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See discussions stats and author profiles for this publication at httpswwwresearchgatenetpublication293666077 Confiabilidade da história referida de diagnóstico e tratamento de hipertensão arterial Diferenciais segundo gênero idade e escolaridade O estudo pró saúde Article January 2001 CITATIONS 6 READS 47 3 authors Eduardo Faerstein Rio de Janeiro State University 237 PUBLICATIONS 5259 CITATIONS SEE PROFILE Dóra Chor Fundação Oswaldo Cruz 251 PUBLICATIONS 8882 CITATIONS SEE PROFILE Claudia S Lopes Rio de Janeiro State University 207 PUBLICATIONS 5730 CITATIONS SEE PROFILE All content following this page was uploaded by Eduardo Faerstein on 28 June 2021 The user has requested enhancement of the downloaded file Arq Bras Cardiol 2001 76 297300 Faerstein e cols Confiabilidade da história de hipertensão arterial 297 297 297 297 297 Instituto de Medicina Social UERJ Correspondência Eduardo Faerstein Rua Sacopã 191201 22471180 Rio de Janeiro RJ Recebido para publicação em 27400 Aceito em 23800 Objetivo Investigar a confiabilidade testereteste da informação referida sobre história de diagnóstico e trata mento médico de hipertensão arterial Métodos Um questionário de saúde multidimensional autopreenchível foi administrado duas vezes com intervalo de duas semanas em junho de 1999 a 192 funcionários da UERJ es tratificados por gênero idade e escolaridade A confiabilidade testereteste das respostas foi estimada pela estatística kappa e pelo coeficiente de correlação intraclasse CCIC Resultados A estatística kappa k geral foi 075 IC 95073077 A confiabilidade foi mais alta entre mulhe res k088 IC 95085091 do que entre homens k062 IC 95 059065 A confiabilidade foi mais alta entre participantes com idade 40 anos k079 IC 95073084 que entre 1839 anos k052 IC 95045057 A estatística kappa foi mais elevada en tre os universitários k086 IC 95 CI081091 do que entre aqueles com 2o grau k061 IC 95053070 ou 1o grau k068 IC 95064 072 O coeficiente de correlação intraclasse estimado para a concordância teste reteste relativa à idade ao diagnóstico de hipertensão foi 074 Observouse concordância perfeita k100 entre ambas as respostas para os 22 respondentes que informaram antecedentes de prescrição de medicação antihipertensiva Conclusão Nesta população as estimativas de con fiabilidade da história referida de diagnóstico e trata mento de hipertensão arterial variaram entre substan ciais e quase perfeitas Palavraschave hipertensão confiabilidade de resulta dos questionários Arq Bras Cardiol volume 76 nº 4 297300 2001 Eduardo Faerstein Dóra Chor Claudia de S Lopes Rio de Janeiro RJ Confiabilidade da História Referida de Diagnóstico e Tratamento de Hipertensão Arterial Diferenciais Segundo Gênero Idade e Escolaridade O Estudo PróSaúde Artigo Original Estimativas de prevalência da hipertensão arterial em algumas regiões brasileiras variaram entre 11 e 25 da população adulta na década de 90 14 em decorrência do au mento da freqüência de alguns dos seus fatores de risco como aspectos da dieta 5 excesso de peso 6 e estresse de natureza psicossocial 78 Portanto estudos epidemioló gicos direcionados à hipertensão arterial assumem relevân cia crescente em nosso meio A medida direta da pressão arterial nem sempre é factí vel em estudos de natureza multidimensional Nesses casos é comum a utilização da informação autoreferida de diag nóstico de hipertensão arterial como uma aproximação à prevalência da condição já que dessa maneira medese de fato a freqüência do diagnóstico clínico além da sua com preensão e aceitação pelo respondente 912 É sempre importante avaliar a qualidade da informação obtida em pesquisas médicoepidemiológicas seja por me dições diretas questionário ou por qualquer outro método Critérios como validade e confiabilidade são utilizados para essa avaliação A validade de uma medida referese ao grau com que se consegue medir o que se pretende ou seja como as medidas obtidas são comparadas a um padrão ouro estabelecido A confiabilidade por outro lado refere se à estabilidade e equivalência de medidas repetidas do mesmo conceito ou fenômeno assim estimativas confiá veis na maioria das situações dizem respeito à extensão com que uma medição fornece resultados consistentes quando replicada em outro momento nos mesmos partici pantes confiabilidade intraobservador ou quando reali zada por observadores diferentes confiabilidade interob servador 1314 Nos Estados Unidos as estimativas da confiabilidade intraobservador ou testereteste da pergunta mais utiliza da para estimar a prevalência de hipertensão arterial em estu dos populacionais Algum médico ou outro profissional de saúde já lhe informou que você era hipertenso ou tinha pressão alta variaram entre 074 e 082 estatística kappa 298 298 298 298 298 Faerstein e cols Confiabilidade da história de hipertensão arterial Arq Bras Cardiol 2001 76 297300 cf Métodos em três diferentes estudos que utilizaram en trevistas telefônicas 911 De acordo com as faixas propostas por Landis e Koch 15 esses resultados da estatística kappa podem ser classificados como confiabilidade substancial 060079 ou quase perfeita 080100 Neste artigo apresentamos os resultados de estudo de confiabilidade testereteste da história de diagnóstico médico de hipertensão e de seu tratamento Até onde foi possível identificar tratase da primeira oportunidade em que se investigou em nosso meio esse aspecto da qualida de da informação referida a respeito da história de hiperten são arterial Métodos Realizouse um estudo de confiabilidade através de duas aplicações teste e reteste de um mesmo questionário com intervalo de duas semanas entre as aplicações de acor do com critérios preconizados na literatura 1314 Este estudo relacionase a análise de coorte que tem como objetivo estu dar determinantes sociais de morbidade física e mental e de práticas e cuidados relacionados à saúde entre 4030 fun cionários técnicoadministrativos efetivos de universidade pública no Rio de Janeiro A confiabilidade testereteste foi analisada no âmbito de estudo piloto realizado entre 192 funcionários técnico administrativos contratados não efetivos mas exercendo funções similares da mesma universidade A seleção dos participantes visou permitir estimativas de confiabilidade segundo idade sexo e escolaridade com razoável precisão estatística Com este objetivo subamostras de tamanho si milar foram selecionadas aleatoriamente no interior dos es tratos resultantes do cruzamento dessas variáveis no uni verso de cerca de 1000 indivíduos elegíveis As informações foram obtidas através de questionário estruturado autopreenchível aplicado em grupos com apoio de pessoal treinado com duração entre 30 e 40min após preenchimento de termo de consentimento As res postas fornecidas pelos respondentes no teste e no reteste eram desconhecidas pelos aplicadores O questionário de natureza multidimensional abordou entre outros aspectos a história e situação atual das condições sócioeconômicas e outros aspectos da vida social como a experiência de vio lência discriminação social e racial integração a redes de apoio social e eventos de vida produtores de estresse pa drões de dieta atividade física consumo de tabaco ativo e passivo e álcool história de diagnósticos e tratamentos médicos saúde mental consumo de medicamentos e uso de terapias não convencionais práticas de prevenção e diagnóstico precoce e outros comportamentos e exposi ções com repercussões sobre a saúde As perguntas relativas à história de diagnóstico de hi pertensão arterial são perguntas altamente padronizadas utilizadas há vários anos em pesquisas epidemiológicas em diversos países Primeiramente perguntase aos participan tes Alguma vez um médico ou profissional de saúde lhe informou que você tinha ou tem hipertensão isto é pressão alta com as opções de resposta 1 Sim apenas uma vez 2 Sim mais de uma vez em dias diferentes 3 Sim apenas durante a gravidez e 4 Não Para efeito das análi ses apresentadas neste artigo consideramos como hiper tenso os participantes que marcaram as opções 1 ou 2 e como não hipertenso aqueles com as opções 3 ou 4 Os hi pertensos eram em seguida inquiridos com espaço forneci do para resposta aberta Com que idade você foi informa doa pela primeira vez que tinha pressão alta e subse qüentemente Alguma vez um médico lhe receitou remé dios para controlar sua pressão alta Sim ou Não Os questionários sofreram revisão manual por auxilia res de pesquisa e foram submetidos a digitação dupla inde pendente O programa EpiInfo foi utilizado para a elabora ção da tela de entrada de dados com checagem automática de dados inválidos as demais etapas de processamento e análise de dados foram realizadas com a utilização do pro grama SPSS versão 90 A avaliação da confiabilidade testereteste na popula ção total de estudo e de forma estratificada segundo gênero idade e escolaridade foi realizada através da estatística kappa k e de seus intervalos de 95 de confiança IC 95 k Neste caso os valores de k quantificam o nível de con cordância entre as respostas fornecidas às mesmas pergun tas pelos respondentes nas duas ocasiões já corrigido em relação ao nível de concordância esperado devido ao acaso Tratase em resumo da proporção da concordância obser vada não atribuível ao acaso proporção observada Po proporção esperada devido ao acaso Pe em relação à má xima concordância possível não atribuível ao acaso 10 proporção esperada devido ao acaso Pe ou seja k Po Pe1 Pe 14 Para efeito de interpretação utilizamos as fai xas sugeridas por Landis e Koch 15 a partir dos valores esti mados para o kappa confiabilidade quase perfeita 080 a 100 substancial 060 a 079 moderada 041 a 060 razo ável 021 a 040 ruim 0 a 019 e muito ruim 0 No caso da idade ao diagnóstico da hipertensão arteri al tratada como variável contínua calculamos o coeficien te de correlação intraclasse que estima a proporção da va riabilidade total observada atribuível à variabilidade entre os indivíduos Quando utilizada como medida de concor dância entre duas aferições tratase de estatística corres pondente ao kappa apresentando a mesma faixa de varia ção de valores entre 1 e 1 16 Resultados Dentre os 192 funcionários participantes do estudo pilo to 169 880 responderam à pergunta utilizada para a classi ficação de hipertensão em ambas as aplicações do questionário teste e reteste constituindo portanto a população incluída nesta análise A composição dos não respondentes segundo gênero idade e escolaridade foi similar à dos respondentes Proporções semelhantes de homens 52 e de mulheres foram estudadas sendo a idade média de 39 anos Foram classificados 29 funcionários como hipertensos no teste destes 23 793 foram confirmados no reteste tab I Os seis funcionários restantes foram classificados como não hipertensos segundo o reteste Em relação aos Arq Bras Cardiol 2001 76 297300 Faerstein e cols Confiabilidade da história de hipertensão arterial 299 299 299 299 299 140 funcionários classificados como não hipertensos no teste 134 957 foram confirmados no reteste A estatísti ca kappa correspondente a esse nível de concordância foi estimada em 075 A confiabilidade da classificação de hipertensão va riou em diferentes subgrupos sóciodemográficos da popu lação tab II Em relação ao gênero a estatística kappa foi estimada em 062 para os homens e 088 para as mulheres A idade do funcionário também influenciou a concordância que foi mais elevada entre os funcionários com 40 ou mais anos de idade k079 do que entre aqueles com menos de 40 anos k052 Da mesma forma a concordância das infor mações entre os com nível superior foi mais alta do que nas categorias de escolaridade de 1o e 2o graus completos k086 vs k068 e k061 respectivamente A informação sobre história de prescrição médica de medicamentos antihipertensivos foi fornecida por 22 76 respondentes dentre os 29 classificados como hipertensos na população de estudo tanto no teste quanto no reteste A confiabilidade da resposta a esse item foi máxima k100 ou seja concordância perfeita entre as respostas fornecidas nas duas ocasiões sendo que 17 e 5 pessoas referiram respecti vamente uso e ausência de uso de medicamento Finalmente 22 participantes registraram a idade em que foram informados pela primeira vez do diagnóstico de hipertensão O coeficiente de correlação intraclasse que mede a concordância entre as respostas fornecidas no teste e no reteste foi estimado em 074 No entanto apenas um funcionário forneceu informações muito discrepantes no teste e reteste 49 e 12 anos respectivamente em análise da sensibilidade do coeficiente de correlação intraclasse ob servouse que com a exclusão desse único participante do cálculo o coeficiente passou a ser estimado em 098 Discussão Sempre que possível a confiabilidade ou reprodutibi lidade de aferições ou diagnósticos deve ser avaliada de modo formal em pesquisas médicoepidemiológicas Em geral a validade das aferições é considerada propriedade inerente ao método diagnóstico questionário exame ou qualquer instrumento de medida A confiabilidade entre tanto em um estudo determinado é afetada por característi cas do respondente pela qualidade do treinamento dos observadores e por outros processos mais específicos 1314 Nesta investigação a confiabilidade testereteste da informação referida de diagnóstico de hipertensão variou entre substancial e quase perfeita em diferentes subgrupos que compõem a população A única exceção foi a dos funci onários mais jovens abaixo de 40 anos de idade em que a concordância foi apenas moderada Esse resultado pode ser parcialmente explicado pela baixa prevalência de hiper tensão em jovens já que nesses casos a estatística kappa tendeu a apresentar valores menores 15 Tabela I Concordância da história referida de diagnóstico de hipertensão arterial em duas aplicações teste e reteste de questioná rio Estudo PróSaúde 1999 Reteste Kappa IC 95 Teste Hipertenso Não hipertenso Total Hipertenso 23 6 29 075 073 077 Não hipertenso 6 134 140 Total 29 140 169 Tabela II Concordância da história referida de diagnóstico de hipertensão arterial em duas aplicações teste e reteste de questionário segundo gênero idade e escolaridade Estudo PróSaúde 1999 Gênero Teste Reteste Kappa IC 95 Homens Hipertenso Não hipertenso Hipertenso 10 4 062 059 065 Não hipertenso 5 63 Mulheres Hipertenso 13 2 088 085 091 Não hipertenso 1 71 Idade 1839 Anos Hipertenso Não Hipertenso 052 045 057 Hipertenso 3 2 Não hipertenso 3 82 40 Anos e Hipertenso 20 4 079 073 084 Não hipertenso 3 52 Escolaridade 1º Grau Hipertenso Não Hipertenso Hipertenso 8 3 068 064 072 Não hipertenso 2 27 2º Grau Hipertenso 4 1 061 053 070 Não hipertenso 3 35 3º Grau Hipertenso 11 2 086 081 091 Não hipertenso 1 69 300 300 300 300 300 Faerstein e cols Confiabilidade da história de hipertensão arterial Arq Bras Cardiol 2001 76 297300 1 Rego RA Berardo FAN Rodrigues SR et al Fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis inquérito domiciliar no município de São Paulo SP Brasil Metodologia e resultados preliminares Rev Saúde Publ SP 1990 24 27785 2 Lolio CA Latorre MRDO Prevalência de obesidade em localidades do Estado de São Paulo Brasil 1987 Rev Saúde Publ SP 1991 25 336 3 Duncan BB Schmidt MI Polanczyc CA Homrich CS Rosa RS Achutti AC Fatores de risco para doenças não transmissíveis em área metropolitana da região Sul do Brasil Prevalência e simultaneidade Rev Saúde Publ SP 1993 27 438 4 Klein CH Hipertensão arterial nos estratos geoeconômicos do Rio Grande do Sul Rio de Janeiro 1984 Tese de Mestrado Escola Nacional de Saúde Pública FIOCRUZ 5 Mondini L Monteiro CA Mudanças no padrão de alimentação da população urbana brasileira 19621988 Rev Saúde Publ SP 1994 28 4339 6 Coitinho DC Leão MM Recine E Sichieri R Condições nutricionais da população brasileira adultos e idosos Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição Ministério da Saúde Brasília 1991 7 INCLEN Multicentre Collaborative Group Socioeconomic status and risk factors for cardiovascular disease a multicentre collaborative study in the international clinical epidemiology network INCLEN J Clin Epidemiol 1994 47 14019 Referências 8 Marmot MG Rose G Hamilton PJ Employment grade and coronary heart disease in British civil servants J Epidemiol Comm Health 1978 32 2449 9 Bowlin SJ Morrill BD Nafziger AN Jenkins PL Lewis C Pearson TA Validity of cardiovascular disease risk factors assessed by telephone survey the Behavioral Risk Factor Survey J Clin Epidemiol 1993 46 56171 10 Brownson RC JacksonThompson J Wilkerson JC Kiani F Reliability of information on chronic disease risk factors collected in the Missouri Behavioral Risk Factor Surveillance System Epidemiology 1994 5 5459 11 Stein AD Courval JM Lederman RI et al Reproducibility of responses to telephone interview demographic predictors of discordance in risk factor status Am J Epidemiol 1995 141 1097106 12 Chor D Hipertensão Arterial entre Funcionários de Banco Estatal no Rio de Janeiro hábitos de vida e tratamento Arq Bras Cardiol 1998 71 65360 13 Carmines EG Zeller RA Reliability and validity assessment California Sage Publications 1979 14 Szklo M Nieto FJ Epidemiology Beyond the Basics Gaithersburg MD Aspen Pub Inc 15 Landis JR Koch GG The measurement of observer agreement for categorical data Biometrics 1977 33 15974 16 Shrout PE Fleiss JL Intraclass correlations uses in assessing raters reliability Psychol Bull 1979 86 4208 A maioria das informações comparáveis à nossa em nível internacional originase de estudos norteamericanos con duzidos no âmbito do Behavioral Risk Factor Surveillance System que monitora tendências da prevalência de vários fato res de risco hábitos e comportamentos de saúde através de entrevistas telefônicas em amostras das populações de cada estado daquele país Os relatos de estudos de confiabilidade testereteste identificados na literatura no que diz respeito à hipertensão arterial limitamse à avaliação das respostas à per gunta básica Algum médico ou outro profissional de saúde já lhe havia informado que você era hipertenso ou tinha pressão alta As estimativas da estatística kappa para essa informa ção em três estados nos EUA foram respectivamente de 079 em Nova York 9 de 086 em Missouri 10 de 074 em Massachus sets 11 bastante semelhantes à estimativa de 075 observada em nossa população de estudo Stein e cols 11 relataram estimati vas específicas em estratos demográficos como em nosso es tudo observando em contraste conosco confiabilidade maior entre respondentes mais idosos porém não detectaram dife renciais de gênero nem padrões consistentes segundo a esco laridade Cabe notar a excelente confiabilidade das informações sobre a idade ao diagnóstico de hipertensão e a respeito da prescrição de medicamentos antihipertensivos entre os indivíduos que forneceram esses dados Entretanto houve 7 24 casos de não resposta entre os 29 participantes que relataram história de hipertensão é possível supor que se esses indivíduos tivessem optado por não deixar respostas em branco as estimativas de confiabilidade resultassem mais conservadoras Não encontramos na literatura dados relativos à confiabilidade dessa informação em outras po pulações Medidas diretas dos níveis de pressão arterial são de sejáveis em estudos populacionais que investigam a magni tude e fatores associados à hipertensão arterial Existem cir cunstâncias no entanto em que a realização desse procedi mento não é viável Nosso estudo não abrangeu uma avali ação da validade da resposta em relação aos valores da pressão arterial entretanto estimativas baseadas na medi da da pressão arterial e em perguntas sobre história de diag nóstico médico de hipertensão não constituem rigorosa mente indicadores do mesmo fenômeno por existir inúme ros casos não diagnosticados A utilização da pergunta portanto é justificada em populações específicas Tal é o caso de nossa população de estudo funcionários de uma universidade que em comparação com a população brasilei ra em geral têm patamares mais elevados de escolaridade e informação e maior acesso a serviços de saúde e portanto maior probabilidade de chegar ao diagnóstico médico de hipertensão Da mesma forma em grupos populacionais com condições sócioeconômicas semelhantes podese justificar a aplicação das perguntas avaliadas nesta investi gação para dimensionar de maneira aproximada a magnitu de da hipertensão arterial e aspectos de seu tratamento View publication stats
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lado refere se à estabilidade e equivalência de medidas repetidas do mesmo conceito ou fenômeno assim estimativas confiá veis na maioria das situações dizem respeito à extensão com que uma medição fornece resultados consistentes quando replicada em outro momento nos mesmos partici pantes confiabilidade intraobservador ou quando reali zada por observadores diferentes confiabilidade interob servador 1314 Nos Estados Unidos as estimativas da confiabilidade intraobservador ou testereteste da pergunta mais utiliza da para estimar a prevalência de hipertensão arterial em estu dos populacionais Algum médico ou outro profissional de saúde já lhe informou que você era hipertenso ou tinha pressão alta variaram entre 074 e 082 estatística kappa 298 298 298 298 298 Faerstein e cols Confiabilidade da história de hipertensão arterial Arq Bras Cardiol 2001 76 297300 cf Métodos em três diferentes estudos que utilizaram en trevistas telefônicas 911 De acordo com as faixas propostas por Landis e Koch 15 esses resultados da estatística kappa podem ser classificados como confiabilidade substancial 060079 ou quase perfeita 080100 Neste artigo apresentamos os resultados de estudo de confiabilidade testereteste da história de diagnóstico médico de hipertensão e de seu tratamento Até onde foi possível identificar tratase da primeira oportunidade em que se investigou em nosso meio esse aspecto da qualida de da informação referida a respeito da história de hiperten são arterial Métodos Realizouse um estudo de confiabilidade através de duas aplicações teste e reteste de um mesmo questionário com intervalo de duas semanas entre as aplicações de acor do com critérios preconizados na literatura 1314 Este estudo relacionase a análise de coorte que tem como objetivo estu dar determinantes sociais de morbidade física e mental e de práticas e cuidados relacionados à saúde entre 4030 fun cionários técnicoadministrativos efetivos de universidade pública no Rio de Janeiro A confiabilidade testereteste foi analisada no âmbito de estudo piloto realizado entre 192 funcionários técnico administrativos contratados não efetivos mas exercendo funções similares da mesma universidade A seleção dos participantes visou permitir estimativas de confiabilidade segundo idade sexo e escolaridade com razoável precisão estatística Com este objetivo subamostras de tamanho si milar foram selecionadas aleatoriamente no interior dos es tratos resultantes do cruzamento dessas variáveis no uni verso de cerca de 1000 indivíduos elegíveis As informações foram obtidas através de questionário estruturado autopreenchível aplicado em grupos com apoio de pessoal treinado com duração entre 30 e 40min após preenchimento de termo de consentimento As res postas fornecidas pelos respondentes no teste e no reteste eram desconhecidas pelos aplicadores O questionário de natureza multidimensional abordou entre outros aspectos a história e situação atual das condições sócioeconômicas e outros aspectos da vida social como a experiência de vio lência discriminação social e racial integração a redes de apoio social e eventos de vida produtores de estresse pa drões de dieta atividade física consumo de tabaco ativo e passivo e álcool história de diagnósticos e tratamentos médicos saúde mental consumo de medicamentos e uso de terapias não convencionais práticas de prevenção e diagnóstico precoce e outros comportamentos e exposi ções com repercussões sobre a saúde As perguntas relativas à história de diagnóstico de hi pertensão arterial são perguntas altamente padronizadas utilizadas há vários anos em pesquisas epidemiológicas em diversos países Primeiramente perguntase aos participan tes Alguma vez um médico ou profissional de saúde lhe informou que você tinha ou tem hipertensão isto é pressão alta com as opções de resposta 1 Sim apenas uma vez 2 Sim mais de uma vez em dias diferentes 3 Sim apenas durante a gravidez e 4 Não Para efeito das análi ses apresentadas neste artigo consideramos como hiper tenso os participantes que marcaram as opções 1 ou 2 e como não hipertenso aqueles com as opções 3 ou 4 Os hi pertensos eram em seguida inquiridos com espaço forneci do para resposta aberta Com que idade você foi informa doa pela primeira vez que tinha pressão alta e subse qüentemente Alguma vez um médico lhe receitou remé dios para controlar sua pressão alta Sim ou Não Os questionários sofreram revisão manual por auxilia res de pesquisa e foram submetidos a digitação dupla inde pendente O programa EpiInfo foi utilizado para a elabora ção da tela de entrada de dados com checagem automática de dados inválidos as demais etapas de processamento e análise de dados foram realizadas com a utilização do pro grama SPSS versão 90 A avaliação da confiabilidade testereteste na popula ção total de estudo e de forma estratificada segundo gênero idade e escolaridade foi realizada através da estatística kappa k e de seus intervalos de 95 de confiança IC 95 k Neste caso os valores de k quantificam o nível de con cordância entre as respostas fornecidas às mesmas pergun tas pelos respondentes nas duas ocasiões já corrigido em relação ao nível de concordância esperado devido ao acaso Tratase em resumo da proporção da concordância obser vada não atribuível ao acaso proporção observada Po proporção esperada devido ao acaso Pe em relação à má xima concordância possível não atribuível ao acaso 10 proporção esperada devido ao acaso Pe ou seja k Po Pe1 Pe 14 Para efeito de interpretação utilizamos as fai xas sugeridas por Landis e Koch 15 a partir dos valores esti mados para o kappa confiabilidade quase perfeita 080 a 100 substancial 060 a 079 moderada 041 a 060 razo ável 021 a 040 ruim 0 a 019 e muito ruim 0 No caso da idade ao diagnóstico da hipertensão arteri al tratada como variável contínua calculamos o coeficien te de correlação intraclasse que estima a proporção da va riabilidade total observada atribuível à variabilidade entre os indivíduos Quando utilizada como medida de concor dância entre duas aferições tratase de estatística corres pondente ao kappa apresentando a mesma faixa de varia ção de valores entre 1 e 1 16 Resultados Dentre os 192 funcionários participantes do estudo pilo to 169 880 responderam à pergunta utilizada para a classi ficação de hipertensão em ambas as aplicações do questionário teste e reteste constituindo portanto a população incluída nesta análise A composição dos não respondentes segundo gênero idade e escolaridade foi similar à dos respondentes Proporções semelhantes de homens 52 e de mulheres foram estudadas sendo a idade média de 39 anos Foram classificados 29 funcionários como hipertensos no teste destes 23 793 foram confirmados no reteste tab I Os seis funcionários restantes foram classificados como não hipertensos segundo o reteste Em relação aos Arq Bras Cardiol 2001 76 297300 Faerstein e cols Confiabilidade da história de hipertensão arterial 299 299 299 299 299 140 funcionários classificados como não hipertensos no teste 134 957 foram confirmados no reteste A estatísti ca kappa correspondente a esse nível de concordância foi estimada em 075 A confiabilidade da classificação de hipertensão va riou em diferentes subgrupos sóciodemográficos da popu lação tab II Em relação ao gênero a estatística kappa foi estimada em 062 para os homens e 088 para as mulheres A idade do funcionário também influenciou a concordância que foi mais elevada entre os funcionários com 40 ou mais anos de idade k079 do que entre aqueles com menos de 40 anos k052 Da mesma forma a concordância das infor mações entre os com nível superior foi mais alta do que nas categorias de escolaridade de 1o e 2o graus completos k086 vs k068 e k061 respectivamente A informação sobre história de prescrição médica de medicamentos antihipertensivos foi fornecida por 22 76 respondentes dentre os 29 classificados como hipertensos na população de estudo tanto no teste quanto no reteste A confiabilidade da resposta a esse item foi máxima k100 ou seja concordância perfeita entre as respostas fornecidas nas duas ocasiões sendo que 17 e 5 pessoas referiram respecti vamente uso e ausência de uso de medicamento Finalmente 22 participantes registraram a idade em que foram informados pela primeira vez do diagnóstico de hipertensão O coeficiente de correlação intraclasse que mede a concordância entre as respostas fornecidas no teste e no reteste foi estimado em 074 No entanto apenas um funcionário forneceu informações muito discrepantes no teste e reteste 49 e 12 anos respectivamente em análise da sensibilidade do coeficiente de correlação intraclasse ob servouse que com a exclusão desse único participante do cálculo o coeficiente passou a ser estimado em 098 Discussão Sempre que possível a confiabilidade ou reprodutibi lidade de aferições ou diagnósticos deve ser avaliada de modo formal em pesquisas médicoepidemiológicas Em geral a validade das aferições é considerada propriedade inerente ao método diagnóstico questionário exame ou qualquer instrumento de medida A confiabilidade entre tanto em um estudo determinado é afetada por característi cas do respondente pela qualidade do treinamento dos observadores e por outros processos mais específicos 1314 Nesta investigação a confiabilidade testereteste da informação referida de diagnóstico de hipertensão variou entre substancial e quase perfeita em diferentes subgrupos que compõem a população A única exceção foi a dos funci onários mais jovens abaixo de 40 anos de idade em que a concordância foi apenas moderada Esse resultado pode ser parcialmente explicado pela baixa prevalência de hiper tensão em jovens já que nesses casos a estatística kappa tendeu a apresentar valores menores 15 Tabela I Concordância da história referida de diagnóstico de hipertensão arterial em duas aplicações teste e reteste de questioná rio Estudo PróSaúde 1999 Reteste Kappa IC 95 Teste Hipertenso Não hipertenso Total Hipertenso 23 6 29 075 073 077 Não hipertenso 6 134 140 Total 29 140 169 Tabela II Concordância da história referida de diagnóstico de hipertensão arterial em duas aplicações teste e reteste de questionário segundo gênero idade e escolaridade Estudo PróSaúde 1999 Gênero Teste Reteste Kappa IC 95 Homens Hipertenso Não hipertenso Hipertenso 10 4 062 059 065 Não hipertenso 5 63 Mulheres Hipertenso 13 2 088 085 091 Não hipertenso 1 71 Idade 1839 Anos Hipertenso Não Hipertenso 052 045 057 Hipertenso 3 2 Não hipertenso 3 82 40 Anos e Hipertenso 20 4 079 073 084 Não hipertenso 3 52 Escolaridade 1º Grau Hipertenso Não Hipertenso Hipertenso 8 3 068 064 072 Não hipertenso 2 27 2º Grau Hipertenso 4 1 061 053 070 Não hipertenso 3 35 3º Grau Hipertenso 11 2 086 081 091 Não hipertenso 1 69 300 300 300 300 300 Faerstein e cols Confiabilidade da história de hipertensão arterial Arq Bras Cardiol 2001 76 297300 1 Rego RA Berardo FAN Rodrigues SR et al Fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis inquérito domiciliar no município de São Paulo SP Brasil Metodologia e resultados preliminares Rev Saúde Publ SP 1990 24 27785 2 Lolio CA Latorre MRDO Prevalência de obesidade em localidades do Estado de São Paulo Brasil 1987 Rev Saúde Publ SP 1991 25 336 3 Duncan BB Schmidt MI Polanczyc CA Homrich CS Rosa RS Achutti AC Fatores de risco para doenças não transmissíveis em área metropolitana da região Sul do Brasil Prevalência e simultaneidade Rev Saúde Publ SP 1993 27 438 4 Klein CH Hipertensão arterial nos estratos geoeconômicos do Rio Grande do Sul Rio de Janeiro 1984 Tese de Mestrado Escola Nacional de Saúde Pública FIOCRUZ 5 Mondini L Monteiro CA Mudanças no padrão de alimentação da população urbana brasileira 19621988 Rev Saúde Publ SP 1994 28 4339 6 Coitinho DC Leão MM Recine E Sichieri R Condições nutricionais da população brasileira adultos e idosos Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição Ministério da Saúde Brasília 1991 7 INCLEN Multicentre Collaborative Group Socioeconomic status and risk factors for cardiovascular disease a multicentre collaborative study in the international clinical epidemiology network INCLEN J Clin Epidemiol 1994 47 14019 Referências 8 Marmot MG Rose G Hamilton PJ Employment grade and coronary heart disease in British civil servants J Epidemiol Comm Health 1978 32 2449 9 Bowlin SJ Morrill BD Nafziger AN Jenkins PL Lewis C Pearson TA Validity of cardiovascular disease risk factors assessed by telephone survey the Behavioral Risk Factor Survey J Clin Epidemiol 1993 46 56171 10 Brownson RC JacksonThompson J Wilkerson JC Kiani F Reliability of information on chronic disease risk factors collected in the Missouri Behavioral Risk Factor Surveillance System Epidemiology 1994 5 5459 11 Stein AD Courval JM Lederman RI et al Reproducibility of responses to telephone interview demographic predictors of discordance in risk factor status Am J Epidemiol 1995 141 1097106 12 Chor D Hipertensão Arterial entre Funcionários de Banco Estatal no Rio de Janeiro hábitos de vida e tratamento Arq Bras Cardiol 1998 71 65360 13 Carmines EG Zeller RA Reliability and validity assessment California Sage Publications 1979 14 Szklo M Nieto FJ Epidemiology Beyond the Basics Gaithersburg MD Aspen Pub Inc 15 Landis JR Koch GG The measurement of observer agreement for categorical data Biometrics 1977 33 15974 16 Shrout PE Fleiss JL Intraclass correlations uses in assessing raters reliability Psychol Bull 1979 86 4208 A maioria das informações comparáveis à nossa em nível internacional originase de estudos norteamericanos con duzidos no âmbito do Behavioral Risk Factor Surveillance System que monitora tendências da prevalência de vários fato res de risco hábitos e comportamentos de saúde através de entrevistas telefônicas em amostras das populações de cada estado daquele país Os relatos de estudos de confiabilidade testereteste identificados na literatura no que diz respeito à hipertensão arterial limitamse à avaliação das respostas à per gunta básica Algum médico ou outro profissional de saúde já lhe havia informado que você era hipertenso ou tinha pressão alta As estimativas da estatística kappa para essa informa ção em três estados nos EUA foram respectivamente de 079 em Nova York 9 de 086 em Missouri 10 de 074 em Massachus sets 11 bastante semelhantes à estimativa de 075 observada em nossa população de estudo Stein e cols 11 relataram estimati vas específicas em estratos demográficos como em nosso es tudo observando em contraste conosco confiabilidade maior entre respondentes mais idosos porém não detectaram dife renciais de gênero nem padrões consistentes segundo a esco laridade Cabe notar a excelente confiabilidade das informações sobre a idade ao diagnóstico de hipertensão e a respeito da prescrição de medicamentos antihipertensivos entre os indivíduos que forneceram esses dados Entretanto houve 7 24 casos de não resposta entre os 29 participantes que relataram história de hipertensão é possível supor que se esses indivíduos tivessem optado por não deixar respostas em branco as estimativas de confiabilidade resultassem mais conservadoras Não encontramos na literatura dados relativos à confiabilidade dessa informação em outras po pulações Medidas diretas dos níveis de pressão arterial são de sejáveis em estudos populacionais que investigam a magni tude e fatores associados à hipertensão arterial Existem cir cunstâncias no entanto em que a realização desse procedi mento não é viável Nosso estudo não abrangeu uma avali ação da validade da resposta em relação aos valores da pressão arterial entretanto estimativas baseadas na medi da da pressão arterial e em perguntas sobre história de diag nóstico médico de hipertensão não constituem rigorosa mente indicadores do mesmo fenômeno por existir inúme ros casos não diagnosticados A utilização da pergunta portanto é justificada em populações específicas Tal é o caso de nossa população de estudo funcionários de uma universidade que em comparação com a população brasilei ra em geral têm patamares mais elevados de escolaridade e informação e maior acesso a serviços de saúde e portanto maior probabilidade de chegar ao diagnóstico médico de hipertensão Da mesma forma em grupos populacionais com condições sócioeconômicas semelhantes podese justificar a aplicação das perguntas avaliadas nesta investi gação para dimensionar de maneira aproximada a magnitu de da hipertensão arterial e aspectos de seu tratamento View publication stats