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1 COREIA DO SUL PERFIL E OPORTUNIDADES COMERCIAIS 2011 2 ApexBrasil Mauricio Borges PRESIDENTE Rogério Bellini DIRETOR DE NEGÓCIOS Ana Paula Guimarães DIRETORA DE GESTÃO E PLANEJAMENTO Marcos Tadeu Caputi Lélis COORDENADOR DA UNIDADE DE INTELIGÊNCIA COMERCIAL E COMPETITIVA UICC Patrícia Steffen Rafaela Alves Albuquerque AUTORAS DO ESTUDO UICC Jean de Jesus Fernandes COLABORADOR DO ESTUDO UICC SEDE Setor Bancário Norte Quadra 02 Lote 11 CEP 70040020 Brasília DF Tel 55 61 34260202 Fax 55 61 34260263 Email apexapexbrasilcombr 2011 ApexBrasil Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida desde que citada a fonte 3 APRESENTAÇÃO Este estudo traça um perfil da Coreia do Sul por meio da apresentação dos panoramas econômico político e comercial daquele país A ênfase maior é dada às relações comerciais sulcoreanas mais detalhadamente àquelas estabelecidas com o Brasil Além de analisar os principais dados do comércio entre o Brasil e a Coreia do Sul o trabalho também traz indicadores que estão envolvidos nas trocas comerciais entre esses dois países e as oportunidades de negócio para os exportadores brasileiros que desejam atuar no mercado sulcoreano Abaixo são listadas as informações encontradas em cada uma das cinco partes do estudo Parte 1 INTRODUÇÃO Localização Pág 9 População Pág 9 Principais Cidades Pág 9 Parte 2 PANORAMA ECONÔMICO Desempenho Econômico Pág 12 Parte 3 PANORAMA COMERCIAL Política Comercial Pág 18 Acordos Bilaterais Pág 19 Preferências Unilaterais Pág 19 Procedimentos Aduaneiros Pág 20 Tributos Pág 26 Barreiras Não Tarifárias Pág 35 Características de Mercado Pág 44 Ambiente de Negócios Pág 44 Capacidade de Pagamento Pág 47 Infraestrutura e Logística Pág 49 Intercâmbio Comercial Pág 52 Evolução do Comércio Exterior da Coreia do Sul Pág 52 Destino das Exportações da Coreia do Sul Pág 54 Origem das Importações da Coreia do Sul Pág 56 Principais Produtos da Pauta de Importações da Coreia do Sul Pág 57 Intercâmbio Comercial BrasilCoreia do Sul Pág 58 Corrente de Comércio Pág 58 Saldo Comercial Pág 59 4 Principais Produtos Exportados pelo Brasil para a Coreia do Sul Pág 60 Principais Produtos Importados pelo Brasil da Coreia do Sul Pág 61 Indicadores de Comércio BrasilCoreia do Sul Pág 63 Índice de Complementaridade de Comércio Pág 65 Índice de Intensidade de Comércio Pág 66 Índice de DiversificaçãoConcentração das Exportações Pág 67 Índice de Comércio Intrassetor Industrial Pág 69 Índice de Especialização Exportadora Pág 71 Índice de Preços e Índice de Quantum Pág 72 Parte 4 OPORTUNIDADES COMERCIAIS PARA O BRASIL NA COREIA DO SUL Introdução à Metodologia de Identificação de Oportunidades para Exportação de Produtos Brasileiros Pág 75Erro Alimentos Bebidas e Agronegócios Pág 77 Casa e Construção Pág 88 Máquinas e Equipamentos Pág 94 Moda Pág 101 Multissetorial Pág 109 Parte 5 ANEXOS Anexo 1 Descrição da Metodologia de Identificação de Oportunidades para Exportação de Produtos Brasileiros Pág 113 Anexo 2 Contatos úteis Pag 118 Anexo 3 SH6 que têm exportações expressivas Pag 121 A Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva da ApexBrasil responsável pelo desenvolvimento deste estudo gostaria de saber sua opinião sobre ele Se você tem comentários ou sugestões a fazer por favor envie email para apexapexbrasilcombr 5 SUMÁRIO EXECUTIVO A Coreia do Sul teve crescimento econômico notável entre 1960 e 1996 O sucesso econômico do país foi resultado de investimentos do Governo e da iniciativa privada que incluíram crédito facilitado modelo de plataforma de exportações subsídios a determinados setores e incentivo ao trabalho O Governo realizou significativos investimentos em educação e desburocratização dos investimentos e ao contrário de outros países investiu em empresas familiares que expandiram seus negócios para as mais variadas áreas de interesse governamental formando chaebols grandes conglomerados sulcoreanos Entre eles estão empresas como Samsung LG Hyundai e Kia Segundo o Índice Global de Inovação a Coreia do Sul é o país mais inovador do mundo e investe 32 do seu PIB em pesquisa e desenvolvimento O Governo distribui incentivos para inovação de várias maneiras O Ministério da Economia e do Conhecimento é um dos órgãos que contribui com programas de inovação para o setor privado para favorecer o aumento da receita a exportação e a geração de empregos com resultados Além disso o país priorizou os investimentos em institutos independentes de pesquisa para se manter no ranking Em números absolutos de patentes o país se situa somente atrás de nações como a China e os Estados Unidos mas ganha delas quando se calcula a relação entre o total de patentes e o PIB Com base nesses incentivos o país é hoje a 15ª economia do mundo e possui reservas de US 31103 bilhões O PIB PPC paridade de poder de compra mais apropriado para a análise do padrão de vida das populações alcançou US 14 trilhão no mesmo ano colocando o país na 12ª posição no ranking mundial Para fins de comparação observese que entre os países que integram as novas economias industrializadas da Ásia o PIB PPC sulcoreano situase na 1ª posição Em 2012 a nação pretende alcançar um PIB de US 165 trilhão Devido ao fraco poder de compra interno no passado o mercado externo foi a solução encontrada para o crescimento sulcoreano Desde a década de 1990 as exportações cresceram de modo expressivo Sem recursos naturais os sulcoreanos aprenderam a investir em educação e inovação e se aperfeiçoaram em engenharia reversa não só para copiar mas também para agregar recursos Hoje aproximadamente 50 das exportações sulcoreanas são concentradas em 6 produtos industrializados de elevado valor tecnológico Os principais destinos das exportações são China Estados Unidos Japão Hong Kong e Cingapura Quanto à importação o país é dependente de energia e importa 96 da que consome Em 2009 petróleo e gás natural corresponderam a 20 da pauta de importação O segundo produto mais importado foi material eletrônico básico usado para fabricação de aparelhos eletrônicos 86 do total importado Do Brasil os principais produtos importados foram minério de ferro produtos siderúrgicos óleos e gorduras de vegetais e animais que juntos responderam por 58 do total importado O país mantém alianças estratégicas com vários blocos especialmente na Ásia É membro fundador do Fórum de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico APEC da Associação de Nações do Sudeste Asiático ASEAN e da Cúpula do Leste Asiático EAS Atualmente a Coreia do Sul integra o G20 grupo das maiores economias do mundo e a OCDE Além disso a Coreia do Sul celebrou acordos bilaterais com diversas nações Chile Cingapura Estados Unidos Índia União Europeia e Peru e entende que estes são complementares ao sistema multilateral de comércio O sucesso na negociação de acordos com os Estados Unidos e a União Europeia permite que países estratégicos da região como Japão e China repensem a importância da Coreia do Sul no continente asiático Para os consumidores sulcoreanos os benefícios desses tratados são significativos já que prometem desde vinhos italianos até carros alemães a preços acessíveis Em 2012 a expectativa é de que a Coreia do Sul cresça 39 devido à incerteza da recuperação das economias europeia e norteamericana Apesar da fraca demanda dessas economias a China principal parceiro deve manter crescimento razoável As principais oportunidades para as empresas brasileiras estão concentradas no complexo de alimentos já que a Coreia do Sul importa mais de 70 das suas necessidades alimentícias Os principais produtos brasileiros fornecidos são soja carne de frango café e açúcar A carne de frango está bem posicionada no mercado sulcoreano com o Brasil entre os principais fornecedores Além desses produtos existem oportunidades também para chocolate e suas preparações leite e derivados massas alimentícias e suas preparações suco de laranja congelado e não congelado óleo de soja bruto e sementes oleaginosas Apesar das barreiras impostas a Coreia do Sul representa mercado estratégico para exportação de carnes suína e bovina Atualmente é o terceiro maior comprador mundial de carne 7 suína e o quinto maior de carne bovina Porém o país ainda impõe barreiras sanitárias e restrições às importações de carne suína Ainda não é permitido comprar carne suína brasileira embora as agências sulcoreanas tenham sinalizado que seu mercado nacional será aberto em meados de 2012 para empresas brasileiras certificadas No que diz respeito ao complexo de moda os sulcoreanos preferem as marcas e se interessam por artigos de luxo Design qualidade e preço são os principais atributos considerados pelos consumidores na hora da compra Existem oportunidades para exportação brasileira de couro calçados e roupas casuais Filtros solares hidratantes corporais xampus condicionadores e sprays para o corpo com características de produtos naturais apresentam as melhores chances no mercado de cosméticos Em relação às joias as principais oportunidades para a indústria exportadora brasileira são brincos e braceletes com designs únicos porém sem extravagância e ouro e diamante a preço competitivo Já para o complexo de casa e construção civil existem oportunidades para granito madeira serrada ferro fundido bruto laminados planos de ferro ou aço ligas de alumínio em formas brutas ferramentas em geral alicates lâminas cortantes para máquinas e equipamentos torneiras e válvulas dentre outros As oportunidades para artigos de decoração e utensílios para casa são móveis de madeira para quarto de dormir talheres facas em especial além de material para fabricação de produtos de limpeza Em relação ao complexo de máquinas e equipamentos os sulcoreanos são grandes produtores de máquinas e automóveis Existem ainda oportunidades para exportação brasileira de compressores e bombas máquinas e aparelhos para trabalhar pedra e minério plásticos e suas obras automóveis e chassis e carroçarias para veículos automóveis 8 PARTE 1 INTRODUÇÃO 9 LocalizaçãoPopulaçãoPrincipais Cidades A Coreia do Sul ocupa uma área de 99720 km2 posicionandose em 108º lugar em comparação aos demais países do mundo O país está situado na Ásia Oriental fazendo fronteira com a Coreia do Norte figura 1 Figura 1 Mapa geográfico da Coreia do Sul Fonte CIA The World Factbook A população sulcoreana em 2005 era de 4757 milhões de habitantes Segundo estimativas da UN Population Division tal contingente deve alcançar 4850 e 4915 milhões de pessoas em 2010 e em 2015 respectivamente Estimase que 830 da população se concentrará na zona urbana em 2010 gráfico 1 O percentual de população urbana em relação à população total na Coreia do Sul é grande em comparação com a média da Ásia Oriental que é de 502 Na China e no Japão por exemplo a população urbana representava 470 e 668 da população total em 2010 respectivamente Há uma tendência de elevação da urbanização sulcoreana já que em 2015 prevêse que a participação da população urbana atinja 844 10 Gráfico 1 População da Coreia do Sul em milhares de pessoas 20002015 Fonte UN Population Division Elaboração UICC ApexBrasil A capital Seul concentra grande parte da população sulcoreana conforme pode ser observado no Gráfico 2 Em 2009 a cidade reunia 978 milhões de habitantes ou 2023 da população total do país A segunda maior cidade Busan contava no mesmo ano com apenas 344 milhões de habitantes Juntas as cinco principais aglomerações urbanas concentravam 4085 da população Esse panorama não deve se modificar pelo menos até 2015 quando essas cidades deverão atingir em conjunto aproximadamente 1982 milhões de habitantes segundo estimativas da UN Population Division Gráfico 2 População total sulcoreana residente nas cinco principais aglomerações urbanas com mais de 750000 habitantes em 2009 em milhares de pessoas 19902015 Fonte UN Population Division Elaboração UICC ApexBrasil 9462 8873 8265 7679 36967 38693 40236 41474 2000 2005 2010 2015 População Rural População Urbana Previsão 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 1990 1995 2000 2005 2010 2015 Seoul Busan Incheon Daegu Daejon 11 PARTE 2 PANORAMA ECONÔMICO 12 DESEMPENHO ECONÔMICO O Produto Interno Bruto PIB da Coreia do Sul em valores correntes convertidos em dólares norte americanos foi de US 101 trilhão em 2010 posicionando o país como a 15ª economia mundial1 No entanto se o conceito utilizado for o de PIB por paridade de poder de compra PPC mais apropriado para a análise do padrão de vida das populações o PIB alcançou US 14 trilhão no mesmo ano colocando o país na 12ª posição no ranking mundial tabela 1 Para efeito de comparação entre os países que integram as novas economias industrializadas da Ásia1 o PIB PPC sulcoreano situase na 1ª posição Tabela 1 Indicadores socioeconômicos da Coreia do Sul Fontes 1 FMI Consideramse 182 países 2 The Economist Consideramse 82 países 3 UNCTAD Consideramse 211 países 4 PNUD A ONU considera 182 países em seu ranking 5 Euromonitor Consideramse 133 países Elaboração UICC ApexBrasil Por outro lado ao se relativizar o tamanho da economia pelo número de habitantes pelo cálculo do PIB per capita2 em termos de PPC o desempenho sulcoreano não é o melhor já que representa o menor PIB per capita PPC entre os novos países industrializados da Ásia estando atrás de Cingapura de Hong Kong e de Taiwan respectivamente No ranking mundial de 2010 ocupa a 27ª posição com o valor de US 29997 Sob a ótica do Índice de Desenvolvimento Humano IDH3 a Coreia do Sul está classificada no grupo 1 As novas economias industrializadas da Ásia são formadas pelos seguintes países Hong Kong Coreia do Sul Cingapura e Taiwan 2 O PIB per capita é obtido dividindose o PIB pelo número de habitantes do país 3 O IDH leva em conta três componentes Renda Nacional Bruta RNB per capita longevidade e educação Descrição 2010 Ranking 1 Economia Crescimento do PIB ¹ 611 48 PIB PPP I bilhões¹ 145925 12 PIB per capita PPP ¹ valores correntes I 29836 26 PIB PPP participação no mundo ¹ 197 12 Taxa de Inflação ¹ 296 107 FBKFPIB² 2864 37 IEDPIB ² 002 100 IED Fluxo de entrada de invest direto estrangeiro US milhões³ 6873 32 2População IDH Índice de Desenvolvimento Humano₄ 0877 12 População milhões de habitantes⁵ 4887 26 População economicamente ativa milhões⁵ 2494 22 Taxa de desemprego ⁵ 380 124 Indicadores selecionados de Coréia do Sul 13 dos países com desenvolvimento humano muito elevado ocupando a 26ª posição no ranking mundial atrás de Cingapura e de Taiwan Na tabela 2 é possível observar a perspectiva de desenvolvimento socioeconômico para a Coreia do Sul nos próximos anos Notase a partir de 2011 uma previsão de crescimento para o PIB per capita PPC e uma redução da taxa de desemprego Nesse aspecto de desenvolvimento cabe destacar a previsão de evolução do investimento estrangeiro direto IED a partir de 2011 alcançando US 57 bilhões no final do período Contudo a concentração de renda tende a aumentar levemente nos próximos anos como se verifica no Índice de Gini Em relação ao consumo privado após um pico de 51 em 2007 esperase que o país alcance uma taxa média de 37 no período 20102014 Já acerca da formação bruta de capital fixo FBCF após um crescimento negativo de 02 em 2009 estimase que o país alcance uma elevação de 7 em 2010 e há previsão de uma taxa média de 425 no período 20112014 Tabela 2 Perspectiva socioeconômica da Coreia do Sul 20072014 Indicadores Selecionados 2007 2008 2009 2010e 2011p 2012p 2013p 2014p PIB moeda local crescimento¹ 51 23 02 61 39 40 39 38 PIB PPC per capita¹ I 26280 27390 27830 29610 31220 33060 35140 37450 Índice de Gini² 354 357 361 366 370 374 378 381 Consumo privado¹ crescimento 51 13 02 42 30 36 38 37 FBCF¹ crescimento 42 19 02 70 54 38 40 38 Importações¹ crescimento 154 220 258 314 156 e 195 14 e 18 137 e 176 144 e 182 IED¹ US milhões 1784 3331 1506 3826 1727 3056 4368 5700 População total² milhões 485 486 487 489 490 491 492 492 Participação da população urbana² 812 814 817 819 821 823 825 828 Taxa de desemprego¹ 33 32 37 37 33 31 29 28 Fontes 1 The Economist Intelligence Unit 2 Euromonitor International Elaboração UICC ApexBrasil Notas Previsões feitas pela ApexBrasil com base no The Economist e Estimativas p Previsões Segundo os dados de The Economist Intelligence Unit relativos à estrutura produtiva da economia sulcoreana a contribuição da agricultura da pecuária da pesca e do extrativismo na formação do PIB em 14 2010 foi de 34 enquanto que a da indústria inclusive mineração e construção civil foi de 443 Já o setor de serviços representou 523 Pela ótica da oferta agregada4 segundo Euromonitor5 as importações sulcoreanas representaram 416 do PIB em 2010 Os cinco principais produtos importados pelo país em 2009 Descrição SH6 representando 296 em relação ao total importado foram óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos gás natural liquefeito circuitos integrados monolíticos digitais não montados óleos leves de petróleo ou de minerais betuminosos e preparações exceto desperdícios e hulha betuminosa não aglomerada UN COMTRADE Quanto à demanda agregada6 em 2010 os gastos do consumidor representaram 525 do PIB de acordo com The Economist Intelligence Unit e as exportações de bens e serviços foram 458 do PIB do País Euromonitor As vendas externas sulcoreanas são dependentes de setores relacionados aos seguintes produtos naviostanque outros dispositivos de cristais líquidos e outros aparelhos e instrumentos ópticos aparelhos radiotelefônicos portáteis outros óleos de petróleo ou de minerais betuminosos e preparações exceto desperdícios automóveis e outros veículos com motor de pistão alternativo de ignição por centelha de cilindrada 1500cm3 e 3000cm3 Estes produtos representaram 268 do total das receitas provenientes com a exportação em 2009 Descrição SH6 UN CONTRADE O gráfico 3 mostra o crescimento do PIB e a evolução da taxa de inflação da Coreia do Sul entre 2004 e 2014 Entre 2004 e 2007 o crescimento da economia foi igual ou superior a 4 em todos os anos sendo favorecido pela forte expansão das exportações que atingiram 371 do PIB em 2007 No entanto a crise econômica mundial iniciada em 2008 repercutiu sobre a economia sulcoreana cuja taxa de crescimento caiu em 28 pontos percentuais nesse mesmo ano quando comparado com 2007 Já em 2009 a taxa de crescimento do PIB foi de apenas 03 Segundo dados do Fundo Monetário Internacional FMI houve recuperação da economia em 2010 com crescimento de 61 e a previsão de crescimento médio previsto é de 42 para o período 20112014 4 A oferta agregada mede a produção interna do país mais as importações 5 O Euromonitor internacional é uma referência em inteligência de mercado com informações detalhadas sobre indústrias países e perfil de consumidores Possui mais de 30 anos de experiência na produção de relatórios de mercado na publicação de livros especializados em negócios informações online e projetos de consultoria 6 A demanda agregada é a quantidade de bens e serviços que os consumidores adquiriram no período 15 O principal fator determinante da queda do PIB em 2009 foi o declínio das exportações sul coreanas A queda da demanda interna também contribuiu ainda que em menor grau para a recessão da economia mas seu principal impacto foi de provocar uma significativa redução das importações Em relação ao comportamento dos preços no mercado sulcoreano o pico inflacionário ocorrido em 2008 se deu principalmente por conta da forte elevação dos preços de alimentos e de petróleo nos mercados mundiais o que fez com que a taxa de inflação subisse em 22 pontos percentuais nesse mesmo ano quando comparado com 2007 Entretanto depois do valor crítico de 47 observado em 2008 houve uma desaceleração chegando a 28 em 2009 e com expectativas inflacionárias em torno de 3 para os anos de 2010 a 2014 Gráfico 3 Crescimento do PIB e taxa de inflação da Coreia do Sul 20042014 Fonte FMI Elaboração UICC ApexBrasil No que concerne à distribuição de renda na Coreia do Sul o Gráfico 4 mostra a participação dos lares por faixa de renda anual Notase que em 2010 40 dos lares sulcoreanos recebia até US 25 mil anuais 60 ganhavam acima desse valor No caso da economia brasileira segundo o Euromonitor esse percentual localizavase na faixa de 72 sendo que 28 dos lares brasileiros ganhavam acima do patamar de renda indicado Isto significa que mesmo que a economia do Brasil seja maior que a sul coreana a distribuição de renda dos lares sulcoreanos é melhor que a dos brasileiros No entanto observase que entre 2005 e 2010 houve uma tendência de alteração na composição percentual das faixas de renda por lares sulcoreanos Verificouse no período um aumento do número de lares que ganhavam acima de US 45000 por ano e uma queda dos lares que recebiam renda anual entre US 10000 e US 45000 46 40 52 51 23 03 62 39 44 42 40 36 28 22 25 47 28 30 45 35 30 30 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Crescimento do Pib Taxa de Inflação Previsão 16 Gráfico 4 Participação dos lares sulcoreanos por faixa de renda anual em 2005 e em 2010 Fonte Euromonitor Elaboração UICC ApexBrasil A economia sulcoreana encontrase em primeiro lugar entre os novos países industrializados da Ásia atraindo investidores estrangeiros para a região O Gráfico 5 mostra a evolução da entrada de investimentos estrangeiros diretos no país entre 1990 e 2009 Notase o forte aumento da entrada de IED na Coreia do Sul especialmente nos anos de 1999 2000 2004 e 2008 No ano de 2009 segundo a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento UNCTAD o fluxo de entrada de IED alcançou US 58 bilhões Gráfico 5 Investimento Estrangeiro Direto na Coreia do Sul em US bilhões 19902009 Fonte UNCTAD Elaboração UICC ApexBrasil 2005 2010 86 87 340 313 346 333 162 181 44 61 22 25 acima de 150000 de 75000 a 150000 de 45000 a 75000 de 25000 a 45000 de 10000 a 25000 até 10000 08 11 06 05 08 13 20 26 51 99 90 41 34 44 90 71 49 26 84 58 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 17 PARTE 3 PANORAMA COMERCIAL 18 POLÍTICA COMERCIAL ACORDOS COMERCIAIS A Coreia do Sul faz parte da Cooperação Econômica da Ásia do Pacífico APEC e pretende alcançar a meta de comércio livre e aberto até 2020 conforme previsto para as economias em desenvolvimento o prazo para as economias desenvolvidas era até 2010 Esta deve ser alcançada seguindo uma base voluntária e não obrigatória liberalização unilateral concertada por meio de Planos de Ação Individual PAIs que contenham uma ação destinada em 15 áreas de políticas tais como arquitetura engenharia construção e serviços de engenharia relacionados serviços de educação transporte aéreo transporte férreo transporte rodoviário investimentos políticas de competição revisão de regulaçãodesregulação e mobilidade das pessoas de negócios Todos os PAIs dos membros da APEC podem ser acessados em wwwapeciaporg O País atribui alta prioridade a relações comerciais com a Associação das Nações do Sudeste da Ásia ASEAN Em novembro de 2002 os membros da ASEAN3 China Japão e Coreia do Sul acordaram sobre o estudo e a formulação de opções para gradualmente estabelecerem uma Zona de Livre Comércio do Leste da Ásia EAFTA Um Tratado de Livre Comércio TLC entre ASEAN e Coreia do Sul sobre bens foi assinado em agosto de 2006 e entrou em vigor em 1 de junho de 2007 para Coreia do Sul Cingapura e Malásia Em dezembro de 2007 Coreia do Sul e Tailândia único membro da ASEAN que não tinha assinado o acordo completaram suas negociações bilaterais O Tratado Livre ComércioTLC Coreia do Sul Tailândia sobre serviços foi firmado em novembro de 2007 e entrou em vigor em maio de 2009 Signatária no Acordo Comercial ÁsiaPacífico APTA na sigla em inglês conhecido também como Acordo de Bangkok a Coreia do Sul busca a liberalização comercial entre os membros menos desenvolvidos da Comissão Econômica e Social para a Ásia e Pacífico das Nações Unidas UNESCAP Seguindo a adesão da China em 2001 os membros iniciaram um processo de revitalização incluindo uma terceira rodada de negociações de outubro de 2001 a meados de 2005 Em outubro de 2007 foi lançada a quarta rodada de negociações comerciais para aprofundar os cortes de tarifas e ampliar sua cobertura Em uma última reunião ministerial ocorrida em dezembro de 2009 os membros anunciaram novas reduções tarifárias além do início das negociações para a entrada da Mongólia O Diálogo ÁsiaEuropa ASEM processo informal de cooperação entre 45 membros Estados da CE a CE o Secretariado da ASEAN e 16 países asiáticos aborda questões políticas econômicas sociais entre 19 outras para fortalecer as relações regionais Seu Plano de Ação de Facilitação Comercial TFAP pretende reduzir barreiras não tarifárias aumentar a transparência e promover oportunidades comerciais entre as duas regiões O Diálogo de Cooperação da Ásia ACD lançado em junho de 2002 e composto por 30 países pretende servir como um elemento de articulação de parcerias estratégicas e de cooperação para todas as subregiões da Ásia combinando suas diversas forças de modo a tornála um parceiro viável para outras regiões ACORDOS BILATERAIS Apesar da Coreia do Sul entender os TLCs como complementares ao sistema multilateral de comércio o País por vezes questionou o impacto que a proliferação de TLCs regionais poderia ter na validade da OMC De acordo com as autoridades TLCs são um dos caminhos chave para aprimorar o sistema econômico uma vez que a liberalização do comércio através de TLCs conduz a uma maior concorrência e a padrões globais mais altos culminando em um nível maior de eficiência e em uma estrutura econômica avançada A Coreia do Sul possui acordos bilaterais com Chile 2004 Cingapura 2006 Associação Europeia de Livre Comércio EFTA na sigla em inglês 2006 Estados Unidos 2010 ASEAN 2009 Índia denominado Acordo de Parceria Econômica Compreensiva 2010 União Europeia 2010 e Peru 2010 Paralelamente o País está negociando acordos bilaterais com Canadá México CCG Austrália Nova Zelândia Colômbia e Turquia Sobre futuros acordos há consultas em andamento com Japão China um acordo trilateral China Coreia do Sul Japão Mercosul Rússia Israel SACU e América Central Panamá Guatemala Honduras República Dominicana e Costa Rica PREFERÊNCIAS UNILATERAIS Em janeiro de 2008 a Coreia do Sul unilateralmente expandiu o acesso preferencial livre de impostos sobre importações selecionadas de 3790 itens seis dígitos HS2007 advindos de 50 países menos desenvolvidos da ONU Decreto Presidencial sobre Tarifas Preferenciais para Países Menos Desenvolvidos O Estado fornece preferências tarifárias recíprocas sobre 9 itens de tarifas de seis dígitos para 43 países sob o Sistema Global de Preferências Comerciais entre Países em Desenvolvimento GSTP Além disso participa do Protocolo Relativo a Negociações Comerciais Entre Países em Desenvolvimento TNDC do GATT e fornece concessões tarifárias em 6 linhas tarifárias de seis dígitos para 12 países 20 O país opta por manter o status de país em desenvolvimento ainda que apenas Noruega e Rússia concedam as preferências correspondentes De fato os efeitos práticos do status de país em desenvolvimento para a Coreia do Sul são limitados e podese dizer uma questão política e econômica altamente sensível tanto na OMC quanto em outros fóruns internacionais relevantes PROCEDIMENTOS ADUANEIROS A Coreia do Sul simplificou e modernizou seus procedimentos de alfândega ao avançar para uma administração aduaneira de inteligência orientada Ainda assim em função da expansão da rede de regimes preferenciais o desembaraço aduaneiro tornouse mais complicado especialmente no que se refere aos requerimentos de regras de origem de acordos individuais Quanto à valoração aduaneira um sistema de alerta foi criado para bloquear as importações desvalorizadas de bens agrícolas plantas e pescas7 O País também tem buscado o reforço da proteção das fronteiras para os direitos de propriedade intelectual e de falsificações das marcas originais O Serviço Aduaneiro da Coreia do Sul Korea Customs Service KCS8 está na vanguarda das melhores práticas internacionais e mantém um registro impressionante de avanços para maior eficiência aumento da transparência redução de prazos de 7 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p38 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 8 A página do órgão em inglês pode ser vista em httpenglishcustomsgokr Acesso em 10 de março de 2011 TLCs efetivos TLCs concluído TLCs em consideração TLCs em negociação 21 desembaraço aduaneiro reforço da probidade e integridade e emprego da inteligência sofisticada e de sistemas de gestão de risco9 Segundo análise do Banco Mundial a Coreia do Sul figura entre os países com menos entraves processuais para realização de comércio10 Apenas expedidores despachantes aduaneiros associações ou corporações para desembaraço aduaneiro podem fazer declarações de importação A documentação necessária inclui a fatura comercial a declaração de preço e as duplicatas do conhecimento de embarque Quando aplicável também são necessários uma lista detalhada de embalagem documento de aprovação de importação medidas sanitárias e os certificados fitossanitários para a maioria dos bens agrícolas e alimentos processados bem como o certificado de origem dos bens sujeitos a preferências tarifárias Importadores qualificados ou seja aqueles aprovados pelo serviço aduaneiro usufruem de um desembaraço aduaneiro acelerado e de métodos mais convenientes para o pagamento dos impostos11 Duas cópias da lista de embalagens são demandadas e se o seguro foi feito pelo exportador este deve fornecer o certificado que comprove a contratação do serviço12 A maioria dos produtos que entram na Coreia do Sul não necessita de licença de importação Contudo há uma lista negativa publicada13 pelo Ministério da Economia do Conhecimento de bens para os quais é necessário obtêla14 As importações de gado devem ser acompanhadas de um certificado de quarentena emitido por agência competente no Brasil Todos os produtos vegetais necessitam de certificados de saúde e fitossanitários Os alimentos processados devem ser certificados antes da venda à Coreia do Sul15 Para exportar produtos farmacêuticos à Coreia do Sul é necessário um certificado de inspeção emitido em conjunto pelo Ministério da Saúde e do BemEstar e pela Administração de Alimentos e Fármacos16 9 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p 3940 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 10 World Bank Doing Business 2011 Republic of Korea Washington 2010 p 58 Disponível em httpwwwdoingbusinessorgreports Acesso em 26022011 11 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 pág 40 12 BRASIL Ministério das Relações Exteriores Brazil Trade Net Como Exportar Coreia do Sul Brasília 2009 p 34 Disponível em httpwwwbraziltradenetgovbrARQUIVOSPublicacoesComoExportarCEXCoreiadoSulpdf Acesso em 10 de março de 2011 13 httpwwwinvestkoreaorgInvestKoreaWarworkikengbobo01jspcode1020301053rd 14 BRASIL Ministério das Relações Exteriores Brazil Trade Net Como Exportar Coreia do Sul Brasília 2009 p 32 Disponível em httpwwwbraziltradenetgovbrARQUIVOSPublicacoesComoExportarCEXCoreiadoSulpdf Acesso em 10 de março de 2011 15 BRASIL Ministério das Relações Exteriores Brazil Trade Net Como Exportar Coreia do Sul Brasília 2009 p 32 Disponível em httpwwwbraziltradenetgovbrARQUIVOSPublicacoesComoExportarCEXCoreiadoSulpdf Acesso em 10 de março de 2011 16 BRASIL Ministério das Relações Exteriores Brazil Trade Net Como Exportar Coreia do Sul Brasília 2009 p 33 Disponível em httpwwwbraziltradenetgovbrARQUIVOSPublicacoesComoExportarCEXCoreiadoSulpdf Acesso em 10 de março de 2011 22 O despacho de importação incluindo procedimentos de declaração e sistemas de gerenciamento de carga são totalmente informatizados Em um esforço para simplificar ainda mais o processo de apuramento e reduzir os encargos o KCS tem operado um sistema de desembaraço baseado na Web desde outubro de 200517 Este sistema trata de operações de desembaraço de produtos de exportaçãoimportação enquanto o sistema de balcão único ver abaixo abrange os processos de confirmação de exigências incluindo quarentena e inspeção bem como operações de desembaraço em um único ponto18 Desde fevereiro de 2007 o KCS tem operado um sistema de confirmação de exigências de importaçãoexportação na internet em nome de 12 agências governamentais atingindo 93 do total de verificações de importação O sistema abrange os requisitos de importação exigidos pela Administração de Alimentos e Fármacos da Coreia do Sul pelo Serviço Nacional de Inspeção de Qualidade de Produtos da Pesca e pelo Serviço Nacional de Cirurgia Veterinária e de Quarentena Uma vez que nem todas as agências governamentais relevantes aderiram a este sistema de janela única existe uma margem ainda maior para o aprimoramento da eficácia do sistema de desembaraço aduaneiro19 O Serviço Alfandegário SulCoreano opera eletronicamente O preenchimento da declaração de importação pode ser feito antes do embarque da carga ou de ela for descarregada no porto de destino Em qualquer um dos regimes uma vez aceita a declaração as mercadorias não precisam ser armazenadas em nenhuma área de retenção alfandegária e são liberadas do porto diretamente para circulação interna20 Em 2008 as declarações foram processadas numa média de 12 horas contra 13 horas em 2003 A maioria das importações cerca de 80 é processada após serem levadas para uma área da alfândega O tempo de resolução médio da entrada até a libertação de um entreposto aduaneiro foi de 354 dias em 2007 sendo 178 dias para o ar e 585 dias para carga do mar contra 96 dias no início de 2003 sendo 46 dias para o ar e 162 dias para carga do mar A seletividade do sistema de cargas elege automaticamente 17 Korea Customs Service online Disponível em httpenglishcustomsgokrkcswebusertdfacommonHtmlAppc1501pageenglishhtmlkorfacilitationfacilitation01 01htmlmcENGLISHFACILITATIONIMPORT 8 de outubro de 2007 18 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p40 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 19 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p40 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 20 BRASIL Ministério das Relações Exteriores Brazil Trade Net Como Exportar Coreia do Sul Brasília 2009 p 33 Disponível em httpwwwbraziltradenetgovbrARQUIVOSPublicacoesComoExportarCEXCoreiadoSulpdf Acesso em 10 de março de 2011 23 as cargas de risco mais alto para possíveis inspeções físicas e de documentações21 A KCS opera mediante solicitação com um sistema de apuramento imediato nos principais portos de Busan Incheon e Gwangyang para permitir que as importações de empresas conceituadas sejam liberadas antes do envio das declarações de importação obrigatório dentro de dez dias Cerca de 60 da carga utiliza este sistema de modo que as mercadorias são desembaraçadas sem serem deslocadas para um depósito fora do porto22 A Coreia do Sul não requer inspeção préembarque das importações23 As zonas francas que forneceram os procedimentos aduaneiros simplificados para determinadas atividades foram incorporadas às Zonas de Livre Comércio FTZs na sigla em inglês sob a Lei de designação e gestão das Zonas de Livre Comércio em 2004 Elas são áreas exclusivas fora dos limites aduaneiros nacionais isentas de obrigações aduaneiras As FTZs facilitam a circulação de bens e serviços incluindo a distribuição em aeroportos movimentados portos complexos e terminais de estocagem e de carga O ministro da Economia do Conhecimento em colaboração com o Comitê das Zonas Francas designa essas zonas a pedido dos governos regionais Atividades na zona podem ser isentas de procedimentos aduaneiros e de importação e receber benefícios fiscais por exemplo do IVA e do imposto corporativo Cargas estrangeiras podem entrar e sair livremente e o processamento simples é permitido Bens sulcoreanos que entram nessas zonas são tratados como exportações com direito a devolução de tarifas Mercadorias que entram ou são processadas nestas zonas se destinam principalmente à exportação mas se vendidas no mercado interno estão sujeitas a impostos de importação e impostos nacionais como o IVA Segundo as autoridades este tratamento não constitui uma subvenção específica fornecida a um setor ou empresa ou grupo de empresas ou indústrias de modo que não está sujeito a notificação à OMC nos termos do artigo 25º do Acordo da OMC sobre Subsídios e Medidas Compensatórias As FTZs estão localizadas no Aeroporto Internacional Incheon e nos portos de Busan Gwangyang Incheon Masan Iksan Gunsan Daebul Donghae e Yulchon24 Segundo as autoridades a legislação sulcoreana do valor aduaneiro subseção 2 da Lei Aduaneira de 1949 está em conformidade com o Acordo da OMC sobre Valoração Aduaneira As importações são valorizadas pelo seu preço CIF O principal método utilizado é o valor da transação com base no preço 21 Cargas de alto risco são separadas para auditoria e inspeção através de controles automáticos sobre o grau de risco com base no índice de cumprimento tipo de item etc A auditoria e inspeção pelas autoridades aduaneiras visam principalmente a impedir a importação ilegal e sonegação fiscal 22 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p41 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 23 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p42 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 24 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p42 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 24 efetivamente pago ou a ser pago pelo comprador Quando este não puder ser utilizado a avaliação é determinada utilizando em ordem mercadorias idênticas mercadorias similares preço de venda interna ou valor calculado25 O KCS pode em princípio definir o valor aduaneiro especial e as exigências documentais para a importação de segunda mão26 que aplica os mesmos métodos de valoração aduaneira No entanto como último recurso a Alfândega poderá determinar a sua avaliação com padrões razoáveis em que os preços pagos são ajustados com base nos preços avaliados por institutos de avaliação certificados nos preços no atacado doméstico ou com base em outras listas de preços reconhecidas Para evitar a evasão fiscal o KCS reforçou o controle sobre os valores declarados de carros importados usados incluindo comparações com valores de transação de veículos novos do mesmo modelo que têm sido reconhecidos como valores aduaneiros com a dedução da depreciação valor depreciado Segundo as autoridades o valor da transação é aceito quando existem diferenças significativas salvo se houver razão para suspeitar da autenticidade ou veracidade do valor declarado quando uma alternativa consistente com o método de avaliação da OMC é utilizada O uso do valor depreciado seria aplicado apenas como último recurso Requisitos documentais também foram alterados para incluir uma carta de inspeção técnica de um instituto de teste de desempenho do automóvel27 Os direitos aduaneiros incluindo impostos internos devem ser pagos no prazo de 15 dias da aceitação da declaração de importação Pagamentos atrasados estão sujeitos a um adicional de 3 do montante devido no primeiro mês e 12 por cada mês a partir de então até um período máximo de 60 meses Sanções penais prisão de até três anos ou multa de cinco vezes o imposto sonegado se aplicam por declarações fraudulentas de valor aduaneiro ou classificação tarifária incorreta28 25 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p43 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 26 De acordo com o Customs Act o qual pode ser lido em inglês no seguinte link httpunpan1unorgintradocgroupspublicdocumentsAPCITYUNPAN011497pdf Acesso em 10032011 27 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p43 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 28 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p4344 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 25 O registro de marcas e de propriedade intelectual é feito junto ao Escritório de Propriedade Intelectual da Coreia do Sul Korea Intellectual Property Office KIPO A proteção de patentes se estende por vinte anos enquanto a proteção de marcas registradas dura dez anos podendo ser renovada29 Decisões aduaneiras podem ser objeto de recurso para o Comissariado do KCS ou para o Tribunal Tributário Nacional A Comissão de Revisão da Tarifa composto por cinco funcionários aduaneiros e sete especialistas ajuda o Comissariado sobre os recursos As decisões podem ser objeto de recurso para os tribunais30 As maiores barreiras sulcoreanas a produtos brasileiros são encontradas no mercado de carnes O governo sulcoreano é exigente quanto à ameaça de surtos de febre aftosa e de outras enfermidades animais conhecidas e as restrições podem recrudescer em um futuro próximo tendo em vista a grande epidemia de aftosa ocorrida no início de 2011 Ainda não é permitido comprar carne suína brasileira embora as agências sulcoreanas tenham sinalizado que seu mercado nacional será aberto para empresas brasileiras certificadas em meados de 201131 Tabela 2 Documentos básicos para o desembaraço aduaneiro na Coreia do Sul Documento Responsável Produtos Observações Declaração de importação Importador ou agente aduaneiro Todos os produtos regulares O preenchimento dessa declaração se faz eletronicamente Fatura comercial Nenhum agentes comerciais Todos os produtos regulares Documento que demonstra a efetuação da compravenda da carga Devemse apresentar o documento original e duas cópias Reconhecimento de embarque bill of lading Empresa transportadora ou responsável pelo frete Todos os produtos regulares Deve ser enviada para o importador Certificado de origem Aduana do país de origem Todos os produtos regulares Para que este documento possibilite o tratamento preferencial de produtos brasileiros quando possível É expedido quando da verificação da carga ainda no 29 Ministério das Relações Exteriores Brazil Trade Net Como Exportar Coreia do Sul Brasília 2009 p 33 Disponível em httpwwwbraziltradenetgovbrARQUIVOSPublicacoesComoExportarCEXCoreiadoSulpdf Acesso em 10032011 30World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p44 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 31 Ministério da Agricultura Brasil deverá exportar carne suína para a Coreia do Sul em 2011 06122010 Disponível em httpwwwbrasilgovbrnoticiasarquivos2010126brasildeveexportarcarnesuinaparacoreiadosulem2011 Acesso em 10032011 26 porto de origem Guia de remessaRomaneio Exportador Todos os produtos regulares Documento que detalha a carga com número de embalagens conteúdo etc Duas cópias são exigidas Certificado veterinário Órgão encarregado no país de origem No Brasil Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento MAPA Produtos de origem animal carne pescados etc Deve ser o mais completo possível indicando ausência de infecções e enfermidades conhecidas Certificado fitossanitário Órgão encarregado no país de origem No Brasil Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento MAPA Produtos de origem vegetal Deve ser o mais completo possível indicando ausência de pragas conhecidas Recibo do seguro da carga Exportador caso tenha sido ele o contratador do serviço Referências BRASIL Ministério das Relações Exteriores Brazil Trade Net Como Exportar Coreia do Sul Brasília 2009 67 páginas Disponível em httpwwwbraziltradenetgovbrARQUIVOSPublicacoesComoExportarCEXCoreiadoSulpdf Acesso em 10032011 US Commercial Service Trade Regulations and Standards Disponível em httpwwwbuyusagovkoreaentraderegulationshtml Acesso em 10032011 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 World Bank Doing Business 2011 Republic of Korea Washington 2010 76 páginas Disponível em httpwwwdoingbusinessorgreports Acesso em 26022011 TRIBUTOS A tarifa continua sendo um dos principais instrumentos de política comercial e uma importante fonte de receitas fiscais 46 da receita tributária total em 2007 Quase todas as linhas tarifárias são ad valorem contribuindo significativamente para a transparência tarifária No entanto o sistema tarifário permanece relativamente complexo envolvendo uma multiplicidade de taxas 83 ad valorem 41 impostos alternados muitas vezes envolvendo diferenças pequenas e pontos decimais32 De acordo com as modificações introduzidas pelo Ministério de Estratégia e Finanças em 22 de outubro de 2008 a Coreia do Sul ajustou 360 linhas de dez dígitos em seu Sistema Harmonizado de Classificação Tarifária HS desde 1º de janeiro de 2009 removendo 88 modificando 32 e adicionando 240 linhas de dez dígitos A pauta tarifária agora consiste de 11881 linhas de dez dígitos em comparação com 32 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 pág 38 27 11729 linhas de dez dígitos da pauta anterior As linhas recémadicionadas de dez dígitos cobrem itens com aumento dramático no comércio tais como peças de painéis de plasma PDP ou dispositivos de tela de cristal líquido LCD produtos regulamentados pela política ambiental ou a agrícola tais como materiais renováveis matériasprimas de bioenergia e cogumelos artigos que refletem as alterações na estrutura industrial como o gás especial de tungstênio usados como materiais semicondutores embalagens especiais para cosméticos e medicamentos papel de impressão e papel de cópia bife e vidro com espessura variável A Coreia do Sul impõe dois tipos de tarifas ou seja os impostos ad valorem baseados no preço e impostos específicos baseados no volume Na prática a maioria das linhas tarifárias são ad valorem33 As médias aplicadas da tarifa NMF foram de 128 em 2008 as mesmas de 2004 que são altas para os padrões dos países da OCDE o que exige concessões tarifárias ou abatimentos para assegurar que as tarifas sobre os insumos intermediários não aumentem para se tornar impostos às exportações Procedimentos como este é que aumentam a complexidade dos impostos de fronteira As maiores taxas ad valorem permaneceram inalteradas e aplicamse à agricultura definição da OMC As tarifas variam de zero a 8874 sendo que 866 das taxas foram de 10 ou menos em 2008 A Coreia do Sul aplica quotas tarifárias no âmbito do seu compromisso multilateral de acesso ao mercado agrícola As tarifas dentro da quota vão de zero a 50 Outras medidas por exemplo quotas autônomas tarifas de utilização e concessões de impostos que seletivamente reduzem as tarifas sobre os insumos muitas vezes de acordo com a utilização final podem constituir um obstáculo potencial para o uso eficiente dos recursos e adicionar complexidade tarifária e incerteza34 Embora 908 das taxas de tarifa estejam consolidadas a previsibilidade da tarifa é corroída pela margem de manobra para elevar as tarifas aplicadas fornecida pela diferença média de 43 pontos percentuais de 9 para os itens agrícolas entre os índices aplicados e consolidados da tarifa NMF A Coreia do Sul continuou a utilizar esta lacuna para aplicar impostos NMF mais elevados por exemplo impostos de regulação denominados como tarifas flexíveis que as autoridades mantêm de acordo com as regras da OMC A Coreia do Sul tem a intenção de reduzir ou suprimir progressivamente os direitos não ad valorem e as tarifas flexíveis em conformidade com os compromissos de redução resultantes das 33 Foreign Market Access Report 2010 pág 2 disponível em httpgpjmofcomgovcnaccessory2010041271302023785pdf Último acesso 932011 34 As autoridades sustentam que o sistema de quotas tarifárias é projetado para facilitar as importações reduzindo as tarifas sobre certos produtos a fim de promover o fornecimento regular e da procura reforçar a competitividade da indústria com elas relacionadas e estabilizar os preços domésticos com o objetivo de corrigir os desequilíbrios nas taxas tarifárias entre outros produtos semelhantes e maximizar a eficiência da distribuição de recursos 28 negociações de Doha e da Foreign Trade Association FTA35 As tarifas flexíveis da Coreia do Sul que incluem as tarifas de quotas tarifas de regulação tarifas antidumping tarifas de compensação tarifas de emergência tarifas especiais de salvaguarda e as tarifas preço de equilíbrio são consideradas vitais para a regulação das importações e exportações bem como para proteger as indústrias domésticas36 Tarifas especiais de salvaguarda SSGs na sigla em inglês proteção temporária à indústria doméstica contra surtos de importações que estiverem causando ou ameaçando causar um grave prejuízo a essa indústria são autorizadas ao abrigo do Acordo da OMC sobre Agricultura e sobre a ordem de implementação da lei aduaneira da Coreia do Sul De acordo com a regulamentação pertinente SSGs podem ser coletados de três maneiras diferentes baseados no volume no preço ou em ambos O limite de volume para ser cobrado um SSG com base em volume é calculado da seguinte forma coeficiente padrão média de volume da importação dos últimos três anos recentes mudanças no consumo O coeficiente é determinado por referência à quota de mercado do produto nos últimos três anos quanto maior participação no mercado menor o coeficiente de referência Quando a quota de mercado é de 10 ou menos o coeficiente de referência é de 125 quando a quota de mercado superior a 10 mas inferior a 30 o coeficiente de referência é de 110 quando a quota de mercado é maior do que 30 o coeficiente de referência é de 105 SSGs com base no preço são acionadas quando o preço do produto importado é inferior a 90 do preço de referência Quando os dois SSGs baseados em volume e preço podem ser aplicados é utilizada a maior tarifa37 A Coreia do Sul mantém tarifas particularmente elevadas em um número de produtos agrícolas e de pesca de maior valor O país impõe tarifas de 30 ou mais na maioria das frutas e castanhas muitos legumes frescos amidos amendoim manteiga de amendoim óleos vegetais diversos sucos doces cerveja e alguns produtos lácteos38 A proteção tarifária varia substancialmente entre e dentro dos setores com média de 535 para os produtos agrícolas e 65 para bens industriais em 2007 definições OMC 39 As tarifas médias são mais elevadas para produtos de origem vegetal HS seção 2 em 1016 Tarifas 35 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 pág 38 36 Foreign Market Access Report 2010 pág 3 disponível em httpgpjmofcomgovcnaccessory2010041271302023785pdf Último acesso 932011 37 Foreign Market Access Report 2010 p 3 disponível em httpgpjmofcomgovcnaccessory2010041271302023785pdf Último acesso 932011 38 UNITED STATES Trade Representative National Trade Estimate Report on Foreign Trade Barriers 2009 p 306 Disponível em httpwwwustrgovaboutuspressofficereportsandpublications2009 Acesso em 2022011 39 A definição da OMC de produtos industriais abrange todos os produtos nãoagrícolas ou seja produtos não abrangidos pelo Acordo sobre Agricultura da OMC Os produtos agrícolas da OMC incluem todas as commodities agrícolas processadas e não processadas HS capítulos 1 a 24 menos peixes e produtos da pesca além de alguns itens adicionais HS 29 industriais são mais elevadas para calçados e artigos de chapelaria HS seção 12 101 e de artigos têxteis HS seção 11 em 9840 O país aplica encargos temporariamente mais altos que a tarifa NMF denominados tarifas flexíveis do que os previstos na pauta aduaneira O mecanismo de ajuste inclui tarifas flexíveis de salvaguarda de salvaguarda especial e impostos sazonais Através de uma série de diferentes mecanismos e fundamentos o sistema permite que as autoridades aumentem ou diminuam as tarifas determinadas a seu critério com um diferencial de até 40 acima ou abaixo de uma tarifa fixa Isto proporciona uma margem considerável para encorajar ou desencorajar a importação de itens específicos para controlar a inflação e para fins de política industrial41 Essas tarifas flexíveis estariam de acordo com as regras da OMC Em certos casos o regime de taxas flexíveis reflete a diferença significativa entre as taxas consolidadas e as aplicadas42 Em agosto de 2007 a Coreia do Sul estabeleceu o SIREN um sistema de alerta precoce para bloquear as importações desvalorizadas de produtos agrícolas plantas e bens de pesca O SIREN foi projetado para destacar os produtos subvalorizados por meio do cálculo dos preços de importação adequados dos produtos e pela comparação com os preços declarados Com base no resultado os produtos desvalorizados passam por uma auditoria mais especificamente o SIREN funciona desta maneira o Serviço Aduaneiro da Coreia KCS na sigla em inglês coleta informações de preços através do Ministério de Alimentos Agricultura Florestas e Pescas MIFAFF da corporação comercial Korea AgroFisheries e de outras empresas relevantes compara na base do SIREN os preços das importações e os preços de produtos idênticos ou similares e determina os preços de importação adequados dos bens em causa A operação do SIREN parece ter tido um efeito de substituição de importações Alguns países acreditam que a prática acima é arbitrária desprovida de transparência constituindo um encargo excessivo para os exportadores já que as autoridades aduaneiras sulcoreanas determinam o preço justo das importações específicas exclusivamente com base em informações oficiais sulcoreanas sobre os preços e sem investigação dos custos de produção relevantes em países exportadores43 40 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 pág 44 41 Segundo relatos alguns itens são selecionados para alinhar as tarifas entre as linhas de produtos similares e para proteger determinados setores da indústria das importações Mas a aplicação arbitrária das tarifas de importação muitas vezes atrai críticas por parte de empresas estrangeiras que operam na Coreia do Sul e os serviços aduaneiros planejam padronizar essas taxas flexíveis EIU 2007 42 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p49 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 43 Foreign Market Access Report 2010 pág 26 disponível em httpgpjmofcomgovcnaccessory2010041271302023785pdf Último acesso 932011 30 O número de itens abrangidos pela ampla descrição da tarifa flexível foi reduzido nos últimos anos de 203 dez dígitos do SH em 2004 para 101 em 2007 As autoridades pretendem reduzir ou eliminar gradualmente essas tarifas de acordo com a redução das tarifas resultantes das negociações de Doha e FTA44 O Ministro das Finanças e Estratégia MOSF pode conceder reduções ou isenções de impostos de importação para diversos fins tais como o desenvolvimento industrial artigos 88109 Customs Act O MOSF determina concessões tarifárias em consulta com os ministérios competentes As autoridades indicam que a perda de receitas de impostos de importação foi de US 915 milhões equivalente a 75 da receita tarifária total em 2007 US 424 milhões ou cerca de 5 das receitas fiscais em 200345 As concessões tarifárias também se aplicam ao abrigo de outra legislação Por exemplo bens de capital importados para projetos de investimento estrangeiro localizados em zonas especiais por exemplo zonas de investimentos estrangeiros estão isentos de direitos aduaneiros em geral por até três anos Os direitos aduaneiros sobre certos produtos importados e para alguns importadores podem ser pagos em parcelas ao longo de cinco anos A Lei de Promoção de Desenvolvimento de Aeronaves e indústrias espaciais também permite a importação com isenção de direitos de peças receitas não cobradas de W 446 bilhões em 2007 acima de W 259 bilhões em 200446 A Coreia do Sul concede preferências tarifárias aos países em desenvolvimento no âmbito do Sistema Global de Preferências Comerciais entre Países em Desenvolvimento SGPC e do Protocolo Relativo a Negociações Comerciais entre Países em Desenvolvimento do GATT TNDC Ela também fornece preferências tarifárias unilaterais de isenção de impostos e de quotas aos países menos desenvolvidos Desde janeiro de 2008 seu escopo foi ampliado para cobrir 75 da pauta nacional47 A Nação possui regras preferenciais e não preferenciais de origem Regras preferenciais são aplicáveis às importações em regime comercial preferencial O país não tem regras comuns nesta área de modo que cada um de seus TLCs determina regras específicas quanto à origem Para os países menos 44 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p49 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 45 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p5051 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 46 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p51 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 47 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p51 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 31 desenvolvidos receberem isenção de direitos aduaneiros sobre as importações elegíveis os produtos devem ser inteiramente produzidos ou obtidos no país de exportação ou fabricados a partir de matérias originárias compreendendo pelo menos 50 do preço FOB do produto Os navios pesqueiros devem ser registrados no país de exportação e ter pelo menos 60 de capital nacional Sob o Acordo de Comércio ÁsiaPacífico as importações elegíveis estão sujeitos a regras de origem preferenciais do acordo desde a sua entrada em vigor em setembro de 200648 Os seguintes bens podem ser elegíveis para isenção ou redução de direitos aduaneiros 1 Bens para os diplomatas o uso do governo e de pesquisa acadêmica 2 As mercadorias estrangeiras para uso na indústria de defesa e no controle da poluição ambiental 3 As matériasprimas para a produção de aeronaves 4 Mercadorias destinadas a serem reexportadas 5 Mercadorias deterioradas ou danificadas 6 Mercadorias reimportadas49 O total de impostos como proporção do PIB sulcoreano permanece relativamente baixo 195 em 2006 Aproximadamente 50 das receitas fiscais são baseadas em impostos indiretos O IVA continua a ser o componente principal do imposto indireto seguido do imposto de transporte ambiente e energia Apesar de uma tendência de declínio constante os direitos aduaneiros contribuíram substancialmente em 46 para o total das receitas fiscais em 2007 O imposto sobre as corporações e o imposto de renda também são fontes importantes correspondendo por 219 e 241 respectivamente das receitas fiscais totais 50 A estrutura relativamente complexa de impostos indiretos abrange um IVA de base ampla impostos especiais consumo individual e outros impostos sobre bebidas alcoólicas sobre transações de imóveis imposto de selo e de títulos Há também impostos de transporte energiaambiente de 48 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p52 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 49 PRICEWATERHOUSECOOPERS Doing Business in Korea 2009 p27 Disponível em httpwwwpwccomkrenpublicationsdoingbusinesskorjhtml Acesso em 20022011 50 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p71 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 32 educação além de um imposto especial sobre o desenvolvimento rural O IVA é cobrado em cima de outros impostos incluindo direitos de importação quando aplicável51 O imposto especial de consumo individual é cobrado sobre a importação de automóveis e certos artigos de luxo As taxas variam dependendo do tipo do produto52 Os governos das províncias e das cidades aplicam uma série de impostos indiretos 16 em 2007 incluindo um imposto sobre a aquisição a compra de imóveis veículos equipamentos pesados e barcos A taxa de registro é cobrada sobre bens e veículos barcos aviões e máquinas de construção bem como registros de certos negócios e ativos intangíveis tais como transferências de mineração pesca e direitos de propriedade intelectual Um imposto é aplicável aos veículos automóveis de passageiros dependendo do tamanho do motor ônibus e caminhões dependendo da capacidade de carga Um imposto sobre o consumo de tabaco é cobrado em várias taxas específicas53 Em relação á tributação direta após o IVA o imposto sobre a renda pessoal e o imposto sobre as sociedades são as maiores fontes de receita Taxas progressivas do imposto de renda pessoal vão de 8 renda de W10 milhões ou menos até 35 mais de W80 milhões54 Certos tipos de trabalhadores estrangeiros empregados na Coreia do Sul estão isentos de imposto de renda55 Tabela 3 Tarifas e Importações por Grupos de Produtos Grupos de Produtos Impostos Finais Consolidados Tarifas NMF aplicadas Importações Média Livre de impostos Max Consolidadas em Média Livre de impostos Max Parcela Livre de impostos Produtos de origem animal 261 04 89 100 221 24 89 05 04 Laticínios 698 0 176 100 675 0 176 01 0 Frutas legumes plantas 641 0 887 100 577 02 887 05 00 Café chá 741 0 514 100 539 0 514 01 0 Cereais e 1611 0 800 100 1345 03 800 13 24 51 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p71 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 52 PRICEWATERHOUSECOOPERS Doing Business in Korea 2009 p28 Disponível em httpwwwpwccomkrenpublicationsdoingbusinesskorjhtml Acesso em 20022011 53 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p73 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 54 Tributação para rendimentos mais elevados ou seja W 10 milhões e acima é constituído por um montante fixo acrescido de uma percentagem do montante que exceda a base tributária 55 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p73 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 33 preparações Oleaginosas Óleos e Gorduras 447 26 630 100 375 42 630 08 39 Açúcares e produtos de confeitaria 322 0 243 100 171 0 243 02 0 Bebidas e tabaco 425 0 270 100 317 0 270 03 0 Algodão 20 0 2 100 00 1000 0 01 1000 Outros produtos agrícolas 208 93 754 100 161 237 754 05 132 Produtos de peixe e peixe 147 0 32 535 160 07 53 07 19 Minerais e metais 75 218 35 961 46 273 8 276 539 Petróleo 89 0 13 800 41 107 8 239 150 Produtos químicos 58 70 388 975 57 69 388 85 151 Madeira papel etc 28 735 13 890 22 675 10 18 728 Têxteis 165 03 30 986 91 18 13 13 35 Vestuário 284 0 35 100 126 0 13 09 0 Couro calçados etc 121 01 16 976 78 26 16 10 229 Máquinas não eléctricas 95 245 20 966 60 226 13 96 396 Máquinas elétricas 89 334 20 740 62 214 13 133 713 Equipamento de transporte 81 260 20 813 55 268 10 27 387 Manufaturas nes 98 206 16 952 67 160 13 43 341 Fonte Trade Profile Republic of Korea OMC disponível em httpstatwtoorgTariffProfileWSDBTariffPFViewaspxLanguageECountryKR 34 Tabela 4 Impostos aplicados aos 30 principais produtos brasileiros importados pela Coreia do Sul em Janeiro de 2011 Código SH e produto Valor US FOB Part Min e Máx de impostos ad valorem aplicados à categoria 26011100 Minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados 142776416 3777 0 72071200 Outrosprodssemimanufferroaçoc025sectra nsvret 64818574 1715 0 26011200 Minérios de ferro aglomerados e seus concentrados 42302503 1119 0 23040090 Bagaços e outsresíduos sólidosda extrdo óleo de soja 21199093 561 18 47032900 Pasta quimmadeira de nconifa sodasulfatosemibranq 12344067 327 0 72029300 Ferronióbio 12083946 320 3 52010020 Algodão simplesmente debulhadonão cardado nem penteado 9856613 261 0 22071000 Álcool etílico ndesnaturado cvolteor alcoólico80 9761792 258 10 207 09011110 Café não torradonão descafeínadoem grão 8179596 216 2 71129900 Outsresiddesperdde outsmetais precetc 5393190 143 2 65 24012030 Fumo nmanuftotalparcdestalflssecasetcvirginia 4847666 128 20 02071400 Pedaços e miudezascomestde galosgalinhascongelados 3701456 098 20 27 72279000 Outros fiomáquinas de outros ligas de aços 3666466 097 0 29012900 Outros hidrocarbonetos acíclicos não saturados 3656990 097 0 72083990 Outros laminferroacol6dmquenterolose3mm 3611613 096 0 41044130 Outscourospeles bovinossecospena flor 2616232 069 5 75021010 Catodos de níquel não ligadoem forma bruta 2585907 068 3 72072000 Prodssemimanufatde ferroaçonligadoscarbono025 2157361 057 0 41071220 Outscourospelesintbovinospreparsetc 1999258 053 5 39081024 Poliamida6 ou poliamida66sem cargaem 1783800 047 65 35 pedaçosetc 72083690 Outros laminferroacol6dmquenterolose10mm 1762162 047 0 41079210 Courospelesbovinospreparsdividca flor 1688030 045 5 72044100 Resíduos do tornoda fresaaparaslascaslimalhasetc 1305332 035 0 29053200 Propilenoglicol propano12diol 1009260 027 55 21011110 Café solúvelmesmo descafeinado 846906 022 8 72083700 Laminferroacoquentel60cmrolo475mme 10mm 766667 020 0 11042300 Grãos de milhodescascadosem pérolascortadosetc 687888 018 167 72071110 Billets de ferroaçoc025sectransvquadretl2e 623554 016 0 20091100 Sucos de laranjas congeladosnão fermentados 584404 015 54 84148031 Álcool etílico ndesnaturado cvolteor alcoólico80 561375 015 8 Fontes Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior brasileiro Estatísticas de comércio exterior DEPLA Balança comercial brasileira Países e blocos econômicos Países e Blocos Econômicos Janeiro 2011e OMC Tariff Download Facility BARREIRAS NÃO TARIFÁRIAS As quotas tarifárias e as quotas de importação de arroz são alocadas ou operadas por 22 organizações diferentes incluindo ministérios entidades comerciais estatais como o Ministério da Alimentação Agricultura Florestas e Pescas MIFAFF para o arroz e cevada e várias associações de produtores incluindo a Federação Nacional de Cooperativas Agrícolas e da Associação de Ingredientes de Rações Em alguns casos a administração é de propriedade ou controlada pelos produtores nacionais competindo com o item importado Com exceção do Fundo Nacional de Cooperativas da Federação da Federação Nacional de Cooperativa Florestal e da Cooperativa Agrícola de Citricultores de Jeju as associações de produtores incluem membros que processam os gêneros alimentícios importados sob quotas tarifárias56 56 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p5354 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 36 A Coreia do Sul estabeleceu quotas tarifárias TRQs destinadas a prover o acesso mínimo aos mercados anteriormente fechados ou para manter o acesso anterior a Rodada do Uruguai de negociações As tarifas dentro das quotas podem ser muito baixas ou zero mas as taxas de tarifa extraquotas são muitas vezes proibitivas Por exemplo mel natural e artificial está sujeito a uma tarifa extraquota de 243 leite desnatado e em pó integral 176 a cevada 324 a cevada de maltagem 513 batata e preparações de batata mais de 304 e pipoca 630 Além disso para alguns produtos agrícolas como aveia triturada pipoca e flocos de soja a Coreia do Sul agrega matériasprimas e produtos de valor adicionado sob a mesma quota Grupos da indústria doméstica sulcoreana que administram as quotas frequentemente atribuem a taxa mais favorável dentro da quota para seus maiores membros que importam matériasprimas57 Diferentes mecanismos são utilizados para atribuição de quotas e administração dependendo do produto incluindo venda em leilão das quotas alocação para determinada agência alocação da demanda real e uma combinação destes Empresas comerciais do Estado impõem markups adicionais sobre a tarifa intraquota em itens como arroz alho cebola nozes gergelim castanhaterra trigo pimentas feijão mungofeijão vermelho e soja A maioria das empresas comerciais do Estado está envolvida diretamente com o comércio das importações através dos atacados ou da distribuição direta aos usuários finais Refletindo os resultados das negociações internacionais em curso as autoridades pretendem melhorar o atual sistema de administração de quotas sempre que necessário58 Em 27 de Março de 2009 o MOSF lançou os seus níveis de quotas atualizados as taxas dentro de quotas e tarifas extraquota para 2009 Para resolver o desequilíbrio entre oferta e demanda de produtos agrícolas no mercado sulcoreano o acesso ao mercado mínimo MMA na sigla em inglês para 12 produtos agrícolas e pecuários foi aumentado incluindo alimentação suplementar 80000 toneladas vegetais cuja raiz é utilizada como ração 83500 toneladas milho utilizado como semente 3700 toneladas frangos de reprodução 561000 feijão vermelho e verde 27600 toneladas gergelim 74700 toneladas milho 11158100 soja 1497000 toneladas batata e amido de batata 146000 toneladas amido de batatadoce 24400 toneladas amido de trigo 1400 toneladas e farinha de batata 600 toneladas As tarifas dentro da quota para 12 produtos listados variam entre zero e 40 enquanto as taxas extraquotas variam entre 9 e 800359 57 UNITED STATES Trade Representative National Trade Estimate Report on Foreign Trade Barriers 2009 P 306 Disponível em httpwwwustrgovaboutuspressofficereportsandpublications2009 Acesso em 2022011 58 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p54 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 59 Foreign Market Access Report 2010 pág 4 disponível em httpgpjmofcomgovcnaccessory2010041271302023785pdf Último acesso 932011 37 A sobretaxa cobrada sobre as importações de petróleo Petroleum Business Act 1977 visa formar fundos que assegurem o fornecimento adequado e a estabilidade de preços A sobretaxa paga pelos refinadores de petróleo e os importadores de petróleo está atualmente fixada em 16 won por litro Desde 1982 o Governo também tem promovido a diversificação das importações de petróleo de outras regiões fora do Oriente Médio especialmente das Américas África e Europa incluindo a Federação Russa 60 As sobretaxas sobre as importações de petróleo não proveniente do Oriente Médio são mais baixas para compensar os custos de transporte61 Embora a maioria dos produtos que entram na Coreia do Sul não necessite de licenciamento são necessárias licenças para os bens da Lista Negativa publicada pelo Ministério da Economia do Conhecimento Ministry of Knowledge Economy no Import and Export Notice no Consolidated Notice on Import and Export e no Periodical Notice on Import and Export62 As solicitações que devem ser acompanhados pelo contrato de compra e pela lista de produtos de importados são analisadas individualmente pelas agências do Governo ou pela respectiva associação de fabricantes e as licenças concedidas são válidas por um ano63 Além da Lei de Comércio Exterior 48 leis distintas estipulam os requisitos para a aprovação ou a autorização de determinados itens que podem ser importados mediante a obtenção de certificação autorização e homologação Estes requisitos são mantidos principalmente para a proteção da moral pública saúde higiene e saneamento vida animal e vegetal conservação ambiental ou interesses essenciais de segurança em conformidade com os requisitos da legislação nacional ou compromissos internacionais Para aumentar a transparência e para a conveniência das empresas de comércio o edital consolidado contendo todas as exigências de certificação de exportação e importação previstas nas 48 legislações distintas é atualizado pelo MKE semestralmente Estes requisitos abrangem cerca de 1000 itens tarifários incluindo o petróleo GLP fertilizantes agrícolas sementes de plantas animais e produtos animais materiais nucleares narcóticos alimentos e aditivos alimentares publicações estrangeiras armas de fogo e explosivos64 Conforme o Brazil Trade Net As importações de gado devem ser acompanhadas de 60 A dependência do petróleo do Oriente Médio foi reduzida de 90 1980 para 80 61 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 pág 54 e 55 62 Foreign Market Access Report 2010 pág 7 disponível em httpgpjmofcomgovcnaccessory2010041271302023785pdf Último acesso 932011 63 BRASIL Ministério das Relações Exteriores Brazil Trade Net Como Exportar Coreia do Sul Brasília 2009 p 32 Disponível em httpwwwbraziltradenetgovbrARQUIVOSPublicacoesComoExportarCEXCoreiadoSulpdf Acesso em 10 de março de 2011 64 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p55 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 38 um certificado de quarentena emitido pela agência apropriada no Brasil Todos os produtos vegetais necessitam de certificados de saúde e fitossanitários Os alimentos processados devem ser certificados antes da venda na Coreia do Sul65 Apenas o arroz permanece sujeito a restrições de quotas de importação sob o acesso de mercado mínimo da OMC MMA na sigla em inglês nos termos do Anexo 5 do Acordo sobre Agricultura da OMC o chamado tratamento especial que permitiu a continuação das restrições de quotas com um MMA crescente por um período de dez anos ou seja até 2004 Em 2004 a Coreia do Sul negociou uma extensão de dez anos do acordo de MMA Sob o regime de renegociação o país é obrigado a importar cerca de 8 do seu consumo interno de arroz até 201466 Há poucas importações proibidas sendo que a maioria se destina a proteger a saúde a segurança a moralidade pública do ambiente e dos recursos naturais bem como a evitar práticas enganosas conforme acordos comerciais multilaterais segundo as autoridades São destaques neste sentido material pornográfico e outros materiais inaceitáveis bens que revelem informações confidenciais sobre o governo ou de atividades de inteligência e de falsificação de moeda ou instrumentos financeiros A Coreia do Sul não mantém qualquer embargo comercial com outros países O comércio com a Coreia do Norte requer a aprovação do Ministério da Unificação que cresceu continuamente entre 2004 e 200767 Para mais informações com relação aos produtos restringidosproibidos visite o site httpsouth koreavisahqcomcustoms A Coreia do Sul não atualizou sua notificação da OMC sobre o comércio estatal desde 1998 As autoridades anunciam a intenção de apresentar uma notificação em 2009 Apesar dos esforços de privatização o Estado participa de uma ampla gama de comércio eou atividades relacionadas com o comércio Além de empresas estatais e controladas pelo governo central há empresas públicas com múltiplos e fortes laços gerenciais e operacionais com o Governo bem como empresas estatais e controladas pelas autoridades locais Determinados produtos tais como batatas gengibre gergelim já não 65 BRASIL Ministério das Relações Exteriores Brazil Trade Net Como Exportar Coreia do Sul Brasília 2009 p 32 Disponível em httpwwwbraziltradenetgovbrARQUIVOSPublicacoesComoExportarCEXCoreiadoSulpdf Acesso em 10 de março de 2011 66 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p55 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 67 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p56 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 39 são exclusivamente importados pelo organismo designado mas também por importadores privados que adquirem quotas em leilões das agências68 Medidas de contingência são autorizadas sob a lei das alfândegas e a lei sobre Investigação de Práticas Desleais de Comércio Internacional e Contra Prejuízos para a Indústria 2001 A Comissão de Comércio da Coreia do Sul Korea Trade Commission KTC administra as medidas investiga e determina se as importações são objeto de dumping ou de subvenções e se elas causam ou ameaçam causar um prejuízo à indústria doméstica69 A Agência SulCoreana de Tecnologia e Normalização KATS na sigla em inglês do Ministério da Economia do Conhecimento MKE estabelece administra e dissemina os Padrões Industriais SulCoreanos KS com base na Lei Nacional de Padronização e na Lei de Normalização Industrial Em outubro de 2007 a responsabilidade administrativa da Lei de Normalização Industrial foi transferida do MKE para a KATS estendendo o papel da KATS para incluir o planejamento e coordenação da política de normas nacionais A KATS representa a Coreia do Sul em organismos internacionais como a International Electrotechnical Commission IEC e da Organização Internacional para Padronização ISO É o ponto de inquérito oficial sobre os produtos industriais no âmbito do Acordo da OMC sobre os Obstáculos Técnicos ao Comércio e aceitou o Código de Boa Prática para a Elaboração Adoção e Aplicação de Normas Anexo 3 da OMC Vários organismos privados executam tarefas ligadas à normalização Outros órgãos designados pelo KATS para realizar o trabalho relacionado com normas para o setor privado incluem Korea Research Institute of Standards and Science responsável pelas normas de metrologia e medição70 Leis e regulamentos sul coreanos exigem que os testes de segurança e certificação sejam realizados por organismos de certificação designados que devem ser organizações domésticas sem fins lucrativos dotados de equipamentos de teste adequados e pessoal qualificado71 Em 1º de março de 2009 o KATS emitiu o Programa de Qualidade do Produto e de Acompanhamento de Distribuição para reforçar o controle de qualidade O programa submeteu 3000 produtos de 116 categorias distribuídas no mercado a quatro tipos de controle de qualidade ou seja 68 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p56 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 69 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p5657 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 70 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p5960 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 71 UNITED STATES Trade Representative National Trade Estimate Report on Foreign Trade Barriers 2009 p 307 Disponível em httpwwwustrgovaboutuspressofficereportsandpublications2009 Acesso em 02022011 40 monitoramento especial vigilância intensiva monitorização geral e monitorização aleatória O acompanhamento especial que envolve 18 categorias de produtos como carrinhos de bebês e armas de brinquedo se trata de uma monitorização da qualidade e distribuição do produto trimestral e quando necessário inspeções nas instalações de produção O acompanhamento intensivo envolve 18 categorias de produtos tais como berços carrinhos e esterilizadores eletrônicos e é feito semestralmente A fiscalização geral referese à inspeção anual de 34 categorias de produtos como isqueiros e fechaduras digitais A monitorização aleatória envolve 33 categorias de produtos tais como cílios postiços lápis panelas de arroz elétricas e chaleiras elétricas e é realizado a todo ano Caso se verifique que os produtos apresentam riscos de segurança para os consumidores sua distribuição é suspensa e seus produtores ficam sujeitos à punição penal72 O país normas regulamentos técnicos e procedimentos de avaliação da conformidade que são onerosos e parecem ter um efeito desproporcional sobre as importações Por exemplo a Secretária de Alimentos e Drogas SulCoreana KFDA na sigla em inglês define as categorias de produtos para os aditivos alimentares específicos de forma restritiva tornando mais oneroso o processo para obter a aprovação para esses produtos73 O sistema de normalização sulcoreana instituído pelo KATS é composto por normas técnicas obrigatórias desenvolvido pelos ministérios e agências governamentais e por normas voluntárias KSs Em 2007 considerando os diferentes setores da economia a alocação destas normas foi a seguinte produtos químicos vestuário cerâmica 24 máquinas 18 eletricidade 15 mineração siderurgia construção 13 transporte construção naval aviões 10 indústria da informação 8 e saúde alimentação etc 12 Cerca de 30 das normas sulcoreanas foram estabelecidas tendo como referência normas internacionais excluindo ISO ou IEC Normas não harmonizadas são tanto as exclusivas para a Coreia do Sul isto é que não possuem correspondentes internacionais quanto as que não podem ser harmonizadas em função de sua ligação com outros regulamentos internos Cerca de 9 das KSs têm sido criadas sem qualquer referência às normas internacionais74 Embora as normas nacionais ou regulamentações técnicas em todo o país são por vezes vistas como obstáculos à concorrência estrangeira nos últimos anos nenhum país tem encontrado motivos 72 Foreign Market Access Report 2010 pág 12 e 13 disponível em httpgpjmofcomgovcnaccessory2010041271302023785pdf Último acesso 932011 73 UNITED STATES Trade Representative National Trade Estimate Report on Foreign Trade Barriers 2009 p 307 Disponível em httpwwwustrgovaboutuspressofficereportsandpublications2009 Acesso em 02022011 74 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p60 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 41 suficientes ou razão para desafiar os padrões da indústria da Coreia do Sul na OMC Desde abril de 2004 três paísesmembros manifestaram preocupações específicas no Comitê SPS sobre as medidas mantidas pela Coreia do Sul 75 76 As etiquetas na maioria dos alimentos devem demonstrar Nome do produto genérico e comercial Nome do fabricante Data de fabricação Pesos ou quantidades Ingredientes em ordem decrescente de composição Nome endereço e número de telefone do importador Métodos de preservação Locais onde o produto pode ser devolvido ou trocado Data de validade77 Alimentos importados e de produtos farmacêuticos devem conter as informações mencionadas acima na língua coreana na embalagem original no varejo As etiquetas podem ser impressas ou aplicadas por meio de etiquetas adesivas desde que estejam em vigor antes do desembaraço aduaneiro 78 A Coreia do Sul exige que sete tipos de frutas abóbora banana laranja abacaxi melão doce melões e jacas sejam 75 Os Estados Unidos levantaram uma preocupação em relação às exportações de citros da Califórnia que a Coreia do Sul proibiu desde abril de 2004 devido a preocupações relacionadas com a presença de certos fungos Esta preocupação foi posteriormente relatada como resolvida Em 2007 o Canadá apoiado pelas Comunidades Europeias levantou uma preocupação quanto às medidas relacionadas com as medidas BSE da Coreia do Sul O Canadá tinha solicitado formalmente uma justificação para esta medida que foi além das normas internacionais Também em 2007 o Brasil expressou preocupação sobre a falta de reconhecimento da regionalização por parte da Coreia do Sul artigo 6 do Acordo SPS no que diz respeito à febre aftosa Estas preocupações aparentemente ainda não foram resolvidas 76 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p64 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 77 AUSTRALIAN TRADE COMMISSION Doing Business in the Republic of Korea for Australian Exporters Austrade 2009 Disponível em httpwwwaustradegovauRepublicofKoreaDoingbusinessdefaultaspx acesso em 932011 78 AUSTRALIAN TRADE COMMISSION Doing Business in the Republic of Korea for Australian Exporters Austrade 2009 Disponível em httpwwwaustradegovauRepublicofKoreaDoingbusinessdefaultaspx acesso em 932011 42 marcadas com o país de origem sobre a superfície de cada unidade79 Após a expansão dos requisitos de rotulagem obrigatória em 2007 para os produtos aperfeiçoados biotecnologicamente com milho soja algodão canola beterraba e açúcar a KFDA propôs novamente uma expansão da rotulagem obrigatória para produtos alimentares feitos com ingredientes reforçados biotecnologicamente em outubro de 2008 Segundo a proposta todos os produtos alimentares confeccionados com ingredientes da biotecnologia incluindo os aditivos alimentares e enzimas melhoradas pela biotecnologia serão obrigados a serem rotulados OGM independentemente da presença de DNA detectável ou de uma proteína estranha no produto final80 Os requisitos de rotulagem complexos têm aumentado substancialmente os encargos para os exportadores Por exemplo normas de rotulagem de bebidas alcoólicas têm sido constantemente alteradas elevando os custos dos produtores estrangeiros As novas regras de rotulagem em vestuário exigem que o nome do fabricante nacional ou do importador esteja em algum tipo de rótulo em todas as roupas aumentando a carga de trabalho e os custos de produção81 A Coreia do Sul é um membro da Comissão do Codex Alimentarius Codex da FAOOMS Organização Mundial de Saúde Animal OIE e da Convenção Internacional de Plantas da FAO CFI Suas principais leis sobre os requisitos de quarentena para a importação e exportação são a Lei de Proteção Vegetal e a Lei de Prevenção de Epidemias Animais A quarentena vegetal e os controles fitossanitários são tratados pelo Serviço de Quarentena Vegetal Nacional NPQS na sigla em inglês O Serviço Nacional de Investigação Veterinária e Quarentena NVRQS na sigla em inglês conduz a quarentena animal e regras sanitárias Ambas as agências estão sob o MIFAFF82 Alguns certificados especiais requeridos para os produtos são apresentados a seguir Tabela 5 Certificados especiais requeridos para lista de produtos Produtos Farmacêuticos Certificado de Fabricação deve ser emitido pela autoridade aprovada no país de origem Certificado de Venda Livre free sales deve ser emitido pela autoridade listada ou 79 Foreign Market Access Report 2010 pág 30 disponível em httpgpjmofcomgovcnaccessory2010041271302023785pdf Último acesso 932011 80 UNITED STATES Trade Representative National Trade Estimate Report on Foreign Trade Barriers 2009 p 310 Disponível em httpwwwustrgovaboutuspressofficereportsandpublications2009 Acesso em 02022011 81 Foreign Market Access Report 2010 pág 27 disponível em httpgpjmofcomgovcnaccessory2010041271302023785pdf Último acesso 932011 82 World Trade Organization Trade Policy Review Republic of Korea Report by Secretariat Genebra 2008 p64 Disponível em httpwwwwtoorgenglishtratopetpretp304ehtm Acesso em 26022011 43 registada no país de venda Instrumentos Médicos Certificado de Fabricação deve ser emitido pela autoridade aprovado no país de origem Certificado de Venda Livre free sales deve ser emitido pela autoridade listada ou registada no país de venda Certificado de GMP deve ser emitido por uma instituição credenciada internacional Alimentos Saudáveis Os documentos de acompanhamento incluindo ingredientes especificações e processo de manufaturação e certificado de análise emitido pelo fabricante Outros por exemplo certificado de livre de BSE para os produtos em forma de cápsulas de gelatina importados de países nãoBSE Certificado de Venda Livre etc Fonte AUSTRALIAN TRADE COMMISSION Doing Business in the Republic of Korea for Australian Exporters Austrade 2009 Disponível em httpwwwaustradegovauRepublicofKoreaDoingbusinessdefaultaspx Acesso em 932011 O presidente sulcoreano Lee MyungBak declarou que a aplicação dos direitos de propriedade privada DPI é um dos objetivos centrais de sua administração e declarou guerra contra a pirataria ilegal83 É recomendável que as empresas busquem aconselhamento legal com relação à proteção de seus direitos de propriedade intelectual A marca registrada e o registro de patente no Escritório de Propriedade Industrial da Coreia do Sul EPIC são a salvaguarda mínima para os direitos de propriedade intelectual Para ter controle sobre esses importantes direitos de propriedade intelectual é necessário fazer um registro no nome da empresa brasileira A lei sulcoreana determina que apenas os advogados locais podem preencher e apresentar solicitações ao EPIC84 Os investidores estrangeiros podem registrar patentes ou marcas em seu próprio nome e receber os mesmos benefícios que os cidadãos sulcoreanos A duração de uma patente é de 20 anos e pode ser prorrogado por até cinco anos A proteção à marca é concedida por dez anos a contar da data de registro podendo ser renovada Se uma marca ou uma patente não é utilizada pelo titular da patente outra pessoa pode solicitar o uso da patente ou da marca registrada Autores nacionais e estrangeiros podem garantir os 83 UNITED STATES Trade Representative National Trade Estimate Report on Foreign Trade Barriers 2009 p 312 Disponível em httpwwwustrgovaboutuspressofficereportsandpublications2009 Acesso em 02022011 84 BRASIL Ministério das Relações Exteriores Brazil Trade Net Como Exportar Coreia do Sul Brasília 2009 p 33 Disponível em httpwwwbraziltradenetgovbrARQUIVOSPublicacoesComoExportarCEXCoreiadoSulpdf Acesso em 10 de março de 2011 44 direitos de autor na Coreia do Sul Os direitos autorais são registrados com o MCST permanecendo em vigor até 50 anos após a morte do autor85 CARACTERÍSTICAS DE MERCADO AMBIENTE DE NEGÓCIOS De acordo com o Doing Business 201186 do Banco Mundial a Coreia do Sul ocupa a 16ª posição no ranking de 183 países avaliados por sua facilidade para fazer negócios A classificação dos países leva em conta aspectos relacionados à abertura de empresas obtenção de alvarás contratação de empregados emissão registro de propriedades obtenção de crédito proteção de investidores pagamentos de impostos comércio exterior cumprimento de contratos e fechamento de empresas entre outros A título de comparação mundial a figura 2 apresenta a colocação da Coreia do Sul em relação às principais regiões do mundo Figura 2 Ranking Doing Business 2011 posição da Coreia do Sul com as principais regiões do mundo Fonte Doing Business 2011 Banco Mundial Elaboração UICC APEXBrasil 85 PRICEWATERHOUSECOOPERS Doing Business in Korea 2009 p 21 Disponível em httpwwwpwccomkrenpublicationsdoingbusinesskorjhtml Acesso em 20022011 86 Publicação anual do Banco Mundial que fornece uma avaliação quantitativa das regulações relacionadas à atividade empresarial Esta publicação pode ser obtida em httpwwwdoingbusinessorgreportsdoingbusinessdoing business2011 45 O país com melhor ambiente de negócio no mundo segundo este ranking é Cingapura que se mantém nesta posição já há dois anos Em segundo está Hong Kong No continente Asiático a Coreia do Sul está em terceiro lugar seguido pelo Japão Deste continente o Afeganistão e o Laos tiveram os piores desempenhos para negócios como pode ser observado no gráfico 6 Gráfico 6 Ranking Doing Business 2011 posição da Coreia do Sul com os principais países da Ásia oriental Fonte Doing Business 2011 Banco Mundial Elaboração UICC APEXBrasil Embora com bom desempenho no ranking de negócios a Coreia do Sul perdeu uma posição de 2010 para 2011 No período de 2008 e 2009 este país fez diversas reformas econômicas que permitiram que ele atingisse uma posição privilegiada em 2010 Neste ano a única reforma realizada foi no sistema financeiro que deu prioridade de reembolso dos empréstimos concedidos para empresas em processo de reorganização A tabela 6 apresenta a composição e a classificação da Coreia do Sul nos diferentes itens que compõem o ranking realizado pelo Doing Business Tabela 6 Ranking dos itens que compõem o índice de facilidades de fazer negócios em 2010 e 2011 Item Ranking de 2011 Ranking de 2010 Mudanças no Ranking Facilidade de Fazer Negócio 16 15 1 Abertura de empresas 60 53 7 Obtenção de alvarás 22 23 1 Registro de propriedades 74 71 3 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 1 2 16 18 19 21 33 78 79 83 107 121 134 147 148 167 171 46 Obtenção de crédito 15 15 0 Proteção de investidores 74 73 1 Pagamento de impostos 49 49 0 Comércio exterior 8 8 0 Cumprimento de contratos 5 5 0 Fechamento de empresas 13 12 1 Fonte Doing Business 2011 Banco Mundial Elaboração UICC APEXBrasil Ao analisar os indicadores da tabela 6 podese verificar que os itens mais complexos para os investidores deste país são Proteção de investidores e Registros de propriedades Ressaltase que estes dois itens pioraram de 2010 para 2011 No entanto o Comércio exterior e Cumprimento de contratos que são os itens mais relevantes para os exportadores são os que apresentaram o melhor desempenho O item Comércio exterior leva em consideração seis itens a saber i número de documentos para exportar ii tempo em dias para exportar iii custo para exportar por contêiner iv número de documentos para importar v número de dias para importar vi custo para importar por contêiner Tomando como referência a China e o Japão para uma avaliação comparativa destes itens dada a relevância destes no mercado internacional compôsse a tabela 7 Tabela 7 Elementos de avaliação do item Comércio exterior do ranking Doing Business 2011 comparativo de Coreia do Sul China e Japão Item Coreia do Sul China Japão Comércio exterior 8 50 24 Número de documentos para exportar 3 7 4 Tempo em dias para exportar 8 21 10 Custo para exportar dólares por contêiner 790 500 1010 Número de documentos para importar 3 5 5 Número de dias para importar 7 24 11 Custo para importar dólares por contêiner 790 545 1060 Fonte Doing Business 2011 Banco Mundial Elaboração UICC APEXBrasil 47 É importante verificar que a Coreia do Sul tem melhor desempenho na maioria dos indicadores exceto em custo para exportar e para importar onde fica atrás da China No que se refere ao custo para exportar é uma dificuldade que se impõem para os produtores internos atingirem o mercado externo Porém para os brasileiros uma questão relevante que deve ser levada em consideração é o elevado custo de importação de 790 dólares por contêiner Esse é significativamente superior ao observado na China mas inferior ao do Japão Outro item de avaliação é o cumprimento de contrato que busca medir a eficiência dos tribunais na resolução de disputas relacionadas a operações de venda São avaliados neste item o tempo o custo e número de processos envolvidos na contenda desde o momento do registro da ação até a efetivação do pagamento requerido por uma das partes Na Coreia do Sul os procedimentos são mais burocráticos porém mais ágeis e menos onerosos do que aqueles observados nos países mencionados como se pode observar na tabela 8 Tabela 8 Elementos de avaliação do item Cumprimento de contratos do ranking Doing Business 2011 comparativo de Coreia do Sul China e Japão Item Coreia do Sul China Japão Número de procedimentos 35 34 30 Tempo em dias 230 406 360 Custo em porcentual da dívida 1030 1110 227 Fonte Doing Business 2011 Banco Mundial Elaboração UICC APEXBrasil CAPACIDADE DE PAGAMENTO A avaliação da capacidade de pagamentos inclui não somente a avaliação financeira como também o risco político medido na disposição a pagar as dívidas em moeda estrangeira do governo russo e a facilidade de aquisição de moedas estrangeiras Parte desta avaliação foi feita com base nas medidas de risco feitas pela Standard and Poors SP que apresenta uma classificação que vai de AAA menor risco ou melhor avaliação até C maior risco ou pior avaliação assim distribuída AAA AA AA AA A A A 48 BBB BBB BBB BB BB BB B B B CCC CC C Ainda cada uma destas categorias possui uma escala numérica que vai de um nota máxima para aquela categoria até seis pior nota para aquela categoria87 Esta medida de risco rating é realizada para dois prazos longo prazo e curto prazo Temse também uma avaliação da tendência horizonte de seis meses a dois anos que é apresentada de forma qualitativa como crescimento estabilidade etc No longo prazo a qualificação da Coreia do Sul foi A o que representa uma elevada capacidade de pagamento No curto prazo há uma pequena redução do seu rating que foi A1 Quanto à tendência é de estabilidade o que significa que não deverão ocorrer mudanças nestes indicadores no curto prazo Em termos comparativos com o Japão e a China a Coreia do Sul apresenta um rating inferior ao obtido por estas Ainda têmse duas formas adicionais de avaliar a capacidade de pagamento de país A primeira é avaliar o Saldo de Transações Correntes88 em relação ao PIB da economia A segunda é verificar quantos meses de importações podem ser pagos com as reservas internacionais O gráfico 7 contém estas informações 87 Outras referências relativas aos ratings podem ser obtidas em httpwww2standardandpoorscomportalsitesppslapagetopicresearchlearningcm32200000021000 00html 88 No Saldo de transações Correntes estão contabilizadas as receitas e despesas com exportações e importações de mercadorias vagens fretes seguros salários juros lucros e dividendos entre outras Quando as despesas superam as receitas têmse um Déficit em Conta Corrente e viceversa 49 Gráfico 7 Capacidade de pagamento da Coreia do Sul Fonte Euromonitor Internacional Elaboração UICC ApexBrasil Pelos dados do Gráfico 7 podese verificar que o número de meses de importações que se pode pagar com as reservas internacionais cresceu de 2000 até 2004 chegando a 9 meses Após este ano reduziuse até 2008 quando atingiu 47 meses e oscilou nos anos seguintes No entanto há uma liquidez considerável por este indicador Já no que se refere ao Saldo de Transações Correntes ele tem sido constantemente positivo indicando também que a capacidade de pagamentos deve se ampliar Estes dois elementos somados a elevada avaliação no rating obtido por este país junto a Standard and Poors permitem afirmar que não deverá apresentar problemas de solvência INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA Devido ao fato da Coreia do Sul não manter relações diplomáticas e comerciais adequadas e estáveis com a Coreia do Norte o país investiu na estruturação de portos eficientes e em quantidades necessárias para suportar ao volume de carga para ter acesso ao continente Segundo o Doing Business 2011 os traders não precisam se preocupar com atrasos dos serviços de alfândega na Coreia do Sul pois se estima que os tempos de carga e volume de negócios são previsíveis e o 604 728 795 870 897 816 785 741 476 832 645 0 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Porcentual do PIB Número de Meses Anos Número de meses de Importações pagáveis com as Reservas Internacionais Transações Corretenas em do PIB 50 processamento de cargas é rápido seja por portos ou armazéns Essa agilidade tem possibilitado uma economia para as empresas sulcoreanas de dois bilhões de dólares ao ano Empresas como a Samsung e a LG líderes mundiais na indústria eletrônica têm se utilizado desta rapidez e previsibilidade dos portos sul coreanos em suas estratégias de competitividade A figura 3 contém a localização dos principais portos da Coreia do Sul89 bem como o telefone do mesmo Figura 3 Localização dos principais portos sulcoreanos Fonte Google Maps 2011 World Port Source 201190 O Porto de Incheon é um dos mais modernos e movimentados do mundo onde atracam e partem navios para os principais portos do planeta Tem sido determinante para a economia sulcoreana servindo de porta de entrada para os produtos destinados à capital Seul Já o porto de Pusan localizado na parte sul da península coreana é o principal porto que liga a Coreia do Sul com o continente da Ásia e a América do Sul Ele movimenta cerca de 45 da carga total exportada e 95 do total importado pela Coreia do Sul A ligação com a Rússia e a China tem sido realizada através do porto de 89 Diversas informações referentes à economia e infraestrutura da Coreia do Sul pode ser obtida no site httpwwwasiatradehubcomskoreaportsasp 90 Maiores detalhes podem ser obtidos em httpwwwworldportsourcecomportsKORphp e em httpwwwmaritimedatabasecomcountryphpcid134 51 Pusan que tem sido ampliado constantemente Asia Trade Hub 2011 Algumas características relevantes dos principais portos sulcoreanos podem ser observadas na tabela 9 Tabela 9 Características dos principais portos sulcoreanos Fonte Asia Trade Hub Leads 201191 A qualidade observada nos portos sulcoreanos também está presente nos aeroportos Em 2010 o aeroporto de Incheon ganhou pela quinta vez consecutiva o primeiro lugar no Airport Service Quality ASQ que equivale ao prêmio Nobel da Aviação Civil Nesse aeroporto tempos médios de checkin de partida são de 18 minutos e de chegada 13 minutos O Governo tem empregado significativos esforços para integrar o aeroporto com ferrovias e melhorar ainda mais o serviços de imigração Koreanet 201192 A figura 4 mostra a localização dos principais aeroportos da Coreia do Sul Em relação ao transporte ferroviário este se torna atraente para o transporte de cargas devido as aos subsídios concedidos pelo governo Os grandes centros urbanos são ligados por ferrovias e estas conectam os principais portos de Pusan e Incheon por linhas de via dupla Já existem também linhas eletrificadas conectando Seul com os distritos de mineração na parte oriental do país Asia Trade Hub Leads 2011 91 Obtido em httpwwwasiatradehubcomskoreaeconomyasp 92 Informações relevantes podem ser obtidas no site httpwwwkoreanetdetaildoguid46847 Condições Físicas Porto de Pusan Porto de Incheon Porto de Pohang Porto de Ulsan Porto de Tonghae Porto de Masan Porto de Mokpo Porto de Yosu Porto de Cheju Volume de Água no Espaço do Porto m3 225000 283170000 98200000 80000000 1093000 12400000 51000000 4800000 3540000 Litoral km 179 765 30 106 207 28 Amplitude da Maré 13m 86m 02m 055m 03m 191 m 41m 33m 24 m 5m 40 6m 10 20 140m 195m 140m 80m 140m Calado Admissível 5m 150m 40m 27m 12m 4m 180m 52 Figura 4 Principais aeroportos da Coreia do Sul Fonte Google Maps 2011 Já no que se refere ao transporte rodoviário existe uma extensa rede de estradas pavimentadas de ótima pavimentação para o transporte de mercadorias que liga todas as grandes cidades do país Esta rede permite que se façam viagens de um dia para praticamente todos os distritos sulcoreanos Asia Trade Hub 2011 Em síntese a estrutura logística sulcoreana é exemplar e tem sido um elemento importante para o estabelecimento de vantagens competitivas das empresas que atuam no país INTERCÂMBIO COMERCIAL EVOLUÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR DA COREIA DO SUL A evolução do comércio exterior sulcoreano no período que se estende de 2000 a 2009 está ilustrada no gráfico 8 Observase que entre os anos de 1997 a 2003 as economias dos países em desenvolvimento foram afetadas por várias crises tais como a do sudeste asiático da Rússia do Brasil e da Argentina No entanto os fluxos comerciais sulcoreanos mantiveram um crescimento expressivo passando de US 320 bilhões em 2000 para US 860 bilhões em 2008 isto é somando em exportações e 53 importações As exportações do país cresceram em média anual 125 enquanto as importações aumentaram a uma taxa levemente superior de 133 A balança comercial da Coreia do Sul variou com saldo positivo no intervalo de US 9 bilhões a US 40 bilhões com a exceção de 2008 que registrou um saldo negativo de aproximadamente US 13 bilhões A partir de 2003 houve uma mudança no comércio externo sulcoreano O crescimento médio anual das exportações do país foi de 168 entre os anos de 2003 a 2008 enquanto o aumento das importações foi de 195 Os fluxos comerciais foram sustentados pelo aumento da demanda no mercado internacional de produtos de elevado conteúdo tecnológico tais como equipamentos para telefonia eletroeletrônicos e automóveis Notase ainda de acordo com o gráfico 8 que o saldo comercial sul coreano aumentou substancialmente tendo alcançado seu maior valor antes da crise de 2008 com US 293 bilhões em 2004 Gráfico 8 Evolução do comércio exterior da Coreia do Sul 2000 a 2009 Fonte UN Comtrade Elaboração UICC ApexBrasil A crise financeira internacional de 2008 somente afetou os fluxos comerciais da Coreia do Sul no ano seguinte Portanto o crescimento das exportações começou a arrefecer e registrou uma queda de quase 14 registrando um valor absoluto de US 3636 bilhões Isso se deu em função do reflexo com certo retardamento da retração da demanda mundial As importações por outro lado caíram ainda mais em virtude do forte aumento verificando em 2008 inclusive superando as exportações As compras externas sulcoreanas fecharam o ano de 2009 com redução de 258 Como resultado o saldo comercial do país que foi deficitário em US 133 bilhões em 2008 passou para um superávit mais elevado de todos os anos 2000 chegando a US 404 bilhões 3635 3231 40 100 100 300 500 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Exportações US bilhões Importações US bilhões Saldo Comercial US bilhões 54 DESTINO DAS EXPORTAÇÕES SULCOREANAS Entre os anos de 2004 e 2009 os dois principais destinos das exportações da Coreia do Sul foram a China e os Estados Unidos que concentraram em média 365 e 491 das vendas do país respectivamente Nesse período a China participou em média com 269 do valor exportado pelo país asiático enquanto que os Estados Unidos recebeu em média 159 do total da pauta das exportações sul coreanas Contudo o destaque ficou por conta da China que quase dobrou a sua participação nas exportações da Coreia do Sul passando de 196 em 2004 para 342 em 2009 No caso dos Estados Unidos sua participação foi reduzida em dois pontos percentuais Gráfico 9 Principais destinos das exportações da Coreia do Sul 2004 e 2009 Fonte UN Comtrade Elaboração UICC ApexBrasil Denotase ainda que não houve mudança na classificação dos principais destinos das exportações sulcoreanas como se pode observar no gráfico 9 Outros três países asiáticos aparecem listados nas três posições seguintes A economia japonesa comprava um total de 85 do total das vendas externas sul coreanas em 2004 e teve uma leve retração para 86 em 2009 Nesse período Hong Kong e Cingapura elevaram suas participações de 71 e 22 para 77 e 54 respectivamente A Alemanha é o único país europeu que aparece dentre os principais destinos das exportações da Coreia do Sul com uma participação em torno 35 que significa aproximadamente US 9 bilhões Verificase ainda que há apenas dois países latinoamericanos entre os principais destinos de exportações sulcoreanas Brasil e México A participação mexicana variou 16 ponto percentual e a brasileira 12 Isso significa que a economia mexicana figura na décima posição dos principais destinos das vendas externas da Coreia do Sul O México detinha 12 do total em 2004 e cresceu para 28 em 2009 Já o Brasil cresceu de 07 para 21 nos respectivos períodos 196 169 85 71 22 33 02 14 13 12 381 2004 342 149 86 77 54 35 38 32 28 28 564 2009 China EUA Japão Hong Kong Cingapura Ilhas Marshall Alemanha Índia Vietnã México Outros 55 As exportações sulcoreanas são muito concentradas em produtos industrializados de elevado valor tecnológico alcançando cerca de 50 do total Contudo dentro dessa classificação os segmentos industriais são relativamente diversificados o que significa que o setor com maior participação não supera a 12 do total A tabela 10 aponta os dez principais setores das exportações sulcoreanas por CNAE a três dígitos em 2004 e 2009 Verificase que nos anos analisados houve alterações significativas na composição da pauta O segmento Fabricação de material eletrônico básico aparecia na primeira posição com 104 do total da pauta das exportações em 2004 e caiu para o terceiro lugar em 2009 com uma participação de 83 Outro segmento o CNAE 341 que traduz Fabricação de automóveis caminhonetas e utilitários também perdeu espaço na classificação dos principais setores exportadores sulcoreanos passando da segunda posição em 2004 com 98 para a sexta com 68 do total quatro anos após Tabela 10 Dez principais setores das exportações sulcoreana por CNAE três dígitos 2004 e 2009 Fonte UN Comtrade Elaboração UICC ApexBrasil Observase ainda por meio da tabela 10 que o destaque ficou por conta do setor Construção e reparação de embarcações que passou da sexta classificação em 2004 com uma participação total das exportações de 6 para o primeiro lugar em 2009 com 117 ou seja em cinco anos houve um aumento Setor CNAE Descrição Valor exportado em 2004 em US Participação nas exportações totais em 2004 Setor CNAE Descrição Valor exportado em 2009 em US Participação nas exportações totais em 2009 321 Fabricação de material eletrônico básico 26297227285 104 351 Construção e reparação de embarcações 42483425150 117 341 Fabricação de automóveis caminhonetas e utilitários 24849977366 98 322 Fabricação de aparelhos e equipamentos de telefonia e radiotelefonia e de transmissores de televisão e rádio 30472420431 84 302 Fabricação de máquinas e equipamentos de sistemas eletrônicos para processamento de dados 20986318194 83 321 Fabricação de material eletrônico básico 30149140641 83 322 Fabricação de aparelhos e equipamentos de telefonia e radiotelefonia e de transmissores de televisão e rádio 20648127485 81 334 Fabricação de aparelhos instrumentos e materiais ópticos fotográficos e cinematográficos 26540164594 73 323 Fabricação de aparelhos receptores de rádio e televisão e de reprodução gravação ou amplificação de som e vídeo 16038429582 63 232 Fabricação de produtos derivados do petróleo 23129543871 64 351 Construção e reparação de embarcações 15321327841 60 341 Fabricação de automóveis caminhonetas e utilitários 22774565993 63 272 Siderurgia 10630321557 42 272 Siderurgia 15664340246 43 232 Fabricação de produtos derivados do petróleo 10293100678 41 243 Fabricação de resinas e elastômeros 15207022885 42 243 Fabricação de resinas e elastômeros 9188432330 36 242 Fabricação de produtos químicos orgânicos 13865760399 38 242 Fabricação de produtos químicos orgânicos 9126072492 36 344 Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores 12127427643 33 Outros 90465274098 356 Outros 131117251526 361 Total 253844608908 100 Total 363531063379 100 56 de 57 pontos percentuais com um valor das exportações equivalente a US 425 bilhões Outros dois segmentos que subiram na lista dos dez principais setores das exportações sulcoreanas e ocuparam a segunda e terceira classificação foram Fabricação de aparelhos e equipamentos de telefonia e radiotelefonia e de transmissores de televisão e rádio e Fabricação de material elétrico básico O primeiro aparece com 84 e o segundo ligeiramente abaixo com 83 do total da pauta das exportações Por último os segmentos industriais como Fabricação de produtos derivados de petróleo e Fabricação de produtos químicos orgânicos participam aproximadamente de 8 das vendas externas da Coreia do Sul ORIGEM DAS IMPORTAÇÕES DA COREIA DO SUL Os principais países fornecedores do mercado sulcoreano no período de 2004 e 2009 encontram se no gráfico 10 Destacase que as importações da Coreia do Sul são consideravelmente concentradas ou seja os primeiros cinco países detêm cerca de 50 da pauta O Japão era o maior fornecedor do mercado sulcoreano em 2004 com 205 do total e essa posição foi assumida pela China em 2009 A participação chinesa no mercado sulcoreano aumentou 36 pontos percentuais isto é passou de 132 para 168 enquanto a do Japão reduziuse 52 pontos percentuais entre 2004 e 2009 Gráfico 10 Principais Origens das Importações da Coreia do Sul 2004 e 2009 Fonte UN Comtrade Elaboração UICC ApexBrasil Comparandose ainda o ano de 2004 com o ano de 2009 os Estados Unidos aparecem em terceiro lugar nas importações sulcoreanas mas com perda na sua participação relativa embora tenham elevado a receita em termos absolutos A quarta e quinta posições são ocupadas pela Arábia Saudita e Austrália cujas 132 206 129 53 33 38 32 28 16 17 316 2004 168 153 90 61 46 38 29 29 26 25 336 2009 China Japão Estados Unidos Arábia Saudita Austrália Alemanha Emirados Árabes Indonésia Qatar Kuwait Outros 57 participações se elevaram ligeiramente passando de 52 e 33 em 2004 para 61 e 46 em 2009 respectivamente A Alemanha surge em sexto lugar com aproximadamente 4 do total da pauta das importações da Coreia do Sul O Brasil é outro país que teve queda de desempenho no mercado sul coreano embora tenha apresentado uma participação muito pequena não superando a cifra de 1 do total das compras externas daquele país ocupando portanto a vigésima colocação PRINCIPAIS PRODUTOS DA PAUTA DE IMPORTAÇÕES DA COREIA DO SUL Os dez principais setores das importações sulcoreanas por CNAE a três dígitos em 2004 e 2009 podem ser observados por meio da tabela 11 Notase que tanto em 2004 como em 2009 esses dez principais setores representam aproximadamente 45 do total da pauta importadora Observase que os dois principais setores importadores continuaram ocupando os mesmos lugares tanto em 2004 como em 2009 como Extração de petróleo e gás natural e Fabricação de material eletrônico básico com cerca de 28 do total importado pela Coreia do Sul Outros dois segmentos que elevaram a participação na pauta foram Siderurgia passando de quarto lugar em 2004 com 54 para terceiro com 55 em 2009 e Fabricação de produtos derivados de petróleo da quinta posição para a quarta no mesmo período Tabela 11 Dez principais setores das importações da Coreia do Sul por CNAE três dígitos 2004 e 2009 Fonte UN Comtrade Elaboração UICC ApexBrasil Setor CNAE Descrição Valor importado em 2004 em US Participação nas importações totais em 2004 Setor CNAE Descrição Valor importado em 2009 em US Participação nas importações totais em 2009 111 Extração de petróleo e gás natural 36468713421 162 111 Extração de petróleo e gás natural 64632385664 200 321 Fabricação de material eletrônico básico 25272904226 113 321 Fabricação de material eletrônico básico 27901083235 86 274 Metalurgia de metais nãoferrosos 12211747339 54 272 Siderurgia 17796404454 55 272 Siderurgia 12139117612 54 232 Fabricação de produtos derivados do petróleo 15809879766 49 232 Fabricação de produtos derivados do petróleo 8297714143 37 274 Metalurgia de metais nãoferrosos 12453121497 39 242 Fabricação de produtos químicos orgânicos 7838134363 35 100 Extração de carvão mineral 9906905308 31 296 Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico 6127824410 27 242 Fabricação de produtos químicos orgânicos 9567675793 30 302 Fabricação de máquinas e equipamentos de sistemas eletrônicos para processamento de dados 5609620839 25 296 Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico 9367164519 29 319 Fabricação de outros equipamentos e aparelhos elétricos 4941533460 22 291 Fabricação de motores bombas compressores e equipamentos de transmissão 7464681943 23 323 Fabricação de aparelhos receptores de rádio e televisão e de reprodução gravação ou amplificação de som e vídeo 4870766840 22 302 Fabricação de máquinas e equipamentos de sistemas eletrônicos para processamento de dados 6986543001 22 Outros 100682847560 449 Outros 141195829574 437 Total 224460924213 100 Total 323081674754 100 58 Em síntese observase que as importações da Coreia do Sul são essencialmente compostas de insumos básicos como petróleo e derivados gás metais ferrosos e nãoferrosos carvão mineral produtos químicos e bens de capital INTERCÂMBIO COMERCIAL BRASILCOREIA DO SUL CORRENTE DE COMÉRCIO Entre os anos de 2000 e 2010 a Coreia do Sul vem ganhando relevância para as exportações brasileiras como mostra o Gráfico 11 A representatividade daquele país na soma comércio bilateral apresentou um crescimento médio anual de aproximadamente 20 ao longo período de 2001 a 2010 passando de US 192 bilhões para mais de US 12 bilhões Já em 2009 como resultado da crise financeira internacional do ano imediatamente anterior houve uma queda na conta de comércio de 13 Entretanto as relações comerciais entre o Brasil e Coreia do Sul apresentaram uma ótima recuperação em 2010 contabilizando um ganho de mais de 60 em relação ao valor registrado em 2009 Gráfico 11 Corrente de comércio Brasil e Coreia do Sul 2000 a 2010 Fonte MDIC Elaboração UICC ApexBrasil Observase que as trocas entre os dois países se intensificaram consideravelmente entre os anos de 2003 e 2008 Nesse período as exportações brasileiras para a Coreia do Sul cresceram em média 1562 074 085 122 143 190 196 205 313 266 376 157 107 108 173 233 311 339 541 482 842 231 192 230 316 422 507 544 855 748 1218 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Exp Brasileiras US bilhões FOB Imp Brasileiras US bilhões FOB Corrente de Comércio US bilhões 59 contra 4017 de aumento médio das importações de produtos sulcoreanos Por outro lado entre 2008 a 2009 houve perda de dinamismo em ambos os fluxos comerciais principalmente das exportações brasileiras que declinaram 152 Em 2010 as exportações e principalmente as importações tiveram uma forte recuperação de 412 e 751 respectivamente SALDO COMERCIAL Em geral o Brasil tem sempre obtido saldos negativos na conta corrente de comércio com a Coreia do Sul conforme se observa no Gráfico 12 que evidencia o quanto o saldo comercial brasileiro representou em relação à corrente de comércio bilateral O único período em que a parcela do saldo foi registrada positivamente foi em 2003 Já no período de 2005 a 2010 o saldo comercial desfavorável ao Brasil foi crescente variando de 10 a 38 Os anos de 2000 e de 2010 foram os períodos em que a representatividade do saldo comercial brasileiro com a Coreia do Sul atingiu os seus níveis mais elevados ou seja 42 e 38 respectivamente Gráfico 12 Saldo comercial entre Brasil e Coreia do Sul no período de 2000 a 2010 Fonte MDIC Elaboração UICC ApexBrasil Um componente que pode ter colaborado para o crescimento do déficit comercial brasileiro em relação à Coreia do Sul referese à variação da taxa de câmbio real desses dois países entre 2004 a 2009 visàvis ao dólar norteamericano O gráfico 13 mostra a evolução da taxa de câmbio real das moedas chinesa yuan indonésia rúpia japonesa iene vietnamita dongue sulcoreana won e brasileira real Notase que a taxa de câmbio real da moeda sulcoreana teve uma forte valorização entre 2004 a 2007 em cerca de 20 mas sofreu uma desvalorização significativa e em 2009 passando a 8 acima do que era a 2004 Já no ano de 2010 ocorreu uma nova valorização e retornou o nível que se encontrava em 42 36 11 6 10 10 23 25 27 29 38 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 60 2004 O real por sua vez se valorizou em 40 em termos reais ao longo do período 2004 a 2010 enquanto outras moedas que se valorizaram em torno de 20 foram o iene e o yuan nesse período Gráfico 13 Evolução do câmbio real frente ao dólar 2004 a 2010 Fonte Euromonitor Elaboração UICC ApexBrasil Considerandose os cinco países emergentes a trajetória da valorização da moeda brasileira entre 2004 e 2010 foi sempre a mais expressiva seguida pela moeda chinesa enquanto a rúpia da Indonésia permaneceu bastante estável sofrendo uma desvalorização próxima a 8 2009 mas retornou praticamente ao nível de 2004 no ano seguinte Por fim o dongue vietnamita foi que apresentou uma trajetória mais estável entre as cinco moedas analisadas mas foi a única que teve uma desvalorização em 2010 PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS PELO BRASIL PARA A COREIA DO SUL A tabela 12 apresenta os setores nacionais que mais exportaram para a Coreia do Sul nos anos de 2005 e 2010 segundo a classificação CNAE a três dígitos Destacase que as vendas externas brasileiras para aquele mercado são altamente concentradas com os três principais segmentos industriais respondendo por aproximadamente 60 do total A primeira posição é ocupada pelo setor Extração de mineiro de ferro com 243 da pauta exportadora brasileira em 2005 e aumentou 77 pontos percentuais em 2010 passando para 320 Nas duas posições seguintes aparecem Siderurgia e Produção de óleos e gorduras e animais ambos os segmentos tiveram suas participações relativas reduzidas no período de 2005 e 2010 de 58 e 19 respectivamente 8058 9842 8303 10996 9954 6006 0 40 80 120 160 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 China Indonésia Japão Vietnã Coréia do Sul Brasil 61 Observase ainda por meio da tabela 12 a queda expressiva da participação de produtos do setor de Extração de petróleo e gás natural composto basicamente de óleo brutos que era de 77 do total das vendas externas brasileira para Coreia do Sul em 2005 enquanto que cinco anos após esse segmento industrial saiu da lista dos dez principais setores exportadores Tabela 12 Dez principais setores exportados pelo Brasil para Coreia do Sul 2005 e 2010 Fonte MDIC Elaboração UICC ApexBrasil O setor de produção de lavouras permanentes teve sua importância relativa substancialmente elevada passando da oitava colocação com 24 do total da pauta de exportações em 2005 para a quarta posição com 6 em 2010 Salientase contudo que houve uma mudança no perfil da composição dos produtos brasileiros embarcados para o mercado sulcoreano no período ou seja ocorreu um aumento no número e portanto na participação de setores relacionados a alimentos Esse segmento representava 192 da pauta em 2005 e subiu para 222 em 2010 Para fins ilustrativos desse fato citamse as exportações do setor de Abate e preparação de produtos de carne e pescado composta principalmente de carne bovina que passou a integrar a relação dos dez principais setores exportadores do Brasil para Coreia do Sul em 2010 com 23 do total representando US 864 milhões PRINCIPAIS PRODUTOS IMPORTADOS PELO BRASIL DA COREIA DO SUL A tabela 13 traz os dez setores econômicos sulcoreanos que mais exportaram para o Brasil em 2005 e 2010 classificados em CNAE a três dígitos Notase que nesse período as compras externas brasileiras cresceram de forma expressiva passando de US 232 bilhões para US 842 bilhões o que Setor CNAE Descrição Valor exportado em 2005 em US Participação nas exportações totais em 2005 Setor CNAE Descrição Valor exportado em 2010 em US Participação nas exportações totais em 2010 131 Extração de minério de ferro 461007456 243 131 Extração de minério de ferro 1201937185 320 272 Siderurgia 453732937 239 272 Siderurgia 678729219 181 153 Produção de óleos e gorduras vegetais e animais 189503476 100 153 Produção de óleos e gorduras vegetais e animais 305541483 81 111 Extração de petróleo e gás natural 146704746 77 013 Produção de lavouras permanentes 224466382 60 011 Produção de lavouras temporárias 129831926 68 011 Produção de lavouras temporárias 219746400 58 234 Produção de álcool 63899736 34 211 Fabricação de celulose e outras pastas para a fabricação de papel 208933872 56 211 Fabricação de celulose e outras pastas para a fabricação de papel 51314321 27 234 Produção de álcool 188051017 50 013 Produção de lavouras permanentes 46356700 24 132 Extração de minerais metálicos nãoferrosos 117471032 31 132 Extração de minerais metálicos nãoferrosos 45675603 24 242 Fabricação de produtos químicos orgânicos 88194605 23 191 Curtimento e outras preparações de couro 38975850 21 151 Abate e preparação de produtos de carne e de pescado 86422216 23 Outros 269604136 142 Outros 440629066 117 Total 1896606887 100 Total 3760122477 100 62 equivale uma variação de 262 A pauta das exportações sulcoreanas para Brasil é muito mais concentrada do que para o mundo Isso significa que os cinco principais setores sulcoreanos exportavam para o mercado brasileiro em média cerca de 60 do total da pauta Tabela 13 Dez principais setores importados pelo Brasil da Coreia do Sul 2005 e 2010 Fonte MDIC Elaboração UICC ApexBrasil Os produtos mais importados pelo Brasil em 2005 pertenciam ao setor de Fabricação de material eletrônico básico com participação de mais de um terço do total com valor de US 8447 milhões Já em 2010 esse setor perdeu significativamente relevância caindo para a quarta posição com apenas 9 da pauta A primeira colocação foi assumida pelo CNAE 341 que representa o segmento industrial de Fabricação de automóveis caminhonetas e utilitários com uma cifra de US 186 bilhão o que equivale 221 da pauta das importações brasileiras provenientes das Coreia do Sul O setor Fabricação de aparelhos receptores de rádio e televisão e de reprodução gravação ou amplificação de som e vídeo mantevese na segunda colocação em ambos os períodos analisados Embora esse segmento industrial tenha registrado um aumento expressivo de 1744 passando de US 3051 milhões em 2005 para US 9609 milhões em 2010 a sua participação relativa caiu 36 pontos percentuais Claramente o destaque das importações do Brasil advindas do Coreia do Sul referese a produtos de elevado conteúdo tecnológico como é o caso dos eletroeletrônicos para telecomunicação sistema de Setor CNAE Descrição Valor Importado em 2005 em US Participação nas importações totais em 2005 Setor CNAE Descrição Valor importado em 2010 em US Participação nas importações totais em 2010 321 Fabricação de material eletrônico básico 844681233 363 341 Fabricação de automóveis caminhonetas e utilitários 1859679099 221 323 Fabricação de aparelhos receptores de rádio e televisão e de reprodução gravação ou amplificação de som e vídeo 350155691 150 323 Fabricação de aparelhos receptores de rádio e televisão e de reprodução gravação ou amplificação de som e vídeo 960935489 114 334 Fabricação de aparelhos instrumentos e materiais ópticos fotográficos e cinematográficos 141601448 61 321 Fabricação de material eletrônico básico 760561371 90 302 Fabricação de máquinas e equipamentos de sistemas eletrônicos para processamento de dados 131425928 56 232 Fabricação de produtos derivados do petróleo 759100726 90 243 Fabricação de resinas e elastômeros 113711974 49 272 Siderurgia 466101067 55 322 Fabricação de aparelhos e equipamentos de telefonia e radiotelefonia e de transmissores de televisão e rádio 58772774 25 302 Fabricação de máquinas e equipamentos de sistemas eletrônicos para processamento de dados 318838425 38 314 Fabricação de pilhas baterias e acumuladores elétricos 52706915 23 243 Fabricação de resinas e elastômeros 281197662 33 244 Fabricação de fibras fios cabos e filamentos contínuos artificiais e sintéticos 43741455 19 322 Fabricação de aparelhos e equipamentos de telefonia e radiotelefonia e de transmissores de televisão e rádio 278743932 33 311 Fabricação de geradores transformadores e motores elétricos 38009347 16 334 Fabricação de aparelhos instrumentos e materiais ópticos fotográficos e cinematográficos 259827254 31 296 Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico 36831801 16 295 Fabricação de máquinas e equipamentos de uso na extração mineral e construção 220252906 26 Outros 515139751 221 Outros 2256119510 268 Total 2326778317 100 Total 8421357441 100 63 processamento de dados aparelhos e instrumentos ópticos fotográficos e cinematográficos Por fim outro destaque é o setor de Fabricação de máquinas e equipamentos de uso de extração mineral e construção que passou a compor a lista dos dez setores econômicos sulcoreanos que mais exportaram para o Brasil em 2010 com uma participação de 26 do total da pauta e portanto ocupando a décima colocação INDICADORES DE COMÉRCIO BRASILCOREIA DO SUL Esta seção apresenta um conjunto de indicadores que estão envolvidos nas trocas comerciais internacionais e que também afetam o comércio existente entre Brasil e Coreia do Sul A sua análise é importante para a compreensão da estrutura das relações comerciais entre os dois países Na abordagem dos indicadores frequentemente é utilizado o conceito de Medida de Intensidade Tecnológica empregado para classificar os setores econômicos envolvidos nas trocas comerciais entre os dois países Esse estudo adota a seguinte classificação apresentada na tabela 14 para mensurar a intensidade tecnológica dos produtos comercializados entre Brasil e Coreia do Sul Tabela 14 Taxonomia da medida de intensidade tecnológica e respectivos setores da economia Indústria Intensiva em Recursos Naturais Indústria Agroalimentar Indústria Intensiva em Outros Recursos Agrícolas Indústria Intensiva em Recursos Minerais e Indústria Intensiva em Recursos Energéticos Indústria Intensiva em Trabalho ou Tradicional Bens industriais de consumo nãoduráveis mais tradicionais Têxteis Confecções Couro e Calçado Cerâmico Produtos Básicos de Metais entre outros Indústria Intensiva em Escala Indústria Automobilística Indústria Siderúrgica e os Bens Eletrônicos de Consumo 1 Fornecedores Especializados Bens de Capital sob Encomenda e Equipamentos de Engenharia Indústria Intensiva em PD Setores de Química Fina produtos farmacêuticos entre outros componentes eletrônicos Telecomunicação e Indústria Aeroespacial Fonte Holland e Xavier 2004 Elaboração UICC ApexBrasil A análise das exportações brasileiras para a Coreia do Sul em 2010 mostra uma concentração significativa em produtos primários 476 e produtos intensivos em recursos naturais 251 conforme mostra o gráfico 14 Durante o período 2005 e 2010 houve um aumento da participação destes dois setores cuja representatividade conjunta na pauta exportadora brasileira cresceu de 662 para 727 A representatividade dos produtos primários cresceu de 448 para 476 ao longo do período enquanto a dos produtos intensivos em recursos naturais passou de 214 para 251 Entre os produtos primários 64 destacase às exportações de extração de minérios de ferro cuja participação no total exportado pelo Brasil cresceu de 243 para 32 ao longo do período chegando a US 12 bilhão em 2010 Entre os produtos intensivos em recursos naturais produção de óleos e gorduras vegetais e animais apresentou a maior participação em 2010 chegando a 81 do total exportado pelo Brasil com exportações US 3055 milhões Gráfico 14 Exportações brasileiras para a Coreia do Sul por intensidade tecnológica 2005 e 2010 Fonte MDIC Elaboração UICC ApexBrasil Em contrapartida no mesmo período a participação das exportações de produtos manufaturados intensivos em economias de escala declinou de 279 para 199 a maior queda entre 2005 e 2010 O maior responsável por este desempenho foi siderurgia cuja participação no total exportado pelo Brasil declinou de 239 US 4537 milhões em 2005 para 181 em 2010 com as exportações chegando a US 6787 milhões neste último ano Apresentada a intensidade tecnológica dos setores econômicos no intercâmbio comercial entre Brasil e Coreia do Sul seguem abaixo os indicadores de comércio entre os dois países Para efeitos de comparação com os países da Ásia foram incluídos também os dados de China Japão Indonésia e Vietnã 65 ÍNDICE DE COMPLEMENTARIDADE DE COMÉRCIO O Índice de Complementaridade de Comércio ICC fornece informações sobre as perspectivas de integração comercial entre dois países Entre Brasil e Coreia do Sul o ICC é obtido comparandose a pauta de exportações brasileira com a pauta de importações da Coreia do Sul Por meio desta comparação é possível verificar em que medida os produtos exportados pelo Brasil para o mundo coincidem com os produtos importados pela Coreia do Sul Um índice igual a zero significa que não há complementaridade entre as importações e as exportações dos países analisados Em contrapartida se esse índice for igual a 100 quer dizer que as pautas são perfeitamente complementares ou seja que um país exporta para o mundo exatamente o que o outro importa deste Gráfico 15 Índice de Complementaridade de Comércio entre BrasilCoreia do Sul e BrasilPaíses Selecionados Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil No período 20042009 o valor do ICC entre Brasil e Coreia do Sul apresentou uma pequena flutuação oscilando entre 438 e 472 No entanto tanto em 2004 como em 2009 atingiu a 438 o que indica a estabilidade do grau de complementaridade entre os dois países conforme mostra o gráfico 15 Considerandose os demais países asiáticos China Japão Indonésia e Vietnã a Coreia do Sul apresentou em 2009 o segundo menor grau de complementaridade com o Brasil somente acima daquele observado 4386 4403 4620 4718 4591 4380 35 39 43 47 51 55 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Coreia do Sul China Japão Indonésia Vietnã 66 com o Vietnã A exceção da China que mostrou uma tendência de elevação nos demais países mencionados houve estabilidade ou queda do ICC com o Brasil Chama atenção justamente a situação do Brasil com a China que apresentou o maior crescimento do valor do ICC no período passando de 471 em 2004 para 496 em 2009 se tornando o país com o maior grau de complementaridade com o Brasil entre os principais parceiros comerciais asiáticos ÍNDICE DE INTENSIDADE DE COMÉRCIO Esse índice determina em que medida o valor das exportações de um país para outro é maior ou menor do que seria esperado de acordo com a participação do país exportador no comércio mundial O cálculo do índice de intensidade de comércio IIC entre Brasil e Coreia do Sul é obtido pela razão entre a participação das exportações brasileiras nas importações russas e a participação das exportações brasileiras no resto do mundo Um valor superior à unidade significa que as exportações brasileiras para o mercado sulcoreano são maiores do que seria de se esperar a partir do marketshare do Brasil no comércio mundial A análise da evolução deste índice ao longo do tempo mostra se os dois países estão apresentando uma maior ou menor tendência de comercializar entre si Além disso quanto maior o indicador maior a intensidade de trocas entre os parceiros Na série do IIC do Brasil com a Coreia do Sul entre 2004 e 2009 conforme mostra o gráfico 16 encontramse valores inferiores à unidade em todos os anos à exceção de 2004 variando entre 101 e 073 Portanto a intensidade de comércio BrasilCoreia do Sul foi ligeiramente inferior à média brasileira ao longo do período Entre 2004 e 2009 o IIC declinou de 101 para 096 Em relação aos demais países asiáticos examinados a intensidade de comércio BrasilCoreia do Sul tem se mantido em um patamar similar aquele observado com o Japão e a Indonésia acima daquele com o Vietnã mas bastante abaixo daquele verificado com a China A China por sinal não só apresenta o maior valor do IIC com o Brasil mas também mostrou uma elevação da intensidade de comércio com o Brasil ao longo do período cujo valor cresceu de 160 para 232 se tornando o país asiático com o qual o Brasil apresenta a maior intensidade comercial A queda do IIC com a Coreia do Sul não é negativa por si só pois pode indicar apenas um movimento de diversificação da pauta de exportação do Brasil em direção a outros mercados objetivo da política comercial do país nos últimos anos Assim o IIC com um determinado país pode declinar ainda que a participação brasileira em suas importações aumente desde que o ganho da participação das exportações brasileiras nos demais países do mundo for superior àquele verificado no país em questão De fato entre 2004 e 2009 houve uma diversificação dos destinos das exportações brasileiras A participação 67 de regiões como África93 e Ásia94 no total das vendas do Brasil aumentou de 44 para 57 e de 151 para 263 nesta ordem enquanto o então principal destino das exportações do Brasil em 2004 os Estados Unidos teve uma queda significativa em sua representatividade passando de 208 para 102 no mesmo período Gráfico 16 Índice de Intensidade de Comércio Brasil Coreia do Sul e Brasil Países Selecionados Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil ÍNDICE DE DIVERSIFICAÇÃOCONCENTRAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES Também conhecido como Índice de HerfindahlHirschman HHI indica se o valor das exportações de um país está concentrado em poucos produtos Países com HHI menor do que 1000 são considerados com baixa concentração ou seja o valor de suas exportações não está concentrado em alguns produtos Países com HHI entre 1000 e 1800 são considerados de concentração moderada e países com HHI superior a 1800 apresentam uma situação onde a pauta exportadora está concentrada em poucos setores 93 África exclusive Oriente Médio de acordo com a classificação do ALICEWeb 94 Ásia exclusive Oriente Médio de acordo com a classificação do ALICEWeb 096 087 073 083 091 101 232 229 178 155 144 160 095 104 089 083 081 083 093 092 086 080 075 098 041 040 034 031 020 015 000 050 100 150 200 250 2009 2008 2007 2006 2005 2004 Vietnã Indonésia Japão China Coreia do Sul 68 Os países em desenvolvimento possuem frequentemente um índice de concentração de exportações bastante elevado Ainda que suas pautas exportadoras possam apresentar alguma diversificação o valor de suas exportações está concentrado em poucos produtos primários em geral commodities cujos preços tendem a oscilar fortemente em horizontes temporais longos o que deixa as economias desses países muito expostas às mudanças que ocorrem no cenário internacional Quanto maior for o valor do índice de concentração das exportações de um país maior também será sua dependência em relação aos diferentes contextos mundiais A análise do HHI conforme já era possível perceber pelo exame da pauta de exportações brasileiras para a Coreia do Sul é concentrada com o valor médio para o indicador situandose próximo a 2000 pontos para o período 20042009 variando entre o mínimo de 1561 em 2004 e chegando ao pico de 2576 em 2008 gráfico 17 Na comparação 20042009 houve um aumento do grau de concentração das exportações do Brasil para aquele mercado com o IHH elevandose em 31 passando de 1561 a 2045 Esta constatação condiz com a configuração da pauta de exportações brasileiras para aquele país ao longo do período Tanto no primeiro como no último ano examinado os dez principais produtos importados por classificação CNAE três dígitos representavam mais de 85 das exportações brasileiras para a Coreia do Sul Vale lembrar que em 2009 50 das vendas brasileiras para a Coreia do Sul concentraramse em apenas dois setores extração de minério de ferro 320 e siderurgia 181 O valor do índice para a Coreia do Sul embora tenha crescido ao longo do período foi superado em 2009 pelo IHH do Brasil com a China que chegou a 2534 Em relação os demais países asiáticos examinados a exceção do Vietnã também houve uma tendência de aumento da concentração das exportações brasileiras embora o IHH para estes mercados tenha se situado em 2009 abaixo daquele observado com a Coreia do Sul sendo inferior a 2000 Seguindo os limites estabelecidos acima o grau de concentração das exportações brasileiras para o Japão e Indonésia seria moderadamente concentrado enquanto para a Coreia do Sul e especialmente para a China ele seria concentrado Ou seja em dois dos maiores mercados asiáticos para as exportações brasileiras China e Coreia do Sul há um maior grau de concentração das exportações e justamente em produtos primários cujos fortes oscilações de preços deixam o país mais exposto a turbulências no cenário internacional 69 Gráfico 17 Índice de Concentração das Exportações Índice de HerfindahlHirschman Brasil Coreia do Sul e Brasil Países Selecionados Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil ÍNDICE DE COMÉRCIO INTRASSETOR INDUSTRIAL Este índice mostra a dinâmica do comércio exterior entre países que têm em comum um mesmo setor produtivo Supondo que os países A e B tenham indústrias automobilísticas desenvolvidas apesar de poderem ser competidoras no cenário internacional essas indústrias são na verdade parceiras Peças de veículos produzidas em grande escala no país A abastecem não apenas o mercado interno como também o país B Indústrias do país B que são especialistas na fabricação de determinados itens suprem tanto os automóveis locais quanto os do país A Assim as indústrias de ambos os países cooperam entre si gerando o chamado comércio intrassetor industrial Dessa forma mesmo que não haja complementaridade no comércio entre os dois países as trocas entre eles podem ser elevadas devido à existência de comércio intrassetor industrial É esta modalidade de comércio que explica por exemplo porque o valor de trocas comerciais entre países desenvolvidos que possuem estruturas econômicas similares centradas em produtos com maior conteúdo tecnológico é mais alto que o comércio entre países subdesenvolvidos e em desenvolvimento 1561 1963 1704 1941 2576 2045 1000 1200 1400 1600 1800 2000 2200 2400 2600 2800 3000 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Coreia do Sul China Japão Indonésia Vietnã 70 que em geral exportam produtos primários ou intensivos em trabalho O índice de comércio intrassetorial pode variar entre 0 e 1 Se este indicador alcançar um valor igual à unidade todo o comércio será intrassetorial Por outro lado atingindo um valor zero o comércio será tipicamente intersetor industrial ou seja os países apresentariam uma diversidade em sua pauta comercial ou seja um bem comercializável ou é importado ou é exportado mas não ambos De maneira geral quando o índice for maior que 05 prevalece o comércio intrassetor industrial caso contrário o comércio bilateral será intersetorial A tabela 15 mostra os produtos que integram a pauta de comércio intrassetor industrial entre Brasil e Coreia do Sul95 Dado o perfil das exportações brasileiras para a Coreia do Sul centradas em produtos primários e intensivos em recursos naturais o escopo para a existência de comércio intrassetor industrial é reduzido Assim os setores econômicos nos quais predominou o comércio intrassetor industrial representados por códigos CNAE 2 dígitos 02 05 26 e 27 participaram de apenas 218 das exportações do Brasil para o mercado russo em 2010 somando US 8181 milhões O setor com maior magnitude de comércio intrassetor industrial é o de metalurgia básica especialmente siderurgia cujas exportações brasileiras para aquele mercado somaram US 6787 milhões em 2010 aproximadamente 83 do total exportado nestes quatro setores e cujo comércio intrassetor industrial foi significativo com o índice atingindo 067 Tabela 15 Comércio Intrassetor Industrial Brasil Coreia do Sul Fonte MDIC Elaboração UICC ApexBrasil 95 A classificação setorial empregada no cálculo do índice de comércio intrassetorial é a Classificação Nacional de Atividades Econômicas CNAE versão 10 detalhada em 3 dígitos CNAE Descrição 2005 2006 2007 2008 2009 2010 02 Silviculturas exploração florestal e serviços relacionados 000 000 035 031 036 043 021 Silvicultura exploração florestal e serviços relacionados 000 000 035 031 036 043 05 Pesca aquicultura e serviços relacionados 067 047 040 086 055 068 051 Pesca aquicultura e serviços relacionados 067 047 040 086 055 068 26 Fabricação de produtos de minerais nãometálicos 014 045 065 097 085 040 264 Fabricação de produtos cerâmicos 004 012 017 055 008 031 269 Aparelhamento de pedras e fabricação de cal e de outros produtos de minerais nãometálicos 089 099 068 098 096 036 27 Metalurgia básica 012 024 026 032 044 062 272 Siderurgia 006 020 024 030 057 067 274 Metalurgia de metais nãoferrosos 091 091 046 046 021 085 71 ÍNDICE DE ESPECIALIZAÇÃO EXPORTADORA Na relação comercial entre dois países este indicador aponta se o país A é mais especialista na exportação de determinado produto que o país B Nesse estudo o índice de especialização exportadora compara a participação das exportações de determinados setores brasileiros para o mundo com a participação das exportações sulcoreanas dos mesmos setores para o mundo Um valor do IEE superior a 1 sugere que no setor analisado o Brasil tem vantagem de especialização exportadora em relação à Coreia do Sul A ideia é que se um país é mais especialista que o outro existe oportunidade de comércio entre eles com o país A exportando para o país B No entanto esse indicador só faz sentido se analisado junto ao índice de complementaridade entre os dois países Isto porque a especialização exportadora aumenta o potencial de venda do país A para o país B mas é necessário sobretudo que o país B necessite adquirir o produto exportado pelo país A A tabela 16 mostra os principais setores em que o Brasil é mais especialista que a Coreia do Sul em 2009 Em todos também há um elevado grau de complementaridade entre a pauta de exportação brasileira e a de importação sulcoreana pois o ICC era superior a 50 em todos eles O produto que o Brasil mais exporta para aquele país se encontra entre os que apresentam o maior índice de especialização exportadora extração de minério de ferro com IEE de 15732 e ICC de 941 A participação do Brasil nas importações sulcoreanas também é significativa chegando a 305 ficando abaixo apenas da Austrália que é a maior fornecedora do país com participação de 617 Um setor que pode adquirir uma relevância ainda maior no comércio bilateral é extração de petróleo e gás natural Em 2009 este setor representou 20 das importações sulcoreanas mas apenas 01 foi fornecido pelo Brasil Dado os elevados IEE e ICC apresentados em 2009 e a expectativa de forte ampliação da oferta brasileira a partir do présal este setor poderá ampliar significativamente sua importância na pauta de exportação brasileira para a Coreia do Sul Chama a atenção no entanto que vários produtos nos quais o Brasil apresenta um elevado IEE mostram uma pequena participação nas importações da Coreia do Sul A participação das importações dos setores listados na tabela 16 no total importado por esse país chega a apenas 265 ou seja mesmo que haja um aumento significativo das exportações brasileiras destes produtos o montante exportado não deverá se expandir de forma expressiva No entanto três setores parecem apresentar condições para um aumento imediato de sua participação no mercado sulcoreano quais sejam fabricação e refino de açúcar desdobramento de madeira e pecuária Esses setores mostram um elevado IEE acima de 100 ao lado de um alto ICC acima de 70 e uma ainda baixa penetração no mercado sulcoreano participação 72 inferior a 5 nas importações do setor mostrando haver espaço para uma maior inserção do país nestes produtos no mercado sulcoreano Tabela 16 Índice de Especialização Exportadora Coreia do Sul Fonte UICC ApexBrasil a partir de dados do MDIC Principal fornecedor após o Brasil ÍNDICE DE PREÇOS E ÍNDICE DE QUANTUM Nesse estudo o cálculo do índice de preços e o índice de quantum quantidade mede respectivamente quanto o preço e a quantidade dos produtos exportados influenciam no aumento ou diminuição do valor das exportações brasileiras para o mercado sulcoreano No período 20052010 conforme ilustrado no gráfico 18 a evolução do valor exportado à exceção de 2009 teve uma influência mais positiva do comportamento dos preços do que do quantum exportado Nos demais anos a elevação dos preços de exportação foram os principais responsáveis pelo aumento do valor exportado pelo Brasil para a Coreia do Sul Na maioria dos anos o desempenho dos preços foi muito superior ao do volume exportado A diferença mais expressiva ocorreu em 2008 ano do maior aumento do valor exportado que chegou a 53 com os preços elevandose em 41 enquanto o volume cresceu apenas 9 SetorCNAE Descrição IEE 2009 ICC 2009 Participação do setor nas importações da Coreia do Sul Participação do Brasil nas importações sul coreanas do setor 2009 Principal Fornecedor Participação do principal fornecedor nas importações sul coreanas do setor 014 Pecuária 33261 7060 005 005 Dinamarca 142 017 Caça repovoamento cinegético e serviços relacionados 9536 6834 000 180 Finlândia 465 111 Extração de petróleo e gás natural 155508543 7853 2000 010 Arábia Saudita 259 131 Extração de minério de ferro 1573253 9407 110 3048 Austrália 617 132 Extração de minerais metálicos nãoferrosos 5986 7640 161 176 Indonésia 221 153 Produção de óleos e gorduras vegetais e animais 24192 6277 054 2425 Argentina 243 156 Fabricação e refino de açúcar 13344 7186 024 498 Austrália 572 160 Fabricação de produtos do fumo 1488 7128 011 1799 Filipinas 201 171 Beneficiamento de fibras têxteis naturais 463 6368 006 065 China 623 193 Fabricação de calçados 936 6531 029 080 China 658 201 Desdobramento de madeira 24760 6988 013 256 China 195 211 Fabricação de celulose e outras pastas para a fabricação de papel 18069 6522 039 1128 Chile 194 231 Coquerias 137 7755 003 Japão 564 234 Produção de álcool 2103340 10000 002 8142 China 814 245 Fabricação de produtos farmacêuticos 223 6234 145 014 Japão 121 246 Fabricação de defensivos agrícolas 548 8706 006 China 194 283 Forjaria estamparia metalurgia do pó e serviços de tratamento de metais 111 9280 001 000 China 646 333 Fabricação de máquinas aparelhos e equipamentos de sistemas eletrônicos dedicados à automação industrial e controle do processo produtivo 168 10000 017 005 Japão 277 361 Fabricação de artigos do mobiliário 311 5362 031 000 China 636 401 Produção e distribuição de energia elétrica 401915827 10000 000 HongKong 1000 73 Em 2009 ano em que a crise financeira internacional teve o maior impacto negativo sobre os fluxos de comércios globais as exportações brasileiras declinaram 15 para a Coreia do Sul principalmente pela queda acentuada de 18 dos preços de exportação Em 2010 com a recuperação econômica mundial novamente os preços das exportações foram os maiores protagonistas da recuperação do nível de comércio bilateral BrasilCoreia do Sul com uma elevação de 26 bastante acima da expansão de 12 da quantidade exportada gerando um crescimento de 41 das exportações brasileiras para o mercado sul coreano Gráfico 18 Crescimento de Valor Índice de Preços e Índice de Quantum das exportações brasileiras para a Coreia do Sul Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil O maior dinamismo dos preços de exportação em relação à quantidade exportada para a Rússia no período examinado reflete o perfil da pauta de exportação do Brasil para aquele país baseada principalmente em commodities produtos primários e produtos intensivos em recursos naturais que à exceção de 2009 tem mostrado uma forte elevação de preços no mercado internacional 74 PARTE 4 OPORTUNIDADES COMERCIAIS PARA O BRASIL NA COREIA DO SUL 75 INTRODUÇÃO À METODOLOGIA DE IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES PARA EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS BRASILEIROS As oportunidades para os exportadores brasileiros no mercado sulcoreano foram identificadas por meio de uma metodologia desenvolvida pela ApexBrasil que pode ser encontrada no Anexo 1 Aqui são apresentados apenas os conceitos que serão utilizados mais à frente O primeiro passo da metodologia consiste em levantar os produtos que a Coreia do Sul importou de todo o mundo entre 2002 e 200996 Cruzandose esses produtos com aqueles que o Brasil exportou97 para a Coreia do Sul nesse período fazse a seguinte separação Produtos brasileiros com Exportações Incipientes são aqueles que A participação brasileira nas importações sulcoreanas é muito baixa eou As exportações brasileiras para a Coreia do Sul não são contínuas98 Para que os produtos com as características acima possam ter oportunidades na Coreia do Sul é preciso também que O Brasil seja especialista99 em sua exportação e Exista complementaridade entre a pauta exportadora brasileira e a pauta importadora sul coreana ou seja a Coreia do Sul precisa importar os produtos que o Brasil deseja exportar e As importações sulcoreanas desses produtos estejam crescendo A conjunção desses requisitos indica que há chances para as exportações brasileiras desses produtos mas elas precisam ser trabalhadas numa estratégia de abertura do mercado sulcoreano Produtos brasileiros com Exportações Expressivas são aqueles cuja participação nas importações sulcoreanas é significativa e suas vendas são contínuas Os grupos de produtos com exportações expressivas são classificados em cinco categorias 96 É importante esclarecer que o período da análise vai de 2004 a 2009 Como 2009 foi um ano de crise com grande queda no comércio exterior sua irregularidade foi suavizada neste trabalho com a utilização de médias geométricas de três anos Desse modo os valores de 2009 referemse à média dos anos 2007 2008 e 2009 O mesmo procedimento foi adotado para os anos anteriores 97 Aqui se consideram os dados das importações feitas pelo país analisado oriundas do Brasil 98 Exportações contínuas são aquelas que a partir da primeira venda efetuada não são interrompidas em nenhum ano posterior 99 Na relação comercial entre dois países o indicador de especialidade exportadora aponta se o país A é mais especialista na exportação de determinado produto que o país B A ideia é que se um país é mais especialista que o outro existe oportunidade de comércio entre eles com o país A exportando para o país B 76 Consolidados é o caso dos grupos de produtos brasileiros que já estão bem posicionados no mercado sulcoreano e têm uma situação confortável em relação aos seus principais concorrentes A estratégia de atuação para esses grupos de produtos é de manutenção do espaço já conquistado Em risco é o caso dos grupos de produtos brasileiros que já estiveram consolidados no mercado sulcoreano e hoje ainda têm uma participação significativa mas vêm perdendo ano após ano espaço para os concorrentes O esforço dos exportadores brasileiros deve ser para retomar o espaço perdido ou ao menos reduzir a velocidade com que o Brasil perde participação para seus concorrentes Em declínio é o caso dos grupos de produtos brasileiros que nunca estiveram consolidados na Coreia do Sul e que vêm perdendo participação nesse mercado Aqui as oportunidades para os exportadores brasileiros são menos interessantes A consolidar é o caso dos grupos de produtos brasileiros que ainda não são consolidados na Coreia do Sul mas que estão crescendo naquele mercado em um ritmo próximo ou superior ao dos concorrentes Aqui estão as melhores oportunidades para os exportadores brasileiros Desvio de comércio é o caso dos grupos de produtos brasileiros cujas exportações para a Coreia do Sul crescem menos que as do principal concorrente apesar de o Brasil ser mais especialista na exportação desses produtos que esse concorrente Isso pode acontecer devido à existência de acordos comerciais proximidade geográfica entre outros fatores que privilegiam o principal concorrente brasileiro Para se contornar o desvio de comércio são necessários esforços que vão além da promoção comercial É possível notar na Tabela 17 que nas vendas do Brasil para a Coreia do Sul há muito mais produtos com exportações incipientes 976 do que expressivas 235 ainda que o valor importado pela Coreia do Sul de produtos classificados em exportações expressivas US 34 bilhões seja bastante superior ao das incipientes US 33602 milhões Tabela 17 Classificação das exportações dos produtos brasileiros importados pela Coreia do Sul Fonte UICC ApexBrasil a partir de dados do Comtrade A fim de apresentar as oportunidades de exportação para o mercado sulcoreano os grupos de produtos brasileiros foram organizados em sete grandes complexos AGRONEGÓCIO ALIMENTOS E BEBIDAS CASA E CONSTRUÇÃO MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS MODA e TECNOLOGIA E SAÚDE Há produtos que permeiam mais de um complexo ou não se encaixam especificamente em nenhum Por isso Classificação Nº de SH6 Nº de SH6 Importações totais da Coréia do Sul 2009 US Importações totais da Coréia do Sul 2009 Importações da Coréia do Sul provenientes do Brasil 2009 US Importações da Coréia do Sul provenientes do Brasil 2009 Expressivo 128 235 19970246051 618 3407475479 9102 Incipiente 5312 9765 303111428703 9382 336027629 898 Total 5440 10000 323081674754 10000 3743503108 10000 77 são classificados no complexo MULTISSETORIAL Em cada complexo são apresentados os grupos com exportações incipientes e expressivas ALIMENTOS BEBIDAS E AGRONEGÓCIOS A Coreia do Sul é um país montanhoso com apenas 22 da terra arável e menos chuvoso que a maioria dos demais vizinhos asiáticos com semelhante produção agrícola voltada principalmente para o cultivo do arroz O enorme crescimento das áreas urbanas levou a uma rápida diminuição de terras disponíveis para cultivo gerando problemas de abastecimento alimentar no país Atualmente oferta de alimentos é significativamente menor que a demanda que é suprida por meio das importações A participação do setor agrícola no Produto Interno Bruto PIB é relativamente baixa aproximadamente 32 em 2010 A grande maioria das fazendas se dedica ao cultivo de arroz produto no qual a Coreia do Sul possui produção suficiente para abastecer o país A autossuficiência no fornecimento de arroz é um dos pilares da política agropecuária sulcoreana Outras culturas importantes são trigo cevada soja e batata contudo a produção desses itens tem diminuído de forma significativa nos últimos anos As refeições sulcoreanas incluem normalmente arroz ou noodles verduras e alguma proteína Contudo os padrões de consumo alimentar e a composição nutricional das refeições dos sulcoreanos têm mudado substancialmente nas últimas décadas devido à forte inserção de produtos importados e simultaneamente à adoção de um estilo de vida mais ocidentalizado Em 2010 os sulcoreanos utilizaram aproximadamente 142 seu orçamento total na compra de alimentos Em termos absolutos tratase de um mercado de US 733 bilhões Deste valor a maior parte foi despendida com pães e cereais 168 carnes 152 e vegetais 131 como ilustra o Gráfico 19 78 Gráfico 19 Consumo de alimentos na Coreia do Sul em 2010 Fonte Euromonitor Elaboração UICC ApexBrasil De acordo com o Euromonitor entre 2005 e 2010 o gasto total com alimentação teve crescimento real de 203 Carne vegetais e frutas foram os principais itens a impulsionarem essa tendência Em cinco anos a despesa com carnes aumentou 192 Por outro lado a transformação dos hábitos alimentares da população em direção a escolhas mais saudáveis com redução do consumo de carboidratos e gorduras intensificou o consumo de vegetais e frutas Em consequência esses produtos levaram a aumentos respectivamente de 18 e 265 nos gastos de consumo no mesmo período Proporcionalmente a dieta sulcoreana ainda é baixa no consumo de laticínios e ovos e relativamente alta no consumo de frutas e vegetais Segundo o Ministério da Agricultura da Coreia do Sul o consumo per capita de frutas é de 603 Kg e o de verduras 168 kg bem acima da média mundial de 102 quilos por pessoa Os vegetais mais consumidos são rabanete cebola e repolho já as frutas preferidas são maça pera uvas e tangerinas A Coreia do Sul que importa mais de 70 das suas necessidades alimentícias registrou um déficit comercial no setor de aproximadamente US 13 bilhões em 2010 Os principais fornecedores de alimentos para o país no referido ano foram os Estados Unidos 29 China 12 Austrália 10 e Brasil que participou com 9 no total de produtos alimentícios importados pelo país Os principais produtos brasileiros fornecidos foram soja carne de frango café e açúcar A carne de frango brasileira está bem posicionada no mercado sendo que o Brasil já está entre os principais fornecedores para o país O volume total exportado em 2010 foi de US 83 milhões com crescimento de 36 em relação a 2009 Apesar de a Coreia do Sul ter apresentado casos de gripe aviária o 168 154 147 131 115 87 81 64 54 Pães e Cereais Carnes Vegetais Frutas Peixes e Crustáceos Laticínios e Ovos Doces e Confeitos Óleos e Gorguras Outros 79 consumidor não reduziu o consumo de carne de aves pelo contrário a demanda aumentou devido ao alto preço das carnes vermelhas à escassez de carne suína que sofreu surto de febre aftosa e à provável contaminação por radiação de pescados provenientes do Japão E diferentemente dos chineses que consomem maior quantidade de pés de galinha os sulcoreanos preferem os cortes mais nobres como coxa e sobrecoxa No entanto não consomem o peito com grande frequência Terceiro maior comprador mundial de carne suína e quinto maior de carne bovina do mundo a Coreia do Sul representaria um mercado estratégico para o Brasil contudo ainda impõe barreiras sanitárias e restrições às importações O consumo de carne suína nesse país é de aproximadamente 20 quilos por pessoa ao ano um dos maiores do mundo Os principais fornecedores para o mercado sulcoreano em 2010 foram Europa EUA Canadá e Chile O país possui produção interna de carne bovina porém recentemente a Coreia do Sul ordenou o sacrifício de quase dois milhões de cabeças de gado quando foi confirmado o surto de febre aftosa que se estendeu para cinco províncias do país Os casos detectados desde o final de novembro de 2010 elevaram os preços das carnes e resultaram em aumento da importação de carnes dos Estados Unidos da Austrália e da Nova Zelândia A carne bovina norteamericana é bastante consumida na Coreia do Sul o aumento do consumo tem decorrido principalmente devido ao baixo valor do dólar norteamericano que tem ajudado a mantêla com preço muito competitivo Entretanto existem relatos de que o consumo da carne norteamericana no país ainda enfrenta alguma resistência dos consumidores principalmente relacionada às preocupações com segurança alimentar A carne bovina australiana também demonstrou bom desempenho durante 2011 na Coreia do Sul com crescimento das exportações em 43 em relação a 2010 de janeiro a abril A carne bovina australiana continua vendendo bastante apoiada pela imagem de ser segura saudável e ecológica O corte de carne bovina preferido dos sulcoreanos é o contrafilé loin part of the beef e no mais os sulcoreanos preferem carne com nervos e gordura misturados estilo marble diferentemente da carne consumida no Brasil que possui a gordura separada O Brasil ainda não consegue aproveitar o atual aumento da demanda sulcoreana pelas carnes bovinas e suínas por não ter acordo sanitário firmado com o país Os acordos estão em negociação pois o governo sulcoreano ainda está avaliando as normas sanitárias e os métodos de controle sanitários usados pelo Brasil Posteriormente deverá ocorrer uma missão sulcoreana para avaliar as plantas brasileiras Esse processo é longo e demanda muitos esforços por parte de ambos os governos Ademais a Coreia do Sul só importa carne bovina ou suína com certificação livre de aftosa sem vacinação Atualmente os únicos países habilitados para exportarem carne bovina para a Coreia do Sul são EUA Austrália Nova Zelândia e México Já no que tange à carne suína vários países estão habilitados para exportar Contudo na América do Sul atualmente o único país com acordo sanitário para exportar esse tipo de carne é o Chile que já se caracteriza como o segundo maior fornecedor de carne suína para o mercado sulcoreano 80 A maior parte do rebanho brasileiro recebe vacina contra febreaftosa Somente o estado de Santa Catarina é reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação o único do país Em 2000 foi quando os catarinenses vacinaram pela última vez seu rebanho Para cada estado o Brasil possui uma classificação distinta do rebanho livre da doença com e sem vacinação contaminado e em estudo Caso o mercado fosse aberto Santa Catarina seria o único estado brasileiro que poderia vender carne para a Coreia do Sul No entanto os sulcoreanos ainda não reconhecem o critério de regionalização brasileiro de status da febre aftosa O mercado de café também surge como grande oportunidade para o Brasil na Coreia do Sul Este mercado vem crescendo nos últimos cinco anos a uma taxa média de 10 ao ano Segundo a aduana sul coreana as importações de grãos chegaram a US 313 milhões em 2010 com crescimento de 36 em relação ao ano anterior A Coreia do Sul é um país puramente importador de grãos de café não produz café verde entretanto é o 12 maior produtor mundial de café torrado O Brasil exportou US 65 milhões em café verde em 2010 46 a mais que em 2009 O consumo de café subiu de 248 xícaras por ano por adulto em 2007 para 312 xícaras em 2010 Estimase que apenas 3 do consumo ocorram nos lares sendo que as cafeterias são os grandes pontos de venda no país As principais redes de cafeterias são a sulcoreana Caffe Bene mais de 500 lojas no país e as norteamericanas Coffee Bean Tea Leaf mais de 150 lojas e Starbucks mais de 200 lojas apenas em Seul onde um expresso custa cerca de US 340 Os sulcoreanos possuem forte interesse no café brasileiro principalmente nos grãos verdes especiais O mercado de cafés gourmet representa cerca de 30 do consumo de cafés no país Os consumidores são fiéis às marcas de cafés especiais que já estão consolidadas no mercado e possuem preferência por torrefação mais recente A procedência do café é um importante fator decisivo para a compra e a imagem do Brasil é bastante positiva neste aspecto Atualmente os principais fornecedores de specialty coffee para Coreia do Sul são os EUA seguidos da Colômbia Costa Rica Guatemala e Honduras Na Coreia do Sul existem atualmente 12 mil baristas No Brasil a estimativa é de que existam entre 1000 e 2000 baristas apenas Esse fato reflete a maturidade do mercado sulcoreano para o consumo de café e a importância que este mercado atribui para um café de boa qualidade e procedência Os sul coreanos realizam periodicamente diversos eventos de café que incluem feiras específicas festivais de degustação e concursos internacionais de baristas Além da participação do Brasil nesses eventos ainda ser muito incipiente há uma forte necessidade de maior promoção da imagem do café brasileiro na Coreia do Sul Uma promoção que ressalte principalmente as especificidades das principais fazendas cafeeiras brasileiras e que apresente imagens do plantio da colheita da moagem e da torrefação do café A participação em feiras setoriais e a possibilidade de degustação dos alimentos em supermercados e lojas de departamento são vistas como melhores formas de promoção dos produtos 81 alimentícios brasileiros Na Coreia do Sul os supermercados e hipermercados são os principais canais de distribuição de alimentos e bebidas Grandes redes varejistas de renome internacional como Costco Tesco e 7eleven vêm ganhando cada vez mais notabilidade no mercado além de colaborarem para uma maior inserção de novos conceitos e produtos importados no varejo local Outro canal que vem ganhando popularidade entre os consumidores são as compras online pois além da conveniência e conforto a maioria dos consumidores possui acesso à internet banda larga o que torna esse sistema mais eficiente As grandes redes supermercadistas já proporcionam o serviço de compras online e entrega a domicilio aos consumidores OPORTUNIDADES PARA OS PRODUTOS BRASILEIROS DO COMPLEXO ALIMENTOS BEBIDAS E AGRONEGÓCIOS NA COREIA DO SUL PRODUTOS BRASILEIROS COM EXPORTAÇÕES INCIPIENTES PARA A COREIA DO SUL Entre os grupos de produtos listados para o complexo Alimentos Bebidas e Agronegócios no mercado sulcoreano foram identificadas oportunidades para produtos brasileiros que ainda não são exploradas ou o são de modo iniciante Daí o termo incipiente utilizado para nomear produtos com essas características Para a definição dessas oportunidades foi levado em conta se ao longo de seis anos 2004 2009 houve crescimento das importações do grupo de produtos Ademais para se ter certeza da capacidade do Brasil de aproveitar as oportunidades ainda não exploradas considerouse a especialidade ou não brasileira na exportação desses produtos e ainda se as pautas de importação da Coreia do Sul e de exportação do Brasil são complementares Importante ressaltar que os produtos no nível SH6 encontrados nos grupos apresentados a seguir são diferentes dos produtos de grupos que por ventura também se apresentem entre as exportações brasileiras expressivas Tal distinção é essencial para que se compreenda que dentro de um mesmo grupo há produtos com posição expressiva ou incipiente na relação comercial Brasil e Coreia do Sul Apenas três seleções de produtos passaram por esses filtros e estão apresentadas como oportunidades na Tabela 18 Tabela 18 Grupos de produtos brasileiros com exportações incipientes para a Coreia do Sul Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil Grupo de produtos Nº de produtos SH6 no grupo Valor das importações da Coréia do Sul 2009 US Crescimento das importações da Coréia do Sul 2004 2009 Açúcar em bruto 1 613772217 1472 Carne de suíno in natura 6 672472118 1505 Massas alimentícias e preparações alimentícias 65 1346412789 866 Taxa média anual de crescimento 82 No subgrupo açúcar em bruto destacase o SH 170111 açúcar de cana em bruto As importações sulcoreanas deste produto somaram US 613 milhões em 2009 e apresentaram um crescimento médio anual de 177 entre 2004 e 2009 O Brasil é um grande exportador de açúcar de cana contudo ainda não possui uma participação significativa no mercado sulcoreano provavelmente devido à alta competitividade do açúcar australiano que possui uma participação de mercado superior a 70 na Coreia do Sul A Coreia do Sul importou US 6724 milhões em seis produtos que compõem o grupo carne de suíno in natura apresentando um crescimento de 15 entre 2004 e 2009 Devido à restrição sulcoreana à carne suína brasileira o Brasil ainda não está habilitado para exportar esse tipo de carne à Coreia do Sul Em relação ao grupo massas alimentícias e preparações alimentícias as importações dos 65 SHs que estão contidos neste grupo somaram US 13 bilhão em 2009 Os maiores volumes importados que representaram mais de 60 do total importado couberam aos seguintes produtos maionese e outros condimentos produtos de padaria pastelaria ou da indústria de biscoitos massas alimentícias não cozidas nem recheadas batatas preparadas ou conservadas e outras frutas e partes de plantas preparadas ou conservadas PRODUTOS BRASILEIROS COM EXPORTAÇÕES EXPRESSIVAS PARA A COREIA DO SUL Ao contrário destas exportações incipientes em que os produtos brasileiros ainda estão em estágios iniciais de inserção no mercado as exportações expressivas como o próprio nome indica já atingiram maior grau de maturidade no país importador são mais constantes ao longo do tempo e já têm participação de mercado minimamente significativa Para este complexo as exportações expressivas 100 encontramse em cinco situações consolidadas a consolidar em declínio em risco e desvio de comércio As exportações expressivas a consolidar reúnem aqueles casos em que o Brasil já tem boa parcela de mercado e em que as exportações nacionais crescem em um ritmo próximo ou superior aos dos concorrentes Neste cenário há grande chance de os exportadores aumentarem sua presença no país importador As exportações denominadas consolidadas são aquelas em que a participação brasileira no 100 Para verificar quais foram os SH6 considerados expressivos consulte o Anexo 83 mercado já é significativa e o Brasil goza de ritmo de crescimento igual ou superior à média verificada para os demais concorrentes A estratégia de atuação para esses grupos de produtos é de manutenção do espaço já conquistado Por outro lado em declínio estão os produtos que nunca chegaram a conseguir se estabelecer no mercado sulcoreano e que nele vêm perdendo espaço Seriam as oportunidades mais difíceis de serem exploradas porque o quadro desfavorável inicial precisaria ser revertido Os grupos de produtos classificados como em risco por sua vez já estiveram consolidados no mercado sulcoreano e ainda apresentam participação significativa muito embora venham perdendo espaço ano após ano Para estes uma nova estratégia de posicionamento deveria ser posta em prática para reconquistar o espaço perdido ou para ao menos reduzir a rapidez com que o Brasil perde participação naquele mercado para seus concorrentes Por fim os grupos de produtos identificados como desvio de comércio incluem aqueles em que o Brasil possui vantagens de especialização no comércio mundial ao contrário de seu principal concorrente Apesar disso a taxa de crescimento média das exportações brasileiras é inferior à verificada para seus concorrentes e o país posicionase com uma fatia de mercado pouco relevante no país abordado Isso denota que há algum elemento não determinado pela simples observação dos fluxos comerciais globais favorecendo nosso principal concorrente naquele mercado tais como acordos comerciais A Produtos brasileiros com presença A CONSOLIDAR e CONSOLIDADA na Coreia do Sul As importações sulcoreanas dos grupos de produtos classificados como a consolidar e consolidadas alcançaram US 8543 milhões em 2009 ano em que a participação média das exportações brasileiras para esses subgrupos de produtos atingiu 1873 Em termos de valores exportados pelo Brasil cabe destacar os grupos farelo de soja e soja mesmo triturada que já se encontram consolidados no mercado sulcoreano ambos com uma participação de mercado superior a 40 e crescimento médio anual maior que 20 entre 2004 e 2009 O Brasil também se destacou como principal fornecedor para os dois grupos no ano de 2009 84 Tabela 19 Grupos de produtos brasileiros com exportações expressivas para a Coreia do Sul e presença a consolidar e consolidada Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil Outro grupo de produtos que também merece destaque é o carne de frango in natura no qual as exportações brasileiras para a Coreia do Sul que vem crescendo uma expressiva taxa de 1243 em média entre 2004 e 2009 As exportações brasileiras desse grupo somaram US 616 milhões em 2009 quando o país se configurou como o maior fornecedor para o mercado sulcoreano concorrendo principalmente com os EUA segundo maior fornecedor para o mercado com 32 de participação Já dentre os grupos classificados como a consolidar aqueles em que o Brasil possui grandes chances de aumentar sua participação de mercado vele destacar o subgrupo café cru representado pelo SH 090111 café não torrado não descafeinado As importações sulcoreanas deste produto alcançaram Grupo de produtos Nº de produtos SH6 no grupo Valor das importações da Coréia do Sul 2009 US Valor das exportações brasileiras para a Coréia Sul 2009 US Crescimento das exportações brasileiras para a Coréia do Sul 20042009 Participação brasileira nas importações da Coréia do Sul 2009 Crescimento das exportações dos concorrentes do Brasil na Coréia do Sul 20042009 Principal concorrente do Brasil no mercado da Coréia do Sul 2009 Participação do principal concorrente nas importações da Coréia do Sul 2009 Classificação das exportações brasileiras para a Coréia do Sul Açúcar refinado 1 3529627 114581 3626 325 1479 Estados Unidos 4584 A consolidar Café cru 1 230593345 41896337 2485 1817 2206 Vietnã 2423 A consolidar Demais produtos de café 2 34590094 8546351 905 2471 1712 Japão 1386 A consolidar Chá mate e especiarias 1 106955 50 5206 005 4212 Argentina 8952 A consolidar Chocolate e suas preparações 2 48888501 1606089 1651 329 1125 Estados Unidos 5406 A consolidar Fumo em folhas 2 235998913 61134272 2406 2590 2797 Índia 1502 A consolidar Leite e derivados 2 99120134 503337 2515 051 664 Nova Zelândia 2961 A consolidar Massas alimentícias e preparações alimentícias 3 21897257 2076520 3019 948 655 Japão 3284 A consolidar Demais pescados 1 4020062 95832 234 238 637 Tailândia 2055 A consolidar Carne de boi industrializada 2 8493778 125 8177 000 224 Nova Zelândia 3842 A consolidar Sementes oleaginosas exceto soja 1 7044951 1091058 5489 1549 468 Dinamarca 2006 A consolidar Óleo de soja em bruto 1 238382709 4507434 215 189 1081 Argentina 8417 A consolidar Suco de laranja não congelado 1 1275404 99594 14007 781 1463 Taiwan 4185 A consolidar Carne de frango in natura 2 103349172 61602998 12439 5961 293 EstadosUnidos 3588 consolidado Gorduras e óleos animais e vegetais 3 6860668 896894 2964 1307 1382 Japão 5990 consolidado Farelo de soja 1 708444774 417590513 2102 5894 240 Argentina 1328 consolidado Óleo de soja refinado 1 8956064 4540728 6975 5070 3209 Tailândia 2200 consolidado Soja mesmo triturada 1 592158329 248017396 2201 4188 240 EstadosUnidos 3551 consolidado taxa média anual de crescimento 85 US 2305 milhões em 2009 deste valor cerca US 418 foram importados do Brasil que apresentou uma participação no mercado de 18 como demonstra o gráfico que se segue Gráfico 20 Evolução da participação de mercado dos principais fornecedores de café cru para a Coreia do Sul 2004 e 2009 Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil O Gráfico 20 mostra quais eram os principais fornecedores do grupo café cru em 2009 e as posições que ocupavam no mercado sulcoreano no ano de 2004 Verificase que no decorrer do período analisado não houve mudanças significativas na diversificação dos mercados fornecedores para a Coreia do Sul O Vietnã tem se configurado como o principal fornecedor para o país com uma participação de 24 em 2009 cinco pontos percentuais a menos que em 2004 seguido da Colômbia e do Brasil que em contrapartida apresentaram ganho de marketshare no período As exportações brasileiras passaram de US 138 milhões em 2004 para 288 milhões em 2009 apresentando um crescimento médio anual de 22 O crescimento médio demonstrado pelo Brasil nos anos em análise permite inferir que as perspectivas de ampliação da participação nacional neste mercado são positivas Porém tratase de um segmento com número reduzido de empresas exportadoras 18 em 2009 segundo informações do MDIC e em sua maioria 842 de grande porte Interessante observar também valor exportado pelo Brasil para o grupo de produtos chocolates e suas preparações constituído por dois produtos cacau em pó e chocolates contendo cacau cujas exportações brasileiras somaram US 16 milhão em 2009 e cresceram 159 em média entre 2004 e 2009 Como apresentado no Gráfico 21 o Brasil mantevese como o terceiro maior fornecedor para o mercado sulcoreano atrás dos EUA que possui mais da metade do mercado e da França que registrou em 2009 uma participação de 14 no total importado pela Coreia do Sul Ambos os países apresentam um relevante ganho de participação no mercado a passo que o Brasil apresentou uma leve redução de um ponto percentual de participação 24 22 18 13 8 15 Vietnã Colõmbia Brasil Honduras Peru Outros 2009 29 18 17 12 8 16 2004 86 Gráfico 21 Evolução da participação de mercado dos principais fornecedores de chocolates e suas preparações para a Coreia do Sul 2004 e 2009 Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil Para este grupo de produtos o Brasil apresentou somente três empresas exportadoras para o mercado sulcoreano em 2010 as quais eram predominantemente empresas de grande porte 66 e médio porte 33 Interessante observar que se comparado a 2005 o número de empresas exportadoras era exatamente o dobro seis empresas todas de grande porte B Produtos brasileiros com presença EM RISCO na Coreia do Sul Os grupos de produtos nessa categoria ainda têm uma participação significativa mas vêm perdendo mercado Somente três grupos foram classificados em risco no complexo Tabela 20 Grupos de produtos brasileiros com exportações expressivas para a Coreia do Sul em risco taxa média anual de crescimento Fonte UICC ApexBrasil a partir de dados do Comtrade De acordo como os dados da tabela o Brasil é o principal fornecedor de álcool etílico e suco de laranja para a Coreia do Sul A China foi o principal concorrente do Brasil no fornecimento de álcool etílico e o crescimento dos concorrentes foi superior ao brasileiro 1586 Em relação ao suco de laranja congelado houve um recuo de 65 nas exportações brasileiras e o Brasil perdeu mercado para os Estados Unidos Nesse sentido o esforço do mercado brasileiro deve ser para recuperar o espaço perdido 54 14 9 3 3 3 3 11 EUA França Bélgica Brasil Alemanha Argentina Turquia Outros 2009 26 6 10 3 2 5 48 2004 Grupo de produtos Nº de produtos SH6 no grupo Valor das importações da Coreia do Sul 2009 US Valor das exportações brasileiras para a Coreia do Sul 2009 US Crescimento das exportações brasileiras para a Coreia do Sul 20042009 Participação brasileira nas importações da Coreia do Sul 2009 Crescimento das exportações dos concorrentes do Brasil na Coreia do Sul 20042009 Principal concorrente do Brasil no mercado da Coreia do Sul 2009 Participação do principal concorrente nas importações da Coreia do Sul 2009 Classificação das exportações brasileiras para a Coreia do Sul Álcool etílico 2 120885193 63993455 974 5294 1586 China 2173 em risco Outros produtos de origem animal 1 7173768 4559868 021 6356 1283 Colômbia 1538 em risco Suco de laranja congelado 1 42383002 24053324 65 5675 1057 Estados Unidos 2603 em risco 87 C Produtos brasileiros com presença EM DECLÍNIO na Coreia do Sul Os grupos de produtos classificados como em declínio e que se caracterizam pela perda de espaço no mercado sulcoreano registraram US 17 bilhão em importações sulcoreanas e US 1667 milhões em exportações brasileiras em 2009 Para essas mercadorias vale destacar o conjunto de produtos demais sucos que apresentou a maior queda nas exportações brasileiras dentre os grupos apresentados na tabela 21 Esse grupo é formado pelo SH 200969 Outros sucos de uvas não fermentados que entre 2004 e 2009 o Brasil apresentou uma queda de 887 no valor exportado para a Coreia do Sul registrando uma quantia pouco significativa em 2009 Os EUA principal fornecedor deste produto produtos concentrou quase metade das importações sulcoreanas Tabela 21 Grupos de produtos brasileiros com exportações expressivas para Coreia do Sul e presença em declínio taxa média anual de crescimento Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil Outro grupo que merece destaque na tabela pois representar o maior valor comercializado pelo Brasil entre os produtos analisados nessa seleção é o de cereais em grãos e esmagados composto principalmente por milho exceto para semeadura que respondeu em 2009 por mais de 99 das exportações brasileiras para a Coreia do Sul Contudo a queda nas exportações desse produto foi de superior a 40 entre 2004 e 2009 Grupo de produtos Nº de produto s SH6 no grupo Valor das importações da Coréia do Sul 2009 US Valor das exportações brasileiras para a Coréia Sul 2009 US Crescimento das exportações brasileiras para a Coréia do Sul 20042009 Participação brasileira nas importações da Coréia do Sul 2009 Crescimento das exportações dos concorrentes do Brasil na Coréia do Sul 20042009 Principal concorrente do Brasil no mercado da Coréia do Sul 2009 Participação do principal concorrente nas importações da Coréia do Sul 2009 Classificação das exportações brasileiras para a Coréia do Sul Café torrado 1 1473239 171 8254 001 3401 Estados Unidos 4297 Em declínio Cereais em grão e esmagados 4 1647596343 165311297 898 1003 478 Estados Unidos 8023 Em declínio Produtos de confeitaria sem cacau 2 63123338 1422429 614 225 683 Vietnã 2614 Em declínio Demais sucos 1 30419423 20 8873 000 1028 Estados Unidos 4816 Em declínio 88 CASA E CONSTRUÇÃO O setor de construção representa uma indústria de US 89101 bilhões e contribui significativamente para as exportações do país As receitas dos serviços de engenharia e arquitetura somaram US 146 bilhões em 2009 Desse montante US 4 bilhões se referiram aos serviços de arquitetura US 102 bilhões aos de engenharia e US 400 mil aos de decoração de interiores De acordo com o Korea Institute of Registered Architects KIRA existem cerca de 13000 empresas atuando no setor de construção e nos serviços de arquitetura Os investimentos em construção representaram em torno de US 1536 milhões em 2009 sendo 229 dos gastos em construções residenciais Em 2009 estas apresentaram baixo desempenho devido à crise porém vêm se recuperando desde então O Oriente Médio e a África são os principais mercados da Coreia do Sul pois demandam obras especializadas e representam aproximadamente 65 do total das exportações do setor Os serviços de engenharia são conhecidos pelas grandes obras realizadas no mundo como o The Empire State Building nos Estados Unidos a Torre Ostankino na Rússia o Burj Khalifa o prédio mais alto do mundo em Dubai as torres de Petronas na Malásia dentre outras Investimentos em novas técnicas de engenharia em parceria com institutos de pesquisa centros acadêmicos e firmas estrangeiras tornaram o país reconhecido pela tecnologia avançada em construção Há crescente interesse em projetos de arquitetura e design novas cidades ou bairros estão sendo reformados visando alcançar melhor qualidade de vida com espaços culturais e educacionais Em Incheon o bairro de Songdo está sendo construído com sistema integrado de inteligência que visa à preservação do meio ambiente com práticas sustentáveis Nessa cidade o uso de cartões eletrônicos para ativar a energia do ambiente objetiva diminuir os gastos com eletricidade e bicicletas e carros elétricos reduzem a poluição Além do novo bairro o governo está reconstruindo e modernizando centros de negócios promovendo turismo e entretenimento Em Seul está sendo construída a Cidade Digital novo complexo de filmes e entretenimento para desenvolver um cluster de cinemas jogos e indústria de animação com ênfase na cultura sulcoreana popular conhecida como Hallyu A construção contará com o maior centro gráfico de computadores incluindo três estúdios virtuais cenários para gravação e parque temático Depois a previsão é que empresas de pesquisa se juntem a esse complexo gerando em torno de sessenta oito mil novos postos de trabalho 101 US Commercial Services Korea Architectural and Engineering AE Services 89 Eventos internacionais também prometem manter o crescimento do setor Entre as principais atividades de construção estão grandes eventos como o The World Fair e os Jogos Olímpicos de 2018 The World Fair é o terceiro maior evento do mundo perdendo somente para a Copa do Mundo e para os Jogos Olímpicos Para concretizar esses acontecimentos o governo pretende aumentar os gastos com infraestrutura Nesse sentido as principais oportunidades se direcionam a serviços de arquitetura e design de interiores construção de arranhacéu complexo de negócios planejamento de cidades condomínios residenciais arenas de esportes e estrutura para os Jogos Olímpicos de 2018 Em relação aos serviços de decoração de interiores houve queda nas vendas de móveis já que o número de casamentos diminuiu nos últimos anos O número crescente de solteiros criou oportunidades na área de móveis projetados para residências pequenas Outra tendência do setor são produtos ambientalmente responsáveis e livres de toxinas Em termos de canais de distribuição desses produtos a novidade é o uso da Internet com consulta a sítios de vendas de móveis que são procurados por recém casados e mulheres que trabalham sem tempo para se dedicar às compras O setor de móveis na Coreia do Sul é composto por grandes empresas Hanssem Livart Borneo e Enex competindo pelo mercado com pequenas empresas sem marcas conhecidas Atualmente há polarização de um lado há oferta de móveis baratos produzidos principalmente na China e no Vietnã de outro móveis mais caros muitas vezes importados da Europa As importações de móveis estão concentradas principalmente em cinco países China 40 Itália 14 Alemanha 8 Estados Unidos 7 e Japão 6 O acordo de livre comércio feito com a União Europeia deve propiciar significativa mudança para o setor já que as tarifas serão extintas provocando redução de 10 nos preços Móveis nórdicos europeus são cada vez mais populares pelo design simples e pelas cores vívidas além da oferta de produtos ecológicos por isso atraem a geração mais nova Nesse sentido há oportunidades para móveis brasileiros no mercado sulcoreano porém o Brasil precisa ser mais competitivo nos preços e adaptar o design a fim de entrar no mercado Já em relação às vendas de artigos para o lar102 essas aumentaram durante os últimos anos devido aos escândalos de contaminação alimentar que ocorreram em 2008 e à crise financeira global Para evitar 102 Artigos para o lar incluem utensílios para cozinha pratos talheres copos jarras e pequenos artigos de uso em casa 90 possíveis contaminações e conter gastos os sulcoreanos passaram a cozinhar mais em casa investindo em utensílios de cozinha Os itens mais vendidos foram artigos para cozinha de mesa e de porcelana Quanto às oportunidades para empresas brasileiras essas se concentram principalmente nas exportações de produtos para construção como granito madeira serrada ferro fundido bruto laminados planos de ferro ou aço ligas de alumínio em formas brutas ferramentas em geral alicates lâminas cortantes para máquinas e equipamentos torneiras e válvulas dentre outros Em termos de artigos de decoração e produtos para casas escritórios hotéis e hospitais as principais oportunidades são de móveis de madeira para quarto de dormir talheres facas em especial e material para fabricação de produtos de limpeza OPORTUNIDADES PARA OS PRODUTOS BRASILEIROS DO COMPLEXO CASA E CONSTRUÇÃO NA COREIA DO SUL PRODUTOS BRASILEIROS COM EXPORTAÇÕES INCIPIENTES PARA A COREIA DO SUL No complexo Casa e Construção Civil foram identificadas oportunidades no mercado sulcoreano para produtos brasileiros ainda não exploradas ou trabalhadas de modo iniciante Daí o termo incipiente que designa os produtos com essas características Quatro grupos foram selecionados a partir da metodologia e estão listados da Tabela 22 Tabela 22 Grupos de produtos brasileiros com exportações incipientes para a Coreia do Sul Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil Em relação ao grupo de produtos torneiras e válvulas a Coreia do Sul importou em 2009 US 14 bilhão em cinco mercadorias distintas SH6 Nesse grupo destacaramse torneiras e outros dispositivos semelhantes para canalizações caldeiras reservatórios cubas e outros recipientes e válvulas de segurança ou de alívio Grupos de produtos Nº de SH6 Importações da Coreia do Sul em 2009 US Crescimento médio anual das imp da Coreia do Sul 2004 2009 Ferramentas e talheres 66 523155582 197 Torneiras e válvulas 5 1469037431 797 Móveis e mobiliário médicocirúrgico 40 1360389196 1220 Produtos de limpeza 20 518564885 665 91 No que diz respeito a móveis e mobiliário médicocirúrgicos as importações somaram US 13 bilhão Esse conjunto é formado por 40 produtos SH6 e é bem diversificado Merecem destaque os seguintes assentos estofados com armação de madeira móveis de madeira para cozinhas e edredões almofadas pufes travesseiros e artigos semelhantes PRODUTOS BRASILEIROS COM EXPORTAÇÕES EXPRESSIVAS PARA A COREIA DO SUL As exportações expressivas a consolidar reúnem aqueles casos em que o Brasil já tem boa parcela de mercado e em que as exportações nacionais crescem em ritmo próximo ou superior ao dos concorrentes Nesse cenário há excelente chance de os exportadores aumentarem sua presença no país importador A Produtos brasileiros com presença A CONSOLIDAR na Coreia do Sul Os grupos de produtos classificados como a consolidar estão listados na Tabela 23 Dentre eles podese destacar demais produtos de metais nãoferrosos móveis e mobiliário médicocirúrgicos e demais produtos minerais cujos valores importados pela Coreia do Sul em 2009 foram de US 3494 milhões e US 522 milhões respectivamente Tabela 23 Grupos de produtos brasileiros com exportações expressivas para a Coreia do Sul e presença a consolidar Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil O grupo de produtos Demais produtos metais nãoferrosos é formado por um único produto Níquel não ligado em formas brutas US 3494 bilhões O Brasil contribuiu com 675 do total exportado Interessante notar que nesse grupo o crescimento brasileiro 9183 foi bem superior ao dos Grupo de produtos Nº de produtos SH6 no grupo Valor das importações da Coreia do Sul 2009 US Valor das exportações brasileiras para a Coreia Sul 2009 US Crescimento das exportações brasileiras para a Coreia do Sul 2004 2009 Participação brasileira nas importações da Coreia do Sul 2009 Crescimento das exportações dos concorrentes do Brasil na Coreia do Sul 20042009 Principal concorrente do Brasil no mercado da Coreia do Sul 2009 Participação do principal concorrente nas importações da Coreia do Sul 2009 Classificação das exportações brasileiras para a Coreia do Sul Demais madeiras e manufaturas de madeiras 1 204125 10000 1106 China 5903 A consolidar Demais produtos de metais não 1 349490591 23589092 9183 675 1170 Austrália 5013 A consolidar Moveis e mobiliário médicocirurgico 1 5112731 695237 1838 1360 285 Turquia 2059 A consolidar Demais produtos minerais 5 52527197 5409264 393 1030 102 Estados Unidos 5290 A consolidar 92 concorrentes 1170 que estão perdendo mercado O Gráfico 22 mostra os principais fornecedores em 2009 e a posição deles no mercado sulcoreano em 2004 Gráfico 22Participação de mercado dos principais fornecedores de Níquel não ligado em formas brutas para a Coreia do Sul 2004 e 2009 Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil A partir da análise do Gráfico 22 notase que Austrália Noruega e Canadá ganharam mercado comparandose 2004 e 2009 Ressaltase que em 2004 a Rússia foi o segundo maior fornecedor e em 2009 sua participação foi reduzida para 112 Nesse período o Brasil conquistou a participação de 67 no mercado tornandose o quinto maior fornecedor Ademais em 2009 de acordo com informações do MDIC 8 empresas brasileiras exportaram níquel não ligado em formas brutas para a Coreia do Sul A maioria dessas empresas foram enquadradas como empresas de grande porte 625 O grupo demais produtos minerais é composto por 5 produtos SH6 O Brasil exportou para a Coreia do Sul principalmente caulim e outras argilas caulínicas mesmo calcinadas e granito cortado em blocos ou placas de forma quadrada ou retangular Relevase que apesar do pequeno crescimento brasileiro 39 o dos concorrentes foi negativo 102 De acordo com o Gráfico 23 o principal fornecedor em 2004 desses produtos foram os Estados Unidos que detinha 59 do mercado 451 89 83 298 01 78 501 158 120 112 67 42 Austrália Noruega Canada Rússia Brasil Outros 2009 2004 93 Gráfico 23 Participação de mercado dos principais fornecedores demais produtos minerais 2004 e 2009 Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil Já em 2009 houve desconcentração dos fornecedores e a China ganhou mercado fornecendo 20 do total importado Notase também que o Brasil aumentou sua participação de 8 para 10 e o Sri Lanka passou a ser fornecedor em 2009 Nesse ano dezesseis empresas brasileiras exportaram esse grupo de produtos para o país Dessas 375 eram empresas de grande porte e 4375 eram de médio porte B Produtos brasileiros com presença EM DECLÍNIO na Coreia do Sul Os grupos de produtos classificados como em declínio que se caracterizam pela perda de espaço no mercado sulcoreano registraram US 2273 milhões em importações sulcoreanas e US 118 milhões em exportações brasileiras em 2009 Para essas mercadorias ainda que ocorra situação inicialmente desfavorável destacase o conjunto de produtos madeira serrada e extratos tanantes e tintoriais Tabela 24 Grupos de produtos brasileiros com exportações expressivas para a Coreia do Sul e presença em declínio Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil 59 12 8 0 1 20 2004 53 20 10 3 3 11 Estados Unidos China Brasil Sri Lanka Indonésia Outros 2009 Grupo de produtos Nº de produtos SH6 no grupo Valor das importações da Coreia do Sul 2009 US Valor das exportações brasileiras para a Coreia Sul 2009 US Crescimento das exportações brasileiras para a Coreia do Sul 20042009 Participação brasileira nas importações da Coreia do Sul 2009 Crescimento das exportações dos concorrentes do Brasil na Coreia do Sul 2004 2009 Principal concorrente do Brasil no mercado da Coreia do Sul 2009 Participação do principal concorrente nas importações da Coreia do Sul 2009 Classificação das exportações brasileiras para a Coreia do Sul Madeira serrada 2 172470709 9501561 1628 551 834 Canada 2302 Em declínio Torneiras e 1 22651173 556847 262 246 513 EstadosUnidos 2505 Em declínio Obras de pedras e 1 12748838 778067 2760 610 880 Indonésia 3443 Em declínio Extratos tanantes e 2 19478358 1056923 1010 543 865 Turquia 2883 Em declínio 94 Entre os grupos de produtos classificados como em declínio de acordo com o indicado na Tabela 24 as exportações brasileiras de madeira serrada merecem observação pois representaram o maior valor comercializado pelo Brasil entre os produtos analisados nessa seleção O Brasil exporta para o mercado sulcoreano principalmente madeira de coníferas serradas cortadas em folhas ou desenroladas que representaram 944 desse grupo Apesar de os dados não demonstrarem sinais de declínio a média da tendência é negativa Outro grupo que merece destaque é extratos tanantes e tintoriais que vem perdendo mercado Este grupo é composto por dois produtos SH6 extrato tanante de mimosa e produtos tanantes inorgânicos preparações tanantes preparações enzimáticas para a pré curtimenta O Brasil foi o principal fornecedor de extrato tanante de mimosa em 2009 com exportações de US 1 milhão MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS O processo de reestruturação das grandes indústrias sulcoreanas que aumentaram seus investimentos em bens de capital nos últimos anos somado à renovação das instalações industriais de centenas de pequenas e médias empresas fornecedoras de insumos equipamentos e ferramentas para as grandes empresas locais contribuiu para que Coreia do Sul se tornasse atualmente com o quinto maior produtor mundial máquinas e equipamentos Segundo dados da Korea Customs Services103 a produção sulcoreana de maquinário somou US 611 bilhões em 2010 apresentando boa tendência de recuperação após a crise de 2009 quando o país havia registrado uma queda na produção em 21 No que tange ao comércio exterior as exportações do país somaram US 361 bilhões e as importações US 286 bilhões em 2010 conforme apresentado no Gráfico 24 103 Korea Customs Service Disponível em httpenglishcustomsgokr Acesso em novembro de 2011 95 Gráfico 24 Comércio e produção de máquinas na Coreia do Sul 20062010US bilhões Fonte Korea Customs Services O setor industrial tornouse o líder em termos de contribuição para o PIB A crescente produção e comercialização de máquinas e equipamentos no país refletem a evolução do processo de desenvolvimento da indústria sulcoreana Em 2010 a participação do setor industrial no PIB foi de 393104 A Indústria sul coreana é composta em sua grande maioria 90 por pequenas e médias empresas embora as grandes empresas como Samsung Doosan LG e Hyundai lideram a produção e exportação de produtos de alta tecnologia A indústria manufatureira sulcoreana atualmente é considerada um das mais modernizadas e competitivas do mundo O país é um dos líderes asiáticos nos que tange à atração de Investimentos Estrangeiros Diretos Segundo dados do FDI Markets em 2010 esse setor recebeu US 155 bilhão em investimentos deste valor aproximadamente 70 foram destinados à indústria automotiva metalúrgica e de componentes eletrônicos A Coreia do Sul também se destaca como o sétimo maior produtor mundial de máquinas ferramentas Em 2008 segundo dados da Korea Machine Tool Manufacturers Association105 KOMMA a produção total sulcoreana foi de aproximadamente US 49 bilhões Atualmente o setor possui mais de 800 empresas e emprega mais de 15000 pessoas Os principais mercados de destino das exportações de máquinasferramenta são China EUA Índia e Alemanha ao passo que a Coreia do Sul importa majoritariamente 82 de Japão Alemanha Suíça e Itália 104 Euromonitor 105 Korea Machine Tool Manufacturers Association Disponível em httpwwwkommaorgENmainmainasp Acesso em Novembro 2011 239 308 373 268 361 204 239 260 241 286 643 731 717 570 611 0 10 20 30 40 50 60 70 80 2006 2007 2008 2009 2010 US Bilhões Exportação Importação Produção 96 O padrão do mercado sulcoreano para máquinasferramenta é relativamente elevado sendo a demanda centrada em máquinas de alta precisão velocidade e potência A procura por máquinas de Controle Numérico Computadorizado CNC aumentou significativamente Segundo dados da KOMMA as máquinas de corte CNC incluindo tornos fresadoras centros de usinagem e retificadores representam aproximadamente 48 da demanda interna por máquinas A demanda por máquinas é sobretudo dependente das condições de mercado das respectivas indústrias locais Segundo dados fornecidos pela KOMMA a indústria automobilística responde por 278 da demanda por máquinas no país seguido da indústria geral 209 e da indústria metalúrgica 118 como pode ser observado no Gráfico 25 Gráfico 25 Demanda por máquinasferramenta na Coreia do Sul por tipo de indústria Fonte Korea Machine Tool Manufacturers Association A indústria automobilística sulcoreana é também altamente competitiva Em 2010 a Coreia do Sul fabricou 42 milhões de automóveis tornandose o quinto maior fabricante de automóveis no mundo depois da China o Japão EUA e Alemanha É um segmento bastante voltado para exportação pois somente um terço carros fabricados são destinados ao mercado doméstico O mercado local é dominado pela Hyundai e sua empresairmã Kia que detêm 81 do mercado Outros fabricantes são GM Daewoo 73 Renault Samsung 90 e Ssangyong 21106 Segundo dados da Korea Automobile Manufacture Association107 KAMA o tamanho total do mercado de peças automotivas na Coreia do Sul foi estimado em US 35 bilhões em 2010 apresentando um aumento de 22 em relação a 2009 As importações de peças automotivas somaram 41 bilhões em 2010 sendo 51 destas provenientes de países asiáticos principalmente do Japão e da China 36 de 106 Segundo dados do US Commercial Service Disponível em httpexportgovsouthkorea Acesso em Novembro de 2011 107 Korea Automobile Manufacture Association Disponível em httpwwwkamaorkrengKengmainjsp Acesso em novembro de 2011 97 países da União Europeia e 9 da América do Norte As importações sulcoreanas dos mercados sul americanos respondem por menos de 2 do total importado pelo país Apesar de existir uma robusta cadeia de fornecedores locais de peças para a indústria automobilística sulcoreana o país ainda requer especialistas estrangeiros nas áreas de design e engenharia de produto e desenvolvimento de novos veículos mais sustentáveis com tecnologia verde Atualmente o desenvolvimento de veículos verdes biotecnologia e geração de energia limpa estão em alta demanda no mercado Segundo dados do US Commercial Service a Coreia do Sul é o décimo maior consumidor mundial de energia e possui escassez de recursos domésticos para sua geração Como resultado o país importa cerca de 97 dos seus recursos energéticos e é atualmente o sexto maior importador de petróleo do mundo Para reduzir esta enorme dependência externa de combustíveis fósseis importados o governo sul coreano recentemente lançou uma enorme gama de planos e iniciativas para promover o desenvolvimento interno e a utilização de energias novas e renováveis NRE O foco principal do programa visa o investimento em usinas de energia usando combustíveis alternativos bicombustíveis proporcionando boas oportunidades de negócios para as empresas brasileiras desse segmento OPORTUNIDADES PARA OS PRODUTOS BRASILEIROS DO COMPLEXO MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS NA COREIA DO SUL PRODUTOS BRASILEIROS COM EXPORTAÇÕES INCIPIENTES PARA A COREIA DO SUL No complexo Máquinas e Equipamentos foram identificadas oportunidades no mercado sul coreano para produtos brasileiros que ainda não são exploradas ou que são trabalhadas de modo inicial Daí o termo incipiente que designa os produtos com essas características Oito grupos de produtos foram selecionados a partir desses filtros e estão listados da Tabela 25 98 Tabela 25 Grupos de produtos brasileiros com exportações incipientes para a Coreia do Sul Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil O grupo compressores e bombas se destaca entre os demais por apresentar o maior número de produtos SH6 e consequentemente o maior valor de importação sulcoreana que em 2009 somaram US 304 bilhões apresentando um crescimento médio anual de 108 entre 2004 e 2009 Dentre os produtos que compões esse grupo destacamse compressores de ar ou de outros gases bombas de ar coifas aspirantes para extração ou reciclagem outras bombas para líquidos e bombas para combustíveis que juntos respondem por 65 das importações sulcoreanas em 2009 PRODUTOS BRASILEIROS COM EXPORTAÇÕES EXPRESSIVAS PARA A COREIA DO SUL As exportações expressivas a consolidar reúnem aqueles casos em que o Brasil já tem boa parcela de mercado e em que as exportações nacionais crescem em um ritmo próximo ou superior ao dos concorrentes Nesse cenário há grande chance de os exportadores aumentarem sua presença no país importador A Produtos brasileiros com presença A CONSOLIDAR na Coreia do Sul Importante ressaltar que os produtos no nível SH6 encontrados nos grupos apresentados a seguir são diferentes dos produtos de grupos que por ventura também se apresentem entre as exportações brasileiras incipientes Tal distinção é essencial para que se compreenda que dentro de um mesmo grupo há produtos com posição expressiva ou incipiente na relação comercial Brasil e Coreia do Sul Apenas cinco seleções de produtos passaram por esses filtros e estão apresentadas como oportunidades a consolidar Grupo de produtos Nº de produtos SH6 no grupo Valor das importações da Coréia do Sul 2009 US Crescimento das importações da Coréia do Sul 2004 2009 Aviões 3 644950062 423 Aparelhos para filtrar ou depurar 11 758846674 784 Compressores e bombas 20 3043208751 1088 Motores para veículos automóveis 5 309726946 990 Outros motores de pistão 2 245742346 089 Partes de motores para veículos automóveis 2 1301427827 907 Rolamentos e engrenagens 15 1730059953 784 Catodos de cobre 1 2300703809 1197 Taxa média anual de crescimento 99 Tabela 26 Grupos de produtos brasileiros com exportações expressivas para a Coreia do Sul e presença a consolidar Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil O grupo compressores e bombas foi responsável por aproximadamente 82 das exportações brasileiras classificadas como a consolidar somando US 23 milhões em 2009 Esse subgrupo é aqui representado pelo SH 841430 compressores para equipamentos frigoríficos e vem apresentando uma perda de mercado no período em análise contudo ainda manteve em 2009 uma participação de 1 no mercado sulcoreano Segundo dados do MDIC somente duas empresas ambas de grande porte foram as responsáveis pelas exportações brasileiras desse produto a Coreia do Sul em 2009 Outro grupo que merece destaque pela participação brasileira no total importado pela Coreia do Sul é o de plásticos e suas obras representado pelo SH 391220 nitrato de celulose em forma primária no qual as exportações brasileiras vêm crescendo a uma taxa media anual de 45 entre 2004 e 2009 e nesse último ano o Brasil participou com 83 das importações sulcoreanas apresentando ganho de três pontos percentuais de participação em relação a 2004 conforme observado no Gráfico 26 Grupo de produtos Nº de produtos SH6 no grupo Valor das importações da Coréia do Sul 2009 US Valor das exportações brasileiras para a Coréia Sul 2009 US Crescimento das exportações brasileiras para a Coréia do Sul 20042009 Participação brasileira nas importações da Coréia do Sul 2009 Crescimento das exportações dos concorrentes do Brasil na Coréia do Sul 20042009 Principal concorrente do Brasil no mercado da Coréia do Sul 2009 Participação do principal concorrente nas importações da Coréia do Sul 2009 Classificação das exportações brasileiras para a Coréia do Sul Compressores e bombas 1 233600501 2382800 923 102 20 China 3345 A consolidar Maquinas e aparelhos ptrabalhar pedra e minério 1 17830045 68615 358 038 2021 Índia 3080 A consolidar Plásticos e suas obras 1 2505792 209407 450 836 570 França 3500 A consolidar Automóveis 1 4132645 240962 8512 583 3906 França 3729 A consolidar Chassis e carroçarias para veículos automóveis 1 96648 102 001 465 Japão 4161 A consolidar 100 Gráfico 26 Participação de mercado dos principais fornecedores de nitrato de celulose para a Coreia do Sul 2004 e 2009 Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil A partir da análise do Gráfico 26 percebese que além do Brasil a França também apresentou ganhos significativos de participação de mercado tornandose o principal fornecedor para a Coreia do Sul após deslocar a China que em 2004 era o principal exportador desse produto para o mercado sulcoreano O Brasil mantevese como o quarto maior fornecedor nos dois períodos em análise e apresentou um ganho real de 24 em termos de valor exportado quando as exportações passaram de US 168 mil em 2004 para 209 mil em 2009 Essas exportações estão entretanto concentradas em somente uma empresa brasileira de grande porte que em todo o período em análise foi a única empresa que registrou exportações para Coreia do Sul B Produtos brasileiros com presença EM DECLÍNIO na Coreia do Sul Os grupos de produtos classificados como em declínio e que se caracterizam pela perda de espaço no mercado sulcoreano registraram US 17 bilhão em importações sulcoreanas e US 1905 milhões em exportações brasileiras em 2009 Muito embora a posição do Brasil encontrese em declínio quando comparada ao avanço registrado para os demais concorrentes no período analisado esses grupos de produtos apresentam significativo valor importado pela Coreia do Sul e merecem consideração Fazse necessário desenvolver estratégias de promoção comercial que permitam a continuidade da participação brasileira e mesmo seu aumento de participação no mercado 350 306 185 84 27 48 França China Alemanha Brasil Japão Outros 2009 258 360 191 52 21 117 2004 101 Tabela 27 Grupos de produtos brasileiros com exportações expressivas para a Coreia do Sul e presença em declínio Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil Os grupos tratores e veículos de carga não registraram exportações em 2009 e dentre os que registraram as exportações brasileiras de embarcações merecem observação pois representaram o maior valor comercializado pelo Brasil entre os produtos analisados nesta classificação O Brasil exportou em 2009 aproximadamente US 19 milhões do SH 890190 outras embarcações para o transporte de mercadorias ou de pessoas e de mercadorias para o mercado sulcoreano contudo no decorrer dos seis anos analisados apresentou um decréscimo das vendas nacionais à taxa média anual de 173 ao passo que mercado registrou se expandiu em aproximadamente 25 nesse mesmo período MODA A indústria têxtil sulcoreana é reconhecida mundialmente pela fabricação de fios de alta tecnologia além de ocupar a sexta posição no mundo com a participação de 2 no mercado segundo a Korea Statistics No ranking a China ocupa o primeiro lugar com 368 de participação a União Europeia o segundo lugar com 315 a Turquia em terceiro com 38 e a Índia em quarto lugar 33 seguida dos Estados Unidos 29 A indústria é composta por 605108 firmas com 173497 empregados Nos últimos anos o país tem terceirizado a produção no sudeste asiático para oferecer preços competitivos Além da terceirização aumentou as importações de produtos de baixa qualidade criando 108 Korea Federation of Textile Industry KOFOTI Grupo de produtos Nº de produtos SH6 no grupo Valor das importações da Coréia do Sul 2009 US Valor das exportações brasileiras para a Coréia do Sul 2009 US Crescimento das exportações brasileiras para a Coréia do Sul 20042009 Participação brasileira nas importações da Coréia do Sul 2009 Crescimento das exportações dos concorrentes do Brasil na Coréia do Sul 20042009 Principal concorrente do Brasil no mercado da Coréia do Sul 2009 Participação do principal concorrente nas importações da Coréia do Sul 2009 Classificação das exportações brasileiras para a Coréia do Sul Embarcações 1 1735477814 19065074 173 110 2517 China 2815 Em declínio Aparelhos de ar condicionado 1 8277339 1195 8379 001 1366 Noruega 5621 Em declínio Aparelhos eletro mecantérmicos de uso domestico 1 23822815 521145 1138 219 304 China 6130 Em declínio Tratores 1 119754013 10000 000 308 Alemanha 4757 Em declínio Veículos de carga 1 85536307 10000 000 741 Holanda 3811 Em declínio Taxa média anual de crescimento 102 polarização entre produtos populares e de luxo A Coreia do Sul importa têxtil e vestuário a preços acessíveis principalmente da China e do Vietnã Em relação às tendências os sulcoreanos preferem as marcas e se interessam por artigos de luxo Eles são influenciados principalmente por celebridades sulcoreanas ou norteamericanas Na última década os homens em particular despertaram para a moda e passaram a adquirir ternos relógios calçados e roupas de marca Além disso o aumento do número de cartões de crédito também possibilitou que os jovens de classe média comprassem roupas e acessórios de marcas internacionais Dessa forma produtos de luxo não foram afetados pela crise e houve aumento de marcas estrangeiras como Louis Vuitton e Estée Lauder bateram recorde Segundo pesquisa realizada pela AT Kearney em 2007 as despesas com roupas corresponderam a 50 dos gastos no setor de moda O maior investimento foi com roupas casuais e para o trabalho a faixa etária que mais consumiu foi de 40 a 49 anos O mercado é bastante fragmentado e aproximadamente 10 marcas são responsáveis por 60 das vendas no país As principais marcas sulcoreanas são Handsome Hyung Ji Shin Won Daehyn Cheil Industries e Dongkwang No que concerne ao consumo de produtos de luxo este expandiu para incluir novos compradores entre vinte e trinta anos e classe média Os jovens sulcoreanos guardam dinheiro durante meses com o objetivo de adquirir produtos de marca e mostrar aos amigos As marcas preferidas de roupas casuais são Burberry Sisley e Fila Já para roupas de festas a marca preferida é Armani Exchange e para moda praia as preferidas são Arena Nike e Speedo Design qualidade e preço são os principais atributos que consumidores consideram na hora da compra De acordo com dados do Euromonitor a venda de roupas correspondeu a US 202 bilhões em 2010 As importações da indústria têxtil e das roupas somaram US 99 bilhões sendo 54 fornecidos pela China 86 pelo Japão e 47 pela Indonésia Quadro 1 Principais marcas domésticas e estrangeiras na Coreia do Sul Fonte At Kearney 103 No que diz respeito a calçados sandálias sapatos casuais e formais são os preferidos pelos sul coreanos As principais marcas importadas foram Salvatore Ferragamo Nike e Nine West Na hora da compra a preferência é por qualidade estilo e design e o principal canal de distribuição para calçados mid high end são lojas de departamentos em shoppings As sulcoreanas compram calçados uma vez a cada dois meses e meio Para estimular as vendas o desconto é o melhor tipo de promoção existe tendência de gastar mais com calçados do que com bolsas Nesse segmento as melhores oportunidades para exportar calçados brasileiros são sandálias sapatos casuais formais e de festa As oportunidades para botas são limitadas já que os sulcoreanos consideram botas como artigos de inverno e temem a qualidade do produto brasileiro já que a imagem do Brasil está relacionada a produtos de verão Segundo pesquisa da AT Kearney 85 dos consumidores entrevistados demonstram disposição para experimentar novas marcas contudo estão mais propensos a experimentar as que venham de capitais da moda como a Itália somente 11 têm forte interesse em conhecer produtos brasileiros Quadro 2 Principais marcas domésticas e estrangeiras na Coreia do Sul Fonte At Kearney As bolsas preferidas pelas sulcoreanas são Louis Vuitton Gucci Coach e Chanel Cerca de 40 das mulheres compram bolsas uma vez a cada seis meses Mulheres acima dos sessenta anos tendem a gastar mais com bolsas do que com sapatos Canais de Distribuição Houve aumento nos canais de distribuição de roupas e calçados no período bem como nas vendas nos hipermercados e pela Internet O principal canal de distribuição são as lojas de departamentos conhecidas pelas famosas marcas e pela qualidade dos produtos Os principais shoppings em Seul são Lotte Hyundai Shinsegae e Galeria Marcas Classe Tipo Marcas mais populares Perfil do Consumidor Doméstica Mid End Casual Esportes Jovens consumidores de renda baixa Formal Jovens profissionais High End Formal Pessoas maduras consumidores de renda mais elevada Estraneira Mid End Casual Esportes Jovens e pessoas ativas High End Formal Pessoas maduras consumidores de renda mais elevada Outras marcas 51 104 Com respeito às mudanças nos hábitos de compra de produtos os sulcoreanos estão comprando nos mais variados canais de distribuição como outlets lojas de departamentos hipermercados lojas comerciais Internet e shoppings Lojas pequenas e especializadas foram as que tiveram maior prejuízo e muitas delas fecharam devido ao alto custo de manutenção enquanto lojas virtuais de roupas e sapatos cresceram significativamente Grandes empresas como Zara e Uniqlo foram as que mais cresceram já que ditam tendências que entram e saem rapidamente do mercado conhecidas por fastfashion pelos sulcoreanos Essas lojas satisfazem a jovens consumidores usuários da Internet e atentos às tendências da moda Apesar da crise em 2009 a demanda por roupas e sapatos fastfashion aumentou nas lojas especializadas Os artigos de luxo são encontrados em lojas de departamentos nos shoppings e as vendas cresceram ainda mais quando outras lojas tipo boutique foram abertas em outlets como forma de expandir locais de venda em cidades menores como Busan Daegu Daejeon e Gwangju Nos últimos anos as principais lojas de departamento alocaram mais espaços para artigos de luxo a fim de compensar os tempos de crise Com isso artigos de luxo estão disponíveis em várias lojas e as vendas aumentaram juntamente com sua disponibilidade Peças de roupas acessíveis são compradas em lojas ou mercados populares como no mercado de Dongdaemun Esse mercado é formado por centenas de lojas que vendem artigos a preços mais baixos comprados somente para a estação e usados poucas vezes Cosméticos No que tange aos cosméticos os sulcoreanos também preferem as marcas internacionais De acordo com dados do Euromonitor o mercado de cuidados pessoais e cosméticos representa o montante de US 7 bilhões na Coreia do Sul atrás somente da Índia US 71 bilhões da China US 236 bilhões e do Japão US 437 bilhões no continente asiático Apesar da crise em 2009 as vendas de cosméticos cresceram 33 e os produtos de marcas obtiveram melhor desempenho Marcas premiums apostaram em produtos com tecnologia Lifescience e introduziram cosméticos com célulastronco enquanto empresas de marcas populares estrearam ervas medicinais para conquistar a geração mais jovem Nesse sentido houve mudança no consumo dos hábitos sulcoreanos em relação à percepção de marcas Em vez de comprar linhas inteiras de marcas renomadas os sulcoreanos passaram a ter interesse em sua utilização preferindo adquirir produtos para tratamentos específicos mesmo de diferentes marcas Em termos de vendas as marcas sulcoreanas Amore Pacific Corp e LG Household Health Care Ltd foram líderes em 2010 com participação de 45 do mercado Marcas Premium são encontradas principalmente em lojas de departamento para aumentar as vendas marcas populares estão abrindo as 105 próprias lojas Com base no sucesso destas empresas de médio porte abriram também lojas especializadas como a Hankook Comestics que introduziu as lojas The Saem e Nadri Cosmético que abriu a The Nadri em 2010 De acordo com a pesquisa realizada pela AT Kearney os fatoreschave de sucesso das marcas brasileiras são as características dos produtos naturais orientadas para consumidores em geral a promoção agressiva e a parceria com distribuidores experientes Filtros solares hidratantes corporais xampus e condicionadores e sprays para o corpo apresentam as melhores chances no mercado Joias Segundo pesquisa da AT Kearney o mercado de joias representa US 26 bilhões 2007 Os sul coreanos preferem brincos e colares de ouro e diamantes Para as massas estilo e design qualidade e preço são os principais fatores de compra a marca tornase o fator mais considerado As marcas de joias mais importadas são Swarovski Christian Dior Agatha e Gucci As principais oportunidades para o mercado brasileiro são ouro diamantes brincos e braceletes com preço competitivo e designs únicos porém sem extravagância A forma de entrada no mercado mais recomendada são as marcas de reconhecimento global adaptadas às preferências locais Lojas de departamentos são o modelo de distribuição mais adequado OPORTUNIDADES PARA OS PRODUTOS BRASILEIROS DO COMPLEXO DE MODA NA COREIA DO SUL PRODUTOS BRASILEIROS COM EXPORTAÇÕES INCIPIENTES PARA A COREIA DO SUL Entre os grupos de produtos listados para o complexo Moda no mercado sulcoreano foram identificadas oportunidades para produtos brasileiros que ainda não são exploradas ou o são de modo iniciante Apenas duas seleções de produtos foram consideradas incipientes e estão apresentadas como oportunidade na Tabela 28 Tabela 28 Grupos de produtos brasileiros com exportações incipientes para a Coreia do Sul taxa média anual de crescimento Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil Grupos de produtos Nº de SH6 Importações da Coreia do Sul em 2009 US Crescimento médio anual das imp da Coreia do Sul 2004 2009 calçados 22 822523034 1323 ouro em formas semimanufaturadas 1 378728810 1725 106 Os grupos selecionados foram calçados e ouro em formas semimanufaturas As importações de calçados foram de US 8225 milhões e o crescimento médio das importações foi de 1323 Ainda que a participação nacional seja pequena há oportunidades especialmente para calçados de couro com sola exterior de couro natural Em relação às importações de ouro em formas semimanufaturadas as importações foram de US 3787 milhões e apresentou um crescimento de 1725 PRODUTOS BRASILEIROS COM EXPORTAÇÕES EXPRESSIVAS PARA A COREIA DO SUL Para o complexo Moda as exportações expressivas foram classificadas como a consolidar consolidado e em declínio As exportações expressivas a consolidar agregam os casos em que o Brasil já tem boa parcela de mercado e em que as exportações nacionais crescem em um ritmo próximo ou superior aos dos concorrentes Neste cenário há grande chance de os exportadores aumentarem sua presença no país importador As exportações consolidadas indicam que os produtos brasileiros já estão bem posicionados no mercado e tem uma situação confortável em relação aos seus concorrentes Por outro lado em declínio estão os produtos que nunca chegaram a conseguir se estabelecer no mercado cubano e que nele vêm perdendo espaço Seriam as oportunidades mais difíceis de serem exploradas porque o quadro desfavorável inicial precisaria ser revertido A Produtos brasileiros com presença A CONSOLIDAR e CONSOLIDADA na Coreia do Sul Entre os grupos de produtos classificados como a consolidar listados na Tabela 29 destacamse os grupos demais metais e pedras preciosas US 6255 milhões e couros US 1711 milhões que serão considerados com mais detalhe adiante Vale ressaltar que somente um grupo foi classificado como consolidado demais produtos têxteis 107 Tabela 29 Grupos de produtos brasileiros com exportações expressivas para a Coreia do Sul com presença a consolidar e consolidada taxa média anual de crescimento Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil No que concerne às três mercadorias reunidas no grupo de produtos demais metais e pedras preciosas merece destaque o produto outros resíduos e desperdícios de outros metais preciosos no qual o Brasil participou com 48 do total Esse produto responde por 994 do total importado do grupo de produtos De acordo com o Gráfico 27 notase que houve uma desconcentração dos fornecedores para a Coreia do Sul desse grupo Em 2004 a Índia era o principal fornecedor desse produto com participação de 489 e a Espanha era o segundo maior fornecedor com 58 do mercado Já em 2009 Indonésia e Índia foram os principais fornecedores com participação de 377 e 302 Notase que nesse ano o Brasil aparece em 2009 com uma participação modesta de 48 Vale ressaltar que dos grupos selecionados na tabela esse grupo foi que obteve maior crescimento dos grupos selecionados 27209 Gráfico 27 Evolução da participação de mercado dos principais fornecedores de Demais Metais e Pedras Preciosas para a Coreia do Sul 2004 e 2009 Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil Segundo informações disponibilizadas pelo MDIC 6 empresas brasileiras exportaram esses produtos em 2009 sendo 2 de grande porte 2 de médio porte e 2 de pequeno porte Grupo de produtos Nº de produtos SH6 no grupo Valor das importações da Coreia do Sul 2009 US Valor das exportações brasileiras para a Coreia do Sul 2009 US Crescimento das exportações brasileiras para a Coreia do Sul 2004 2009 Participação brasileira nas importações da Coreia do Sul 2009 Crescimento das exportações dos concorrentes do Brasil na Coreia do Sul 20042009 Principal concorrente do Brasil no mercado da Coreia do Sul 2009 Participação do principal concorrente nas importações da Coreia do Sul 2009 Classificação das exportações brasileiras para a Coreia do Sul Calçados 3 7164450 518969 12083 724 1467 Itália 2928 A consolidar Higiene pessoal e cosméticos 2 1291018 40183 1035 311 022 Japão 3961 A consolidar Demais metais e pedras preciosas 3 625649757 30097181 27209 481 5457 Indonésia 3774 A consolidar Couro 11 171153721 16952654 624 990 905 Bangladesh 1594 A consolidar Confecções 1 2384 10000 00 1358 China 6044 A consolidar Demais produtos têxteis 2 310468417 151363769 4055 4875 1798 EstadosUnidos 3154 consolidado 00 490 58 03 01 449 377 302 107 65 48 100 Indonésia Índia Espanha Estados Unidos Brasil Outros 2009 2004 108 Em relação ao grupo de produto couro verificamse diversas oportunidades dentre as quais se destacam Couros e peles incluídas as ilhargas de bovinos ou de equídeos preparados após curtimenta ou secagem divididos com a flor couros e peles curtidos de bovinos ou de equídeos depilados no estado seco crust plena flor não divididos divididos com a flor e couros e peles inteiros de bovinos ou de equídeos preparados após curtimenta ou secagem divididos com a flor As importações desses produtos corresponderam a cerca de 40 das importações desse grupo e foram os produtos mais exportados pelo Brasil A seguir o Gráfico 28 mostra os principais fornecedores do grupo de couros em 2004 e como esse cenário se alterou em cinco anos Não houve alteração dos principais fornecedores no período analisado ou seja continuaram a ser os mesmos Porém em 2004 os Estados Unidos foram o principal fornecedor e sua posição cai para terceiro lugar em 2009 Outro país que perdeu participação no mercado foi a China que em 2009 obteve 123 comparado a 186 em 2004 Merece destaque o crescimento de Bangladesh que passa a ser o principal fornecedor e o Brasil que apresenta acréscimo modesto no período analisado Gráfico 28 Evolução da participação de mercado dos principais fornecedores de Couros para os Coreia do Sul 2004 e 2009 Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil Em 2009 44 empresas brasileiras pertencentes ao subgrupo couro exportaram das quais 50 eram grandes porte e 45 de médio porte Notase uma desconcentração no número de empresas exportadoras B Produtos brasileiros com presença EM DECLÍNIO na Coreia do Sul Somente um subgrupo foi classificado em declínio Pedras preciosas e semipreciosas o que registrou US 17 milhão em importações sulcoreanas e US 207 mil em exportações brasileiras em 2009 93 133 193 186 86 309 159 145 126 123 99 348 Bangladesh Itália Estados Unidos China Brasil Outros 2009 2004 109 Tabela 30 Grupos de produtos brasileiros com exportações expressivas para a Coreia do Sul e presença em declínio taxa média anual de crescimento Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil Esse grupo é composto por dois produtos pedras preciosas ou semipreciosas em bruto ou simplesmente serradas ou desbastadas e outras pedras preciosas ou semipreciosas trabalhadas de outro modo O crescimento das exportações brasileiras desse grupo para a Coreia do Sul recuou 2613 e o principal concorrente foi a Tailândia com 3471 de participação Para não perder de vez o mercado as empresas brasileiras precisam criar estratégias para aumentar sua presença no mercado MULTISSETORIAL Nesta seção são apresentados os produtos relacionados aos complexos Tecnologia e Saúde e aqueles classificados como Multissetorial e Outros Este último engloba os grupos de produtos que podem ser incluídos em mais de um complexo ou em outro complexo não listado anteriormente Em relação às importações sulcoreanas do complexo Tecnologia e Saúde a metodologia apontou somente oportunidades classificadas a desenvolver e em declínio O único grupo classificado na categoria a desenvolver foi o de produtos farmacêuticos Os grupos classificados em declínio foram produtos químicos orgânicos e inorgânicos e produtos farmacêuticos O principal concorrente do Brasil para produtos farmacêuticos e produtos químicos orgânicos foram os Estados Unidos Já o Chile foi o maior fornecedor para a Coreia do Sul de produtos inorgânicos Essas oportunidades são consideradas as mais difíceis já que o Brasil precisa aumentar as exportações para reverter à situação no mercado O único subgrupo que apresentou desvio de comércio foi instrumentos e aparelhos de ótica de precisão parte e peças O desvio ocorre quando as exportações brasileiras crescem menos que as do concorrente apesar do Brasil ser especialista naquele setor Nesse grupo de produtos as exportações brasileiras recuaram 1058 e o Japão foi o principal fornecedor Já as importações sulcoreanas do complexo Multissetorial e Outros foram principalmente de commodities Os produtos que se destacaram foram minérios de cobre e de ferro produtos Grupo de produtos Nº de produtos SH6 no grupo Valor das importações da Coreia do Sul 2009 US Valor das exportações brasileiras para a Coreia Sul 2009 US Crescimento das exportações brasileiras para a Coreia do Sul 2004 2009 Participação brasileira nas importações da Coreia do Sul 2009 Crescimento das exportações dos concorrentes do Brasil na Coreia do Sul 20042009 Principal concorrente do Brasil no mercado da Coreia do Sul 2009 Participação do principal concorrente nas importações da Coreia do Sul 2009 Classificação das exportações brasileiras para a Coreia do Sul Pedras preciosas e semipreciosas 2 1765262 20799 2613 118 461 Tailândia 3471 Em declínio 110 semimanufaturados de ferro ou aço celulose ferro fundido bruto Além dessas existem oportunidades a desenvolver para colas e enzimas metais nãoferrosos petróleo e derivados de petróleo produtos metalúrgicos e produtos farmacêuticos OPORTUNIDADES PARA OS PRODUTOS BRASILEIROS DO COMPLEXO MULTISSETORIAL NA COREIA DO SUL PRODUTOS BRASILEIROS COM EXPORTAÇÕES INCIPIENTES NA COREIA DO SUL Nesse complexo foram identificadas oportunidades para produtos brasileiros que ainda não são exploradas ou o são de modo iniciante Além disso considerouse a especialidade ou não brasileira na exportação desses produtos e se as pautas de importação e de exportação do Brasil são complementares Os produtos selecionados são apresentados na Tabela 31 Tabela 31 Grupos de produtos com exportações incipientes para a Coreia do Sul taxa média anual de crescimento Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil Notase que as principais importações na tabela são commodities As importações de petróleo e derivados de petróleo somaram US 916 bilhões Esse grupo de produtos apresentou maior crescimento dos grupos analisados 1274 As importações desses produtos foram principalmente da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Os principais produtos importados nesse grupo foram óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos e outros óleos de petróleo ou de minerais betuminosos e preparações exceto desperdícios Outro grupo de destaque foi alumínio em bruto no valor de US 15 bilhão Os principais Conjunto de produtos Nº de produtos SH6 no grupo Valor das importações da Coreia do Sul 2009 US Crescimento das importações da Coreia do Sul 2004 2009 Colas e enzimas 14 439927044 774 Alumínio em bruto 1 1566947383 106 Barrasperfisfioschapas e tirasde alumínio 13 495955120 283 Ligas de alumínio 1 414058996 264 Petróleo e derivados de petróleo 42 91669069475 1274 Ferroligas 13 1218058496 413 Fiomáquinas e barras de ferro ou aço 24 930707222 324 111 países exportadores desses produtos foram Austrália Rússia e África do Sul Colas e enzimas foi o segundo grupo que apresentou maior crescimento 774 PRODUTOS BRASILEIROS COM EXPORTAÇÕES EXPRESSIVAS NA COREIA DO SUL A Produtos brasileiros com presença A CONSOLIDAR e CONSOLIDADA na Coreia do Sul As importações sulcoreanas dos grupos de produtos classificados como a consolidar e consolidadas alcançaram US 104 bilhões em 2009 Deste valor aproximadamente US 2 bilhões foram provenientes do Brasil Notase na tabela que quase todos os produtos selecionados são minérios ou produto derivado de petróleo Tabela 32 Grupos de produtos brasileiros com exportações expressivas para a Coreia do Sul e presença a consolidar e consolidada taxa média anual de crescimento Fonte ComtradeONU Elaboração UICC ApexBrasil Entre os grupos de produtos classificados como a consolidar listados na Tabela 32 destacase o valor do grupo de minérios de cobre US 32 bilhões Apesar de a participação brasileira ser baixa Grupo de produtos Nº de produtos SH6 no grupo Valor das importações da Coreia do Sul 2009 US Valor das exportações brasileiras para a Coreia do Sul 2009 US Crescimento das exportações brasileiras para a Coreia do Sul 2004 2009 Participação brasileira nas importações da Coreia do Sul 2009 Crescimento das exportações dos concorrentes do Brasil na Coreia do Sul 20042009 Principal concorrente do Brasil no mercado da Coreiado Sul 2009 Participação do principal concorrente nas importações da Coreia do Sul 2009 Classificação das exportações brasileiras para a Coreiado Sul Colas e enzimas 1 9251050 156019 930 169 25 Estados Unidos 2793 A consolidar Celulose 1 699322355 134448925 1384 1923 207 Indonésia 2482 A consolidar Petróleo e derivados de petróleo 1 899687 171771 1076 1909 742 China 4628 A consolidar Ferro fundido bruto e ferro spiegel ferro gusa 1 298678605 143278185 2394 4797 2017 Rússia 2910 A consolidar Produtos laminados planos de ferro ou aço 2 19487954 1597186 186 820 8713 Japão 8441 A consolidar Produtos semimanufatura dos de ferro ou aço 4 2498784697 477120700 1139 1909 647 Japão 4826 A consolidar Minérios de cobre 1 3293513383 88946932 2865 270 2272 Indonésia 3474 A consolidar Minérios de ferro 2 3538285403 1078484340 1685 3048 2276 Austrália 6170 A consolidar Ferroligas 2 112091739 76876022 4912 6858 2735 China 2006 consolidado 112 apenas 270 conjunto de produtos apresentou crescimento nas exportações 2865 A Indonésia foi o principal concorrente contribuindo com 3474 B Produtos brasileiros com presença EM DECLÍNIO na Coreia do Sul Os grupos de produtos Multissetoriais classificados em declínio registraram US 774 milhões em importações sulcoreanas e o Brasil não exportou esses produtos em 2009 o que explicar o decréscimo de 100 das exportações brasileiras em relação ao ano anterior Tabela 33 Grupos de produtos brasileiros com exportações expressivas para a Coreia do Sul e presença em declínio taxa média anual de crescimento Fonte UICC ApexBrasil a partir de dados do Comtrade Entre os grupos de produtos classificados em declínio de acordo com o indicado na Tabela 33 o Japão foi o principal fornecedor de barras perfis fios chapas e tiras de alumínio com 20 de participação de mercado Em relação às importações de demais produtos metalúrgicos o principal SH6 importado foi outras ligas de aços em lingotes e outras formas primárias sendo a Itália o fornecedor mais ativo exportando 425 do total importado Grupo de produtos Nº de produtos SH6 no grupo Valor das importações da Coreia do Sul 2009 US Valor das exportações brasileiras para a Coreia do Sul 2009 US Crescimento das exportações brasileiras para a Coreia do Sul 20042009 Participação brasileira nas importações da Coreia do Sul 2009 Crescimento das exportações dos concorrentes do Brasil na Coreia do Sul Principal concorrente do Brasil no mercado da Coreia do Sul 2009 Participação do principal concorrente nas importações da Coreia do Sul 2009 Classificação das exportações brasileiras para a Coreia do Sul Barrasperfisfios chapas e tirasde alumínio 1 67778324 100 1077 Japão 2004 Em declínio Demais produtos metalúrgicos 1 9648951 100 2875 Itália 4255 Em declínio 113 ANEXO 1 DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA DE IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES PARA EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS BRASILEIROS O trabalho de identificação de oportunidades para as exportações brasileiras se inicia com o levantamento de todos os produtos SH6 que o mercadoalvo importou do mundo nos últimos seis anos Esses produtos são separados em dois grupos produtos com exportações expressivas e produtos com exportações incipientes Para identificar quais produtos têm exportações expressivas são realizados 3 passos na ordem estabelecida abaixo 1º Identificamse os produtos cuja participação média das exportações brasileiras em relação à média do total importado pelo mercadoalvo tenha sido superior a 1 nos últimos seis anos 2º Desconsiderase o primeiro quartil formado pelos produtos identificados no passo 1 Consideramse assim apenas os produtos que estão entre os 75 com maior participação nas exportações brasileiras para o mercadoalvo 3º Verificase então se as exportações dos produtos identificados ao final do passo 2 são contínuas Exportações contínuas são aquelas que a partir da primeira venda efetuada não são interrompidas em nenhum ano posterior Analisandose por exemplo um período de quatro anos se determinado produto foi vendido apenas nos dois primeiros anos suas exportações são descontínuas Se no entanto as vendas do produto se iniciaram no terceiro ano e se repetiram no quarto suas exportações são consideradas contínuas Os produtos com exportações incipientes são aqueles excluídos em um dos três passos acima descritos Dessa maneira assegurase que todos os produtos importados pelo mercado alvo mesmo os que não são exportados pelo Brasil participaram da análise de oportunidade Uma vez separados os produtos que têm exportações expressivas dos que têm exportações incipientes eles são agregados em grupos A partir de então os grupos de produtos com exportações expressivas e incipientes são analisados separadamente por meio de diferentes critérios metodológicos 114 Análise de oportunidades para grupos de produtos com exportações expressivas Para se identificar no conjunto de exportações expressivas os grupos de produtos que têm maior destaque no mercadoalvo são analisados num período de seis anos dois indicadores 1 A contribuição de cada grupo de produtos para o crescimento das importações totais do mercadoalvo ou das exportações brasileiras para esse mercado 2 O crescimento médio das importações totais do mercado ou das exportações brasileiras do grupo de produtos Aplicase uma média geométrica simples nesses dois valores chegando a dois índices para cada grupo de produtos um considerando as importações totais do mercado e outro as exportações brasileiras nesse mercado Os grupos que alcançarem um desempenho superior à média geral em ao menos um dos índices são avaliados mais detalhadamente A inclusão da contribuição para o crescimento na construção desse índice busca minimizar o chamado efeito base sobre a taxa de crescimento dos grupos de produtos Esse efeito ocorre porque os grupos de produtos com menor valor exportado apresentam uma tendência de indicarem taxas de crescimentos superiores àquelas atingidas pelos grupos de produtos com maior valor exportado A taxa de contribuição para o crescimento aponta para um movimento contrário em que os grupos de produtos com maior participação na pauta de exportação ou importação em princípio apresentarão uma taxa mais elevada que os grupos de produtos com menor participação A média geométrica dessas duas taxas visa suavizar os grupos com baixo valor exportado e forte taxa de crescimento tornando a análise mais eficiente Já o cruzamento entre as importações totais do mercado e exportações brasileiras destinadas ao mercadoalvo busca avaliar os grupos de produtos tendo em conta tanto a demanda do mercado importações totais como a oferta brasileira para o mercado exportações brasileiras Os grupos de produtos com exportações expressivas são classificados em cinco categorias consolidados em risco em declínio desvio de comércio e a consolidar A classificação é feita considerandose O posicionamento do Brasil em relação a seus concorrentes em cada grupo de produtos Isso é verificado por meio da análise da participação brasileira e do principal concorrente nas importações do mercadoalvo no último ano do período considerado e do crescimento médio das exportações brasileiras em relação ao crescimento médio das exportações dos concorrentes A especializagdo do Brasil na exportacdo de produtos daquele grupo em relacdo a especializagdo exportadora do principal concorrente definida a partir do calculo da Vantagem Comparativa Revelada VCR de cada pais Um grupo de produtos é considerado consolidado quando o Brasil ja tem no minimo 30 de participacdo no mercadoalvo e o crescimento médio das exportacées brasileiras é igual ou superior ao crescimento médio das exportacdes dos concorrentes no periodo considerado A caracteristica principal desses grupos de produtos é que eles ja gozam de uma situacdo confortavel no mercadoalvo que demanda apenas esforcos para sua manutencao Os grupos de produtos considerados emrisco sdo aqueles em que o Brasil tem uma participacdo de mercado igual ou superior a 30 mas o crescimento médio das exportagdes dos concorrentes supera em mais de 50 0 crescimento médio das exportacées brasileiras o que significa que a posicdo do Brasil encontrase ameacada Grupos de produtos com desvio de comércio sdo aqueles cujo crescimento médio das exportacgdes brasileiras é inferior ao das exportacdes dos concorrentes apesar do Brasil apresentar vantagens na exportacgdo do grupo de produtos observado VCRBR 1 ao contrario de seu principal concorrente VCRConc 1 Isso indica que ha algum elemento ndo determinado pela simples observacdo dos fluxos comerciais globais favorecendo o principal concorrente do Brasil no mercadoalvo Pode ser a existéncia de acordos comerciais a proximidade geografica entre outros Para se contornar o desvio de comercio sdo necessarios esforcos que normalmente vdao além da promocdo comercial Um grupo de produto esta em declinio se ndo ha diferenca de especializagdo na exportacdo entre o Brasil e o principal concorrente VCRgr1 VCRconc1 OU VCRge1 VCReone1 a variagdo média das exportacoes brasileiras 6 negativa A situagdo de declinio também acontece quando ao mesmo tempo 0 crescimento das exportacdes do Brasil é positivo porém inferior a 15 e a taxa de crescimento dos concorrentes é o dobro da taxa de crescimento brasileira Nos grupos de produtos classificados como a consolidar a participagdo do Brasil no mercado alvo é inferior a 30 mas as exportaées brasileiras acompanham o ritmo dos concorrentes ou sdo mais aceleradas Esses sdo os grupos de produtos onde estado as melhores oportunidades para o aumento das 1 A VCR é calculada pela participagdo do grupo de produtos nas exportacées totais brasileiras para o mundo em relacdo a participagdo do mesmo grupo nas exportagdes mundiais totais m0 A taxa média anual de crescimento abaixo de 15 foi definida como valor maximo para um grupo caracterizarse como em declinio porque acumulada em um periodo de seis anos representa um crescimento total de aproximadamente 100 no valor exportado pelo Brasil Assim ainda que a taxa de crescimento das exportacées brasileiras seja menos da metade da taxa dos concorrentes considerase que a variacao total das vendas do Brasil para o mercado foram significativas e o grupo de produtos nado poderia ser caracterizado como em declinio 115 116 exportações brasileiras Por isso eles são investigados mais profundamente Para tanto os grupos de produtos a consolidar são abertos em subgrupos O objetivo é encontrar aqueles segmentos que são mais significativos para o desempenho do grupo como um todo Os subgrupos recebem classificação semelhante às dos grupos consolidado em risco em declínio e a consolidar Apenas a categoria de desvio de comércio não é utilizada para subgrupos porque neste ponto não se considera o principal concorrente do Brasil Nos casos em que a participação brasileira no mercadoalvo é inferior a 30 e o crescimento das exportações nacionais é menor que o dos concorrentes o grupo de produtos poderá estar em declínio ou ser a consolidar Da mesma forma que os grupos de produtos os subgrupos a consolidar são considerados como as principais oportunidades para as exportações brasileiras Neste caso são levantados os produtos representados por códigos SH6 mais significativos Para isso utilizamse duas variáveis 1 Contribuição de cada produto para o crescimento total das exportações brasileiras do subgrupo 2 Tendência de crescimento de cada produto Essa tendência é calculada comparandose o valor exportado pelo Brasil no último ano do período analisado com a média do valor exportado nos últimos três anos Produtos que contribuíram para o crescimento de seu subgrupo mais que a média e que foram mais exportados no último ano do que na média dos últimos três anos são considerados mais determinantes para o desempenho positivo do subgrupo Análise de oportunidades para grupos de produtos com exportações incipientes No caso das exportações incipientes as variáveis adotadas para seleção dos principais grupos e subgrupos de produtos levam em conta apenas a demanda do mercadoalvo dados de importações já que o Brasil ainda não se estabeleceu no país com esse conjunto de produtos Em primeiro lugar determinase o dinamismo do grupo de produtos O dinamismo relaciona o desempenho das importações do mercadoalvo com as importações mundiais Calculase a média entre as taxas de crescimento do primeiro e do último biênio do período em análise tanto para as importações do mercado de um determinado grupo de produtos quanto para as importações mundiais totais Essa média é calculada para minimizar os efeitos de grandes variações de valores ao longo do período que podem ser causadas não por um aumento de quantidades importadas mas por um aumento anormal de preços ou pela inflação por exemplo O dinamismo do grupo de produtos no mercado será determinado pela comparação de sua média com a média das importações mundiais totais 117 Em relação ao dinamismo um grupo de produtos pode estar em decadência apresentar baixo dinamismo dinamismo intermediário ser dinâmico ou muito dinâmico Apenas os grupos dinâmicos e muito dinâmicos prosseguem na análise Para eles é calculada a vantagem comparativa do Brasil com o objetivo de avaliar se a economia brasileira tem oferta exportável para entrar no mercadoalvo com aquele grupo de produtos Os grupos de produtos em que o Brasil tem VCR acima de 07 são classificados como a desenvolver ou seja aqueles em que o Brasil apresenta maiores chances de abertura de mercado Esses grupos assim como os a consolidar do conjunto de exportações expressivas são abertos em subgrupos Para os subgrupos a desenvolver o Brasil também deverá apresentar VCR mínima de 07 e os subgrupos deverão ser intermediários dinâmicos muito dinâmicos Mas nesse caso o dinamismo será avaliado tendose em conta não a média das importações mundiais totais mas a média das importações do mercado para o grupo de produtos no qual o subgrupo se insere Os subgrupos a desenvolver são aqueles que impulsionam o desempenho do grupo e portanto representam as principais oportunidades do conjunto de exportações incipientes sendo analisados com mais profundidade Os principais produtos dentro de cada subgrupo são determinados a partir da VCR do Brasil nas exportações daquele produto para o mundo e da tendência de crescimento das importações daquele produto Produtos para os quais a VCR do Brasil é maior que 07 e que tenham sido mais importados pelo mercadoalvo no último ano de análise que na média dos últimos três anos são considerados como os mais determinantes para o desempenho positivo do subgrupo 118 ANEXO 2 CONTATOS ÚTEIS NA COREIA DO SUL Embaixada do Brasil 141 Ihn Gallery Building Floor 4 5 Palpandong Chongnogu Seoul Republic of Korea Zip Code 110220 PO Box 2164 Seoul Republic of Korea Tel 822 7384970 7204428 Fax 822 7384974 Email braseulkornetnet Korea Trade Investment Promotion Agency KOTRA Agência de Promoção de Investimentos da Coreia do Sul 13 Heolleungno Seochogu Seoul Korea Tel 822 34607114 Fax 822 34607777 Website httpwwwkotraorkr Korea International Trade Association KITA Associação de Comércio Internacional da Coreia do Sul 1591 Samseongdong Gangnamgu Seoul 135729 Tel 822 15665114 60005268 Fax 822 60005100 60005191 Email kitainfokitanet Website wwwkitanet Small and Medium Business Administration Administração de Pequenas e Médias Empresas 189 Dunsandong Cheongsaro Seogu DaejeonCity 302701 Tel 8242 4814365 4814474 Email smbasmbagokr Website wwwsmbagokr Ministry of Foreign Affairs and Trade MOFAT Ministério das Relações Exteriores e do Comércio 60 Sajikro 8gil Jongnogu Seoul Rep of Korea 110787 Tel 822 21002114 Fax 822 21007999 Website httpwwwmofatgokr 119 Korean Agency for Technology and Standards Ministry of Knowledge Economy Agência SulCoreana de Tecnologia e Padrões Ministério do Economia do Conhecimento responsável pelos padrões ISO 96 Gyoyukwongil Gwacheon Gyeonggi 427723 Rep of Korea Tel 822 5097400 Fax 822 5076875 Email standardkatsgokr Website wwwkatsgokr Korea Chamber of Commerce and Industry KCCI Câmara SulCoreana de Indústria e Comércio Gateway Tower Bldg 45 4ga Namdaemunro Junggu Seoul 100743 Tel 822 60503114 Fax 822 60503400 Email webmasterkorchamnet Website wwwkorchamnet The Federation of Korean Industries FKI 282 Yeouidodong Yeongdeungpogu Seoul 150756 Tel 822 37710354 Email webmasterfkiorkr Websitewwwfkiorkr Korean Importers Association KOIMA KOIMA Bldg 218 Hangangro2ga Yongsangu Seoul 140875 Tel 822 79215814 Fax 822 7491830 Email koimakoimaorkr Website wwwkoimaorkr NO BRASIL Embaixada da República da Coreia do Sul SEN Av das Nações Lote 14 Brasília DF Brasil CEP 70436900 Tel 5561 33212500 Fax 5561 33212508 Email embbrmofatgokr Website httpbrabrasiliamofatgokr Câmara de Comércio e Indústria BrasilCoreia em São Paulo Rua Três Rios 263 Bom Retiro 01123000 São PauloSP Tel 55 11 33260794 Fax 5511 33269562 120 Email kochambrhotmailcom Website wwwkochamcombr Câmara de Comércio e Indústria BrasilCoreia no Paraná Rua Lamenha Lins 585 CuritibaParaná Tel 55 4 32336232 30147413 Email contatoccibkcombr Website httpccibkcombr 121 ANEXO 3 SH6 que têm exportações expressivas SH DESCRIÇÃO 020713 Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica frescos ou refrigerados 020714 Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica congelados 030110 Peixes ornamentais vivos 040610 Queijos frescos não curados incluído o queijo do soro de leite e o requeijão 041000 Outros produtos comestíveis de origem animal 051000 Âmbarcinzento castóreo algália e almíscar cantáridas bílis mesmo seca glândulas e outras substâncias de origem animal utilizadas na preparação de produtos farmacêuticos frescas refrigeradas congeladas ou provisoriamente conservadas de outro modo 060499 Folhagem folhas ramos de plantas secos ou preparados para buquês ou para ornamentação 090111 Café não torrado não descafeinado 090122 Café torrado descafeinado 090300 Mate 100590 Milho exceto para semeadura 110220 Farinha de milho 110423 Grãos de milho trabalhados descascados em pérolas cortados ou partidos 110630 Farinhas sêmolas e pós de frutas dos produtos do capítulo 8 120100 Soja mesmo triturada 130220 Matérias pécticas pectinatos e pectatos 150710 Óleo de soja em bruto mesmo degomado 150790 Óleo de soja e respectivas frações mesmo refinados mas não quimicamente modificados 151229 Óleo de algodão e respectivas frações mesmo refinados mas não quimicamente modificados 151521 Óleo de milho em bruto 152110 Ceras vegetais mesmo refinadas ou coradas exceto triglicerídeos 160250 Preparações alimentícias e conservas de bovinos 160300 Extratos e sucos de carnes de peixes ou de crustáceos ou de outros invertebrados aquáticos 170199 Outros açúcares de cana de beterraba e sacarose quimicamente pura no estado sólido 170410 Gomas de mascar sem cacau mesmo revestidas de açúcar 170490 Outros produtos de confeitaria sem cacau 180610 Cacau em pó com adição de açúcar ou outros edulcorantes 180690 Outros chocolates e preparações alimentícias contendo cacau 190532 waffles e wafers 200911 Sucos de laranjas congelados não fermentados 200919 Outros sucos de laranjas não fermentados 122 SH DESCRIÇÃO 200969 Outros sucos de uvas inclusive os mostos de uvas não fermentados 210111 Extratos essências e concentrados de café 210112 Preparações à base de extratos essências e concentrados de café 210220 Leveduras mortas e outros microorganismos monocelulares mortos 210410 Preparações para caldos e sopas caldos e sopas preparados 220710 Álcool etílico não desnaturado com volume de teor alcóolico gt 80 220720 Álcool etílico e aguardentes desnaturados com qualquer teor alcóolico 230400 Tortas e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja farelo de soja 240120 Fumo não manufaturado total ou parcialmente destalado 240130 Desperdícios de fumo 250610 Quartzo 250700 Caulim e outras argilas caulínicas mesmo calcinadas 251511 Mármores e travertinos em bruto ou desbastados 251611 Granito em bruto ou desbastado 251612 Granito cortado em blocos ou placas de forma quadrada ou retangular 260111 Minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados 260112 Minérios de ferro aglomerados e seus concentrados 260300 Minérios de cobre e seus concentrados 270810 Breu obtido a partir do alcatrão de hulha ou de outros alcatrões minerais 282760 Iodetos e oxiiodetos 290124 Buta1 3dieno e isopreno não saturados 290315 1 2Dicloroetano cloreto de etileno 290323 Tetracloroetileno percloroetileno 290513 Butan1ol álcool nbutílico 290532 Propilenoglicol propano1 2diol 290543 Manitol 290944 Outros éteres monoalquílicos do etilenoglicol ou do dietilenoglicol 291412 Butanona metiletilcetona 291413 4Metilpentan2ona metilisobutilcetona 291440 Cetonasálcoois e cetonasaldeídos 291536 ACETATO DE DINOSEB 291539 Outros ésteres do ácido acético 300230 Vacinas para medicina veterinária 320120 Extrato tanante de mimosa 320290 Produtos tanantes inorgânicos preparações tanantes preparações enzimáticas para a précurtimenta 330112 Óleo essencial de laranja 330113 Óleo essencial de limão 350300 Gelatinas e seus derivados ictiocola e outras colas de origem animal exceto cola de caseína 381111 Preparações antidetonantes para combustíveis à base de compostos de chumbo 123 SH DESCRIÇÃO 391220 Nitrato de celulose em forma primária 410320 Peles em bruto de répteis 410390 Peles em bruto de outros animais 410411 Couros e peles curtidos de bovinos ou de eqüídeos depilados no estado úmido incluindo wet blue plena flor não divididos divididos com a flor 410419 Outros couros e peles curtidos de bovinos ou de eqüídeos depilados no estado úmido incluindo wet blue 410441 Couros e peles curtidos de bovinos ou de eqüídeos depilados no estado seco crust plena flor não divididos divididos com a flor 410449 Outros couros e peles curtidos de bovinos ou de eqüídeos depilados no estado seco crust 410712 Couros e peles inteiros de bovinos ou de eqüídeos preparados após curtimenta ou secagem divididos com a flor 410719 Outros couros e peles inteiros de bovinos ou de eqüídeos preparados após curtimenta ou secagem 410791 Couros e peles incluídas as ilhargas de bovinos ou de eqüídeos preparados após curtimenta ou secagem plena flor não divididos 410792 Couros e peles incluídas as ilhargas de bovinos ou de eqüídeos preparados após curtimenta ou secagem divididos com a flor 410799 Outros couros e peles incluídas as ilhargas de bovinos ou de eqüídeos preparados após curtimenta ou secagem 440710 Madeira de coníferas serrada cortada em folhas ou desenrolada de espessura gt 6mm 440729 Outras madeiras tropicais serradas cortadas em folhas ou desenroladas de espessura gt 6mm 470329 Pasta química de madeira de não conífera à soda ou sulfato semibranqueada ou branqueada 500200 Seda crua não fiada 520100 Algodão não cardado nem penteado 640220 Calçados de borracha ou plástico com parte superior em tiras fixadas à sola por pregos tachas 640320 Calçados de couro natural com parte superior em tiras 640351 Calçados de couro natural com sola de couro cobrindo o tornozelo 680410 Mós para moer ou desfibrar 710310 Pedras preciosas ou semipreciosas em bruto ou simplesmente serradas ou desbastadas 710399 Outras pedras preciosas ou semipreciosas trabalhadas de outro modo 711230 Cinzas contendo metais preciosos ou compostos de metais preciosos 711299 Outros resíduos e desperdícios de outros metais preciosos 711620 Outras obras de pedras preciosas ou semipreciosas ou de pedras sintéticas ou reconstituídas 720110 Ferro fundido bruto não ligado contendo em peso lt 05 de fósforo 720293 Ferronióbio 720299 Outros ferroligas 720610 Ferro e aços não ligados em lingotes 720711 Produtos semimanufaturados de ferro ou aços não ligados contendo em peso lt 025 de carbono de seção transversal quadrada ou retangular e largura lt 2 vezes a espessura 720712 Outros produtos semimanufaturados de ferro ou aços não ligados contendo em peso lt 025 de carbono de seção transversal retangular 720720 Outros produtos semimanufaturados de ferro ou aços não ligados contendo em peso gt 025 de carbono 720925 Produtos laminados planos de ferro ou aços não ligados de largura gt 600mm não enrolados laminados a frio de espessura gt 3mm não folheados nem revestidos 721391 Fiomáquina de ferro ou aços não ligados de seção circular de diâmetro lt 14mm 722410 Outras ligas de aços em lingotes e outras formas primárias