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Hidrologia

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1 INFRAESTRUTURA DE VIAS URBANAS ESTRADAS AEROPORTOS E PORTOS NOTAS DE AULA PROFESSORA SILVANA TRIGUEIRO 2020 2 1 INTRODUÇÃO TRANSPORTE AQUAVIÁRIO o Marítimo Longo curso de grandes distâncias e navegação costeira Cabotagem ao longo do litoral entre portos nacionais o Hidroviário fluvial ou lacustre A carga é transportada em embarcações pelos rios lagos ou lagoas Tipo de Transporte Hidroviário Interior Segundo a lei 943297 navegação interior é aquela realizada em hidrovias interiores em percurso nacional ou internacional 2 TRANSPORTE HIDROVIÁRIO 21 Vantagens e desvantagens o Grande capacidade de carga o Baixo custo de transporte o Baixo custo de manutenção o Baixa flexibilidade o Chances de danos às cargas o Baixa velocidade do transporte o Baixo custo de implantação uma via de leito natural o Alto custo de implantação quando há necessidade de construção de infraestruturas especiais como eclusas barragens canais etc Exemplos de intervenções estruturantes na rede hidroviária o Abertura de canais para ligação das vias fluviais naturais o A adaptação dos leitos dos rios para a profundidade necessária ao calado das embarcações o A correção do curso fluvial o Construção de vias de conexão com outras redes o Complexo sistema de conservação de todo o conjunto nfluenciado pelas condições climáticas e de relevo o Relevo o Rios de planície são ótimos para a navegação O Amazonas é navegável desde sua foz no oceano Atlântico até a cidade de Iquitos no Peru Os rios da bacia Paraguaia localizados na região CentroOeste ocupando vastas áreas do Pantanal MatoGrossense 3 o Rios de planalto costumam apresentar cachoeiras Apresentam acentuados desníveis entre a nascente e a foz com grandes quedas dágua Rios Paraná e São Francisco A maior parte de nossos rios é de planalto o Clima o Nas áreas muito frias os rios são utilizados para navegação somente na primavera e no verão o Nas áreas com seca prolongada a navegação é prejudicada por causa da grande variação do nível das águas 3 TRANSPORTE AQUAVIÁRIO BRASIL 31 ORGÃOS E FUNÇÕES ANTAQ o Autarquia especial vinculada ao Ministério dos Transportes e a Secretaria de Portos o Entidade reguladora e fiscalizadora das atividades portuárias e de transporte aquaviário Autoridade Marítima Diretoria de Portos e Costas DPC da Marinha do Brasil Atribuição zelar pela segurança da navegação do tráfego aquaviário Normatizar o tráfego aquaviário as obras de dragagem os serviços de praticagem as fiscalizações às embarcações o Serviço de Praticagem consiste no conjunto de atividades profissionais de assessoria ao comandante do navio requerido por força de peculiaridades locais que dificultem a livre e segura movimentação da embarcação e é constituído do Prático da lancha de Prático e da Atalaia Estação de Praticagem o Responsável pelo exercício da sinalização náutica o Capitanias dos Portos e suas delegacias e agências 4 HIDROVIAS As hidrovias de interior podem ser rios lagos e lagoas navegáveis que receberam algum tipo de melhoria sinalização balizamento para que um determinado tipo de embarcação possa trafegar com segurança por esta via 41 PRINCIPAIS CLASSES DE HIDROVIAS Excluídos os lagos e lagoas navegáveis podemos dividir as vias navegáveis interiores em 3 classes Rios de corrente livre Rios canalizados Canais 411 Rios de corrente livre São os naturalmente navegáveis Não há barragens em seu curso Podem ter as suas condições de navegabilidade sensivelmente melhoradas através de intervenções 4 Os rios de corrente livre podem ter as suas condições de navegabilidade sensivelmente melhoradas de algumas intervenções destacandose a Regularização do leito b Regularização da descarga c Dragagem 4111 Obras de Regularização do Leito Funções Transportar os sedimentos em suspensão e os depósitos do fundo Garantir a estabilidade do curso dágua mínima erosão das margens Orientar a corrente ao longo dos trechos do curso dágua Garantir a profundidade suficiente e percurso satisfatório para a navegação Permitir a utilização das águas para outros propósitos 41111 Diques Limitam as águas nas cheias prevenindo inundações Sua estrutura pode ser de concreto de terra ou de enrocamento e possibilita manter secas determinadas áreas chamadas de pôlderes 41112 Espigões São estruturas que partem das margens em direção ao centro do rio fazendo com que as correntes com velocidades elevadas sejam desviadas para longe das margens 5 As estruturas reduzem a área de passagem do escoamento modificando a velocidade e a tensão responsável pelo transporte de sedimentos 4112 Obras para Estabilidade e Proteção de Margens Proteções Descontínuas o Espigões e Diques Proteções Contínuas Flexíveis o Enrocamento o Colchão Reno o Gabião Proteções Contínuas Rígidas o Painéis de Concreto Armado Cortinas Atirantadas e Placas PréMoldadas 4113 Obras de Regularização de descarga A variabilidade temporal das chuvas resulta na variabilidade da vazão nos rios Em consequência surgem situações de déficit hídrico natural quando a vazão do curso dágua é inferior à necessária para o atendimento de determinados usos ou situações onde o excesso de vazão produz enchentes e inundações Elementos de Hidrologia Aplicada Regularização de Vazão Prof Antenor Rodrigues Barbosa Júnior 6 4114 Dragagens e Derrocamentos Dragagem Serviço de escavação nos canais de acesso e áreas de atracação dos portos para manutenção ou aumento da profundidade A escavação ou remoção pode ser de solo ou rochas do fundo de rios lagos e outros corpos dágua Equipamento utilizado draga Tipos de Dragagem o Dragagem inicial Forma um canal artificial com a retirada de material virgem o Dragagem de manutenção Retirada de material sedimentar depositado recentemente para manter a profundidade do canal o Dragagem Ambiental Remove uma camada superficial de sedimento contaminado por compostos orgânicos e inorgânicos 412 Rios canalizados São os rios com barragens e eclusas ou outro meio de transposição de desnível 7 413 Canais o São vias de navegação interior construídas e estruturadas para receber embarcações próprias para o transporte hidroviário interior completamente artificiais o Geralmente construídos para interligar rios rios a portos rios ao mar rios às cidades etc Principais classes de canais Canais laterais Utilizados quando o melhoramento de um trecho do rio é de tal modo difícil ou oneroso que se torna preferível construir lateralmente um canal inteiramente artificial podendo ser dividido em vários planos dágua ligados por eclusas ou elevadores Canais de partilha ou canais de ponto de partilha São os canais de interligação de hidrovias ou de bacias hidrográficas 8 42 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA A NAVEGAÇÃO I Profundidade do canal de navegação Profundidade mínima calado mais folga o Calado T Folga Profundidades menores do que 2 vezes o calado da embarcação o Provocam redução do rendimento propulsivo com redução de velocidade o Aumento do consumo de combustível 9 o O mínimo indicado deve ser admitido em trechos restritos do canal II Velocidades das correntes De maneira geral as velocidades máximas admissíveis para a navegação são Máximo maximorum de 5 ms contra ou a favor paralela ao rumo de navegação potência dos propulsoresmanobrabilidade trechos restritos Recomendadas Fluxo paralelo à rota e embarcação trafegando o A favor da corrente VC 25ms o Contra a corrente em áreas restritivas VC 18ms Correntes transversais 900 à rota VC07ms Correntes inclinadas 300 a 450 à rota VC12ms III Raios das curvas do canal Para que não haja restrições de velocidade nas curvas o raio de curvatura deverá ser no mínimo 10 x L comprimento da embarcação Raios menores podem ser admitidos desde que a largura da seção seja aumentada de uma sobre largura conforme a expressão Onde S Sobrelargura L comprimento da embarcação e RC raio de curvatura Raios de curvatura menores do que 10L obrigam à redução de velocidades aproximadamente iguais a tabela V velocidade admissível em trecho reto função da embarcação região cargas 10 Considerase ainda o comprimento mínimo retilíneo igual a 2B entre curvas e uma sobre largura na curva entre 4B3 e 7B3 segundo Jamme IV Restrições físicas 1 Vão livres nas pontes o Trecho retilíneo as faces internas dos pilares Pontes sem cruzamento de embarcações 30 x largura do comboio o Em trechos em curva a largura entre pilares deve ser estudada para cada caso particular o Altura livre sobre o nível dágua o Recomendável 15m o Adotada no Brasil 7m o Recomendada BR 9 a 10m No Tietê foi adotada a altura mínima de 7m que é muito baixo para os modernos comboios de empurra o Vias em que a altura mínima é insuficiente cabine de comando retrátil 2 Largura mínima Trechos retos o Largura mínima necessária para permitir o cruzamento seguro e sem redução de velocidade de duas embarcações ou seja 44 vezes a boca 44B ou 5B p mão dupla sem redução de velocidade 22B p via singela Trecho reto com sinalização e balizamento 15 x largura do comboio 3 Área mínima de seção molhada o Para não haver redução de rendimento propulsivo a área da seção molhada de uma via navegável deverá ser Canal de mão simples No mínimo 6 vezes a área da seção transversal mestra da embarcação tipo ou comboio Anal de mão dupla No mínimo 10 vezes a área da seção transversal mestra da embarcação tipo ou comboio V Exposição ao vento e às ondas provocadas pelos ventos VI Vulnerabilidade aos processos de erosão de margens devido à movimentação das embarcações VII Alteração das condições de navegabilidade em função do regime das águas VIII Nível e frequência de manutenção assoreamento erosão de margem etc o Para garantir as condições ideais de navegação o Na época de estiagem 11 o Na época de cheia o Manutenção e adequação do balizamento fixo de margem e flutuantes o Execução de obras permanente para melhorias condições de navegação para evitar abalroamentos e encalhes em pontos isolados o Derrocamento retiradas de pedras do leito do rio dragagem e contenção de margens 421 INTERFERENCIAS DAS EMBARCAÇÕES COM A HIDROVIA As formas dimensões e velocidades das embarcações podem gerar ondas que vão desestabilizar as margens gerando uma sução do fundo e a suspensão de sedimentos A potencia e as condições de manobrabrilidade podem provocar acidentes em trechos da hidrovia O volume de tráfego pode aumentar os efeitos das passagens das embarcações e aumentar o risco de acidentes Possibilidade de contaminação das águas por derramamento de óleo por acidentes ou por condições precárias de manutenção da embarcação 5 TRANSPOSIÇÃO DE DESNÍVEIS 51 ECLUSAS Sistema Hidráulico Atuam como um elevador aquático ajudando navios a transpor rios ou canais onde existe desnível no terreno 12 Agência Câmara Notícias 52 ELEVADORES DE EMBARCAÇÕES Sistema Mecânico 13 De Sean Mack Trabajopropio CC BY 25 httpscommonswikimediaorgwindexphpcurid2677705 53 Plano inclinado A exemplo dos elevadores de embarcações tem a função de vencer os desníveis topográficos ao longo dos rios e canais navegáveis Ao invés do tanque ser deslocado por elevadores o mesmo vence o desnível subindo ou descendo através de trilhos sobre um plano inclinado tracionado por um conjunto de cabos e motores Controle rigoroso da aceleração e desaceleração da velocidade e da posição da cuba para evitar oscilações que possam comprometer a segurança das embarcações 54 Rampa líquida Pente deau A cuba móvel e os equipamentos mecânicos são substituídos por um canal inclinado onde a embarcação circula empurrada por um veículo sobre pneumáticos Não vence desníveis muito elevados 14 Elementos de Hidrologia Aplicada Regularização de Vazão Prof Antenor Rodrigues Barbosa Júnior CANAIS NAVEGÁVEIS PARÂMETROS E CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO Conference Paper October 2015 author Pedro José Da Silva Instituto Mauá de Tecnologia T266Teixeira Monique Delgado Meireles Influência dos parâmetros geomorfológicos e hidráulicos na navegabilidade fluvial Monique Delga do Meireles Teixeira Rio de Janeiro Instituto Militar de Engenharia 2006 199 p il tab Dissertação mestrado Instituto Militar de Engenharia Rio de Janeiro 2006