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Logística
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COMÉRCIO Página 8 1 TEORIAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL Feudalismo sistema autossuficiente que consistia na busca da satisfação das necessidades básicas por meio da produção interna MercantilismoColonialismo Sistema de funcionamento do comércio internacional o qual está associado às necessidades do Estado Está imerso na Revolução Industrial A colonização do continente europeu abriu um leque de possibilidades para o comércio da época uma dimensão internacional nunca antes vista O comércio estava organizado pelas autoridades estatais por meio da fronteira e dos impostos que eram cobrados O objetivo principal era alcançar a maior vantagem possível para o país colonial o que em outras palavras significa dizer explorar o país colonizado 11 ADAM SMITH Adam Smith 1723 1790 economista e filósofo escocês foi um dos maiores expoentes da economia clássica visto o êxito conquistado com sua obra A riqueza das nações 1776 sobre o funcionamento da produção e dos mercados no conjunto do sistema econômico DECADÊNCIA DO FEUDALISMO SURGIMENTO DA FILOSOFIA MERCANTILISTA CICLO DOS SISTEMAS COLONIAIS DAS NACÕESESTADOS EUROPEIAS TRÊS ACONTECIMENTOS DO COMÉRCIO MUNDIAL QUE LEVARAM À REALIDADE ATUAL COMÉRCIO Página 9 Para ele o Estado deveria ter o menor nível possível de intervencionismo na economia pois sendo livre sem intervenção alguma dos órgãos externos a economia se regularizaria de forma automática como se houvesse uma mão invisível por trás fazendo com que os preços fossem ditados pelo próprio mercado conforme sua necessidade Mão de Obra Vantagem Absoluta Smith era de opinião que a produção de um produto necessitará da mão de obra para sua realização e considerava que determinados países possuíam habilidades especiais ou recursos naturais com os quais conseguiam produzir um mesmo produto em um menor número de horas denominandose tal fato de vantagem absoluta Divisão de trabalho Aumento da produtividade Através do estudo e da análise dos primeiros acontecimentos ocorridos com a Revolução Industrial Inglesa segunda metade do século XVIII Smith concluiu que a divisão de trabalho e a criação de trabalhadores qualificados em uma determinada área ou função causam um aumento substancial da produtividade Graças à contextualização dos seus trabalhos percebese a importância da indústria de manufatura e seu conjunto como criador e potencializador de riqueza é verdade que as nações mais opulentas geralmente superam todos os seus vizinhos tanto na agricultura como nas manufaturas geralmente porém distinguemse mais pela superioridade na manufatura do que pela superioridade na agricultura Dessa forma afirma que o ideal para cada país é a especialização da produção de produtos que tenham vantagem absoluta visto que proporcionaria uma vantagem competitiva perante os demais países pois conseguiriam obter produtos a baixo preço e simultaneamente diminuirseia o valor daqueles elaborados dentro do próprio país COMÉRCIO Página 10 Tamanho do mercado Smith reconheceu que o comércio internacional era uma ferramenta para a expansão dos mercados e uma maneira de ampliar as dimensões do mercado doméstico Conseguiu com tal visão uma série de vantagens que tinham a ver com a expansão exterior e comercial com outros países que são a economia de escala e a eficiência na utilização dos recursos disponíveis Limitações Percebemos as seguintes limitações em seus estudos Desenvolveu o conceito de vantagem absoluta mas não descreveu nem especificou como conseguir tal vantagem Não voltou seu pensamento sobre o que fazer com os países que não possuíam vantagem absoluta em nenhum produto 12 DAVID RICARDO Economista inglês David Ricardo 1772 1823 foi membro da corrente de pensamento clássico econômico e escreveu Princípios de economia política 1819 em que se percebe uma evolução dos pensamentos de Adam Smith Vantagem comparativa David afirmou que além de se possuir uma vantagem absoluta em relação a outro país existirá algum produto em que a diferença de tal vantagem seja maior de maneira que o país deveria se especializar em sua produção A tal feito denominase vantagem comparativa No âmbito do comércio internacional cada país possui uma vantagem comparativa de um só produto ainda assim terá designado um determinado esquema de produção Para David Ricardo aqueles países que possuem um baixo nível de produtividade dentro do mercado doméstico fato que poderia leválo à falência podem se desenvolver e crescer até chegar a serem competitivos graças à vantagem absoluta Sua teoria da vantagem competitiva também afirma que as nações podem evoluir e aumentar o nível de riqueza por meio da especialização de um conjunto de intercâmbios de COMÉRCIO Página 11 comércio internacional chegando a atingir taxas de consumo mais elevadas em comparação a limitar a produção por si mesmos 13 ELI HECKSCHER E BERTIL OHLIN Eli Heckscher 1879 1952 nascido em Estocolmo dedicou sua vida ao estudo da economia política da estatística e da história da economia Já o ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 1977 Bertil Ohlin 1899 1979 nascido na Suécia dedicouse a estudar as teorias do comércio e as finanças internacionais As teorias econômicas sobre o comércio internacional dão uma reviravolta radical no início do século XX graças ao trabalho destes dois autores Modelo de HeckscherOhlin A teoria de HeckscherOhlin considera dois fatores de produção fundamentais Mão de obra Capital E será a tecnologia o elemento determinante na forma de combinar tais fatores A teoria explica que cada sistema de produção de um determinado produto vai necessitar de uma determinada combinação desses elementos Teoria da proporção dos fatores de produção De acordo com esta teoria tendo em conta que todos os países têm acesso ao mesmo desenvolvimento tecnológico e ao mesmo nível de produtividade mão de obra podese dizer que a intensidade dos fatores utilizados na fabricação do produto dependerá unicamente da tecnologia utilizada e do seu modelo de produção Da mesma forma esta teoria enfatiza que a vantagem comparativa destes países se encontra no custo dos fatores de produção que estão envolvidos diretamente no preço final dos produtos COMÉRCIO Página 12 Vantagem dos fatores de produção Os países que têm grande quantidade de fatores de produção deveriam se especializar no funcionamento dos produtos que estão associados com tal fator abundante além do baixo preço Países com mão de obra barata e abundante deveriam se especializar na fabricação de produtos que requerem o uso intensivo da mão de obra e importar produtos que requerem grande investimento Países com abundância de capital devem se especializar na produção de bens que exigem uma inversão grande de capital trazendo de outros países a grande quantidade de mão de obra necessária Princípio da compensação Situação de mercado que consiste em que quando se produz um intercâmbio de livre comércio e aparecem os benefícios de maior produção e maior consumo é possível que os setores beneficiados pelo contexto transfiram parte de seus bens aos setores que não recebem maisvalia proveniente do comércio exterior Premissas da teoria dos fatores de produção Equilíbrio comercial 2 x 2 x 2 A teoria pressupõe dois países dois produtos e dois fatores de produção Por tal razão devese salientar que se dois países atingem o seu nível máximo de produção em todos os tipos de produtos e comercializam apenas entre eles dizse que atingiram um equilíbrio comercial Excessiva especialização produtiva Um aumento na especialização do produto que possua maiores fatores de produção levará ao aumento da necessidade de unidade do fator de produção para conseguir um mesmo nível produtivo como consequência da escassez do fator de produção devido a uma excessiva especialização produtiva Como resultado reduzse a produtividade e a vantagem comparativa do país em um produto concreto pois a oferta dos fatores de produção não é linear e a linha de produção diminuirá a partir de um determinado ponto de produção Concorrência justa e equilíbrio O mercado em que se intercambia o investimento e a produção é competitivo sem retaliação Além disso os fatores de produção mão COMÉRCIO Página 13 de obra e capital se desenvolvem em um ambiente de oferta e demanda equilibrado isto é em cada fator se paga seu valor verdadeiro Por outro lado o intercâmbio do comércio mundial se faz através da justa competência isso é não existem países que exerçam controle de mercado de outros Nãomobilidade Os fatores de produção capital e mão de obra são imóveis ou seja não se podem ultrapassar fronteiras para participar no processo de produção de outro país 14 WASSILY LEONTIEF Economista americano de origem russa Leontief 1906 1999 comprovou a teoria dos fatores de produção e a influência no comércio mundial através da análise específica das importações e exportações dos Estados Unidos em 1947 Baseado na teoria dos fatores de produção concluiu que os Estados Unidos são um país com grande disponibilidade de capital mas com pouca disponibilidade de mão de obra A hipótese inicial dessa análise é que tal país necessitava estar especializado na produção e importação de bens muito poderosos no uso do capital ao mesmo tempo em que deveria importar produtos que necessitavam grande uso de mão de obra Comprovação A fim de demonstrar sua teoria Leontief realizou uma análise dos inputsoutputs que estavam relacionados ao processo de elaboração de cada produto de maneira que desmembrou a mercadoria em seu valor de mão de obra capital e outros elementos para a obtenção final de cada produto Resultados Demonstrou que todos os produtos exportados pelos Estados Unidos eram mais intensos referentes à mão de obra que aqueles importados Consequências Houve um novo debate sobre a existência de outros fatores complementares aos fatores de produção A diferença entre o trabalhador com e sem qualificação COMÉRCIO Página 14 Os sistemas de produção não são lineares variam dependendo do país de origem devido às variáveis alheias ao processo produtivo As dificuldades que aparecem como resultado das diferentes ideias sobre os fatores de produção e sua importância verdadeira no mercado mundial têm como consequência a aparição de um grupo de autores cujo objetivo foi encontrar alternativas teóricas que analisem e justifiquem a origem das leis do comércio internacional 15 STAFFAN BURENSTAM LINDER Economista político sueco Linder 1931 2000 aparece nesse novo contexto de investigação por meio de uma obra que mudou radicalmente a tendência dos estudos tradicionais Deixou de lado a investigação da oferta ou da produção para centrar na demanda de produtos Linder explica que o comércio de produtos manufaturados tinha origem na homogeneidade ou diversidade da oferta nos diferentes mercados nacionais e não como afirmavam as demais teorias pelos custos de produção dos produtos Explica que a demanda por produtos tem um impacto fundamental na regulação e a regulamentação dos movimentos do comércio mundial mediante as seguintes premissas Crescimento da renda per capita se aumenta a renda per capita de um país produz se um aumento na complexidade e na qualidade de tais produtos demandados por sua população Segmentação dos mercados as empresas manufatureiras carecem de conhecimento sobre aqueles mercados externos que são distintos em relação à demanda de produtos A lógica de expansão seria em direção aos países que compartilham um mercado com um sistema de demanda semelhante ao da sede da empresa Podese dizer então que há uma segmentação dos mercados e que se deve conhecer e estudar o segmento em que a oferta dos produtos se encaixa COMÉRCIO Página 15 Conclusões da sua obra Aspecto positivo a importância do estudo da demanda como um fator adicional que rege as leis das trocas comerciais enquanto se observa esse processo de seleção dos mercados dependendo da oferta e da demanda Aspecto negativo radical segmentação das relações comerciais entre os países com diferenças significativas quanto à renda per capita e estrutura da demanda Exemplo México e Estados Unidos ou China Europa e Estados Unidos 16 RAYMOND VERNON Economista americano e reconhecido professor da Universidade de Harvard Com Vernon 1913 1999 a evolução da teoria econômica do comércio internacional vai crescendo em relação ao desenvolvimento econômico dos países industrializados e das novas versões de produto que vão surgindo no mercado além das novas tecnologias que se incorporam na cadeia de produção Sua obra Teoria do ciclo do produto 1966 envolve uma mudança em relação às abordagens tradicionais Hipótese de Vernon Importância do produto devese centrar mais a análise nos países na tecnologia utilizada na fabricação e nos fatores que intervêm cada produto do que no produto em si Ênfases na informação e conhecimento do processo de produção O conhecimento passa a ser uma das variáveis de maior importância na decisão de comercializar ou investir Premissas teóricas a Novas tecnologias as inovações tecnológicas são uma chave primordial para a elaboração de novas formas de produção mais eficientes e para a criação de novos produtos capazes de atender às necessidades da demanda do mercado De acordo com tal premissa são os países industrializados quem a adotam visto que para a modernização tecnológica é preciso mão de obra especializada e grande quantidade de capital COMÉRCIO Página 16 b Ciclo do produto o processo de produção e a tecnologia vinculada ao mesmo evoluem em 3 fases denominadas ciclo do produto Com início através do aumento do processo de comercialização do produto resultando que o sistema de manufatura se padroniza e se estende à mão de obra de baixa qualificação permitindo assim um transbordar de produção e movimentos do comércio em direção a outros países menos desenvolvidos com pouco acesso a recursos tecnológicos podendo assim dispor de mão de obra barata e pouco especializada Teoria do ciclo do produto Esta teoria é formada por dois elementos fundamentais a oferta custos de produção e a demanda padrão de vida dos consumidores Qualquer variação entre essas dimensões implicaria uma mudança nos fluxos de produção e portanto do comércio exterior Na continuação veremos as três fases que distinguem Vernon 1 Produto novo Em tal fase o produto precisa estar em contato com o mercado de origem no qual estão as circunstâncias ideais para o processo inovador informação comunicação entre profissionais qualificados e especializados e o alto grau de industrialização do meio Para a inovação no sistema produtivo de um produto e para a oferta de produtos necessita se de grandes quantidades de capital e mão de obra altamente especializada ambos dedicados à investigação e ao desenvolvimento Nessa fase o produto ainda não encontrou sua padronização seja na sua essência seja no processo de fabricação ao mesmo tempo em que apresenta um elevado custo de produção e requer um controle contínuo de uma equipe qualificada Referente à organização do mercado nessa fase o produto encontrase em uma situação de monopólio por parte dos responsáveis da venda e fabricação Tal fato revela a obtenção de elevadas margens de lucro e a manutenção de um oneroso processo de produção Por outro lado a elasticidade do preço é pouca quase nula e o consumidor doméstico de alto poder aquisitivo podese permitir ainda assim a comprar o produto COMÉRCIO Página 17 2 Maturidade do produto Conforme avança o processo de fabricação o produto vai se padronizando e a necessidade de mão de obra qualificada vai diminuindo Isso tem como consequência a redução dos custos de produção Com isso aparecem novos competidores fabricando o mesmo produto dentro do mercado de maneira que aumenta a pressão sobre o preço e uma diminuição nas margens de lucro Nessa fase os países inovadores iniciam uma expansão a outros países aumentando suas vendas Essa situação de aumento da concorrência no mercado interno implica o surgimento de outros centros de produção nos países onde o trabalho é mais barato e com preços mais competitivos Isso obriga os fabricantes a expandir o processo de produção para países com menor custo para tirar proveito da vantagem competitiva de modo que se evite perder a quota do mercado ou market share 3 Padronização do produto Esta é a fase na qual a fabricação chega a sua padronização de maneira que o país de produção será aquele que tiver menor custo Deslocando a vantagem competitiva dos países desde um país inicial com grandes recursos de inovação tecnológica e um mercado de alto nível aquisitivo para países com vantagens comparativas em relação aos custos de produção Nessa etapa o preço do produto está mais baixo e as margens de lucro menores O país que foi o mercado original do produto passa a ser o importador e volta a reiniciar o ciclo produtivo por meio da incorporação de novos sistemas de produção e novos produtos O investimento A teoria do ciclo do produto de Vernon teve seu grande impacto nos estudos econômicos e influência na visão da economia global com a imersão de uma nova variável que explica os fluxos do comércio mundial o investimento Introduzse tal variável advertindo sobre a liberdade de circulação dos investimentos entre países deixando para trás a natureza inalterada de tal variável Além disso estava relacionada diretamente com a localização dos COMÉRCIO Página 18 centros de produção a nível internacional dependendo da fase de maturidade em que se situava cada produto Limitações da Teoria do Ciclo do Produto A teoria se dirige aos produtos de alto componente tecnológico existem contudo aqueles em que o componente material ou humano é mais relevante do que o componente de inovação tecnológica Esta teoria destinase aos produtos cujo objetivo ou processo final é transformálos em produtos de consumo de massa Por isso é necessário chegar a um nível de universalização e um alto grau de consumo e produção para poder apreciar cada fase do ciclo produtivo CRÍTICA A TEORIAS ECONÔMICAS Nos anos 80 as tendências do comércio internacional dão lugar a uma crítica das teorias econômicas do momento e ocorrem fatos difíceis de explicar Existe um crescimento rápido permanente e sustentado do comércio mundial apesar disso não se pode explicar com as investigações realizadas a fragmentação existente entre diferentes países Exagerado crescimento do déficit comercial dos Estados Unidos mais um declive na competitividade internacional das empresas americanas eventos que dão lugar às investigações que denominam o fenômeno de falência da teoria do comércio 17 PAUL KRUGMAN No contexto citado anteriormente das críticas ao comércio internacional surge Krugman 1953 economista e jornalista divulgador americano atualmente professor de economia e assuntos internacionais da Universidade de Princeton Sua teoria centrava na análise dos custos de produção como o custo e o preço controlam e dirigem as tendências do comércio mundial Krugman parte de uma abordagem microeconômica para a estrutura do mercado e desenvolve sua teoria com base em dois aspectos do pensamento economia de escala interna e externa COMÉRCIO Página 19 a Economias de escala interna Referese à situação em que o custo por unidade do produto final depende diretamente da dimensão da empresa ou seja quanto maior a empresa maior o lucro e preço mais baixo do produto As empresas que possuem uma alta economia de escala têm possibilidade de monopolizar um setor econômico de maneira que se cria um mercado imperfeito o que pode afetar a largo prazo o mercado mundial visto que tal imperfeição se estende ao comércio mundial causado pela venda de produtos de baixo preço que serão competitivos em outros países A relação entre o monopólio do mercado doméstico e a influência no mercado internacional pode ser explicada com a teoria da vantagem competitiva Quando um país alcança a economia de escala significa que investiu grandes quantidades de recursos para o desenvolvimento de tal economia de escala Ao mesmo tempo deixa outros setores possibilitando a especialização em um determinado e por conseguinte a vantagem comparativa permitindo que outros países se especializem nessas áreas abandonadas Às vezes um país pode se dedicar a exportar e importar um determinado produto já a especialização na hora de fabricálo pode variar de um país para outro Portanto existem situações em que se importam produtos de terceiros países mesmo tendo empresas competentes que o fabriquem dentro do país importador b Economias de escala externas A eficiência a competitividade a redução de custos e a otimização de recursos nem sempre dependem de uma única empresa senão que podem depender de um grupo de empresas que formam o setor e que se dedicam à fabricação do mesmo produto De tal forma um país pode ter vantagem competitiva em um produto devido à existência de pequenas empresas que unidas formam um grande setor o qual é competitivo em relação ao comércio internacional
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comércio internacional era uma ferramenta para a expansão dos mercados e uma maneira de ampliar as dimensões do mercado doméstico Conseguiu com tal visão uma série de vantagens que tinham a ver com a expansão exterior e comercial com outros países que são a economia de escala e a eficiência na utilização dos recursos disponíveis Limitações Percebemos as seguintes limitações em seus estudos Desenvolveu o conceito de vantagem absoluta mas não descreveu nem especificou como conseguir tal vantagem Não voltou seu pensamento sobre o que fazer com os países que não possuíam vantagem absoluta em nenhum produto 12 DAVID RICARDO Economista inglês David Ricardo 1772 1823 foi membro da corrente de pensamento clássico econômico e escreveu Princípios de economia política 1819 em que se percebe uma evolução dos pensamentos de Adam Smith Vantagem comparativa David afirmou que além de se possuir uma vantagem absoluta em relação a outro país existirá algum produto em que a diferença de tal vantagem seja maior de maneira que o país deveria se especializar em sua produção A tal feito denominase vantagem comparativa No âmbito do comércio internacional cada país possui uma vantagem comparativa de um só produto ainda assim terá designado um determinado esquema de produção Para David Ricardo aqueles países que possuem um baixo nível de produtividade dentro do mercado doméstico fato que poderia leválo à falência podem se desenvolver e crescer até chegar a serem competitivos graças à vantagem absoluta Sua teoria da vantagem competitiva também afirma que as nações podem evoluir e aumentar o nível de riqueza por meio da especialização de um conjunto de intercâmbios de COMÉRCIO Página 11 comércio internacional chegando a atingir taxas de consumo mais elevadas em comparação a limitar a produção por si mesmos 13 ELI HECKSCHER E BERTIL OHLIN Eli Heckscher 1879 1952 nascido em Estocolmo dedicou sua vida ao estudo da economia política da estatística e da história da economia Já o ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 1977 Bertil Ohlin 1899 1979 nascido na Suécia dedicouse a estudar as teorias do comércio e as finanças internacionais As teorias econômicas sobre o comércio internacional dão uma reviravolta radical no início do século XX graças ao trabalho destes dois autores Modelo de HeckscherOhlin A teoria de HeckscherOhlin considera dois fatores de produção fundamentais Mão de obra Capital E será a tecnologia o elemento determinante na forma de combinar tais fatores A teoria explica que cada sistema de produção de um determinado produto vai necessitar de uma determinada combinação desses elementos Teoria da proporção dos fatores de produção De acordo com esta teoria tendo em conta que todos os países têm acesso ao mesmo desenvolvimento tecnológico e ao mesmo nível de produtividade mão de obra podese dizer que a intensidade dos fatores utilizados na fabricação do produto dependerá unicamente da tecnologia utilizada e do seu modelo de produção Da mesma forma esta teoria enfatiza que a vantagem comparativa destes países se encontra no custo dos fatores de produção que estão envolvidos diretamente no preço final dos produtos COMÉRCIO Página 12 Vantagem dos fatores de produção Os países que têm grande quantidade de fatores de produção deveriam se especializar no funcionamento dos produtos que estão associados com tal fator abundante além do baixo preço Países com mão de obra barata e abundante deveriam se especializar na fabricação de produtos que requerem o uso intensivo da mão de obra e importar produtos que requerem grande investimento Países com abundância de capital devem se especializar na produção de bens que exigem uma inversão grande de capital trazendo de outros países a grande quantidade de mão de obra necessária Princípio da compensação Situação de mercado que consiste em que quando se produz um intercâmbio de livre comércio e aparecem os benefícios de maior produção e maior consumo é possível que os setores beneficiados pelo contexto transfiram parte de seus bens aos setores que não recebem maisvalia proveniente do comércio exterior Premissas da teoria dos fatores de produção Equilíbrio comercial 2 x 2 x 2 A teoria pressupõe dois países dois produtos e dois fatores de produção Por tal razão devese salientar que se dois países atingem o seu nível máximo de produção em todos os tipos de produtos e comercializam apenas entre eles dizse que atingiram um equilíbrio comercial Excessiva especialização produtiva Um aumento na especialização do produto que possua maiores fatores de produção levará ao aumento da necessidade de unidade do fator de produção para conseguir um mesmo nível produtivo como consequência da escassez do fator de produção devido a uma excessiva especialização produtiva Como resultado reduzse a produtividade e a vantagem comparativa do país em um produto concreto pois a oferta dos fatores de produção não é linear e a linha de produção diminuirá a partir de um determinado ponto de produção Concorrência justa e equilíbrio O mercado em que se intercambia o investimento e a produção é competitivo sem retaliação Além disso os fatores de produção mão COMÉRCIO Página 13 de obra e capital se desenvolvem em um ambiente de oferta e demanda equilibrado isto é em cada fator se paga seu valor verdadeiro Por outro lado o intercâmbio do comércio mundial se faz através da justa competência isso é não existem países que exerçam controle de mercado de outros Nãomobilidade Os fatores de produção capital e mão de obra são imóveis ou seja não se podem ultrapassar fronteiras para participar no processo de produção de outro país 14 WASSILY LEONTIEF Economista americano de origem russa Leontief 1906 1999 comprovou a teoria dos fatores de produção e a influência no comércio mundial através da análise específica das importações e exportações dos Estados Unidos em 1947 Baseado na teoria dos fatores de produção concluiu que os Estados Unidos são um país com grande disponibilidade de capital mas com pouca disponibilidade de mão de obra A hipótese inicial dessa análise é que tal país necessitava estar especializado na produção e importação de bens muito poderosos no uso do capital ao mesmo tempo em que deveria importar produtos que necessitavam grande uso de mão de obra Comprovação A fim de demonstrar sua teoria Leontief realizou uma análise dos inputsoutputs que estavam relacionados ao processo de elaboração de cada produto de maneira que desmembrou a mercadoria em seu valor de mão de obra capital e outros elementos para a obtenção final de cada produto Resultados Demonstrou que todos os produtos exportados pelos Estados Unidos eram mais intensos referentes à mão de obra que aqueles importados Consequências Houve um novo debate sobre a existência de outros fatores complementares aos fatores de produção A diferença entre o trabalhador com e sem qualificação COMÉRCIO Página 14 Os sistemas de produção não são lineares variam dependendo do país de origem devido às variáveis alheias ao processo produtivo As dificuldades que aparecem como resultado das diferentes ideias sobre os fatores de produção e sua importância verdadeira no mercado mundial têm como consequência a aparição de um grupo de autores cujo objetivo foi encontrar alternativas teóricas que analisem e justifiquem a origem das leis do comércio internacional 15 STAFFAN BURENSTAM LINDER Economista político sueco Linder 1931 2000 aparece nesse novo contexto de investigação por meio de uma obra que mudou radicalmente a tendência dos estudos tradicionais Deixou de lado a investigação da oferta ou da produção para centrar na demanda de produtos Linder explica que o comércio de produtos manufaturados tinha origem na homogeneidade ou diversidade da oferta nos diferentes mercados nacionais e não como afirmavam as demais teorias pelos custos de produção dos produtos Explica que a demanda por produtos tem um impacto fundamental na regulação e a regulamentação dos movimentos do comércio mundial mediante as seguintes premissas Crescimento da renda per capita se aumenta a renda per capita de um país produz se um aumento na complexidade e na qualidade de tais produtos demandados por sua população Segmentação dos mercados as empresas manufatureiras carecem de conhecimento sobre aqueles mercados externos que são distintos em relação à demanda de produtos A lógica de expansão seria em direção aos países que compartilham um mercado com um sistema de demanda semelhante ao da sede da empresa Podese dizer então que há uma segmentação dos mercados e que se deve conhecer e estudar o segmento em que a oferta dos produtos se encaixa COMÉRCIO Página 15 Conclusões da sua obra Aspecto positivo a importância do estudo da demanda como um fator adicional que rege as leis das trocas comerciais enquanto se observa esse processo de seleção dos mercados dependendo da oferta e da demanda Aspecto negativo radical segmentação das relações comerciais entre os países com diferenças significativas quanto à renda per capita e estrutura da demanda Exemplo México e Estados Unidos ou China Europa e Estados Unidos 16 RAYMOND VERNON Economista americano e reconhecido professor da Universidade de Harvard Com Vernon 1913 1999 a evolução da teoria econômica do comércio internacional vai crescendo em relação ao desenvolvimento econômico dos países industrializados e das novas versões de produto que vão surgindo no mercado além das novas tecnologias que se incorporam na cadeia de produção Sua obra Teoria do ciclo do produto 1966 envolve uma mudança em relação às abordagens tradicionais Hipótese de Vernon Importância do produto devese centrar mais a análise nos países na tecnologia utilizada na fabricação e nos fatores que intervêm cada produto do que no produto em si Ênfases na informação e conhecimento do processo de produção O conhecimento passa a ser uma das variáveis de maior importância na decisão de comercializar ou investir Premissas teóricas a Novas tecnologias as inovações tecnológicas são uma chave primordial para a elaboração de novas formas de produção mais eficientes e para a criação de novos produtos capazes de atender às necessidades da demanda do mercado De acordo com tal premissa são os países industrializados quem a adotam visto que para a modernização tecnológica é preciso mão de obra especializada e grande quantidade de capital COMÉRCIO Página 16 b Ciclo do produto o processo de produção e a tecnologia vinculada ao mesmo evoluem em 3 fases denominadas ciclo do produto Com início através do aumento do processo de comercialização do produto resultando que o sistema de manufatura se padroniza e se estende à mão de obra de baixa qualificação permitindo assim um transbordar de produção e movimentos do comércio em direção a outros países menos desenvolvidos com pouco acesso a recursos tecnológicos podendo assim dispor de mão de obra barata e pouco especializada Teoria do ciclo do produto Esta teoria é formada por dois elementos fundamentais a oferta custos de produção e a demanda padrão de vida dos consumidores Qualquer variação entre essas dimensões implicaria uma mudança nos fluxos de produção e portanto do comércio exterior Na continuação veremos as três fases que distinguem Vernon 1 Produto novo Em tal fase o produto precisa estar em contato com o mercado de origem no qual estão as circunstâncias ideais para o processo inovador informação comunicação entre profissionais qualificados e especializados e o alto grau de industrialização do meio Para a inovação no sistema produtivo de um produto e para a oferta de produtos necessita se de grandes quantidades de capital e mão de obra altamente especializada ambos dedicados à investigação e ao desenvolvimento Nessa fase o produto ainda não encontrou sua padronização seja na sua essência seja no processo de fabricação ao mesmo tempo em que apresenta um elevado custo de produção e requer um controle contínuo de uma equipe qualificada Referente à organização do mercado nessa fase o produto encontrase em uma situação de monopólio por parte dos responsáveis da venda e fabricação Tal fato revela a obtenção de elevadas margens de lucro e a manutenção de um oneroso processo de produção Por outro lado a elasticidade do preço é pouca quase nula e o consumidor doméstico de alto poder aquisitivo podese permitir ainda assim a comprar o produto COMÉRCIO Página 17 2 Maturidade do produto Conforme avança o processo de fabricação o produto vai se padronizando e a necessidade de mão de obra qualificada vai diminuindo Isso tem como consequência a redução dos custos de produção Com isso aparecem novos competidores fabricando o mesmo produto dentro do mercado de maneira que aumenta a pressão sobre o preço e uma diminuição nas margens de lucro Nessa fase os países inovadores iniciam uma expansão a outros países aumentando suas vendas Essa situação de aumento da concorrência no mercado interno implica o surgimento de outros centros de produção nos países onde o trabalho é mais barato e com preços mais competitivos Isso obriga os fabricantes a expandir o processo de produção para países com menor custo para tirar proveito da vantagem competitiva de modo que se evite perder a quota do mercado ou market share 3 Padronização do produto Esta é a fase na qual a fabricação chega a sua padronização de maneira que o país de produção será aquele que tiver menor custo Deslocando a vantagem competitiva dos países desde um país inicial com grandes recursos de inovação tecnológica e um mercado de alto nível aquisitivo para países com vantagens comparativas em relação aos custos de produção Nessa etapa o preço do produto está mais baixo e as margens de lucro menores O país que foi o mercado original do produto passa a ser o importador e volta a reiniciar o ciclo produtivo por meio da incorporação de novos sistemas de produção e novos produtos O investimento A teoria do ciclo do produto de Vernon teve seu grande impacto nos estudos econômicos e influência na visão da economia global com a imersão de uma nova variável que explica os fluxos do comércio mundial o investimento Introduzse tal variável advertindo sobre a liberdade de circulação dos investimentos entre países deixando para trás a natureza inalterada de tal variável Além disso estava relacionada diretamente com a localização dos COMÉRCIO Página 18 centros de produção a nível internacional dependendo da fase de maturidade em que se situava cada produto Limitações da Teoria do Ciclo do Produto A teoria se dirige aos produtos de alto componente tecnológico existem contudo aqueles em que o componente material ou humano é mais relevante do que o componente de inovação tecnológica Esta teoria destinase aos produtos cujo objetivo ou processo final é transformálos em produtos de consumo de massa Por isso é necessário chegar a um nível de universalização e um alto grau de consumo e produção para poder apreciar cada fase do ciclo produtivo CRÍTICA A TEORIAS ECONÔMICAS Nos anos 80 as tendências do comércio internacional dão lugar a uma crítica das teorias econômicas do momento e ocorrem fatos difíceis de explicar Existe um crescimento rápido permanente e sustentado do comércio mundial apesar disso não se pode explicar com as investigações realizadas a fragmentação existente entre diferentes países Exagerado crescimento do déficit comercial dos Estados Unidos mais um declive na competitividade internacional das empresas americanas eventos que dão lugar às investigações que denominam o fenômeno de falência da teoria do comércio 17 PAUL KRUGMAN No contexto citado anteriormente das críticas ao comércio internacional surge Krugman 1953 economista e jornalista divulgador americano atualmente professor de economia e assuntos internacionais da Universidade de Princeton Sua teoria centrava na análise dos custos de produção como o custo e o preço controlam e dirigem as tendências do comércio mundial Krugman parte de uma abordagem microeconômica para a estrutura do mercado e desenvolve sua teoria com base em dois aspectos do pensamento economia de escala interna e externa COMÉRCIO Página 19 a Economias de escala interna Referese à situação em que o custo por unidade do produto final depende diretamente da dimensão da empresa ou seja quanto maior a empresa maior o lucro e preço mais baixo do produto As empresas que possuem uma alta economia de escala têm possibilidade de monopolizar um setor econômico de maneira que se cria um mercado imperfeito o que pode afetar a largo prazo o mercado mundial visto que tal imperfeição se estende ao comércio mundial causado pela venda de produtos de baixo preço que serão competitivos em outros países A relação entre o monopólio do mercado doméstico e a influência no mercado internacional pode ser explicada com a teoria da vantagem competitiva Quando um país alcança a economia de escala significa que investiu grandes quantidades de recursos para o desenvolvimento de tal economia de escala Ao mesmo tempo deixa outros setores possibilitando a especialização em um determinado e por conseguinte a vantagem comparativa permitindo que outros países se especializem nessas áreas abandonadas Às vezes um país pode se dedicar a exportar e importar um determinado produto já a especialização na hora de fabricálo pode variar de um país para outro Portanto existem situações em que se importam produtos de terceiros países mesmo tendo empresas competentes que o fabriquem dentro do país importador b Economias de escala externas A eficiência a competitividade a redução de custos e a otimização de recursos nem sempre dependem de uma única empresa senão que podem depender de um grupo de empresas que formam o setor e que se dedicam à fabricação do mesmo produto De tal forma um país pode ter vantagem competitiva em um produto devido à existência de pequenas empresas que unidas formam um grande setor o qual é competitivo em relação ao comércio internacional