto Viu como nem sempre é possível desenhar os objetos em seu tamanho real no caso da arquitetura por exemplo mas é necessário manter as proporções entre eles ou seja reduzir igualmente todas as medidas pelo mesmo fator mantendo as medidas angulares Na próxima unidade você irá estudar as plantas baixas e qual a forma de representar diversos elementos e características neste tipo de desenho É HORA DE SE AVALIAR Lembrese de realizar as atividades desta unidade de estudo Elas irão ajudálo a fixar o conteúdo além de proporcionar sua autonomia no processo de ensinoaprendizagem Desenho Técnico Aplicado 94 Exercícios da Unidade 4 1 Utilizando uma folha de papel A4 deitada desenhe a margem e o carimbo Em seguida preencha o carimbo utilizando os padrões de escrita descritos na NBR 8402 2 Calcule a escala de um desenho sabendo que um muro que mede 30m de comprimento está representado no papel com 15cm 3 Se uma determinada peça de madeira mede 130 m de comprimentos desenhando a peça na escala de 15 qual será o comprimento do desenho em centímetros Desenho Técnico Aplicado 95 4 Qual é a função da cota no desenho técnico 5 O que são escalas gráficas Desenho Técnico Aplicado 97 5 Projeções Horizontais Desenho Técnico Aplicado 98 Chegamos a nossa penúltima unidade ela você vai aprender o que são plantas baixas e qual a forma de representar diversos elementos e características neste tipo de desenho Objetivos da Unidade Representar plantas variadas para aprovação e execução de projetos Conhecer os métodos de desenho e as informações que devem ser incorporadas a cada tipo de planta segundo as normas técnicas Plano da Unidade Planta Baixa Composição do Desenho Representação dos Elementos Construtivos Representação das informações Cotas Gerais Outras Informações Bons Estudos Desenho Técnico Aplicado 99 Planta Baixa A planta baixa é a representação gráfica de uma vista ortográfica seccional do tipo corte obtida quando imaginamos passar por uma construção um plano projetante secante horizontal de altura a seccionar o máximo possível de aberturas média de 120 a 150m em relação ao piso do pavimento em questão e considerando o sentido de visualização do observador de cima para baixo acrescido de informações técnicas Figura 41 Representação do plano de projeção que dá origem à Planta Baixa Desenho Técnico Aplicado 100 Figura 42 Planta baixa cotada Desenho Técnico Aplicado 101 Denominação e Quantidade Qualquer construção projetada para um único piso terá a necessidade óbvia de uma única planta baixa que será denominada simplesmente Planta Baixa Em construções projetadas com vários pavimentos será necessária uma planta baixa para cada pavimento distinto arquitetonicamente Vários pavimentos iguais terão como representação uma única planta baixa que neste caso será chamada de Planta Baixa do Pavimento Tipo Quanto aos demais pavimentos o título da planta recebe a denominação do respectivo piso Exemplo Planta Baixa do 1º Pavimento Planta Baixa do Subsolo Planta Baixa do Pavimento de Cobertura Utilizamse as denominações piso ou pavimento e não andar Composição do Desenho Como em todos os desenhos técnicos a representação gráfica não se constituirá apenas na reprodução do objeto mas também na complementação através de um determinado número de informações ou indicadores Do ponto de vista didático convém então dividir os elementos gráficos em dois grupamentos desenho dos elementos construtivos e representação das informações Em planta baixa os componentes mais comuns e normalmente frequentes em cada um dos casos são os seguintes Desenho dos elementos construtivos paredes e elementos estruturais aberturas portas janelas portões pisos e seus componentes degraus rampas escadas equipamentos de construção aparelhos sanitários roupeiros lareiras aparelhos elétricos de porte fogões geladeiras máquinas de lavar e elementos de importância não visíveis Representação das informações nome das dependências áreas úteis das peças tipos de pisos dos ambientes níveis posições dos planos de corte verticais cotas das aberturas ou simbologia de representação com quadro de esquadrias cotas gerais informações sobre elementos não visíveis outras informações Desenho Técnico Aplicado 102 Representação dos Elementos Construtivos Paredes São representadas de acordo com suas espessuras e com simbologia relacionada ao material que as constitui Normalmente desenhase a parede de 15cm ela pode variar conforme a intenção e necessidade arquitetônica Figura 43 Representação de paredes em planta Desenho Técnico Aplicado 103 Portas e portões São desenhados representandose sempre as folhas da esquadria com linhas auxiliares Se necessário procurando especificar o movimento das folhas e o espaço ocupado Figura 44 Representação de portas em planta Desenho Técnico Aplicado 104 Janelas São representadas através de uma convenção genérica sem dar margem a uma maior interpretação quanto ao número de caixilhos ou funcionamento da esquadria Figura 45 Representação de janelas em planta Pisos Em nível de representação gráfica em Planta Baixa os pisos são apenas distintos em dois tipos comuns ou impermeáveis representados apenas em áreas dotadas de equipamentos hidráulicos Salientase que o tamanho do reticulado constitui uma simbologia não tendo a ver necessariamente com o tamanho real das lajotas ou pisos cerâmicos convencionase utilizar 30x30cm ou 50x50cm Figura 46 Representação de pisos em planta Desenho Técnico Aplicado 105 Equipamentos de Construção Dependendo de suas alturas podem ser seccionados ou não pelo plano que define a planta baixa Em uma ou outra situação são normalmente representados pelo número mínimo de linhas básicas para que identifiquem sua natureza Figura 47 Representação de equipamentos em planta Figura 48 Representação de equipamentos em planta Aparelhos Elétricos Em Planta Baixa são representados os aparelhos elétricos de porte de posição fixa ou semifixa e projetada pela necessidade de conhecimento de seus posicionamentos com vista aos projetos complementares Figura 49 Representação de aparelhos elétricos em planta Desenho Técnico Aplicado 106 Elementos não visíveis No desenho da Planta Baixa devemse indicar elementos julgados de importância pelo projetista mas situados acima do plano de corte ou abaixo mas escondidos por algum outro elemento arquitetônico Neste caso devese sempre representar o contorno do elemento considerado através do emprego de linhas tracejadas curtas de espessura fina conforme exemplificações a seguir Figura 50 Representação de elementos não visíveis em planta Representação das informações Nome das peças Em todo e qualquer projeto arquitetônico independentemente da finalidade da construção é indispensável a colocação de denominação em todas as peças de acordo com suas finalidades Esta denominação deve atender ao seguinte Nomes em letras padronizadas conforme NBR Nomes sempre na horizontal Utilização sempre de letras maiúsculas Tamanho das letras entre 3 e 5mm Letras de eixo vertical não inclinadas Colocação convencional no centro das peças Desenho Técnico Aplicado 107 Áreas das Peças É igualmente de indispensável indicação a colocação das áreas úteis de todas as peças áreas internas aproveitáveis de acordo com o seguinte Colocação sempre abaixo do nome da peça deixar espaçamento de 2mm entre cada texto Letras um pouco menores do que a indicação do nome das peças 3mm ou 2mm Algarismos de eixo vertical Indicação sempre na unidade M² metros quadrados Precisão de dm² duas casas após a vírgula 553 Tipo de Piso dos Ambientes Deve ser indicado também em cada peçaambiente representado em planta baixa o seu respectivo tipo de piso da seguinte forma Colocação sempre abaixo da área útil da peça deixar espaçamento de 2mm entre cada texto Letras do mesmo tamanho que o texto da área 3mm ou 2mm Algarismos de eixo vertical Figura 51 Níveis das Dependências Desenho Técnico Aplicado 108 Os níveis são cotas altimétricas dos pisos sempre em relação a uma determinada referência de nível préfixada pelo projetista e igual a 0 zero A colocação os níveis deve atender ao seguinte Colocados dos dois lados de uma diferença de nível Evitar repetição de níveis próximos em planta Não marcar sucessão de desníveis iguais escada Algarismos padronizados pela NBR Escrita horizontal Colocação do sinal ou antes da cota de nível Indicação sempre em metros Simbologia convencional Figura 52 Indicação de nível em planta Cotas nas Aberturas Forma 1 Portas Todas as portas e portões devem ser cotados identificandose sua largura e altura de acordo com o seguinte Sempre na ordem l x h largura por altura Algarismos padronizados Posicionamento ao longo das folhas Desenho Técnico Aplicado 109 Figura 53 Indicação de cotas nas aberturas em planta Janelas Todas as janelas devem ser cotadas em Planta Baixa identificandose sua largura altura e peitoril de acordo com o seguinte Sempre na ordem l x h p largura por altura sobre peitoril Algarismos padronizados Posicionamento interno ou externo à construção apenas uma opção em um projeto Figura 54 Indicação de cotas de janelas em planta Cotas nas Aberturas Forma 2 Utilização de Quadro de Esquadrias A forma mais recomendada por ser mais completa para a representação das informações relativas às esquadrias é a utilização de códigos e quadro de esquadrias Segundo essa metodologia cada esquadria diferente entre si deverá ser acompanhada por um código sequencial dentro de uma circunferência O mesmo código deve aparecer em um quadro denominado quadro de esquadrias que descreverá as informações relevantes de tal esquadria Desenho Técnico Aplicado 110 Importante Comumente utilizase para janelas os códigos J1 J2 J3 e para portas P1 P2 P3 P4 O quadro de esquadrias deverá conter pelo menos código dimensões tipo de funcionamento e materiais da esquadria que está sendo descrita Cotas Gerais O desenho da Planta Baixa só será considerado completo se além da representação gráfica dos elementos contiver todos os indicadores necessários dentre os quais as cotas dimensões são dos mais importantes A cotagem deve seguir as seguintes indicações gerais As cotas devem ser preferencialmente externas As linhas de cota no mesmo alinhamento devem ser completas A quantidade de linhas deve ser distribuída no entorno da construção sendo que a primeira linha deve ficar afastada 25 cm do último elemento a ser cotado e as seguintes devem afastarse umas das outras 10cm Todas as dimensões das peças e espessuras de paredes devem ser cotadas As aberturas de vãos e esquadrias devem ser cotadas e amarradas aos elementos construtivos Todas as dimensões totais devem ser identificadas As linhas mais subdivididas devem ser as mais próximas do desenho As linhas de cota nunca devem se cruzar Identificar pelo menos três linhas de cota subdivisão de paredes e esquadrias cotas das peças e paredes e cotas totais externas Desenho Técnico Aplicado 111 Figura 55 Indicação de cotas gerais em planta Outras Informações Além das informações anteriores já discriminadas e ocorrentes em qualquer projeto cabe ao projetista adicionar ainda todos e quaisquer outros elementos que julgue serem indispensáveis ao esclarecimento e que não congestionem demais a representação gráfica Entre os mais frequentes citamse dimensões de degraus sentido de subida das escadas setas capacidade de reservatórios superior e inferior indicação de projeções de coberturas identificação de iluminação zenital eventual discriminação dos tipos de pisos E assim encerramos nossa penúltima unidade de estudos onde você aprendeu o que são plantas baixas e qual a forma de representar diversos elementos e características neste tipo de desenho Na nossa ultima unidade você via estudar que o conjunto desses desenhos permite a compreensão total da construção ou do objeto a ser construído graças a sua complementaridade É HORA DE SE AVALIAR Lembrese de realizar as atividades desta unidade de estudo Elas irão ajudálo a fixar o conteúdo além de proporcionar sua autonomia no processo de ensinoaprendizagem Desenho Técnico Aplicado 112 Exercícios da Unidade 5 1 Represente com auxílio de instrumentos uma porta de correr externa medindo 080 x 210m em planta baixa na escala de 125 2 Represente com auxílio de instrumentos uma janela medindo 180 x 120m com peitoril de 90cm em planta baixa na escala de 125 Desenho Técnico Aplicado 113 3 Represente com o auxílio de instrumentos um cômodo da sua residência indicando piso paredes área cotas e quaisquer informações que se julgar necessárias 4 Em uma planta baixa é verdadeiro dizer que a área dos cômodos é representada em verdadeira grandeza Explique Desenho Técnico Aplicado 114 5 Represente com auxílio de instrumentos um banheiro medindo 180 x 150m em planta posicionando os equipamentos cotas e demais indicações como de acordo com o que foi ensinado neste capítulo Desenho Técnico Aplicado 115 6 Projeções Verticais Desenho Técnico Aplicado 116 E para finalizar nesta unidade serão apresentados os desenho em projeção vertical que podem ser vistas quando observados desde fora ou cortes quando seccionados e observados por dentro Objetivos da Unidade Representar vistas e cortes variados para aprovação e execução de projetos Conhecer os métodos de desenho e as informações que devem ser incorporadas a cada tipo de desenho segundo as normas técnicas Plano da Unidade Elevações ou Fachadas Representação dos Elementos Revestimentos Etapas para o desenho da elevação Cortes Representação Dos Elementos Construtivos Representação das informações Bons Estudos Desenho Técnico Aplicado 117 Elevações ou Fachadas Elevações ou fachadas são elementos gráficos componentes de um projeto de arquitetura constituídos pela projeção das arestas visíveis do volume sobre um plano vertical localizado fora do elemento arquitetônico São as vistas principais frontal posterior lateral direita ou esquerda ou eventualmente auxiliares da edificação elaboradas com a finalidade de fornecer dados para a execução da obra bem como antecipar a visualização externa da edificação projetada Nelas aparecem os vãos de janelas de portas de elementos de fachada de telhados assim como todos os outros visíveis de fora da edificação Figura 56 Rebatimento das vistas de uma construção Desenho Técnico Aplicado 118 Os desenhos em elevação expressam a forma e as massas da estrutura as aberturas de portas e janelas tipo tamanho e localização os materiais a textura e o contexto Em desenhos constituídos apenas de linhas sem penumbras e sombras projetadas diferenças nos pesos das linhas auxiliam na sugestão da profundidade dos planos Quanto mais pesada a delineação de um elemento mais para a frente o desenho parece situarse quanto mais leve a delineação mais ele parece recuar Figura 57 Diferenciação de planos em vistas Quantidade de Elevações A quantidade de elevações externas necessárias é variável ficando sua determinação a critério do projetista normalmente dependendo de critérios tais como Sofisticação dos acabamentos externos Número de frentes do lote Posição da porta principal de acesso Irregularidade das paredes externas Para a aprovação de um projeto na Prefeitura Municipal exigese no mínimo uma representação de elevação normalmente a frontal Desenho Técnico Aplicado 119 Denominação das Elevações Havendo uma única fachada o desenho recebe apenas esta denominação específica ELEVAÇÃO ou FACHADA Existindo mais do que uma elevação há que se distinguirem os vários desenhos conforme a sua localização no projeto Há critérios variáveis aceitos desde que em um mesmo projeto utilizese sempre o mesmo critério Pelo nome da vista frontal posterior lateral direita lateral esquerda Pela orientação geográfica norte leste sudeste etc Pelo nome da rua para construções de esquina Pela importância principal secundária apenas para duas fachadas Letras e números Representação dos Elementos Em elevações ou fachadas a principal indicação é de que os elementos devem ser representados com a máxima fidelidade possível dentro dos recursos disponíveis de instrumental e de escala Saibase complementarmente que na maioria das vezes não há outra indicação de informações senão dos materiais utilizados não se devem cotar as fachadas A seguir algumas demonstrações exemplificativas de alguns dos principais componentes de elevações revestimentos e esquadrias os quais podem apresentar várias diversificações além das apresentadas Portas Marco 5cm Fechadura altura 100 a 105 cm Soleira 5 cm Divisões principais Elementos secundários Desenho Técnico Aplicado 120 Figura 58 Representação de portas em vista Janelas Marco 5 cm Pingadeira externa 5cm Divisões estruturais Parte externa Parte interna Figura 59 Representação de janelas em vista Desenho Técnico Aplicado 121 Revestimentos Figura 60 Representação de revestimentos em vista Etapas para o desenho da elevação No caso em que as fachadaselevações são desenhadas na mesma escala que a planta baixa e os cortes recomendável o trabalho do desenhista fica consideravelmente facilitado o escalímetro não precisa ser usado Colar a prancha em branco sobre a prancheta sobre a qual vamos desenhar a elevação Sobre a prancha em branco colar a planta baixa no sentido da elevação que vamos desenhar Traçar com o auxílio da régua paralela e dos esquadros todas as linhas de projeção verticais das paredes e demais detalhes da planta que são de interesse para o desenho da fachada na prancha branca Retirar a planta baixa e sobre o papel de desenho colar um dos cortes com maior detalhe e com a altura da cumeeira lateralmente ao desenho da elevação alinhando o nível externo do corte com a linha do piso da elevação Desenho Técnico Aplicado 122 Transportar todos os detalhes em altura que interessam ao desenho da elevação altura e forma da cobertura altura das portas das janelas dos peitoris etc A interseção destas linhas horizontais com as verticais traçadas a partir da planta baixa permite ao desenhista completar com facilidade o desenho Esta maneira de trabalhar traz inúmeras vantagens principalmente rapidez e impossibilidade de erros de escala ou desenhos que não estejam de acordo com a planta projetada A existência de saliências e reentrâncias nas elevaçõesfachadas permite obter contrastes de luz e sombras que valorizam o desenho Figura 61 Etapas para o desenho de elevação Desenho Técnico Aplicado 123 Importante A escala utilizada para a representação de elevaçõesfachadas deve ser a mesma da planta baixa preferencialmente 150 Uma maior atenção deve ser dada no desenho de elevaçõesfachadas à espessura dos traços que é um recurso utilizado para dar noção de profundidade dos planos no elemento representado Embora não obrigatória a utilização da técnica de sombras em fachadas é conveniente e dá melhor apresentação e interpretação ao desenho Em fachadaselevações não se deve tentar fazer representações muito detalhadas de esquadrias o que é função de desenho de detalhamento em escala adequada representamse apenas as linhas compatíveis com a escala indicando o tipo de esquadria a ser utilizada É possível e aconselhável o enriquecimento da elevaçãofachada com a utilização de vegetação pessoas veículos etc para dar a noção de escala e aproximar da realidade desde que não impeçam a visualização de elementos de importância da construção Figura 62 Vistas frontal e lateral alinhadas a partir da planta baixa Desenho Técnico Aplicado 124 Exemplos Figura 63 Construção de Elevações Figura 64 Exemplos de elevações Desenho Técnico Aplicado 125 Figura 65 Exemplos de elevações Cortes Os cortes são representações de vistas ortográficas seccionais do tipo corte obtidas quando passamos por uma construção um plano de corte e projeção vertical normalmente paralelo às paredes e retiramos a parte frontal mais um conjunto de informações escritas que o complementam Assim neles encontramos o resultado da interseção do plano vertical com o volume Os cortes são os desenhos em que são indicadas as dimensões verticais O objetivo dos cortes em um projeto de edificação é ilustrar o maior número de relações entre espaços interiores e significantes que se desenvolvem em altura e que por consequência não são devidamente esclarecidos em planta baixa A sua orientação é feita na direção dos extremos mais significantes deste espaço Normalmente se faz no mínimo dois cortes um transversal e outro longitudinal ao objeto cortado para melhor entendimento Podem sofrer desvios sempre dentro do mesmo compartimento para possibilitar a apresentação de informações mais pertinentes Os cortes podem ser transversais plano de corte na menor dimensão da edificação ou longitudinais na maior dimensão Desenho Técnico Aplicado 126 A quantidade de cortes necessários em um projeto porém é de exclusiva determinação do projetista em função das necessidades do projeto São fatores que influenciam a quantidade de cortes Irregularidades das paredes internas Sofisticação de acabamentos internos Formato poligonal da construção Diferenças de níveis nos pisos Existência de detalhamentos internos Figura 66 Plano de Corte transversal Desenho Técnico Aplicado 127 Figura 67 Plano de Corte longitudinal Posicionamento dos cortes Os planos normalmente são paralelos às paredes e posicionados pela presença de pésdireitos variáveis esquadrias especiais barreiras impermeáveis equipamentos de construção escadas elevadores etc A posição do plano de corte e o sentido de observação dependem do interesse de visualização Recomendase sempre passálo pelas áreas molhadas banheiro e cozinha pelas escadas e poço dos elevadores Os cortes devem sempre estar indicados nas plantas para possibilitar sua visualização e interpretação indicar a sua posição e o sentido de visualização A indicação dos cortes em planta baixa tem uma simbologia específica Figura 68 Simbologia que representa o plano de corte em planta Desenho Técnico Aplicado 128 A orientação dos CORTES é feita na direção dos extremos mais significantes Do espaço cortado O sentido de visualização dos cortes deve ser indicado em planta bem como a sua localização Figura 69 Planos de corte e simbologia que representa os planos em planta baixa Desenho Técnico Aplicado 129 Representação Dos Elementos Construtivos Fundações São desenhadas em função dos materiais utilizados e de sua disposição geral com dimensões aproximadas se houver pois seu detalhamento é função do projeto estrutural Alguns exemplos de fundações mais utilizadas Figura 70 Representação de fundações em corte PisoContrapiso Normalmente identificase apenas a espessura do contrapiso piso com espessura aproximada de 10cm através de duas linhas paralelas cortadas espessura de linha médiagrossa A terra ou aterro são indicados através de hachura inclinada O contrapiso ocorre alinhado com a viga baldrame das paredes Figura 71 Representação de contrapiso em corte Desenho Técnico Aplicado 130 Paredes Nos cortes as paredes podem aparecer seccionadas ou em vista No caso de paredes seccionadas a representação é semelhante ao desenho em planta baixa Existindo paredes em vista que não são cortadas pelo plano de corte a representação é similar aos pisos em planta Figura 72 Representação de paredes em corte Equipamentos de construção Os equipamentos de construção podem aparecer em corte ou em vista na representação dos cortes verticais Tanto em uma situação como em outra basta representálos com suas linhas básicas que identificam o aparelho ou equipamento Abaixo algumas representações Figura 73 Representação de equipamentos em corte Desenho Técnico Aplicado 131 Forroslajes Geralmente os forros são constituídos de lajes de concreto representadas de maneira similar ao contrapiso com espessura de 10cm Sobre as paredes representase as vigas em concreto Pode haver forro de madeira ou gesso por exemplo abaixo da laje ou sem a presença desta Estes forros serão representados por duas linhas finas paralelas com a espessura do forro Figura 74 Representação de lajes e forros em corte Coberturas Neste semestre representaremos a cobertura de forma simplificada apenas com os traços básicos de seu contorno ou com laje impermeabilizada No próximo semestre se estudará o detalhamento da cobertura e a forma de representação de todos os seus elementos estruturais e materiais Aberturas PORTAS em vista são indicadas apenas pelo seu contorno preferencialmente com linhas duplas 5cm quando forem dotadas de marco Em corte indicase apenas o vão com a visão da parede do fundo em vista JANELAS em vista seguem as mesmas diretrizes das portas Em corte têm representação similar à planta baixa marcandose o peitoril como parede traço cheio e grosso e a altura da janela quatro linhas paralelas em traço cheio e médio Desenho Técnico Aplicado 132 Figura 75 Representação de portas e janelas em corte Representação das informações No desenho dos cortes verticais as representações são as cotas verticais indicação de níveis e denominação dos ambientes cortados Outras informações julgadas importantes podem ser discriminadas impermeabilizações capacidade de reservatórios inclinação telhados informações relativas a escadas rampas e poços de elevador etc Cotas São representadas exclusivamente as cotas verticais de todos os elementos de interesse em projeto e principalmente Pés direitos altura do piso ao forroteto Altura de balcões e armários fixos Altura de impermeabilizações parciais Cotas de peitoris janelas e vergas Cotas de portas portões e respectivas vergas Desenho Técnico Aplicado 133 Cotas das lajes e vigas existentes Alturas de patamares de escadas e pisos intermediários Altura de empenas e platibandas Altura de cumeeiras Altura de reservatórios posição e dimensões Dica Não se cotam os elementos abaixo do piso função do projeto estrutural Para as regras de cotagem utilizamse os mesmos princípios utilizados para cotas em planta baixa As cotas devem ser preferencialmente externas As linhas de cota no mesmo alinhamento devem ser completas A quantidade de linhas deve ser distribuída no entorno da construção sendo que a primeira linha deve ficar afastada 25 cm do último elemento a ser cotado e as seguintes devem afastarse umas das outras 10cm Todas as dimensões totais devem ser identificadas As linhas mais subdivididas devem ser as mais próximas do desenho As linhas de cota preferencialmente não devem se cruzar Identificar pelo menos três linhas de cota cotas de subdivisão de paredes de esquadrias de vergas de vigas de lajes de cumeeira de cotas dos pés direitos e de cotas totais externas Níveis São identificados todos os níveis sempre que se visualize a diferença de nível evitando a repetição desnecessária e não fazendo a especificação no caso de uma sucessão de desníveis iguais escada A simbologia para indicação de níveis nos cortes é diferenciada da simbologia para indicação em planta porém os níveis constantes em planta baixa devem ser os mesmos indicados nos cortes Desenho Técnico Aplicado 134 Os níveis devem ser sempre indicados em metros e acompanhados do sinal conforme localizaremse acima ou abaixo do nível de referência 00 Sempre são indicados com referência ao nível zero Figura 76 Representação de nível altura em corte Etapas para o desenho do corte Colocar o papel manteiga sobre a planta observando o sentido do corte já marcado na planta baixa Desenhar a linha do terreno Marcar a cota do piso dos ambientes cortados e traçar Marcar o pé direito e traçar Desenhar as paredes externas usar o traçado da planta baixa Desenhar o forro quando houver ou a laje Desenhar também o contrapiso Desenhar a cobertura ou telhado Desenhar as paredes internas cortadas pelo plano Marcar as portas e janelas seccionadas pelo plano de corte Desenhar os elementos que estão em vista após o plano de corte Ex janela e porta não cortadas parede em vista não cortada etc Denominar os ambientes em corte Colocar a indicação de nível Colocar linhas de cota e cotar o desenho Repassar os traços a grafite nos elementos em corte Ex parede traço grosso laje traço médio portas janelas e demais elementos em vista traços finos Desenho Técnico Aplicado 135 Dica No corte as cotas são somente na vertical As portas e janelas aparecem sempre fechadas E assim encerramos nossa ultima unidade de estudos onde você estudou as elevações ou seja desenhos nos planos vertical e de perfil as fachadas e vistas laterais mas também os cortes planos que seccionam o objeto representado revelando seu interior O conjunto desses desenhos permite a compreensão total da construção ou do objeto a ser construído graças a sua complementaridade É HORA DE SE AVALIAR Lembrese de realizar as atividades desta unidade de estudo Elas irão ajudálo a fixar o conteúdo além de proporcionar sua autonomia no processo de ensinoaprendizagem Desenho Técnico Aplicado 136 Exercícios da Unidade 6 1 Qual é a diferença entre cortes e vistas ou elevações 2 Utilizando os equipamentos de desenho represente uma porta de vidro com estrutura de alumínio medindo 80cm de largura por 210 de altura em vista e em corte na escala de 120 Desenho Técnico Aplicado 137 3 Represente uma janela de correr com duas folhas de venezianas com 150 x 120m em vista e em corte na escala de 120 4 Utilizando os equipamentos de desenho represente um corte transversal do banheiro da sua residência representando a laje de piso e o teto as paredes cortadas o revestimento da parede em vista e os equipamentos que porventura sejam mostrados Não se esquecer de incluir as cotas com as dimensões reais do banheiro Escolha a escala que se mostrar mais adequada ao desenho Desenho Técnico Aplicado 138 5 Escolha um dos exemplos de elevações na parte 317 deste capítulo e copie um dos desenhos de fachadas mantendo as medidas da apostila Desenho Técnico Aplicado 139 Considerações Finais Através do estudo desta disciplina você foi introduzido no universo dos Desenhos técnicos e da representação de projetos As bases para estes conhecimentos podem ser obtidas através do estudo da Geometria Plana e das formas geométricas básicas Unidades 1 e 2 Com estes conhecimentos é possível desenhar linhas e planos com o auxílio de instrumentos como o compasso a régua e os esquadros permitindo precisão de forma e medidas Para entender melhor o funcionamento das vistas no Desenho Técnico explicamos o funcionamento da Geometria Descritiva e das Projeções Ortogonais Unidade 3 Explicamos que diferente do olho humano no desenho técnico o objeto observado se projeta em um Plano de Projeção através de linhas ortogonais mais ou menos como os raios de Sol paralelo entre si que se projetam no chão formando a sombra dos objetos Estudamos também as projeções de diferentes formas geométricas nos planos horizontal vertical e de perfil dando origem às vistas ortográficas Na etapa seguinte estudamos as normas brasileiras que orientam o desenho técnico de peças e de arquitetura Entendemos que é necessário descrever detalhadamente as medidas e as características físicas dos objetos e para isso são necessários símbolos e padrões A caligrafia no desenho também é normatizada de modo a padronizar os textos e evitar dificuldades na leitura A Unidade 4 explica o conceito de Escala a relação entre o tamanho do desenho e o tamanho real do objeto Nem sempre é possível desenhar os objetos em seu tamanho real no caso da arquitetura por exemplo mas é necessário manter as proporções entre eles ou seja reduzir igualmente todas as medidas pelo mesmo fator mantendo as medidas angulares Finalmente nas últimas unidades são apresentados os desenhos arquitetônicos de plantas e elevações de modo a explicar e demonstrar a função prática do desenho técnico e seu objetivo último que é a execução de um determinado trabalho O aluno aprendeu o que são plantas baixas e qual a forma de representar diversos elementos e características neste tipo de desenho Na última unidade o tema foi As Elevações ou seja desenhos nos planos vertical e de perfil as fachadas e vistas laterais mas também os cortes planos que seccionam o objeto representado revelando seu interior O conjunto desses desenhos permite a compreensão total da construção ou do objeto a ser construído graças a sua complementaridade Desenho Técnico Aplicado 140 Encerramos assim este período de estudos esperando que os alunos tenham adquirido estes importantes conhecimentos fundamentais para a atuação no mercado como engenheiros A utilidade prática do Desenho Técnico transcende à mera atuação profissional auxiliando em diversas áreas da vida cotidiana melhorando a visão espacial e a capacidade de se expressar graficamente explicando ideias para outros profissionais Esperamos portanto que os conhecimentos adquiridos contribuam efetivamente para a vida dos alunos tornandose parte útil da sua formação A aplicação dos exercícios presentes nessa apostila é fundamental para a fixação destes conhecimentos e pode ser complementada com pesquisas individuais autônomas Acreditamos que a formação do aluno sobretudo nos cursos à distância extrapola o conteúdo presente nas apostilas sobretudo com o advento da internet que coloca à nossa disposição uma bibliografia praticamente ilimitada Por isso embora tenhamos reunido aqui todo o conteúdo essencial referente ao tema do Desenho Técnico incentivamos a complementação desses estudos com pesquisas e exercícios encontrados em outros livros e na internet Fazendo isso você enriquecerá seu repertório e se aproximará ainda mais do objetivo de se tornar profissionais completos e competentes aptos a realizar com segurança os mais variados trabalhos Espero que tenhamos contribuído para essa formação e desejamos aos alunos os melhores cumprimentos e votos de muito sucesso Equipe EAD Universo Desenho Técnico Aplicado 141 Conhecendo o Autor Rafael Ramos Koury Arquiteto e Urbanista graduado na Universidade Federal Fluminense 2009 já tendo atuado com os seguintes temas planejamento urbano de áreas de risco socioambiental projetos de arquitetura urbanismo e paisagismo Em 2013 adquiriu o titulo de mestre pela UFF na área de planejamento urbano e regional com ênfase na produção de indicadores de sustentabilidade urbana Desenho Técnico Aplicado 143 Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR8196 Desenho técnico Emprego de escalas Rio de Janeiro 1999 NBR8402 Execução de caráter pra escrita em desenho técnico Rio de Janeiro 1994 NBR8403 Aplicação de linhas em desenhos Tipos de linhas Larguras das linhas Rio de Janeiro 1984 NBR10068 Folha de desenho Leiaute e dimensões Rio de Janeiro 1987 NBR10126 Cotagem em desenho técnico Rio de Janeiro 1987 NBR10582 Apresentação da folha para desenho técnico Rio de Janeiro 1988 NBR10647 Desenho Técnico Rio de Janeiro 1989 NBR12298 Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico Rio de Janeiro 1995 NBR13142 Desenho técnico Dobramento de cópia Rio de Janeiro 1999 MICELI Maria Teresa FERREIRA Patrícia Desenho Técnico Básico ed Ao livro Técnico In httpugflivrosblogspotcom Acesso em 01 de abril de 2014 CRUZ Dennis Coelho AMARAL Luiz Gustavo Henriques Apostila de Geometria Descritiva Ed da Universidade Federal da Bahia Barreiras BA 2012 In httpwww2fsanetcombrProfessorMaterialMaterialdeApoioThaisRodrigues IbiapinaBachareladoemEngenhariaCivilGeometriaDescritivaApostilade GeometriaDescritiva20121pdf Acesso em 10 de abril de 2014 Desenho Técnico Aplicado 144 Desenho Técnico Aplicado 145 Anexos Desenho Técnico Aplicado 146 Gabaritos Unidade 1 1 Resposta Discursiva 2 Desenho Técnico Aplicado 147 3 4 5 Unidade 2 1 Resposta Pessoal 2 p frac1715212 265 Logo a Área sqrt265cdot26517cdot26515cdot26521 Área 12619m² 3 4 Área fraca2sqrt25 10sqrt54 172a2 logo Área 1725² Área 43m² 5 R Si 180cdotn 2 Si 180cdot15 2 Si 2340 Portanto cada um dos vértices terá 2340 15 156 6 7 R se Se 360 Então cada ângulo externo terá 360 9 40 O número de diagonais será igual a frac9932 27 diagonais Unidade 3 1 O ponto é o elemento mais simples da geometria pois não possui forma nem dimensão Contudo a partir do ponto é possível obterse qualquer outra forma geométrica Podemos comparar uma linha a uma série de pontos alinhados no espaço unidos de tal forma que se confundem num traço contínuo A linha constituiuse no elemento geométrico que possui apenas uma dimensão o comprimento Uma superfície por sua vez pode ser definida como o conjunto das posições de uma linha móvel Quando a superfície é concebida pelo conjunto das posições de uma linha reta que se desloca em trajetória retilínea e paralela a si mesma é denominada superfície plana ou o plano Desenho Técnico Aplicado 151 2 O Plano de projeção é um dos elementos do Sistema de Projeção que orienta oDesenho Técnico e a Geometria Descritiva Nesse sistema um objeto projeta a sua imagem em um plano de projeção através das linhas denominadas projetantes No desenho técnico utilizase o método das projeções Ortogonais ou cilíndricas na qual as linhas projetantes são paralelas entre si e perpendiculares ao plano de projeção Desta forma linhas e planos que estiverem paralelos ao plano de projeção serão projetados com uma imagem equivalente ao tamanho e a forma real ou seja esta imagem estará em Verdadeira Grandeza No Desenho Técnico é importante expressar as medidas e a forma dos objetos representados de modo a permitir que eles possam ser construídos ou fabricados Por isso é importante desenhar todas as suas vistas e todos os seus detalhes nos planos de projeção ou seja o papel Quando desenhamos é como se imaginássemos as linhas projetantes e os planos de projeção representando os objetos sempre que possível em verdadeira grandeza 3 Desenho Técnico Aplicado 152 4 Desenho Técnico Aplicado 153 5 Unidade 4 1 Resposta Pessoal 2 o desenho está na escala de 1200 326cm 4 O objetivo da cota é informar a medida real das distâncias representadas no papel 5 Escala gráfica é a representação através de um gráfico proporcional à escala utilizada Utilizada quando for necessário reduzir ou ampliar o desenho por processo fotográfico Assim se o desenho for reduzido ou ampliado a escala o acompanhará em proporção Desenho Técnico Aplicado 154 Unidade 5 1 Resposta Pessoal 2 Resposta Pessoal 3 Resposta Pessoal 4 Sim isso é verdadeiro porque o piso é paralelo ao plano de projeção horizontal que dá origem à Planta Baixa portanto todas as distâncias horizontais aparecem em VG assim como as áreas 5 Resposta Pessoal Unidade 6 1 Elevações são as projeções verticais das faces do objeto desde fora por isso também conhecidas como vistas cortes são projeções verticais porém nos cortes os planos de projeção seccionam cortam o objeto mostrando o seu espaço interno 2 Resposta Pessoal 3 Resposta Pessoal 4 Resposta Pessoal 5 Resposta Pessoal
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Desenho Técnico Aplicado Desenho Técnico Aplicado Rafael Ramos Koury 1ª Edição Desenho Técnico Aplicado DIREÇÃO SUPERIOR Chanceler Joaquim de Oliveira Reitora Marlene Salgado de Oliveira Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira PróReitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira PróReitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira PróReitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira PróReitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira PróReitor de Extensão Manuel de Souza Esteves DEPARTAMENTO DE ENSINO A DISTÂNCIA Gerência Nacional do EAD Bruno Mello Ferreira Gestor Acadêmico Diogo Pereira da Silva FICHA TÉCNICA Direção Editorial Diogo Pereira da Silva e Patrícia Figueiredo Pereira Salgado Texto Rafael Ramos Koury Revisão Ortográfica Marcus Vinícius da Silva e Rafael Dias Carvalho Moraes Projeto Gráfico e Editoração Eduardo Bordoni Fabrício Ramos Marcos Antonio Lima da Silva Supervisão de Materiais Instrucionais Janaina Gonçalves de Jesus Ilustração Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos Capa Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos COORDENAÇÃO GERAL Departamento de Ensino a Distância Rua Marechal Deodoro 217 Centro Niterói RJ CEP 24020420 wwwuniversoedubr Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universo Campus Niterói K88d Koury Rafael Ramos Desenho técnico aplicado Rafael Ramos Koury revisão de Marcus Vinicius da Silva e Rafael Dias de Carvalho Moraes Niterói RJ EADUNIVERSO 2014 154 p il 1 Desenho técnico Estudo e ensino 2 Desenho Normas técnicas 3 Construções geométricas 4 Geometria descritiva 5 Ensino à distância I Silva Marcus Vinicius da II Moraes Rafael Dias de Carvalho III Título CDD 6042 Bibliotecária Elizabeth Franco Martins CRB 74990 Informamos que é de única e exclusiva responsabilidade do autor a originalidade desta obra não se responsabilizando a ASOEC pelo conteúdo do texto formulado Departamento de Ensino a Distância Universidade Salgado de Oliveira Todos os direitos reservados Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida arquivada ou transmitida de nenhuma forma ou por nenhum meio sem permissão expressa e por escrito da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura mantenedora da Universidade Salgado de Oliveira UNIVERSO Desenho Técnico Aplicado Palavra da Reitora Acompanhando as necessidades de um mundo cada vez mais complexo exigente e necessitado de aprendizagem contínua a Universidade Salgado de Oliveira UNIVERSO apresenta a UNIVERSO Virtual que reúne os diferentes segmentos do ensino a distância na universidade Nosso programa foi desenvolvido segundo as diretrizes do MEC e baseado em experiências do gênero bemsucedidas mundialmente São inúmeras as vantagens de se estudar a distância e somente por meio dessa modalidade de ensino são sanadas as dificuldades de tempo e espaço presentes nos dias de hoje O aluno tem a possibilidade de administrar seu próprio tempo e gerenciar seu estudo de acordo com sua disponibilidade tornandose responsável pela própria aprendizagem O ensino a distância complementa os estudos presenciais à medida que permite que alunos e professores fisicamente distanciados possam estar a todo momento ligados por ferramentas de interação presentes na Internet através de nossa plataforma Além disso nosso material didático foi desenvolvido por professores especializados nessa modalidade de ensino em que a clareza e objetividade são fundamentais para a perfeita compreensão dos conteúdos A UNIVERSO tem uma história de sucesso no que diz respeito à educação a distância Nossa experiência nos remete ao final da década de 80 com o bem sucedido projeto Novo Saber Hoje oferece uma estrutura em constante processo de atualização ampliando as possibilidades de acesso a cursos de atualização graduação ou pósgraduação Reafirmando seu compromisso com a excelência no ensino e compartilhando as novas tendências em educação a UNIVERSO convida seu alunado a conhecer o programa e usufruir das vantagens que o estudar a distância proporciona Seja bemvindo à UNIVERSO Virtual Professora Marlene Salgado de Oliveira Reitora Desenho Técnico Aplicado Sumário Apresentação da disciplina 07 Plano da disciplina 09 Unidade 1 Fundamentos do Desenho Técnico 13 Unidade 2 Construções Geométricas e Estudo dos Polígonos 31 Unidade 3 Projeções Ortogonais 47 Unidade 4 Normas Técnicas em Desenho 73 Unidade 5 Projeções Horizontais 97 Unidade 6 Projeções Verticais 115 Considerações finais 139 Conhecendo o autor 141 Referências 143 Anexos 145 Desenho Técnico Aplicado 7 Apresentação da Disciplina Caro aluno Todo curso que se inicia é repleto de oportunidades e expectativas O sucesso do curso depende de muitos fatores como a qualidade do material didático a disponibilidade do professor o empenho do aluno em estudar e aprender os conteúdos ensinados etc Em um curso à distância particularmente é o aluno o responsável pela disciplina de estudos que impõe mudanças em seus hábitos diários Esta é uma metodologia moderna e dinâmica que visa proporcionar a absorção de conhecimentos e a preparação para o mercado de trabalho àqueles que se encontram mais afastados dos grandes centros e suas universidades O desenho técnico é uma forma de representação gráfica de objetos tridimensionais ou superfícies de maneira objetiva e sem distorções revelando suas medidas e proporções reais O objetivo desse tipo de desenho é comunicar informações importantes aos profissionais envolvidos na construção ou execução de determinados objetos que vão desde componentes mecânicos até pontes e edifícios Atualmente com a modernização e mecanização da mão de obra aumenta cada vez mais a distância entre a concepção e a execução dos objetos produzidos pela sociedade Assim para que os projetos concebidos sejam realizados com perfeição atendendo a todas as especificações técnicas e a todas as dimensões estabelecidas tornase necessário detalhar profundamente o desenho técnico de cada parte cada componente a ser produzido Funcionando como uma linguagem gráfica o desenho técnico obedece a um conjunto de normas e padrões que funcionam como a estrutura gramatical e o vocabulário de um idioma Cada área de atuação Mecânica Arquitetura Engenharia naval etc possui características específicas mas todas seguem as regras fundamentais da disciplina Assim diferentes profissionais podem trocar desenhos e comunicar informações de um projeto com facilidade Desenho Técnico Aplicado 8 No Brasil a ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas estabelece e regula o conjunto de normas do Desenho Técnico É importante frisar que normas não são leis de modo que o profissional pode não se prender a todos os aspectos das mesmas desde que justifique e se responsabilize pela transmissão de informações nos desenhos As seguintes normas se aplicam diretamente ao desenho técnico no Brasil NBR 10067 Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico NBR 10126 Cotagem em Desenho Técnico Sendo complementadas pelas seguintes normas NBR 8402 Execução de Caracteres para Escrita em Desenhos Técnicos NBR 8403 Aplicação de Linhas em Desenho Técnico Apostila de Desenho Técnico Básico NBR 12296 Representação de Área de Corte por Meio de Hachuras em Desenho Técnico Outras normas podem ser utilizadas para desenhos específicos arquitetura elétrica hidráulica entre outras áreas de atuação O ensino a distância garante maior flexibilidade no tempo de estudos mas também é verdade que exige do aluno maior responsabilidade Na Universo o aluno terá as condições didáticas necessárias para que obtenha êxito em seus estudos mas o sucesso completo depende em grande parte do seu esforço pessoal Ao longo do curso o tutor estará disponível regularmente enviando materiais complementares como textos e vídeos Em síntese caro aluno o estudo dedicado do conteúdo desta disciplina lhe permitirá não só o domínio dos conceitos mais elementares de desenho em Engenharia e Arquitetura como também os termos mais adequados para o diálogo com clientes e outros profissionais da área além da capacidade de representar suas ideias graficamente Enfim concluindo esta disciplina do curso você terá adquirido um conhecimento muito importante para o seu avanço até tornarse um profissional apto a atuar com destaque no mercado de trabalho Excelentes Estudos Desenho Técnico Aplicado 9 Plano da Disciplina Nossa disciplina Desenho Técnico dividese em seis unidades que apresentam entre outros itens essenciais a nomenclatura de conceitos métodos e técnicas de representação Será exercitada a sua capacidade de imaginar e desenhar objetos em plantas cortes e vistas de acordo com as normas brasileiras e os padrões internacionais Esta disciplina oferece um conteúdo sintético mas essencial para a sua adaptação na construção e montagem orientados por desenho técnico Apresentaremos um resumo das unidades enfatizando seus objetivos para que você tenha um panorama daquilo que irá estudar Unidade 1 Fundamentos do Desenho Técnico Em nossa primeira unidade você irá estudar os conceitos básicos de desenho geométrico será apresentado ao material de desenho e das características básicas das retas pontos e planos Objetivo Conhecer as relações geométricas existentes e como elas podem ajudar na construção do desenho Desenho Técnico Aplicado 10 Unidade 2 Construções Geométricas e Estudo dos Polígonos Em nossa segunda unidade você irá estudar os conceitos básicos de desenho técnico Projeções Ortogonais Planos de Projeção Verdadeira Grandeza Épura Escala etc Objetivo Compreender o funcionamento das vistas em desenho técnico Conhecer as figuras geométricas básicas os cálculos e os métodos de construção de polígonos em desenho técnico Unidade 3 Projeções Ortogonais Nossa terceira unidade irá lhe apresentar a explicação dos conceitos básicos de desenho técnico Projeções Ortogonais Planos de Projeção Verdadeira Grandeza Épura Escala etc Objetivo Conhecer os conceitos básicos de geometria descritiva de modo que se possa representar objetos tridimensionais em um plano o desenho mantendo a correspondência entre as medidas no desenho e as medidas reais Desenho Técnico Aplicado 11 Unidade 4 Normas Técnicas em Desenho Nossa quarta unidade irá tratar da Apresentação da ABNT e das normas que regulam o Desenho Técnico no Brasil Você será apresentado aos formatos de papel utilizados aos elementos como carimbo margem marcas de dobra cotas letras e números além dos tipos de linha as escalas e legendas Objetivo Conhecer as normas da representação gráfica o conjunto de símbolos universalmente identificados com o Desenho Técnico Unidade 5 Projeções Horizontais Nesta unidade serão apresentados os desenhos em projeção horizontal também conhecidos como Plantas Entre as plantas mais utilizadas estão a de cobertura de situação de teto e a mais conhecida a planta baixa Objetivo Representar plantas variadas para aprovação e execução de projetos Conhecer os métodos de desenho e as informações que devem ser incorporadas a cada tipo de planta segundo as normas técnicas Desenho Técnico Aplicado 12 Unidade 6 Projeções Verticais E para finalizar nesta unidade serão apresentados os desenho em projeção vertical que podem ser vistas quando observados desde fora ou cortes quando seccionados e observados por dentro Objetivo Representar vistas e cortes variados para aprovação e execução de projetos Conhecer os métodos de desenho e as informações que devem ser incorporadas a cada tipo de desenho segundo as normas técnicas Bons Estudos Desenho Técnico Aplicado 13 1 Fundamentos do Desenho Geométrico Desenho Técnico Aplicado 14 Nesta unidade você vai estudar as relações geométricas existentes e como elas podem ajudar na construção do desenho basicamente através do uso de compasso e esquadros Objetivos da Unidade Conhecer as relações geométricas existentes e como elas podem ajudar na construção do desenho Plano da Unidade Conceitos Básicos Instrumentos de desenho Construção de Retas Bons Estudos Desenho Técnico Aplicado 15 Toda construção geométrica parte de princípios básicos estudados desde a antiguidade Quando ainda não havia sistemas matemáticos bem definidos todo o estudo de geometria era feito através dos desenhos Tais conceitos são válidos até hoje mesmo com os recursos disponíveis atualmente O desenvolvimento das tecnologias computacionais vem facilitando cada vez mais os processos de representação gráfica de objetos tridimensionais Contudo a capacidade de raciocínio do ser humano continua sendo a principal ferramenta para a interpretação e elaboração de desenhos técnicos e mais do que isso para a criação e transmissão de novas ideias Ainda que os recursos computacionais tragam inúmeros benefícios à execução de desenhos técnicos tais como maior rapidez e precisão a utilização desses recursos só é viável se o indivíduo possuir uma acurada visão espacial sendo capaz de raciocinar em três dimensões Ao contrário do que possa parecer essa habilidade pode ser desenvolvida e aperfeiçoada Uma das formas de fazêlo é através do estudo da Geometria Descritiva e do Desenho Técnico Quando corretamente estudada o Desenho Técnico desenvolve não só a capacidade de leitura e interpretação de plantas mas também a habilidade de se imaginar objetos e projetos no espaço Por esse motivo o estudo dessa disciplina é de fundamental importância em diversos ramos de atividades tais como Engenharia Arquitetura Geologia Matemática Desenho Industrial Pintura Escultura etc Conceitos Básicos A Geometria é um ramo da Matemática e pode ser definida como a ciência que investiga as formas e as dimensões das figuras existentes na natureza A Geometria Descritiva por sua vez é o ramo da Matemática Aplicada que tem como objetivo o estudo de objetos tridimensionais mediante projeções desses sólidos em planos Desenho Técnico Aplicado 16 Em Geometria é comum utilizarmos os conceitos de forma e dimensão Forma é o aspecto ou configuração de um determinado objeto forma arredondada elíptica etc enquanto dimensão é a grandeza que caracteriza uma determinada medida desse objeto largura comprimento etc Os elementos fundamentais da geometria são o ponto a reta e o plano O ponto é o elemento mais simples pois não possui forma nem dimensão Contudo a partir do ponto é possível obterse qualquer outra forma geométrica Por exemplo uma linha pode ser construída a partir do movimento de um ponto no espaço Se o ponto mantiver sempre a mesma direção sem desviar dará origem a uma linha reta Se ao contrário o ponto mudar constantemente de direção dará origem a uma linha curva Se ainda o ponto mudar bruscamente de direção de tempos em tempos originará uma linha poligonal Também podemos comparar uma linha a uma série de pontos enfileirados no espaço unidos de tal forma que se confundem num traço contínuo A linha constituise no elemento geométrico que possui apenas uma dimensão o comprimento Segmentos representados como uma sequência de pontos Uma superfície por sua vez pode ser definida como o conjunto das posições de uma linha móvel Quando a superfície é concebida pelo conjunto das posições de uma linha reta que se desloca em trajetória retilínea e paralela a si mesma é denominada de superfície plana ou plano Quando a superfície é obtida pelo movimento de uma linha curva que se desloca no espaço é chamada de superfície curva Desenho Técnico Aplicado 17 Superfícies planas e curvas representadas como sequência de retas paralelas A reta não possui início nem fim sendo ilimitada nos dois sentidos Entretanto se marcarmos sobre uma reta dois pontos A e B o número infinito de pontos existentes entre A e B constitui um segmento de reta que tem A e B como extremos Por outro lado se marcarmos sobre uma reta um ponto O a reta ficará dividida em duas partes chamadas semirretas Assim como as retas os planos também se estendem ao infinito E da mesma forma que um ponto divide uma reta em duas semirretas uma reta divide um plano em dois semiplanos Locais geométricos Um local geométrico pode ser definido como uma condição uma propriedade ou uma restrição em um desenho que inclusive pode ser expressa matematicamente Um exemplo simples é a circunferência todos os pontos no traço da circunferência estão na mesma distância do centro Retas paralelas são outros exemplos de local geométrico são dois conjuntos de pontos que nunca se cruzam e que estão a uma distância fixa Em suma todas as formas no desenho são locais geométricos e através de suas propriedades é que iremos relacionálos Um exemplo prático Desenho Técnico Aplicado 18 Temse dois pontos no espaço denominados A e B e desejase encontrar um terceiro ponto C que esteja à mesma distância x de ambos os pontos Sabemos que a circunferência define um conjunto de pontos que se encontra com a mesma distância do centro Com o compasso pegamos na régua o tamanho x e traçamos duas circunferências uma com centro em A e outra com centro em B Veja a figura a seguir Determinando pontos equidistantes de A e B A interseção das duas circunferências é a nossa solução Vemos inclusive que existem dois pontos válidos marcados como C1 e C2 o que é perfeitamente plausível Caso o problema tivesse maiores restrições por exemplo escolher o ponto mais alto somente um dos pontos seria a solução correta Determinando pontos C1 e C2 equidistantes de A e B esquerda e demonstrando outras situações possíveis para estes pontos Desenho Técnico Aplicado 19 Se escolhermos outras distâncias x perceberemos outras soluções Veremos inclusive que pode haver distâncias cujas respostas são somente um ponto ou distâncias em que as circunferências não se cruzam não havendo solução Os conjuntos de soluções conforme nós variamos a distância x pode ser definida por uma reta Esta reta é outro local geométrico neste caso definindo um conjunto de pontos que são equidistantes de A e B contendo inclusive C1 e C2 Determinando a reta c Mediatriz A reta c encontrada nas figuras anteriores também é chamada de mediatriz Ela define um ponto médio entre os dois pontos Caso os pontos definem uma reta a mediatriz cortará esta reta em seu ponto médio dividindoa ao meio Determinando a mediatriz Desenho Técnico Aplicado 20 Importante No AUTOCAD o ponto médio pode ser encontrado com o recurso objectsnap OSNAP opção MID midpoint Bissetriz A Bissetriz é a semirreta que possui origem no vértice de um ângulo específico o dividindo em dois ângulos congruentes O compasso é um instrumento de desenho que faz arcos e circunferências mas também serve para resolver alguns problemas geométricos e para o desenho técnico Determinação da bissetriz do ângulo Ô Desenho Técnico Aplicado 21 Instrumentos de Desenho Entre os equipamentos utilizados no Desenho Técnico Instrumental temse Pranchetas mesas para desenho construídas com tampo de madeira macia e revestidas com plástico apropriado comumente verde por produzir excelente efeito para o descanso dos olhos Régua paralela instrumento adaptável à prancheta funcionando através de um sistema de roldanas Régua T utilizada sobre a prancheta para traçado de linhas horizontais ou em ângulo servindo ainda como base para manuseio dos esquadros Esquadros utilizados para traçar linhas normalmente fornecidos em pares um de 30º60º e um de 45º Transferidor instrumento destinado a medir ângulos Normalmente são fabricados modelos de 180º e 360º Escalímetro utilizada unicamente para medir não para traçar Compasso utilizado para o traçado de circunferências possuindo vários modelos cada qual com a sua função alguns possuindo acessórios como tira linhas e alongador para círculos maiores Curva francesa gabarito destinado ao traçado de curvas irregulares Gabaritos fornecidos em diversos tamanhos e modelos para as mais diversas formas círculos elipses específicos para desenhos de engenharia civil elétrica etc Lápis ou lapiseira atualmente as mais utilizadas são as lapiseiras com grafite de 05mm e 07mm de diâmetro Materiais Complementares Flanela escova para limpeza fita adesiva borracha Desenho Técnico Aplicado 22 Manipulação dos esquadros Para traçar retas paralelas segure um dos esquadros guiando o segundo esquadro através do papel Caso o segundo esquadro chegue à ponta da Apostila de Desenho Técnico Básico primeiro segure o segundo esquadro e ajuste o primeiro para continuar o traçado Traçado de retas paralelas com os esquadros Traçado de retas perpendiculares com os esquadros Desenho Técnico Aplicado 23 Construção de Retas Relação entre retas Desenho Técnico Aplicado 24 Exemplos de construção geométrica Usando régua e compasso traçar uma reta paralela à reta r passando pelo ponto A Traçando retas paralelas Usando régua e compasso traçar uma perpendicular e uma paralela à reta r passando pelo ponto A Traçando retas perpendiculares Desenho Técnico Aplicado 25 Traçar a mediatriz do segmento de reta AB conforme explicado no início da unidade Traçando a mediatriz de um segmento de reta Divisão de uma reta Aqui se utiliza uma escala conhecida por exemplo a régua ou escalímetro para dividir uma reta em várias partes iguais Trace uma segunda reta BC com qualquer comprimento mas com um vértice em comum com a reta a ser dividida AB Divida a reta BC com sua régua No exemplo vamos dividir em 5 partes faremos uma reta de 5 cm marcando cada centímetro Ligue os extremos A e C Com os esquadros faça retas paralelas à AC transferindo os pontos da reta BC para a reta AB Desenho Técnico Aplicado 26 Dividindo uma reta qualquer em segmentos iguais Dica No AUTOCAD o comando DIVIDE podese dividir arcos retas e circunferências A divisão é marcada por pontos os mesmos criados pelo comando POINT que podem ser selecionados como qualquer objeto Construção de concordâncias Chamase concordância a união de duas linhas por meio de um arco Desenho Técnico Aplicado 27 Concordância entre duas retas Etapas 1 Traçar paralelas às retas na mesma distância do raio do arco 2 Onde as paralelas cruzarem é o centro do arco que deve ser colocada a ponta seca do compasso Construção da concordância entre duas retas Concordância de duas circunferências por meio de um arco Construção da concordância entre duas circunferências Desenho Técnico Aplicado 28 Concordância de uma circunferência e uma reta Construção da concordância entre uma reta e uma circunferência Terminamos assim nossa primeira unidade de estudos Na próxima unidade você vai estudar as figuras geométricas poligonais o cálculo da área o perímetro a diagonal e os ângulos internos e externos destas figuras É HORA DE SE AVALIAR Lembrese de realizar as atividades desta unidade de estudo Elas irão ajudálo a fixar o conteúdo além de proporcionar sua autonomia no processo de ensinoaprendizagem Desenho Técnico Aplicado 29 Exercícios Unidade 1 1 A partir dos pontos A e B com 8cm de distância entre si determine o ponto C equidistante de A e B 6 cm afastado de ambos 2 Com o auxílio de esquadros trace quatro retas paralelas e equidistantes 3 Trace o segmento AB medindo 5cm em seguida com o auxílio do compasso desenhe uma reta perpendicular ao segmento Desenho Técnico Aplicado 30 4 Determine a mediatriz de um segmento AB medindo 6cm 5 Utilizando os instrumentos de desenho represente um triângulo Escaleno ABC com as medidas AB4cm BC7cm CA5cm Desenho Técnico Aplicado 31 2 Construções Geométricas e Estudo dos Polígonos Desenho Técnico Aplicado 32 Então você chegou a nossa segunda unidade onde estudará as Projeções Ortogonais Planos de Projeção Verdadeira Grandeza Épura Escala etc Objetivos da Unidade Compreender o funcionamento das vistas em desenho técnico Conhecer as figuras geométricas básicas os cálculos e os métodos de construção de polígonos em desenho técnico Plano da Unidade Construções Fundamentais do Triângulo Polígonos Regulares Ângulos de um Polígono Bons Estudos Desenho Técnico Aplicado 33 Construções Fundamentais do Triângulo Caro aluno na tabela abaixo veja as construções Fundamentais do Triângulo Tipo Características Ângulos Equilátero 3 lados iguais 3 ângulos de 60 Isósceles 2 lados iguais e um diferente Dois ângulos iguais e um diferente mas os valores dos ângulos não são fixos Escaleno 3 lados diferentes 3 ângulos diferentes com valores que também não são fixos Tabela 1 Tipos de triângulos Ex1 Construir um triângulo conhecendose seus três lados AB 6 cm BC 45 cm AC 35 cm Figura 1 Construção de um triângulo com os três lados conhecidos Desenho Técnico Aplicado 34 Ex2 Construir um triângulo Isósceles cuja base mede 4 cm e altura 6 cm Figura 2 Construção de um triângulo Isósceles com a base e a altura conhecida Utilizando os métodos já ensinados de determinação de mediatriz e retas perpendiculares e paralelas é possível construir qualquer triângulo desde que se conheçam pelo menos três informações de seus lados eou ângulos no mínimo um dos lados Área do triângulo retângulo Um triângulo retângulo é aquele que possui um de seus ângulos retos ou seja com 90 conforme a figura a seguir A área dessa figura pode ser calculada multiplicando a sua base pela altura e em seguida dividindo o resultado por 2 dois A base e a altura serão sempre os dois lados adjacentes ao ângulo de 90 o ângulo oposto é chamado de hipotenusa Área base x altura 2 IMPORTANTE Esta fórmula só serve para o TRIÂNGULO RETÂNGULO Área de triângulo qualquer conhecendo apenas a medida dos lados 35 A fórmula de Heron relaciona a área de um triângulo qualquer à medida de seus três lados Existem outras formas de se obter a área do mesmo triângulo mas este método é o mais utilizado em arquitetura engenharia topografia e áreas afins Considerando um triângulo ABC Desenho Técnico Aplicado 37 Polígonos Regulares São figuras geométricas que têm todos os lados do mesmo tamanho Podem ser construídos através de métodos de desenho técnico que serão explicados nas imagens Perceba que as linhas tracejadas na cor azul são traços auxiliares do compasso e as setas tracejadas vermelhas são indicações do centro do arco ponta seca do compasso As mais simples são Triângulo Equilátero Figura 5 Triângulo equilátero 3 lados iguais A área do triângulo equilátero pode ser obtida pela fórmula de Heron mas devido à sua peculiaridade onde abc também é possível utilizar esta outra fórmula Área a¹₃ 4 A área do quadrado é igual ao quadrado da medida do seu lado Em geometria pentágono é um polígono com cinco lados A soma dos ângulos internos do pentágono é 540 ou seja num pentágono regular cada ângulo interno tem a medida de 108 O ângulo central de um pentágono regular mede 72 A área do pentágono regular pode ser obtida através da fórmula Área a²25 105 4 172a² Hexágono Desenho Técnico Aplicado 41 Sabendo que a soma dos ângulos internos de um triângulo é sempre 180 podemos afirmar que um polígono com n lados terá para soma dos ângulos internos Si 180º n 2 Ângulos Externos de um Polígono Figura 10 Ângulos externos de um polígono Como cada ângulo interno é suplemento do interno adjacente temos Si Se 180º n Então Se 180º n Si Se 180º n 180º n 2 Se 180º n 180º n 360º Se 360º Onde Si soma dos ângulos internos Se soma dos ângulos externos Então Se 360º A soma dos ângulos externos é constante É mais fácil portanto determinar caso os ângulos internos e externos sejam respectivamente iguais a medida do ângulo externo de um polígono mesmo quando queremos o interno Ângulos internos de um Polígono Importante Diagonal de um Polígono 1 Com o auxílio de compasso e régua construa um triângulo com base AB5cm e lados AC3cm e BC6cm 3 Com auxílio de compasso e régua construa um Hexágono com 3cm de lado 4 Calcule a soma dos ângulos de um polígono com 15 lados iguais Em seguida informe a angulação em cada um dos vértices R Si 180n 2 Si 180 15 2 Si 2340 Portanto cada um dos vértices terá 2340 15 156 Desenho Técnico Aplicado 47 3 Projeções Ortogonais Desenho Técnico Aplicado 48 Nossa terceira unidade irá lhe apresentar a explicação dos conceitos básicos de desenho técnico Projeções Ortogonais Planos de Projeção Verdadeira Grandeza Épura Escala etc Objetivos da Unidade Conhecer os conceitos básicos de geometria descritiva de modo que se possam representar objetos tridimensionais em um plano o desenho mantendo a correspondência entre as medidas no desenho e as medidas reais Plano da Unidade O sistema de Projeção O método da dupla projeção de Monge Projeções do Ponto Figuras Geométricas Planas do 1º Diedro Estudo de Sólidos Geométricos no 1º Diedro Seis Vistas Ortográficas Bons Estudos Desenho Técnico Aplicado 49 Criada pelo matemático Francês Gaspard Monge a Geometria Descritiva também conhecida como Geometria Mongeana foi de início um segredo militar de engenharia durante 15 anos Somente em 1794 ele foi autorizado a apresentar a técnica publicamente A Geometria Descritiva desenvolve não só a capacidade de leitura e interpretação de desenhos técnicos mas também a habilidade de se imaginar objetos e projetos no espaço O sistema de Projeção O estudo do Desenho Técnico está baseado na projeção de objetos em planos O conceito de projeção pode ser entendido com a utilização de exemplos do cotidiano uma vez que se trata de um fenômeno físico que ocorre na natureza e que pode ser reproduzido pelo ser humano Por exemplo a sombra de um objeto nada mais é do que a projeção desse objeto sobre uma superfície sob a ação de raios luminosos Da mesma forma as sucessivas imagens projetadas em uma tela de cinema são resultado da incidência de um feixe de luz sobre as imagens contidas em uma película Um sistema de projeção é constituído por cinco elementos o objeto ou ponto objetivo a projeção o centro de projeção as projetantes e o plano de projeção Do centro de projeção partem as projetantes que passam pelos pontos objetivo e interceptam o plano de projeção Os pontos onde as projetantes interceptam o plano de projeção correspondem às projeções do ponto objetivo Quando a direção das projetantes é perpendicular ao plano de projeção temos a projeção cilíndrica ortogonal Figura 13 onde se podem ver as diagonais de um polígono pontos A B e C projetadas em um plano Desenho Técnico Aplicado 50 Figura 13 Projeções Ortogonais Se o objeto for paralelo ao plano de projeção temse a seguinte situação No Sistema de Projeções Cilíndricas Ortogonais o objeto é representado em Verdadeira Grandeza VG ou seja sua projeção corresponde à mesma forma e tamanho do objeto real Além disso há somente uma posição em que a projeção pode se localizar uma vez que as projetantes só podem assumir uma direção Figura 14 Por esse motivo o sistema mais utilizado em Geometria Descritiva e em Desenho Técnico é o Sistema de Projeções Ortogonais Desenho Técnico Aplicado 51 Figura 14 Projeção ortogonal O método da dupla projeção de Monge Para se definir a forma e a posição de um objeto no espaço de forma satisfatória utilizandose um sistema de projeções uma só projeção não é suficiente Assim na Geometria Descritiva clássica são utilizados dois planos de projeção para se representar um objeto sendo que o sistema de projeção adotado é o Sistema de Projeções Cilíndricas Ortogonais O método da dupla projeção de Monge consiste em se determinar duas projeções ortogonais do objeto sobre dois planos perpendiculares entre si o plano horizontal de projeção π e o plano vertical de projeção π Esses dois planos dividem o espaço em quatro regiões denominadas diedros e se interceptam segundo uma linha chamada linha de terra Os dois planos de projeção definem ainda quatro semiplanos horizontal anterior πA horizontal posterior πP vertical superior πS e vertical inferior πI Figura 15 Desenho Técnico Aplicado 52 Figura 15 Planos de projeção perpendiculares esquerda e semiplanos direita Qualquer objeto quando representado no sistema mongeano possuirá duas projeções uma no plano horizontal de projeção e outra no plano vertical de projeção A projeção do objeto sobre o plano π é chamada de projeção horizontal e a projeção sobre o plano π é denominada projeção vertical Por convenção considerase que o centro de projeção que dá origem à projeção horizontal está localizado acima do plano horizontal π a uma distância infinita enquanto o relativo à projeção vertical está localizado na frente do plano vertical π também a uma distância infinita Rebatendose o plano horizontal π sobre o vertical π ou viceversa é possível representar uma figura do espaço tridimensional em um único plano Assim podese rebater o plano π sobre o plano π girando de 90 o plano π em torno da linha de terra no sentido horário fazendo com que os dois planos de projeção fiquem em coincidência obtendose o que se chama de épura Figura 16 A épura possibilita portanto a representação de um objeto tridimensional em um espaço bidimensional a folha de papel tornando possível a resolução de inúmeros problemas geométricos Desenho Técnico Aplicado 53 Figura 16 Projeções ortogonais do objeto esquerda e Épura do objeto direita Projeções do Ponto No sistema mongeano um ponto possuirá sempre duas projeções a horizontal e a vertical Conhecendose essas projeções é possível determinar a posição do ponto no espaço Por convenção de modo a facilitar o estudo todo ponto situado no espaço deve ser designado por uma letra maiúscula entre parênteses Já as projeções desse ponto situadas sobre os respectivos planos de projeção devem ser designadas pela mesma letra maiúscula porém sem parênteses e a projeção vertical deve ser seguida por um apóstrofo Procedendose ao rebatimento do plano horizontal sobre o vertical obtémse a épura do ponto Figura 17 Na épura as duas projeções de um ponto devem estar ligadas por uma linha denominada linha de chamada que deverá ser sempre perpendicular à linha de terra Desenho Técnico Aplicado 54 Figura 17 Projeções do Ponto A esquerda e Épura do ponto A direita Coordenadas do ponto A distância de um ponto ao plano vertical de projeção é denominada afastamento enquanto a distância deste ponto ao plano horizontal de projeção é chamada de cota O afastamento é positivo quando o ponto está na frente do plano vertical de projeção e negativo quando o ponto está atrás deste plano A cota é positiva quando o ponto situase acima do plano horizontal de projeção e negativa quando o ponto está abaixo deste plano O conhecimento da cota e do afastamento de um ponto não é suficiente para que um ponto seja individualizado Como se trata de um sistema tridimensional é necessário incluir mais uma coordenada para que a posição do ponto fique bem definida Assim incluise uma terceira coordenada a abscissa tomada sobre a linha de terra a partir de um ponto O considerado origem e marcado arbitrariamente sobre esta linha Figura 18 À direita deste ponto a abscissa é positiva à esquerda é negativa Em épura se o afastamento for positivo a projeção horizontal do ponto estará abaixo da linha de terra e se for negativo esta projeção estará acima da linha de terra Por outro lado quando a cota for positiva a projeção vertical do ponto estará acima da linha de terra e se for negativa estará abaixo da linha de terra Ainda com relação à épura se o ponto estiver à direita da origem a abscissa será positiva e se o ponto estiver à esquerda da origem a abscissa será negativa Desenho Técnico Aplicado 55 Figura 18 Coordenadas do ponto e a épura correspondente Estudos da Reta A projeção de um segmento de reta sobre um plano é o lugar das projeções dos infinitos pontos que compõe esse segmento sobre o plano Figura 31 Figura 19 Projeção do segmento de reta AD sobre o plano π Desenho Técnico Aplicado 56 Segmentos de reta paralelos ao plano de projeção Todo segmento de reta paralelo a um plano apresentará projeções com dimensões idênticas às reais ou seja será projetado em verdadeira grandeza qualquer que seja a posição do plano Figura 20 Figura 20 Segmentos de reta paralelos aos planos de projeção Segmentos de reta perpendiculares ao plano de projeção Todo segmento de reta perpendicular a um plano apresentará projeções na forma de um ponto qualquer que seja a posição do plano Figura 21 Desenho Técnico Aplicado 57 Figura 21 Segmentos de reta perpendiculares aos planos de projeção Segmentos de reta oblíquos ao plano de projeção Todo segmento de reta oblíquo a um plano apresentará projeções deformadas tanto em relação à sua medida linear quanto em relação ao seu ângulo qualquer que seja a posição do plano Figura 22 Figura 22 Segmentos de reta oblíquos aos planos de projeção Desenho Técnico Aplicado 58 Figuras Geométricas Planas do 1º Diedro As figuras geométricas planas se projetam nos planos verticais e horizontais da mesma forma que as retas que formam seu contorno As possíveis posições em relação aos planos de projeção são analisadas a seguir Paralelas ao Plano de Projeção sua projeção se apresenta em verdadeira grandeza VG ou seja com suas medidas e ângulos reais Não importa qual a posição do plano horizontal vertical ou de perfil a projeção será sempre em VG Figura 39 Figuras planas paralelas ao planos de projeção Figuras perpendiculares ao plano de projeção Sua projeção se apresenta reduzida a um segmento de reta Não importa qual a posição do plano horizontal vertical ou de perfil a projeção será sempre um segmento de reta Figura 40 Figuras planas perpendiculares ao planos de projeção Desenho Técnico Aplicado 59 Figuras Oblíquas ao Plano de Projeção No caso da figura ser oblíqua inclinada em relação ao plano de projeção sua projeção se apresenta como uma figura deformada ou seja com medidas lineares e angulares diferentes das reais Não importa qual aposição do plano horizontal vertical ou de perfil a projeção será sempre deformada Figura 41 Figuras planas oblíquas aos planos de projeção Importante As figuras são deformadas apenas quanto ás medidas de seus lados e seus ângulos o triangulo aparece na projeção como um triângulo diferente do original o quadrado passa a ter lados de tamanhos diferentes a circunferência tornase semelhante a uma elipse etc Ao trabalhar com os três planos de projeção as figuras deverão ser analisadas de acordo com suas posições relativas a cada um destes planos Lembre sempre que em uma figura geométrica plana os lados são segmentos de reta logo suas projeções obedecerão às regras quanto à projeção dos segmentos A seguir são apresentados alguns exemplos de projeção de figuras simples em relação aos três planos de projeção Posição das figuras planas em relação aos três planos de projeção EX 1 O retângulo está paralelo ao plano π e perpendicular aos planos π e π Logo apresenta VG apenas na projeção horizontal e tornase um segmento de reta nas projeções vertical e de perfil Figura 42 Retângulo paralelo ao plano horizontal π e perpendicular aos planos verticais π e π Ex 2 O triângulo está paralelo ao plano π e perpendicular aos planos π e π Portanto apresenta VG apenas na vista de perfil e tornase um segmento de reta nas projeções horizontal e vertical Figura 43 Triângulo paralelo ao plano de perfil π e perpendicular aos planos vertical e horizontal π e π Ex 3 A circunferência é paralela ao plano frontal π e perpendicular aos planos horizontal π e de perfil π Portanto apresenta VG apenas na projeção vertical e tornase um segmento de reta nos planos horizontal e de perfil Figura 44 Círculo paralelo ao plano vertical π e perpendicular aos planos horizontal e de perfil π e π A projeção de sólidos é feita de forma semelhante à das figuras planas que formam suas faces As figuras planas são definidas pelos segmentos que formam seus lados que por sua vez têm por extremidade dois pontos Para definir as projeções de um sólido devese primeiro projetar suas faces em casos mais complexos podese projetar pontos isolados Ex1 Figura 46 Paralelepípedo paralelo aos três planos de projeção π π e π As faces do paralelepípedo projetado acima são retângulos paralelos ou perpendiculares aos diferentes planos Sua projeção fica determinada pela junção destas diferentes faces Considerando a face em destaque a parte superior do sólido vemos que está paralela ao plano horizontal π e perpendicular aos planos vertical π e de perfil πEntão a projeção horizontal estará em VG e as demais são reduzidas a um segmento de reta Ex 2 Figura 47 Pirâmide com base paralela ao plano horizontal π A pirâmide projetada acima tem base retangular e faces triangulares sua projeção fica então determinada pela junção destas faces Considerando a face em destaque vemos que está oblíqua em relação a π e π e perpendicular a p então as projeções horizontal e de perfil permanecem triangulares mas estão deformadas e a vertical é reduzida a um segmento de reta Ex 3 Figura 48 Cilindro com base paralela ao plano de perfil π O cilindro projetado acima tem uma face circular e sua lateral é uma superfície curvilínea sua projeção fica então determinada pela projeção do círculo e o contorno da lateral Considerando a face em destaque vemos que está perpendicular a π e π e paralela a π então as projeções horizontal e vertical são reduzidas a um segmento de reta e a de perfil está em VG Seis Vistas Ortográficas As três vistas ortográficas principais frontal superior e lateral esquerda por vezes não conseguem esclarecer suficientemente a forma de objetos mais complexos Além de outros recursos podese aumentar o número de vistas para seis São considerados dois planos em cada posição Horizontal abaixo e acima do sólido Vertical atrás e à frente do sólido De perfil à direita e à esquerda do sólido Desenho Técnico Aplicado 66 Figura 49 Sólido representado dentro de uma caixa formada por seis planos de projeção O posicionamento das vistas é feito de uma das formas a seguir Figura 50 Vistas no 1º Diedro esquerda e 3º Diedro direita Desenho Técnico Aplicado 67 Escolha das vistas Devemse executar quantas vistas forem necessárias à perfeita caracterização da forma do objeto estas devem ser selecionadas conforme os seguintes critérios a A vista mais importante de um objeto deve ser utilizada como a vista frontal contendo preferencialmente o comprimento da peça eou o maior número de detalhes b Limitar ao máximo o número de vistas c Evitar vistas com repetição de detalhes Planos Auxiliares A solução de um problema pode ser facilitada quando pelo menos um de seus elementos ocupa uma posição particular seja paralelo a um dos planos de projeção Para que no método mongeano dupla projeção ortogonal uma figura ou objeto ocupe uma posição desejada podemos recorrer a artifícios que visem deslocar a figura ou objeto ou deslocar o sistema de representação adotado A estes artifícios denominamos genericamente de métodos descritivos que são Rotação Quando conservamos o sistema de representação adotado e giramos a figura ou objeto em torno de um eixo Mudança de Planos de Projeção Quando a figura ou objeto é conservada e um dos planos de projeção ou ambos são substituídos mantendo a ortogonalidade entre eles Quando um objeto possui uma face inclinada em relação aos planos principais de projeção esta face não aparece em verdadeira grandeza Desenho Técnico Aplicado 68 Figura 47 Sólido representado nos planos horizontal e vertical e sua épura Para obter a verdadeira grandeza desta face é preciso projetála em um plano auxiliar que lhe seja paralelo Para isso é preciso mudar a posição de um dos planos de projeção plano horizontal de projeção ou plano vertical de projeção ou os dois um após o outro de forma que fique paralelo à face inclinada Assim o objeto permanece fixo e os planos de projeção mudam de posição Figura 23 Sólido representado em um plano de projeção auxiliar e sua respectiva épura Desenho Técnico Aplicado 69 Encerramos aqui nossa terceira unidade de estudos onde você pode entender melhor o funcionamento das vistas no Desenho Técnico o funcionamento da Geometria Descritiva e das Projeções Ortogonais Você já sabe que diferente do olho humano no desenho técnico o objeto observado se projeta em um Plano de Projeção através de linhas ortogonais mais ou menos como os raios de Sol paralelo entre si que se projetam no chão formando a sombra dos objetos Nesta unidade estudamos as projeções de diferentes formas geométricas nos planos horizontal vertical e de perfil dando origem às vistas ortográficas Na próxima unidade você vai estudar o conceito de Escala a relação entre o tamanho do desenho e o tamanho real do objeto É HORA DE SE AVALIAR Lembrese de realizar as atividades desta unidade de estudo Elas irão ajudálo a fixar o conteúdo além de proporcionar sua autonomia no processo de ensinoaprendizagem Desenho Técnico Aplicado 70 Exercícios Unidade 3 1 Defina ponto linha superfície e plano 2 Identifique no texto os conceitos de projeções ortogonais de verdadeira grandeza de Plano de projeção e de Geometria Descritiva Explique o significado e a importância de cada um para o Desenho Técnico Desenho Técnico Aplicado 71 3 Utilize uma régua para representar em uma folha de papel a épura de uma reta com 6cm de comprimento paralela aos planos horizontal e vertical definindo o afastamento de 3cm em relação à linha de terra no plano horizontal e 8cm de cota no plano vertical 4 Utilize uma régua para representar em uma folha de papel a épura de uma reta com 6cm de comprimento paralela ao plano horizontal e perpendicular ao plano vertical definindo o afastamento de 2cm em relação à linha de terra no plano horizontal e 4cm de cota no plano vertical Desenho Técnico Aplicado 72 5 Utilize uma régua para representar em uma folha de papel a épura de um Cubo 6 lados iguais com 5cm de lado definindo o afastamento de 5cm em relação à linha de terra no plano horizontal e 3cm de cota no plano vertical Desenho Técnico Aplicado 73 4 Normas Técnicas em Desenho Desenho Técnico Aplicado 74 Nossa quarta unidade irá tratar da Apresentação da ABNT e das normas que regulam o Desenho Técnico no Brasil Você será apresentado aos formatos de papel utilizados aos elementos como carimbo margem marcas de dobra cotas letras e números além dos tipos de linha das escalas e das legendas Objetivo da Unidade Conhecer as normas da representação gráfica o conjunto de símbolos universalmente identificados do Desenho Técnico Plano da Unidade NBR ISO 102092 Documentação técnica de produto Vocabulário Parte 2 Termos relativos aos métodos de projeção NBR 10067 Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico NBR 10068 Folha de Desenho Leiaute e Dimensões NBR 10582 Apresentação da Folha para Desenho Técnico NBR 13142 Dobramento de Cópia NBR 8402 Execução de Caracteres para Escrita em Desenho Técnico Bons Estudos Desenho Técnico Aplicado 75 A execução de Desenhos Técnicos é inteiramente normalizada pela ABNT Os procedimentos para execução de Desenhos Técnicos aparecem em normas gerais que abordam desde a denominação e classificação dos desenhos até as formas de representação gráfica Há também normas específicas que tratam os assuntos separadamente como as que seguem NBR ISO 102092 Documentação técnica de produto Vocabulário Parte 2 Termos relativos aos métodos de projeção Esta norma é equivalente à ISO 102092 ISO 1993 Ela cancela e substitui a NBR 10647 ABNT 1989 Esta parte da NBR ISO 10209 ABNT 2005 estabelece e define termos relativos aos métodos de projeção usados na documentação técnica de produto abrangendo todos os campos de aplicação NBR 10067 Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico A NBR 10067 ABNT 1995 fixa a forma de representação aplicada em desenho técnico Normaliza o método de projeção ortográfica que pode ser no 1º diedro ou no 3º diedro e os símbolos para representação Figura 21 a denominação das vistas a posição relativa das vistas a escolha das vistas a determinação do número de vistas vistas especiais vista fora de posição vista auxiliar elementos repetitivos detalhes ampliados linhas de interseção vistas de peças simétricas etc cortes e seções e generalidades Desenho Técnico Aplicado 76 Figura 24 Símbolos do método de projeção ortogonal no 1º diedro e no 3º diedro Fonte NBR 10067 NBR 10068 Folha de Desenho Leiaute e Dimensões A NBR 10068 ABNT 1987 tem por objetivo padronizar as características dimensionais das folhas em branco e préimpressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos A norma apresenta entre outros aspectos o leiaute da folha com vistas a posição e dimensão da legenda margem e quadro marcas de centro escala métrica de referência sistema de referência por malhas e marcas de corte O desenho deve ser executado no menor tamanho possível desde que não prejudique sua clareza O formato do papel segue a DIN 476 série A DeutschesInstitutfürNormung originária da Alemanha cuja base é o formato A0 A zero constituído de um retângulo de 841mm x 1189mm 1m2 999949mm2 0999949m2 os lados desse retângulo possuem a mesma relação que existe entre o lado de um quadro e sua diagonal ou seja 2 x 841 1189 Através de sucessivos cortes dividindo em duas partes iguais os formatos obtêmse os tamanhos menores da série Figura 25 Desenho Técnico Aplicado 77 Figura 25 Formatos derivados da série A A legenda deve estar dentro do quadro para desenho de tal forma que contenha todos os dados para identificar o desenho número origem título executor etc esta deve estar localizada no canto inferior direito tanto nas folhas posicionada horizontalmente quanto verticalmente como mostra a Figura 26 Desenho Técnico Aplicado 78 Figura 26 Folha Horizontal e Vertical As margens são limitadas pelo contorno externo da folha e o quadro O quadro limita o espaço para o desenho Figura 24 Figura 27 Margens O formato da folha recortada da série A é considerado principal As margens esquerda e direita bem como as larguras das linhas devem ter as dimensões constantes na Tabela 01 Desenho Técnico Aplicado 79 Tabela 2 Formatos das séries A em milímetros NBR 10582 Apresentação da Folha para Desenho Técnico A NBR 10582 ABNT 1988 normaliza a localização e disposição do espaço destinado para o desenho texto e legenda Como regra geral devese organizar os desenhos distribuídos na folha de modo a ocupar toda a área e organizar os textos acima ou ao lado da legenda junto à margem Figura 28 Distribuição do texto desenho e legenda na folha Toda folha de desenho deve possuir no canto inferior direito um quadro destinado à legenda Este quadro deve conter o título do projeto nome da empresa escalas unidades em que são expressas as informações número da folha caso o projeto tenha mais de uma folha e outras informações necessárias para sua interpretação Figura 29 Desenho Técnico Aplicado 80 Figura 29 Exemplo de legenda Acima da legenda é construído o quadro de especificações contendo quantidade denominação do objeto material dimensão entre outros que se julgar necessário A legenda deve ser traçada conforme a NBR 10068 Erro Fonte de referência não encontrada Tabela 3 Dimensões da Legenda conforme o formato da folha em milímetros Formatos Comprimento A0 E A1 175 A2 A3 E A4 178 NBR 13142 Dobramento de Cópia A NBR 13142 ABNT 1999 fixa a forma de dobramento de todos os formatos A de folhas desenho As cópias devem ser dobradas de modo a deixar visível a legenda NBR 10582 Esta dobragem facilita a fixação das folhas em pastas que serão arquivadas sendo assim as folhas são dobradas até que suas dimensões sejam as da folha A4 Figuras 07 a 11 Figura 30 Formatos A4 e A3 Desenho Técnico Aplicado 81 Figura 31 Formato A2 Figura 32 Formato A1 Desenho Técnico Aplicado 82 Figura 33 Formato A0 NBR 8402 Execução de Caracteres para Escrita em Desenho Técnico A NBR 8402 ABNT 1994 normaliza as condições para a escrita usada em Desenhos Técnicos e documentos semelhantes Visa a uniformidade a legibilidade e a adequação à microfilmagem e a outros processos de reprodução A habilidade no traçado das letras só é obtida pela prática contínua e com perseverança Não é pois uma questão de talento artístico ou mesmo de destreza manual SILVA 1987 Desenho Técnico Aplicado 83 A maneira de segurar o lápis ou lapiseira é o primeiro requisito para o traçado das letras A pressão deve ser firme mas não deve criar sulcos no papel Segundo Silva 1987 a distância da ponta do lápis até os dedos deve ser 13 do comprimento do lápis aproximadamente Na execução das letras e algarismos podem ser usadas pautas traçadas levemente com lápis H bem apontado ou lapiseira 03mm com grafite H Estas pautas são constituídas de quatro linhas As distâncias entre estas linhas e entre as letras são apresentadas na Figura 34e a tabela 04 a seguir Figura 34 Características da forma de escrita Fonte NBR 8402 ABNT 1994 Tabela 4 Proporções e dimensões de símbolos gráficos Fonte NBR 8402 ABNT 1994 A escrita pode ser vertical ou inclinada em um ângulo de 15º para a direita em relação à vertical Figuras 14 e 15 Desenho Técnico Aplicado 84 Figura 35 Forma da escrita vertical e inclinada Fonte NBR 8402 ABNT 1994 A NBR 8403 ABNT 1984 fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes Tabela 5 e Tabela 6 A largura das linhas corresponde ao escalonamento 2 conforme os formatos de papel para desenhos técnicos permitindo que na redução e reampliação por microfilmagem obtenhase novamente as larguras de linhas originais A relação entre as larguras de linhas largas e estreita não deve ser inferior a 2 As larguras devem ser escolhidas conforme o tipo dimensão escala e densidade de linhas do desenho de acordo com o seguinte escalonamento 013 018 025 035 050 070 100 140 e 200mm As larguras de traço 013 e 018 mm são utilizadas para originais em que a sua reprodução se faz em escala natural Desenho Técnico Aplicado 85 Tabela 5 Tipos de Linhas em Desenho Fonte NBR 8403 ABNT 1984 Importante Se existirem duas alternativas em um mesmo desenho só deve ser aplicada uma opção Desenho Técnico Aplicado 86 Tabela 6 Continuação Tipos de Linhas em Desenho Fonte NBR 8403 ABNT 1984 Em muitas situações ocorrem cruzamentos de linhas visíveis com invisíveis ou com linhas de eixo Nestas situações a representação pode ser tornada clara utilizandose algumas convenções que embora não normalizadas podem ser bastante úteis em particular para a realização e compreensão de esboços Algumas destas convenções estão normalizadas pela ISO 12820 1996 mas os programas de CAD normalmente não as utilizam As convenções para a interseção de linhas são apresentadas na Tabela 06 SILVA et al 2006 Tabela 7 Interseção de linhas Fonte Silva et al 2006 Desenho Técnico Aplicado 87 Escalas Através do Desenho Arquitetônico o arquiteto ou o desenhista gera os documentos necessários para as construções Esses são reproduzidos em pranchas isto é folhas de papel com dimensões padronizadas por norma técnica onde o espaço utilizável é delimitado por linhas chamadas de margens Uma prancha A4 por exemplo tem 21cm de largura por 297cm de altura e espaço utilizável de 175 cm de largura por 277 cm de altura Desta forma se tivermos que desenhar a planta o corte e a fachada de uma edificação nesta prancha estes deverão estar em ESCALA As escalas são encontradas em réguas próprias chamadas de escalímetros Assim a escala é a relação que indica a proporção entre cada medida do desenho e a sua dimensão real no objeto Um dos fatores que determina a escala de um desenho é a necessidade de detalhe da informação Normalmente na etapa de projeto executivo quando elementos menores e cheios de detalhes da construção estão sendo desenhados para serem executados como por exemplo as esquadrias portas janelas etc normalmente as desenhamos em escalas mais próximas do tamanho real 120 ou 125 Outro fator que influencia a escolha da escala é o tamanho do projeto Prédios muito longos ou grandes extensões urbanizadas em geral são desenhados nas escalas de 1500 ou 11000 Isto visando não fragmentar o projeto o que quando ocorre dificulta às vezes a sua compreensão A escolha da escala geralmente determina também o tamanho da prancha que vai se utilizar Com a prática do desenho a escolha da escala certa se torna um exercício extremamente simples À medida que a produção dos desenhos acontece a escolha fica cada vez mais acertada Só uma dica um prédio com 100 metros de comprimento 10000 cm para ser desenhado na escala de 1100 precisa de 1 metro 100 cm de espaço disponível na folha de papel para ser desenhado Na de 150 o dobro Assim você pode determinar a prancha a ser utilizada Por exemplo um projeto pequeno desenhado na escala de 1100 ou 1100 talvez possa utilizar uma prancha A4 ou A3 Um projeto nesta escala significa que o desenho estará 100 vezes menor que a verdadeira dimensãograndeza VG Então se estamos desenhando uma porta de nosso projeto com 1 metro de largura VG ela aparecerá no desenho em escala com 1 centímetro de comprimento Se escolhermos 150 ou 150 o desenho será 50 vezes menor e Desenho Técnico Aplicado 88 assim por diante Como podemos observar o tamanho do desenho produzido é inversamente proporcional ao valor da escala Por exemplo um desenho produzido na escala de 150 é maior do que ele na escala de 1200 Escalas recomendadas Escala 11 12 15 e 110 Detalhamentos em geral Escala 120 e 125 Ampliações de banheiros cozinhas ou outros compartimentos Escala 150 É a escala mais indicada e usada para desenhos de plantas cortes e fachadas de projetos arquitetônicos Escala 175 Juntamente com a de 125 é utilizada apenas em desenhos de apresentação que não necessitem ir para a obra maior dificuldade de proporção Escala 1100 Opção para plantas cortes e fachadas quando é inviável o uso de 150 plantas de situação e paisagismo também para desenhos de estudos que não necessitem de muitos detalhes Escala 1175 Para estudos ou desenhos que não vão para a obra Escala 1200 e 1250 Para plantas cortes e fachadas de grandes projetos plantas de situação localização topografia paisagismo e desenho urbano Escala 1500 e 11000 Planta de localização paisagismo urbanismo e topografia Escala 12000 e 15000 Levantamentos aerofotogramétricos projetos de urbanismo e zoneamento As escalas são classificadas em dois tipos Gráficas Numéricas Escalas Numéricas A escala numérica pode ser de redução ou de ampliação É chamada de ampliação quando a representação gráfica é maior do que o tamanho real do objeto Exemplo 31 51 101 A escala de redução é mais utilizada em arquitetura Quando o desenho é sempre realizado em tamanho inferior ao que o objeto real Exemplo 125 150 1100 Ex Escala 15 cada 1 cm do desenho representa 5cm da peça Para desenhar nesta escala dividese por 5 a verdadeira grandeza das medidas A escala se expressa pela divisão entre o tamanho da imagem e tamanho do objeto representado ou sejaE l₀ l Desenho Técnico Aplicado 90 As cotas são a forma pela qual passamos nos desenhos as informações referentes às dimensões de projeto São normalmente dadas em centímetros Isso porque nas obras os operários trabalham com o metro trena dobrável com 2 metros de comprimento que apresenta as dimensões em centímetros Assim para quem executa a obra usuário do metro a visualização e a aplicação das dimensões se torna mais clara e direta Isso não impede que seja utilizada outra unidade desde que mantida em todo o desenho a mesma unidade Normalmente para desenhos de alguns detalhes quando a execução requer rigorosa precisão as dimensões podem ser dadas em milímetros Na hora de cotar devese ter o cuidado de não apresentar em um mesmo desenho duas unidades diferentes centímetros e metros por exemplo As áreas podem e devem ser dadas em metros quadrados Assim procurar sempre informar através de uma nota de desenho as unidades utilizadas como por exemplo cotas dadas em centímetros e áreas em metros quadrados Os desenhos de arquitetura bem como todo desenho técnico devem ter as suas medidas indicadas corretamente Indicar a medida da cota errada ou uma má indicação costuma trazer prejuízos e aborrecimentos Figura 37 Exemplo de cotas As cotas sempre que possível devem estar margeando os desenhos ou seja fora do limite das linhas principais de uma planta corte ou qualquer outro desenho Isso não impede que algumas cotas sejam dadas no interior mas devese evitar a fim de não dificultar a leitura das informações Desenho Técnico Aplicado 91 Na sua representação são utilizadas linhas médiasfinas para traçado das linhas de cota que determina o comprimento do trecho a ser cotado linhas de chamada que indicam as referências das medidas e o tick que determina os limites dos trechos a serem dimensionados Nos desenhos a linha de cota normalmente dista 25cm em escala 11 da linha externa mais próxima do desenho Quando isso não for possível admitese que esteja mais próxima ou mais distante conforme o caso A distância entre linhas de cota deve ser de 10 cm escala 11 As linhas de chamada devem partir de um ponto próximo ao local a ser cotado mas sem tocar deixar 05 cm em escala 11 cruzar a linha de cota e se estender até um pouco mais além desta 05 cm em escala 11 O tick sempre a 45º à direita ou uma circunferência pequena cheia que cruza a interseção entre a linha de cota e a de chamada Este deve ter um traçado mais destacado através de uma linha mais grossa ou circunferência cheia para facilitar a visualização do trecho cotado O texto deve estar sempre acima da linha de cota sempre que possível no meio do trecho cotado e afastado aproximadamente 2mm da linha de cota Caracteres com 3mm de altura Figura 38 Linha de Cota Linha de Chamada e Tick traço Desenho Técnico Aplicado 92 Princípios Gerais As cotas de um desenho ou projeto devem ser expressas em uma única unidade de medida As cotas devem ser escritas sem o símbolo da unidade de medida m mm ou cm As cotas devem ser escritas acompanhando a direção das linhas de cota Qualquer que seja a escala do desenho as cotas representam a verdadeira grandeza das dimensões medidas reais As linhas de cota devem ser contínuas e os algarismos das cotas devem ser colocados ACIMA da linha de cota Quando a peça for muito grande devese interromper a peça e não a linha de cota Figura 39 Exemplo de cota contínua com desenho interrompido Desenho Técnico Aplicado 93 Figura 40 Recomendações de posicionamento dos textos das cotas E assim encerramos nossa quarta unidade de estudos agora você já sabe o conceito de Escala a relação entre o tamanho do desenho e o tamanho real do objeto Viu como nem sempre é possível desenhar os objetos em seu tamanho real no caso da arquitetura por exemplo mas é necessário manter as proporções entre eles ou seja reduzir igualmente todas as medidas pelo mesmo fator mantendo as medidas angulares Na próxima unidade você irá estudar as plantas baixas e qual a forma de representar diversos elementos e características neste tipo de desenho É HORA DE SE AVALIAR Lembrese de realizar as atividades desta unidade de estudo Elas irão ajudálo a fixar o conteúdo além de proporcionar sua autonomia no processo de ensinoaprendizagem Desenho Técnico Aplicado 94 Exercícios da Unidade 4 1 Utilizando uma folha de papel A4 deitada desenhe a margem e o carimbo Em seguida preencha o carimbo utilizando os padrões de escrita descritos na NBR 8402 2 Calcule a escala de um desenho sabendo que um muro que mede 30m de comprimento está representado no papel com 15cm 3 Se uma determinada peça de madeira mede 130 m de comprimentos desenhando a peça na escala de 15 qual será o comprimento do desenho em centímetros Desenho Técnico Aplicado 95 4 Qual é a função da cota no desenho técnico 5 O que são escalas gráficas Desenho Técnico Aplicado 97 5 Projeções Horizontais Desenho Técnico Aplicado 98 Chegamos a nossa penúltima unidade ela você vai aprender o que são plantas baixas e qual a forma de representar diversos elementos e características neste tipo de desenho Objetivos da Unidade Representar plantas variadas para aprovação e execução de projetos Conhecer os métodos de desenho e as informações que devem ser incorporadas a cada tipo de planta segundo as normas técnicas Plano da Unidade Planta Baixa Composição do Desenho Representação dos Elementos Construtivos Representação das informações Cotas Gerais Outras Informações Bons Estudos Desenho Técnico Aplicado 99 Planta Baixa A planta baixa é a representação gráfica de uma vista ortográfica seccional do tipo corte obtida quando imaginamos passar por uma construção um plano projetante secante horizontal de altura a seccionar o máximo possível de aberturas média de 120 a 150m em relação ao piso do pavimento em questão e considerando o sentido de visualização do observador de cima para baixo acrescido de informações técnicas Figura 41 Representação do plano de projeção que dá origem à Planta Baixa Desenho Técnico Aplicado 100 Figura 42 Planta baixa cotada Desenho Técnico Aplicado 101 Denominação e Quantidade Qualquer construção projetada para um único piso terá a necessidade óbvia de uma única planta baixa que será denominada simplesmente Planta Baixa Em construções projetadas com vários pavimentos será necessária uma planta baixa para cada pavimento distinto arquitetonicamente Vários pavimentos iguais terão como representação uma única planta baixa que neste caso será chamada de Planta Baixa do Pavimento Tipo Quanto aos demais pavimentos o título da planta recebe a denominação do respectivo piso Exemplo Planta Baixa do 1º Pavimento Planta Baixa do Subsolo Planta Baixa do Pavimento de Cobertura Utilizamse as denominações piso ou pavimento e não andar Composição do Desenho Como em todos os desenhos técnicos a representação gráfica não se constituirá apenas na reprodução do objeto mas também na complementação através de um determinado número de informações ou indicadores Do ponto de vista didático convém então dividir os elementos gráficos em dois grupamentos desenho dos elementos construtivos e representação das informações Em planta baixa os componentes mais comuns e normalmente frequentes em cada um dos casos são os seguintes Desenho dos elementos construtivos paredes e elementos estruturais aberturas portas janelas portões pisos e seus componentes degraus rampas escadas equipamentos de construção aparelhos sanitários roupeiros lareiras aparelhos elétricos de porte fogões geladeiras máquinas de lavar e elementos de importância não visíveis Representação das informações nome das dependências áreas úteis das peças tipos de pisos dos ambientes níveis posições dos planos de corte verticais cotas das aberturas ou simbologia de representação com quadro de esquadrias cotas gerais informações sobre elementos não visíveis outras informações Desenho Técnico Aplicado 102 Representação dos Elementos Construtivos Paredes São representadas de acordo com suas espessuras e com simbologia relacionada ao material que as constitui Normalmente desenhase a parede de 15cm ela pode variar conforme a intenção e necessidade arquitetônica Figura 43 Representação de paredes em planta Desenho Técnico Aplicado 103 Portas e portões São desenhados representandose sempre as folhas da esquadria com linhas auxiliares Se necessário procurando especificar o movimento das folhas e o espaço ocupado Figura 44 Representação de portas em planta Desenho Técnico Aplicado 104 Janelas São representadas através de uma convenção genérica sem dar margem a uma maior interpretação quanto ao número de caixilhos ou funcionamento da esquadria Figura 45 Representação de janelas em planta Pisos Em nível de representação gráfica em Planta Baixa os pisos são apenas distintos em dois tipos comuns ou impermeáveis representados apenas em áreas dotadas de equipamentos hidráulicos Salientase que o tamanho do reticulado constitui uma simbologia não tendo a ver necessariamente com o tamanho real das lajotas ou pisos cerâmicos convencionase utilizar 30x30cm ou 50x50cm Figura 46 Representação de pisos em planta Desenho Técnico Aplicado 105 Equipamentos de Construção Dependendo de suas alturas podem ser seccionados ou não pelo plano que define a planta baixa Em uma ou outra situação são normalmente representados pelo número mínimo de linhas básicas para que identifiquem sua natureza Figura 47 Representação de equipamentos em planta Figura 48 Representação de equipamentos em planta Aparelhos Elétricos Em Planta Baixa são representados os aparelhos elétricos de porte de posição fixa ou semifixa e projetada pela necessidade de conhecimento de seus posicionamentos com vista aos projetos complementares Figura 49 Representação de aparelhos elétricos em planta Desenho Técnico Aplicado 106 Elementos não visíveis No desenho da Planta Baixa devemse indicar elementos julgados de importância pelo projetista mas situados acima do plano de corte ou abaixo mas escondidos por algum outro elemento arquitetônico Neste caso devese sempre representar o contorno do elemento considerado através do emprego de linhas tracejadas curtas de espessura fina conforme exemplificações a seguir Figura 50 Representação de elementos não visíveis em planta Representação das informações Nome das peças Em todo e qualquer projeto arquitetônico independentemente da finalidade da construção é indispensável a colocação de denominação em todas as peças de acordo com suas finalidades Esta denominação deve atender ao seguinte Nomes em letras padronizadas conforme NBR Nomes sempre na horizontal Utilização sempre de letras maiúsculas Tamanho das letras entre 3 e 5mm Letras de eixo vertical não inclinadas Colocação convencional no centro das peças Desenho Técnico Aplicado 107 Áreas das Peças É igualmente de indispensável indicação a colocação das áreas úteis de todas as peças áreas internas aproveitáveis de acordo com o seguinte Colocação sempre abaixo do nome da peça deixar espaçamento de 2mm entre cada texto Letras um pouco menores do que a indicação do nome das peças 3mm ou 2mm Algarismos de eixo vertical Indicação sempre na unidade M² metros quadrados Precisão de dm² duas casas após a vírgula 553 Tipo de Piso dos Ambientes Deve ser indicado também em cada peçaambiente representado em planta baixa o seu respectivo tipo de piso da seguinte forma Colocação sempre abaixo da área útil da peça deixar espaçamento de 2mm entre cada texto Letras do mesmo tamanho que o texto da área 3mm ou 2mm Algarismos de eixo vertical Figura 51 Níveis das Dependências Desenho Técnico Aplicado 108 Os níveis são cotas altimétricas dos pisos sempre em relação a uma determinada referência de nível préfixada pelo projetista e igual a 0 zero A colocação os níveis deve atender ao seguinte Colocados dos dois lados de uma diferença de nível Evitar repetição de níveis próximos em planta Não marcar sucessão de desníveis iguais escada Algarismos padronizados pela NBR Escrita horizontal Colocação do sinal ou antes da cota de nível Indicação sempre em metros Simbologia convencional Figura 52 Indicação de nível em planta Cotas nas Aberturas Forma 1 Portas Todas as portas e portões devem ser cotados identificandose sua largura e altura de acordo com o seguinte Sempre na ordem l x h largura por altura Algarismos padronizados Posicionamento ao longo das folhas Desenho Técnico Aplicado 109 Figura 53 Indicação de cotas nas aberturas em planta Janelas Todas as janelas devem ser cotadas em Planta Baixa identificandose sua largura altura e peitoril de acordo com o seguinte Sempre na ordem l x h p largura por altura sobre peitoril Algarismos padronizados Posicionamento interno ou externo à construção apenas uma opção em um projeto Figura 54 Indicação de cotas de janelas em planta Cotas nas Aberturas Forma 2 Utilização de Quadro de Esquadrias A forma mais recomendada por ser mais completa para a representação das informações relativas às esquadrias é a utilização de códigos e quadro de esquadrias Segundo essa metodologia cada esquadria diferente entre si deverá ser acompanhada por um código sequencial dentro de uma circunferência O mesmo código deve aparecer em um quadro denominado quadro de esquadrias que descreverá as informações relevantes de tal esquadria Desenho Técnico Aplicado 110 Importante Comumente utilizase para janelas os códigos J1 J2 J3 e para portas P1 P2 P3 P4 O quadro de esquadrias deverá conter pelo menos código dimensões tipo de funcionamento e materiais da esquadria que está sendo descrita Cotas Gerais O desenho da Planta Baixa só será considerado completo se além da representação gráfica dos elementos contiver todos os indicadores necessários dentre os quais as cotas dimensões são dos mais importantes A cotagem deve seguir as seguintes indicações gerais As cotas devem ser preferencialmente externas As linhas de cota no mesmo alinhamento devem ser completas A quantidade de linhas deve ser distribuída no entorno da construção sendo que a primeira linha deve ficar afastada 25 cm do último elemento a ser cotado e as seguintes devem afastarse umas das outras 10cm Todas as dimensões das peças e espessuras de paredes devem ser cotadas As aberturas de vãos e esquadrias devem ser cotadas e amarradas aos elementos construtivos Todas as dimensões totais devem ser identificadas As linhas mais subdivididas devem ser as mais próximas do desenho As linhas de cota nunca devem se cruzar Identificar pelo menos três linhas de cota subdivisão de paredes e esquadrias cotas das peças e paredes e cotas totais externas Desenho Técnico Aplicado 111 Figura 55 Indicação de cotas gerais em planta Outras Informações Além das informações anteriores já discriminadas e ocorrentes em qualquer projeto cabe ao projetista adicionar ainda todos e quaisquer outros elementos que julgue serem indispensáveis ao esclarecimento e que não congestionem demais a representação gráfica Entre os mais frequentes citamse dimensões de degraus sentido de subida das escadas setas capacidade de reservatórios superior e inferior indicação de projeções de coberturas identificação de iluminação zenital eventual discriminação dos tipos de pisos E assim encerramos nossa penúltima unidade de estudos onde você aprendeu o que são plantas baixas e qual a forma de representar diversos elementos e características neste tipo de desenho Na nossa ultima unidade você via estudar que o conjunto desses desenhos permite a compreensão total da construção ou do objeto a ser construído graças a sua complementaridade É HORA DE SE AVALIAR Lembrese de realizar as atividades desta unidade de estudo Elas irão ajudálo a fixar o conteúdo além de proporcionar sua autonomia no processo de ensinoaprendizagem Desenho Técnico Aplicado 112 Exercícios da Unidade 5 1 Represente com auxílio de instrumentos uma porta de correr externa medindo 080 x 210m em planta baixa na escala de 125 2 Represente com auxílio de instrumentos uma janela medindo 180 x 120m com peitoril de 90cm em planta baixa na escala de 125 Desenho Técnico Aplicado 113 3 Represente com o auxílio de instrumentos um cômodo da sua residência indicando piso paredes área cotas e quaisquer informações que se julgar necessárias 4 Em uma planta baixa é verdadeiro dizer que a área dos cômodos é representada em verdadeira grandeza Explique Desenho Técnico Aplicado 114 5 Represente com auxílio de instrumentos um banheiro medindo 180 x 150m em planta posicionando os equipamentos cotas e demais indicações como de acordo com o que foi ensinado neste capítulo Desenho Técnico Aplicado 115 6 Projeções Verticais Desenho Técnico Aplicado 116 E para finalizar nesta unidade serão apresentados os desenho em projeção vertical que podem ser vistas quando observados desde fora ou cortes quando seccionados e observados por dentro Objetivos da Unidade Representar vistas e cortes variados para aprovação e execução de projetos Conhecer os métodos de desenho e as informações que devem ser incorporadas a cada tipo de desenho segundo as normas técnicas Plano da Unidade Elevações ou Fachadas Representação dos Elementos Revestimentos Etapas para o desenho da elevação Cortes Representação Dos Elementos Construtivos Representação das informações Bons Estudos Desenho Técnico Aplicado 117 Elevações ou Fachadas Elevações ou fachadas são elementos gráficos componentes de um projeto de arquitetura constituídos pela projeção das arestas visíveis do volume sobre um plano vertical localizado fora do elemento arquitetônico São as vistas principais frontal posterior lateral direita ou esquerda ou eventualmente auxiliares da edificação elaboradas com a finalidade de fornecer dados para a execução da obra bem como antecipar a visualização externa da edificação projetada Nelas aparecem os vãos de janelas de portas de elementos de fachada de telhados assim como todos os outros visíveis de fora da edificação Figura 56 Rebatimento das vistas de uma construção Desenho Técnico Aplicado 118 Os desenhos em elevação expressam a forma e as massas da estrutura as aberturas de portas e janelas tipo tamanho e localização os materiais a textura e o contexto Em desenhos constituídos apenas de linhas sem penumbras e sombras projetadas diferenças nos pesos das linhas auxiliam na sugestão da profundidade dos planos Quanto mais pesada a delineação de um elemento mais para a frente o desenho parece situarse quanto mais leve a delineação mais ele parece recuar Figura 57 Diferenciação de planos em vistas Quantidade de Elevações A quantidade de elevações externas necessárias é variável ficando sua determinação a critério do projetista normalmente dependendo de critérios tais como Sofisticação dos acabamentos externos Número de frentes do lote Posição da porta principal de acesso Irregularidade das paredes externas Para a aprovação de um projeto na Prefeitura Municipal exigese no mínimo uma representação de elevação normalmente a frontal Desenho Técnico Aplicado 119 Denominação das Elevações Havendo uma única fachada o desenho recebe apenas esta denominação específica ELEVAÇÃO ou FACHADA Existindo mais do que uma elevação há que se distinguirem os vários desenhos conforme a sua localização no projeto Há critérios variáveis aceitos desde que em um mesmo projeto utilizese sempre o mesmo critério Pelo nome da vista frontal posterior lateral direita lateral esquerda Pela orientação geográfica norte leste sudeste etc Pelo nome da rua para construções de esquina Pela importância principal secundária apenas para duas fachadas Letras e números Representação dos Elementos Em elevações ou fachadas a principal indicação é de que os elementos devem ser representados com a máxima fidelidade possível dentro dos recursos disponíveis de instrumental e de escala Saibase complementarmente que na maioria das vezes não há outra indicação de informações senão dos materiais utilizados não se devem cotar as fachadas A seguir algumas demonstrações exemplificativas de alguns dos principais componentes de elevações revestimentos e esquadrias os quais podem apresentar várias diversificações além das apresentadas Portas Marco 5cm Fechadura altura 100 a 105 cm Soleira 5 cm Divisões principais Elementos secundários Desenho Técnico Aplicado 120 Figura 58 Representação de portas em vista Janelas Marco 5 cm Pingadeira externa 5cm Divisões estruturais Parte externa Parte interna Figura 59 Representação de janelas em vista Desenho Técnico Aplicado 121 Revestimentos Figura 60 Representação de revestimentos em vista Etapas para o desenho da elevação No caso em que as fachadaselevações são desenhadas na mesma escala que a planta baixa e os cortes recomendável o trabalho do desenhista fica consideravelmente facilitado o escalímetro não precisa ser usado Colar a prancha em branco sobre a prancheta sobre a qual vamos desenhar a elevação Sobre a prancha em branco colar a planta baixa no sentido da elevação que vamos desenhar Traçar com o auxílio da régua paralela e dos esquadros todas as linhas de projeção verticais das paredes e demais detalhes da planta que são de interesse para o desenho da fachada na prancha branca Retirar a planta baixa e sobre o papel de desenho colar um dos cortes com maior detalhe e com a altura da cumeeira lateralmente ao desenho da elevação alinhando o nível externo do corte com a linha do piso da elevação Desenho Técnico Aplicado 122 Transportar todos os detalhes em altura que interessam ao desenho da elevação altura e forma da cobertura altura das portas das janelas dos peitoris etc A interseção destas linhas horizontais com as verticais traçadas a partir da planta baixa permite ao desenhista completar com facilidade o desenho Esta maneira de trabalhar traz inúmeras vantagens principalmente rapidez e impossibilidade de erros de escala ou desenhos que não estejam de acordo com a planta projetada A existência de saliências e reentrâncias nas elevaçõesfachadas permite obter contrastes de luz e sombras que valorizam o desenho Figura 61 Etapas para o desenho de elevação Desenho Técnico Aplicado 123 Importante A escala utilizada para a representação de elevaçõesfachadas deve ser a mesma da planta baixa preferencialmente 150 Uma maior atenção deve ser dada no desenho de elevaçõesfachadas à espessura dos traços que é um recurso utilizado para dar noção de profundidade dos planos no elemento representado Embora não obrigatória a utilização da técnica de sombras em fachadas é conveniente e dá melhor apresentação e interpretação ao desenho Em fachadaselevações não se deve tentar fazer representações muito detalhadas de esquadrias o que é função de desenho de detalhamento em escala adequada representamse apenas as linhas compatíveis com a escala indicando o tipo de esquadria a ser utilizada É possível e aconselhável o enriquecimento da elevaçãofachada com a utilização de vegetação pessoas veículos etc para dar a noção de escala e aproximar da realidade desde que não impeçam a visualização de elementos de importância da construção Figura 62 Vistas frontal e lateral alinhadas a partir da planta baixa Desenho Técnico Aplicado 124 Exemplos Figura 63 Construção de Elevações Figura 64 Exemplos de elevações Desenho Técnico Aplicado 125 Figura 65 Exemplos de elevações Cortes Os cortes são representações de vistas ortográficas seccionais do tipo corte obtidas quando passamos por uma construção um plano de corte e projeção vertical normalmente paralelo às paredes e retiramos a parte frontal mais um conjunto de informações escritas que o complementam Assim neles encontramos o resultado da interseção do plano vertical com o volume Os cortes são os desenhos em que são indicadas as dimensões verticais O objetivo dos cortes em um projeto de edificação é ilustrar o maior número de relações entre espaços interiores e significantes que se desenvolvem em altura e que por consequência não são devidamente esclarecidos em planta baixa A sua orientação é feita na direção dos extremos mais significantes deste espaço Normalmente se faz no mínimo dois cortes um transversal e outro longitudinal ao objeto cortado para melhor entendimento Podem sofrer desvios sempre dentro do mesmo compartimento para possibilitar a apresentação de informações mais pertinentes Os cortes podem ser transversais plano de corte na menor dimensão da edificação ou longitudinais na maior dimensão Desenho Técnico Aplicado 126 A quantidade de cortes necessários em um projeto porém é de exclusiva determinação do projetista em função das necessidades do projeto São fatores que influenciam a quantidade de cortes Irregularidades das paredes internas Sofisticação de acabamentos internos Formato poligonal da construção Diferenças de níveis nos pisos Existência de detalhamentos internos Figura 66 Plano de Corte transversal Desenho Técnico Aplicado 127 Figura 67 Plano de Corte longitudinal Posicionamento dos cortes Os planos normalmente são paralelos às paredes e posicionados pela presença de pésdireitos variáveis esquadrias especiais barreiras impermeáveis equipamentos de construção escadas elevadores etc A posição do plano de corte e o sentido de observação dependem do interesse de visualização Recomendase sempre passálo pelas áreas molhadas banheiro e cozinha pelas escadas e poço dos elevadores Os cortes devem sempre estar indicados nas plantas para possibilitar sua visualização e interpretação indicar a sua posição e o sentido de visualização A indicação dos cortes em planta baixa tem uma simbologia específica Figura 68 Simbologia que representa o plano de corte em planta Desenho Técnico Aplicado 128 A orientação dos CORTES é feita na direção dos extremos mais significantes Do espaço cortado O sentido de visualização dos cortes deve ser indicado em planta bem como a sua localização Figura 69 Planos de corte e simbologia que representa os planos em planta baixa Desenho Técnico Aplicado 129 Representação Dos Elementos Construtivos Fundações São desenhadas em função dos materiais utilizados e de sua disposição geral com dimensões aproximadas se houver pois seu detalhamento é função do projeto estrutural Alguns exemplos de fundações mais utilizadas Figura 70 Representação de fundações em corte PisoContrapiso Normalmente identificase apenas a espessura do contrapiso piso com espessura aproximada de 10cm através de duas linhas paralelas cortadas espessura de linha médiagrossa A terra ou aterro são indicados através de hachura inclinada O contrapiso ocorre alinhado com a viga baldrame das paredes Figura 71 Representação de contrapiso em corte Desenho Técnico Aplicado 130 Paredes Nos cortes as paredes podem aparecer seccionadas ou em vista No caso de paredes seccionadas a representação é semelhante ao desenho em planta baixa Existindo paredes em vista que não são cortadas pelo plano de corte a representação é similar aos pisos em planta Figura 72 Representação de paredes em corte Equipamentos de construção Os equipamentos de construção podem aparecer em corte ou em vista na representação dos cortes verticais Tanto em uma situação como em outra basta representálos com suas linhas básicas que identificam o aparelho ou equipamento Abaixo algumas representações Figura 73 Representação de equipamentos em corte Desenho Técnico Aplicado 131 Forroslajes Geralmente os forros são constituídos de lajes de concreto representadas de maneira similar ao contrapiso com espessura de 10cm Sobre as paredes representase as vigas em concreto Pode haver forro de madeira ou gesso por exemplo abaixo da laje ou sem a presença desta Estes forros serão representados por duas linhas finas paralelas com a espessura do forro Figura 74 Representação de lajes e forros em corte Coberturas Neste semestre representaremos a cobertura de forma simplificada apenas com os traços básicos de seu contorno ou com laje impermeabilizada No próximo semestre se estudará o detalhamento da cobertura e a forma de representação de todos os seus elementos estruturais e materiais Aberturas PORTAS em vista são indicadas apenas pelo seu contorno preferencialmente com linhas duplas 5cm quando forem dotadas de marco Em corte indicase apenas o vão com a visão da parede do fundo em vista JANELAS em vista seguem as mesmas diretrizes das portas Em corte têm representação similar à planta baixa marcandose o peitoril como parede traço cheio e grosso e a altura da janela quatro linhas paralelas em traço cheio e médio Desenho Técnico Aplicado 132 Figura 75 Representação de portas e janelas em corte Representação das informações No desenho dos cortes verticais as representações são as cotas verticais indicação de níveis e denominação dos ambientes cortados Outras informações julgadas importantes podem ser discriminadas impermeabilizações capacidade de reservatórios inclinação telhados informações relativas a escadas rampas e poços de elevador etc Cotas São representadas exclusivamente as cotas verticais de todos os elementos de interesse em projeto e principalmente Pés direitos altura do piso ao forroteto Altura de balcões e armários fixos Altura de impermeabilizações parciais Cotas de peitoris janelas e vergas Cotas de portas portões e respectivas vergas Desenho Técnico Aplicado 133 Cotas das lajes e vigas existentes Alturas de patamares de escadas e pisos intermediários Altura de empenas e platibandas Altura de cumeeiras Altura de reservatórios posição e dimensões Dica Não se cotam os elementos abaixo do piso função do projeto estrutural Para as regras de cotagem utilizamse os mesmos princípios utilizados para cotas em planta baixa As cotas devem ser preferencialmente externas As linhas de cota no mesmo alinhamento devem ser completas A quantidade de linhas deve ser distribuída no entorno da construção sendo que a primeira linha deve ficar afastada 25 cm do último elemento a ser cotado e as seguintes devem afastarse umas das outras 10cm Todas as dimensões totais devem ser identificadas As linhas mais subdivididas devem ser as mais próximas do desenho As linhas de cota preferencialmente não devem se cruzar Identificar pelo menos três linhas de cota cotas de subdivisão de paredes de esquadrias de vergas de vigas de lajes de cumeeira de cotas dos pés direitos e de cotas totais externas Níveis São identificados todos os níveis sempre que se visualize a diferença de nível evitando a repetição desnecessária e não fazendo a especificação no caso de uma sucessão de desníveis iguais escada A simbologia para indicação de níveis nos cortes é diferenciada da simbologia para indicação em planta porém os níveis constantes em planta baixa devem ser os mesmos indicados nos cortes Desenho Técnico Aplicado 134 Os níveis devem ser sempre indicados em metros e acompanhados do sinal conforme localizaremse acima ou abaixo do nível de referência 00 Sempre são indicados com referência ao nível zero Figura 76 Representação de nível altura em corte Etapas para o desenho do corte Colocar o papel manteiga sobre a planta observando o sentido do corte já marcado na planta baixa Desenhar a linha do terreno Marcar a cota do piso dos ambientes cortados e traçar Marcar o pé direito e traçar Desenhar as paredes externas usar o traçado da planta baixa Desenhar o forro quando houver ou a laje Desenhar também o contrapiso Desenhar a cobertura ou telhado Desenhar as paredes internas cortadas pelo plano Marcar as portas e janelas seccionadas pelo plano de corte Desenhar os elementos que estão em vista após o plano de corte Ex janela e porta não cortadas parede em vista não cortada etc Denominar os ambientes em corte Colocar a indicação de nível Colocar linhas de cota e cotar o desenho Repassar os traços a grafite nos elementos em corte Ex parede traço grosso laje traço médio portas janelas e demais elementos em vista traços finos Desenho Técnico Aplicado 135 Dica No corte as cotas são somente na vertical As portas e janelas aparecem sempre fechadas E assim encerramos nossa ultima unidade de estudos onde você estudou as elevações ou seja desenhos nos planos vertical e de perfil as fachadas e vistas laterais mas também os cortes planos que seccionam o objeto representado revelando seu interior O conjunto desses desenhos permite a compreensão total da construção ou do objeto a ser construído graças a sua complementaridade É HORA DE SE AVALIAR Lembrese de realizar as atividades desta unidade de estudo Elas irão ajudálo a fixar o conteúdo além de proporcionar sua autonomia no processo de ensinoaprendizagem Desenho Técnico Aplicado 136 Exercícios da Unidade 6 1 Qual é a diferença entre cortes e vistas ou elevações 2 Utilizando os equipamentos de desenho represente uma porta de vidro com estrutura de alumínio medindo 80cm de largura por 210 de altura em vista e em corte na escala de 120 Desenho Técnico Aplicado 137 3 Represente uma janela de correr com duas folhas de venezianas com 150 x 120m em vista e em corte na escala de 120 4 Utilizando os equipamentos de desenho represente um corte transversal do banheiro da sua residência representando a laje de piso e o teto as paredes cortadas o revestimento da parede em vista e os equipamentos que porventura sejam mostrados Não se esquecer de incluir as cotas com as dimensões reais do banheiro Escolha a escala que se mostrar mais adequada ao desenho Desenho Técnico Aplicado 138 5 Escolha um dos exemplos de elevações na parte 317 deste capítulo e copie um dos desenhos de fachadas mantendo as medidas da apostila Desenho Técnico Aplicado 139 Considerações Finais Através do estudo desta disciplina você foi introduzido no universo dos Desenhos técnicos e da representação de projetos As bases para estes conhecimentos podem ser obtidas através do estudo da Geometria Plana e das formas geométricas básicas Unidades 1 e 2 Com estes conhecimentos é possível desenhar linhas e planos com o auxílio de instrumentos como o compasso a régua e os esquadros permitindo precisão de forma e medidas Para entender melhor o funcionamento das vistas no Desenho Técnico explicamos o funcionamento da Geometria Descritiva e das Projeções Ortogonais Unidade 3 Explicamos que diferente do olho humano no desenho técnico o objeto observado se projeta em um Plano de Projeção através de linhas ortogonais mais ou menos como os raios de Sol paralelo entre si que se projetam no chão formando a sombra dos objetos Estudamos também as projeções de diferentes formas geométricas nos planos horizontal vertical e de perfil dando origem às vistas ortográficas Na etapa seguinte estudamos as normas brasileiras que orientam o desenho técnico de peças e de arquitetura Entendemos que é necessário descrever detalhadamente as medidas e as características físicas dos objetos e para isso são necessários símbolos e padrões A caligrafia no desenho também é normatizada de modo a padronizar os textos e evitar dificuldades na leitura A Unidade 4 explica o conceito de Escala a relação entre o tamanho do desenho e o tamanho real do objeto Nem sempre é possível desenhar os objetos em seu tamanho real no caso da arquitetura por exemplo mas é necessário manter as proporções entre eles ou seja reduzir igualmente todas as medidas pelo mesmo fator mantendo as medidas angulares Finalmente nas últimas unidades são apresentados os desenhos arquitetônicos de plantas e elevações de modo a explicar e demonstrar a função prática do desenho técnico e seu objetivo último que é a execução de um determinado trabalho O aluno aprendeu o que são plantas baixas e qual a forma de representar diversos elementos e características neste tipo de desenho Na última unidade o tema foi As Elevações ou seja desenhos nos planos vertical e de perfil as fachadas e vistas laterais mas também os cortes planos que seccionam o objeto representado revelando seu interior O conjunto desses desenhos permite a compreensão total da construção ou do objeto a ser construído graças a sua complementaridade Desenho Técnico Aplicado 140 Encerramos assim este período de estudos esperando que os alunos tenham adquirido estes importantes conhecimentos fundamentais para a atuação no mercado como engenheiros A utilidade prática do Desenho Técnico transcende à mera atuação profissional auxiliando em diversas áreas da vida cotidiana melhorando a visão espacial e a capacidade de se expressar graficamente explicando ideias para outros profissionais Esperamos portanto que os conhecimentos adquiridos contribuam efetivamente para a vida dos alunos tornandose parte útil da sua formação A aplicação dos exercícios presentes nessa apostila é fundamental para a fixação destes conhecimentos e pode ser complementada com pesquisas individuais autônomas Acreditamos que a formação do aluno sobretudo nos cursos à distância extrapola o conteúdo presente nas apostilas sobretudo com o advento da internet que coloca à nossa disposição uma bibliografia praticamente ilimitada Por isso embora tenhamos reunido aqui todo o conteúdo essencial referente ao tema do Desenho Técnico incentivamos a complementação desses estudos com pesquisas e exercícios encontrados em outros livros e na internet Fazendo isso você enriquecerá seu repertório e se aproximará ainda mais do objetivo de se tornar profissionais completos e competentes aptos a realizar com segurança os mais variados trabalhos Espero que tenhamos contribuído para essa formação e desejamos aos alunos os melhores cumprimentos e votos de muito sucesso Equipe EAD Universo Desenho Técnico Aplicado 141 Conhecendo o Autor Rafael Ramos Koury Arquiteto e Urbanista graduado na Universidade Federal Fluminense 2009 já tendo atuado com os seguintes temas planejamento urbano de áreas de risco socioambiental projetos de arquitetura urbanismo e paisagismo Em 2013 adquiriu o titulo de mestre pela UFF na área de planejamento urbano e regional com ênfase na produção de indicadores de sustentabilidade urbana Desenho Técnico Aplicado 143 Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR8196 Desenho técnico Emprego de escalas Rio de Janeiro 1999 NBR8402 Execução de caráter pra escrita em desenho técnico Rio de Janeiro 1994 NBR8403 Aplicação de linhas em desenhos Tipos de linhas Larguras das linhas Rio de Janeiro 1984 NBR10068 Folha de desenho Leiaute e dimensões Rio de Janeiro 1987 NBR10126 Cotagem em desenho técnico Rio de Janeiro 1987 NBR10582 Apresentação da folha para desenho técnico Rio de Janeiro 1988 NBR10647 Desenho Técnico Rio de Janeiro 1989 NBR12298 Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico Rio de Janeiro 1995 NBR13142 Desenho técnico Dobramento de cópia Rio de Janeiro 1999 MICELI Maria Teresa FERREIRA Patrícia Desenho Técnico Básico ed Ao livro Técnico In httpugflivrosblogspotcom Acesso em 01 de abril de 2014 CRUZ Dennis Coelho AMARAL Luiz Gustavo Henriques Apostila de Geometria Descritiva Ed da Universidade Federal da Bahia Barreiras BA 2012 In httpwww2fsanetcombrProfessorMaterialMaterialdeApoioThaisRodrigues IbiapinaBachareladoemEngenhariaCivilGeometriaDescritivaApostilade GeometriaDescritiva20121pdf Acesso em 10 de abril de 2014 Desenho Técnico Aplicado 144 Desenho Técnico Aplicado 145 Anexos Desenho Técnico Aplicado 146 Gabaritos Unidade 1 1 Resposta Discursiva 2 Desenho Técnico Aplicado 147 3 4 5 Unidade 2 1 Resposta Pessoal 2 p frac1715212 265 Logo a Área sqrt265cdot26517cdot26515cdot26521 Área 12619m² 3 4 Área fraca2sqrt25 10sqrt54 172a2 logo Área 1725² Área 43m² 5 R Si 180cdotn 2 Si 180cdot15 2 Si 2340 Portanto cada um dos vértices terá 2340 15 156 6 7 R se Se 360 Então cada ângulo externo terá 360 9 40 O número de diagonais será igual a frac9932 27 diagonais Unidade 3 1 O ponto é o elemento mais simples da geometria pois não possui forma nem dimensão Contudo a partir do ponto é possível obterse qualquer outra forma geométrica Podemos comparar uma linha a uma série de pontos alinhados no espaço unidos de tal forma que se confundem num traço contínuo A linha constituiuse no elemento geométrico que possui apenas uma dimensão o comprimento Uma superfície por sua vez pode ser definida como o conjunto das posições de uma linha móvel Quando a superfície é concebida pelo conjunto das posições de uma linha reta que se desloca em trajetória retilínea e paralela a si mesma é denominada superfície plana ou o plano Desenho Técnico Aplicado 151 2 O Plano de projeção é um dos elementos do Sistema de Projeção que orienta oDesenho Técnico e a Geometria Descritiva Nesse sistema um objeto projeta a sua imagem em um plano de projeção através das linhas denominadas projetantes No desenho técnico utilizase o método das projeções Ortogonais ou cilíndricas na qual as linhas projetantes são paralelas entre si e perpendiculares ao plano de projeção Desta forma linhas e planos que estiverem paralelos ao plano de projeção serão projetados com uma imagem equivalente ao tamanho e a forma real ou seja esta imagem estará em Verdadeira Grandeza No Desenho Técnico é importante expressar as medidas e a forma dos objetos representados de modo a permitir que eles possam ser construídos ou fabricados Por isso é importante desenhar todas as suas vistas e todos os seus detalhes nos planos de projeção ou seja o papel Quando desenhamos é como se imaginássemos as linhas projetantes e os planos de projeção representando os objetos sempre que possível em verdadeira grandeza 3 Desenho Técnico Aplicado 152 4 Desenho Técnico Aplicado 153 5 Unidade 4 1 Resposta Pessoal 2 o desenho está na escala de 1200 326cm 4 O objetivo da cota é informar a medida real das distâncias representadas no papel 5 Escala gráfica é a representação através de um gráfico proporcional à escala utilizada Utilizada quando for necessário reduzir ou ampliar o desenho por processo fotográfico Assim se o desenho for reduzido ou ampliado a escala o acompanhará em proporção Desenho Técnico Aplicado 154 Unidade 5 1 Resposta Pessoal 2 Resposta Pessoal 3 Resposta Pessoal 4 Sim isso é verdadeiro porque o piso é paralelo ao plano de projeção horizontal que dá origem à Planta Baixa portanto todas as distâncias horizontais aparecem em VG assim como as áreas 5 Resposta Pessoal Unidade 6 1 Elevações são as projeções verticais das faces do objeto desde fora por isso também conhecidas como vistas cortes são projeções verticais porém nos cortes os planos de projeção seccionam cortam o objeto mostrando o seu espaço interno 2 Resposta Pessoal 3 Resposta Pessoal 4 Resposta Pessoal 5 Resposta Pessoal