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Desenho Técnico

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DESENHO DE OBSERVAÇÃO AULA 4 Prof Péricles Varella Gomes 2 CONVERSA INICIAL A capacidade de representar objetos e cenas tridimensionais numa folha de papel parece magia para muitos Ao dominar a técnica da perspectiva você poderá fazer desenhos muito realistas e rápidos que podem comunicar de forma significativa aquilo que enxerga e também suas novas ideias Antes de iniciarmos o estudo da perspectiva observe a fotografia a seguir e perceba como ela transmite uma ilusão de profundidade e de realismo Figura 1 Exemplo de profundidade Fonte Acervo do autor Nesta imagem os elementos que se repetem postes e faixas no meio estão posicionados de tal forma que você consegue ser o motorista da cena O ponto de observação portanto é um aspecto fundamental no desenho em perspectiva é o mesmo que tirar uma foto da cabina de um carro olhando para a estrada em direção ao infinito Nesta aula vamos apresentar a teoria e a prática do desenho em perspectiva entendendo linha do horizonte pontos de fuga e como distintos pontos de observação geram diferentes pontos de fuga criando uma sensação 3 de profundidade em desenhos Vamos também estudar as diferenças entre os tipos de perspectiva disponíveis ao desenhista CONTEXTUALIZANDO Com certeza você já ouviu falar de objetividade e subjetividade na vida O mesmo ocorre quando falamos de perspectiva Essencialmente podemos desenhar uma cadeira por exemplo usando métodos precisos até recorrendo a uma régua para marcar as medidas em escala Esse desenho é totalmente objetivo na medida em que serve como projeto para quem quiser construir a cadeira Uma segunda forma de representar a cadeira é desenhála como o olho humano a enxerga Nosso olho percebe o mundo em três dimensões como se fosse uma câmera fotográfica e assim deforma a imagem fazendo com que coisas idênticas pareçam menores à medida que se afastam do ponto de observação Os postes da estrada da Figura 1 provam isso quanto mais longe estão menores eles aparecem As figuras 2 e 3 a seguir comparam os dois tipos de perspectiva Confira e acompanhe os comentários na sequência Figura 2 Cadeira geométrica objetivo em escala Crédito Attaphong Shutterstock 4 Figura 3 Cadeira artística subjetivo olhar humano Fonte Les Perysty Shutterstock Veja como a cadeira da Figura 2 tem objetividade mantendo o paralelismo entre os elementos que a compõem Já a da Figura 3 revela um caráter mais artístico e portanto mais subjetivo A cadeira geométrica usa a perspectiva axonométrica cilíndrica isométrica já a cadeira artística possui uma perspectiva cônica ou linear com pontos de fuga e linha do horizonte Vamos estudar nesta aula essa modalidade de desenhar ou seja desenhar aquilo que de fato enxergamos a olho nu Você percebe algumas diferenças talvez sutis entre os dois tipos de perspectiva O desenho expresso pela Figura 2 feito sem pontos de fuga e linha do horizonte possui um caráter técnico e pode ser usado para medir os tamanhos no próprio desenho no entanto não enxergamos a cadeira dessa forma O desenho da Figura 3 feito sem régua representa a forma como de fato vemos tal objeto Tente perceber as diferenças entre as duas maneiras de representação Para facilitar esse exercício vamos analisar duas imagens diferentes de um mesmo projeto usando as formas de perspectiva mencionadas Você percebe na Figura 4 que todas as linhas apresentam paralelismo em três direções distintas não existe nenhuma deformação mesmo nas linhas verticais Isso é bastante utilizado em jogos digitais tais como os Sims ou para representar móveis e casas 5 Figura 4 Perspectiva axonométrica e paramétrica Tratase de um modo interessante de representar espaços e objetos e pode ser feito com esquadros ou também à mão livre Mas não vamos usar essa técnica em nossa aula Já na Figura 5 você consegue perceber como as deformações agora aparecem nesse tipo de perspectiva As arestas que estão mais longe ficam menores portanto as linhas parecem convergir para algum lugar Figura 5 Perspectiva cônica com pontos de fuga Esses pontos no infinito na maioria das vezes na linha do horizonte são os pontos de fuga TEMA 1 TEORIA E PRÁTICA DA PERSPECTIVA Você provavelmente já visitou museus ou já teve algum contato com desenhos incríveis de paisagens urbanas automóveis e mobiliários que 6 parecem reais ainda que sejam feitos à mão livre Quando um desenho possui qualidade de croquis o desenhista usou a técnica da perspectiva cônica com pontos de fuga e linha do horizonte Figura 6 Esta será nossa principal atividade nesta aula saber desenhar de forma rápida usando de forma intuitiva o nosso olho tentando se concentrar ao máximo na cena que se apresenta Figura 6 Croquis de paisagem com dois pontos de fuga Você deverá criar desenhos que representam de forma eficaz e elegante a cena em questão A teoria e a prática do desenho em perspectiva não são difíceis e com um mínimo de esforço qualquer pessoa pode desenhar bem desde que use dois princípios do desenho de observação linha do horizonte e ponto de fuga Agora vamos marcar a linha do horizonte e o ponto e fuga numa imagem a Figura 7 será útil para fazermos esse exercício Note que a fotografia foi feita quase no topo do hotel em Las Vegas Perceba que a linha do horizonte marcada em amarelo está bem aparente Observe também que a imagem tem apenas um ponto de fuga As linhas em vermelho convergem para o ponto de fuga que está situado na linha do horizonte LH 7 Figura 7 Linha do horizonte em amarelo e um ponto de fuga em vermelho linhas convergem para o horizonte Fonte Acervo do autor Pronto Com esses dois princípios fica fácil desenhar bem a cena em questão Vamos então explicar cada um deles separadamente TEMA 2 LINHA DO HORIZONTE A linha do horizonte é muito fácil de ver e de fotografar Veja na Figura 8 uma vista panorâmica da cidade de São Paulo que observada do alto tem um caráter de imensidão E a linha do horizonte está presente ao longe definindo basicamente o fim da terra e o inicio do céu Quanto maior for a altura de quem vê mais terra ele avista Perceba na foto que a linha do horizonte é meio irregular pois há montanhas no horizonte mas mesmo assim ela está lá A partir de agora você terá que marcar essa linha quando for desenhar qualquer coisa uma cidade uma praia uma cadeira ou uma casa Mas por quê Por razões simples ela define o enquadramento do desenho no papel estabelece um ponto de partida para o croqui e facilita a vida no sentido de depois fazermos os pontos de fuga e tudo o mais que irá compor o desenho De agora em diante linha do horizonte em primeiro lugar 8 Figura 8 Linha do horizonte e o Edifício Itália em São Paulo Fonte Acervo do autor Quando viajamos gostamos muito de fotografar as paisagens que visitamos Nessas fotos a linha do horizonte sempre está presente mesmo que não demos conta dela Ao irmos à praia ela também está lá fica onde o céu se encontra com o mar Figura 9 A mais fácil definição de linha do horizonte portanto é LH onde o céu encontra a terra ou o mar A linha do horizonte está presente em tudo Quando olhamos da janela de um avião pode até parecer uma linha curva depende da altitude já quando estamos numa cena urbana ela fica meio enrustida Mas lembrese da definição oficial da LH é sempre a altura do olho do observador 9 Figura 9 Horizonte é sempre a altura do olho do observador Fonte Acervo do autor Vejamos o último exemplo de linha do horizonte para reforçar o entendimento Na Figura 10 temos uma típica cena de rua em que a linha do horizonte está bem escondida daí a importância de a definição estar bem memorizada na mente do artista para não se perder no início do processo de estruturação da cena Figura 10 Cena urbana Fonte Acervo do autor 10 TEMA 3 PONTOS DE FUGA Agora vamos aprender a usar os pontos de fuga que são muito importantes para estruturar os croquis Eles podem ser definidos como linhas paralelas no mundo real convergem para pontos de fugas O conceito pode parecer complicado mas na prática e de forma intuitiva você já sabe disso Numa rua com árvores e postes iguais à medida que estes se afastam de você parecem ficar menores ainda que sejam do mesmo tamanho Portanto a impressão é a de que estão fugindo de você metaforicamente falando Esse efeito acontece sempre que em um desenho elementos iguais se repetem na cena janelas iguais em um prédio cadeiras iguais em uma sala de aula e assim por diante Vamos ilustrar esse conceito com um exemplo bem eloquente A Figura 11 apresenta elementos iguais mas que fotografados parecem que vão diminuindo na imagem Figura 11 Elementos iguais parecem convergir para um ponto de fuga Crédito Hanna Alandi Shutterstock 31 Desenho com apenas um ponto de fuga no horizonte Como já sabemos o que seja um ponto de fuga vamos agora ver um desenho esquemático que usa tal conceito na prática A seguir você pode perceber esse princípio com mais precisão Figura 12 usado para representar um espaço externo A linha do horizonte está marcada em azul e define a localização do ponto de fuga 11 Figura 12 Exemplo de desenho com apenas um ponto de fuga Lembrese de que arestas paralelas entre si no espaço tridimensional parecem convergir para um mesmo ponto Veja também que as janelas iguais à medida que se afastam do ponto de observação parecem ficar menores Portanto em algumas situações podemos desenhar cenas complexas usando apenas um ponto de fuga gerando uma excelente sensação de espaço Isso pode ser muito útil quando você avançar na sua aprendizagem Quando fotografamos cenas como essa podemos posicionar a câmera de tal forma que o resultado fique também com um ponto de fuga Sugerimos que você pegue o seu aparelho celular e tente isso agora mesmo seja onde estiver lendo esta aula 32 Desenho com dois pontos de fuga Agora que você já entendeu os conceitos de linha de horizonte e ponto de fuga vamos avançar no estudo da perspectiva linear incluindo mais um ponto de fuga É interessante salientar que tudo vai depender do ponto de vista do observador Como foi explicado acima nem sempre podemos desenhar com apenas um ponto de fuga vai depender do enquadramento e da direção em que olhamos O desenho de um cubo um simples cubo pode ter um dois ou três pontos de fuga dependendo do ponto de observação Para entender melhor isso 12 vamos analisar mais um exemplo arquitetônico ilustrado na Figura 13 Temos duas imagens de uma cena simples o Museu Oscar Niemeyer em Curitiba fotografado com dois pontos de fuga Figura 13 Museu Oscar Niemeyer Ao analisar a construção perceba que se trata de um projeto simples com ângulos de 90 graus tudo paralelo entre si Agora observe que apesar de a obra ser ortogonal na realidade a imagem tem uma espécie de distorção visual fazendo com que tanto para a direita como para a esquerda as linhas pareçam convergir para algum lugar Essa deformação nada mais é do que ponto de fuga Veja que o resultado visual pode ser sutil Você consegue ver que as linhas vão se aproximando à medida que fogem para fora da fotografia No diagrama abaixo Figura 14 para melhor entendimento apresentamos esquematicament essas arestas Perceba a linha do horizonte e os dois pontos de fuga um para cada lado Figura 14 Desenho com dois pontos de fuga 13 33 Desenhando com três pontos de fuga Vamos agora estudar a representação de cenas mais complexas com três pontos de fuga Para tanto usaremos uma cena urbana que apresenta um ponto de observação bem corriqueiro alguém caminhando pela calçada e olhando os prédios Confira a Figura 15 Figura 15 Fotografia de paisagem urbana Fonte Acervo do autor Nessa cena a fotografia foi feita olhando para o alto Vamos recordar a definição de linha do horizonte altura do olho do observador A cena então pode gerar confusão Ainda que a foto tenha sido tirada olhando para cima a linha do horizonte continua localizada aproximadamente a 18 metros de altura altura do observador Por isso cuidado para não cair na tentação de desenhar a linha do horizonte no topo da cena Para facilitar o entendimento disso tudo estude o diagrama gerado a partir da fotografia original Figura 16 e veja como a LH ficou bem na base da imagem Note também que os dois pontos de fuga continuam posicionados na linha do horizonte fora da foto Perceba ainda que o terceiro ponto de fuga é gerado a partir das linhas verticais dos prédios e vão na direção do céu 14 Figura 16 Linha do horizonte e três pontos de fuga Se estivéssemos no todo do prédio olhando para a rua seria o contrário a linha do horizonte estaria no topo da imagem e o ponto de fuga vertical indo para baixo O entendimento desse conceito vai ser bem útil na tarefa prática que você terá que realizar no final da aula Um último assunto antes de passarmos para a parte prática é lembrar que podemos ter desenhos com quatro cinco e às vezes muitos pontos de fuga dependendo da complexidade do que se observa ou se deseja criar Hoje com a computação gráfica e impressoras 3D podemos elaborar projetos de alta complexidade geométrica Mas não esqueça que tudo sempre começa com uma ideia na mente do criador e passa necessariamente pela realização de croquis à mão livre Então vamos começar a perspectivar os croquis sem medo de errar TEMA 4 DESENHANDO UMA CAIXA DE SAPATOS Chegou a hora de começar a desenhar Escolhemos uma caixa de sapatos com dois pontos de fuga Não tente fazer o desenho com base em uma imagem do computador ou do aparelho celular arranje uma caixa de sapatos a coloque em cima da mesa e vá desenhando à mão livre observando atentamente a cena Use as instruções a seguir como guia não como cola lembrese de que quem cola não sai da escola 15 Enquadramento observe e decida o que você deixa de fora e o que você considera importante incluir no campo visual Perspectiva nesse exercício você vai desenhar uma caixa de sapatos usando o método de LH linha do horizonte e pontos de fuga basta observar atentamente a sua caixa de sapatos e terá sucesso 41 Traçando a linha do horizonte e enquadramento A parte inicial do desenho começa com você decidindo se o papel fica na vertical ou na horizontal Como uma caixa de sapatos é mais larga do que alta faz sentido usar a folha na horizontal formato paisagem Em seguida é necessário marcar a linha do horizonte Você deve estar olhando a caixa de cima para baixo ou seja a altura dos olhos acima da tampa O próximo passo é marcar as duas linhas de baixo as linhas que estão encostando na mesa As figuras 17 e 18 ilustram essas etapas Figura 17 Linha do horizonte e fugas Figura 18 Linhas de fuga 16 42 Achando as fugas e desenhando a caixa Podemos encontrar as fugas quando desenhamos as linhas da parte de cima da caixa Os traços devem estar convergindo para um ponto fora do papel para esquerda e um para a direita Não desenhe paralelo pois assim você aniquila os pontos de fuga Confira a Figura 19 Figura 19 Linha do horizonte e fugas 43 Desenhando a tampa e incluindo as sombras Para desenhar a tampa você usa os pontos de fuga como referência para mantêla dentro da mesma lógica visual estabelecida nas fases anteriores conforme mostra a Figura 20 Figura 20 Volumetria com luzes e sombra Finalmente compondo as sombras você completa o croqui de forma rápida e intuitiva No desenho apresentado a luz vinha da esquerda para a direita e de cima para baixo portanto as sombras foram marcadas de acordo com o que o observador via na caixa de sapatos 17 TEMA 5 DESENHANDO UMA CADEIRA Vamos desenhar uma cadeira veja Figura 21 com dois pontos de fuga dessa vez copie do computador ou do aparelho celular O exercício a partir de uma fotografia pode ser interessante mas se quiser pode desenhar outra cadeira desde que ela seja vista de forma tal que dois pontos de fuga estejam visíveis As instruções a seguir devem ajudálo bastante a colocar em prática tudo o que estudamos e aprendemos até agora Você vai perceber que desenhar um cubo uma caixa de sapatos ou mesmo uma cidade teoricamente é relativamente similar Figura 21 Cadeira Fonte Acervo do autor Enquadramento sempre que temos que desenhar algo precisamos observar o objeto e decidir se o papel vai ficar na vertical ou na horizontal Na maioria das vezes cadeiras são objetos mais alongados verticalmente ou seja mais altos do que largos 18 Perspectiva lembrese sempre de tentar visualizar o objeto a ser desenhado de um ângulo que permita os pontos de fuga desejados No caso em questão queremos dois pontos de fuga A fotografia do nosso exercício mostra que você não deve olhar de frente ou de lado Explore circule em volta ou gire o objeto em questão até obter o ângulo desejado 51 Temas diferentes e similares em perspectiva Às vezes gostamos de complicar a aprendizagem sem necessidade Com desenho de perspectiva é a mesma coisa O conceito básico da perspectiva com pontos de fuga não muda seja para desenhar uma caixa seja uma cadeira seja uma cidade Veja nas figuras 22 23 e 24 exemplos que ilustram o principio básico dos pontos de fuga Tente buscar as formas geométricas e a partir delas estruture seus desenhos de agora em diante Figura 22 Diagrama das fugas e proporções 19 Figura 23 Caixa de madeira Fonte Acervo do autor Figura 24 Desenho de uma cidade 52 Aprendendo a examinar um objeto antes de desenhar Antes de iniciar o desenho de um objeto real vale a pena por alguns segundos analisálo visualmente No caso de uma cadeira por exemplo olhe de cima de baixo de pontacabeça de todos os lados veja os detalhes as texturas os materiais usados na confecção dela etc veja Figura 25 Isso vai 20 fornecer valiosas informações para você realizar um desenho que realmente seja semelhante àquilo a ser retratado Pense um pouco não fazer essa análise inicial pode gerar desperdício de tempo na medida em que você talvez tenha que refazer o desenho várias vezes Não pratique a lei do menor esforço nesses momentos Seja curioso e olhe com as mãos se necessário for no sentido de compreender a tarefa de representar seu tema no papel Figura 25 Vistas da cadeira de várias posições Fonte Acervo do autor 53 Traçando a linha do horizonte Ao iniciar o desenho sempre comece com a linha do horizonte altura dos olhos do fotógrafo ou do artista veja que no exemplo em questão a linha do horizonte fica acima do encosto da cadeira Isso vai ajudar a sua composição e o enquadramento além de servir como referência na elaboração do seu croqui em especial no quesito pontos de fuga Nunca se esqueça de lançar a LH logo no começo do desenho conforme ilustrado na Figura 26 21 Figura 26 Linha do horizonte como ponto de partida do desenho 54 Estruturando os pontos de fuga Lembrese de que na maioria das vezes os pontos de fuga estão na linha do horizonte Quando desenhamos móveis tradicionais tais como cadeiras e mesa de jantar esses pontos devem sempre ser posicionados na LH Veja na Figura 27 algumas dicas de como fazer essa estruturação no sentido de ajudar traçar os volumes básicos que irão compor a sua perspectiva Figura 27 Estrutura dos pontos de fuga 22 55 Incluindo os detalhes estruturais No momento de trabalhar a estrutura da cadeira lembrese de usar o bom senso Não perca tempo em detalhes e cuide das proporções das partes que compõem a estrutura básica Por exemplo na cadeira em questão os elementos que a mantêm em pé são mais espessos se comparados ao grid que faz parte do encosto Outro detalhe importante nesse desenho é o fato de que a estrutura não é exatamente ortogonal Existem curvas suaves na parte de trás da cadeira conforme mostra a Figura 28 que exigem certo rigor para evitar descaracterizá la Olhe atentamente antes de finalizar seu desenho Mas atenção evite ao máximo usar a borracha e a régua o desenho apresentado dispensou esses recursos Não caia na tentação de recorrer a eles caso contrário você terá dificuldades em avançar Figura 28 Desenho já com a estrutura básica 56 Finalizando as sombras textura e ambiente Ao chegar aos detalhes finais as instruções são simples Temos que incluir as sombras que dependem da fonte de luz Lembrese das sombras 23 próprias no próprio objeto e das projetadas no chão Confira nos detalhes das figuras 29 e 30 essa informação Figura 29 Detalhes de luz e sombra Fonte Acervo do autor Figura 30 Luz principal da esquerda para a direita 24 Cuidado para não confundir sombras com texturas Elas são primas próximas metaforicamente falando mas não são a mesma coisa As sombras possuem uma dinâmica própria ao passo que as texturas devem refletir os materiais usados na fabricação da cadeira a do exercício era de madeira branca e o assento de veludo marrom Busque não detalhar demais as texturas pois um croquis nunca deve levar mais do que 15 a 20 minutos para ser feito Observe na Figura 31 o croqui da cadeira após finalizado Figura 31 Croqui finalizado TROCANDO IDEIAS O desafio proposto é você identificar fotos por meio do seu celular com um dois e três pontos de fuga e postálas no fórum para com seus colegas debaterem se conseguem descobrir os pontos de fuga e a linha do horizonte LH Tente fotografar um mesmo tema de várias formas no sentido de ver como 25 a mesma cena enquadrada de formas distintas pode gerar imagens completamente diferentes dentro das questões abordadas nesta aula NA PRÁTICA Acompanhe as orientações a seguir para realizar a atividade Leia a aula novamente Leia a explicação a seguir com cuidado e faça anotações e alguns croquis iniciais se necessário para entender a tarefa Realize a atividade solicitada Bom trabalho Você deverá desenhar as seguintes versões do objeto da fotografia abaixo Desenho de 10 minutos olhando livremente o objeto e copiando igual à fotografia sem luz e sombra Desenho de 30 minutos fazendo o mesmo objeto com dois pontos de fuga um para o lado esquerdo e outro para o lado direito e incluindo as luzes e sombras Todos os desenhos podem ser feitos em folha A3 horizontalmente Atenção não use régua para os desenhos Finalmente compare a qualidade dos desenhos Por favor verifique as diferenças e perceba como você pode mudar a forma de ver o mundo Fonte Acervo do autor 26 FINALIZANDO Nesta aula foram apresentados princípios conceitos e ferramentas do desenho de perspectiva Estes se corretamente aplicados podem trazer benefícios a estudantes de design no sentido de poderem representar visualmente ideias projetuais e criativas e portanto formar uma sólida base da profissão Conceituamos linha do horizonte e pontos de fuga de forma direta e simples para propiciar aos estudantes um entendimento básico das técnicas básicas de representação bidimensional de espaços e objetos tridimensionais Os princípios da perspectiva base de qualquer desenho à mão livre foram devidamente relatados Apresentamos também a diferença entre duas categorias de perspectiva a axonométrica cilíndrica objetiva e a cônica ou linear subjetiva A perspectiva linear começa no seu olhar e acaba numa folha de papel se for um desenho ou numa imagem fotográfica Concluímos que as técnicas e habilidades apresentadas impactam positivamente a carreira do arquiteto do artista e do designer contribuindo para o desenvolvimento das habilidades em observar e representar o mundo em seu entorno 27 REFERÊNCIAS BIRCH H Desenhar truques técnicas e recursos para a inspiração visual Londres Gustavo Gili 2015 CERVER F Desenho para Principiantes Londres Konneman 2010 EDWARDS B Desenhando com o lado direito do cérebro New York 4 Erica TarcherPenguin 2012 DOMINGUES F Croquis Perspectivas Porto Alegre Nobuko 2011 GOMES P V Os dez mandamentos Na avaliação do Desenho de Observação Design Unibrasil 2010 Disponível em httpdesignunibrasilablogspotcom201003osdezmandamentosnaavaliacao dohtml Acesso em 25 ago 2019 MONTENEGRO G Desenho de projetos São Paulo Blucher 2007 NOGUEIRA L Luz e sombra Sd Disponível em httpsdesenhetudoblogspotcompluzesombrahtml Acesso em 25 ago 2019