Conheça a proteína fluorescente GFP, derivada das águas-vivas que permitiu revoluções na ciência. Continue a leitura para saber mais.
Embora tenha sido descoberta na década de 1960, a proteína GFP (Green Fluorescente Protein, do inglês proteína verde fluorescente) estão nos oceanos há mais de 160 milhões de anos.
Ela foi batizada e descoberta pelo químico japonês Osamu Shimomura. Shimomura e pesquisadores levaram 20 anos de coleta e pesquisa, com centenas de milhares de águas-vivas para chegar nessa descoberta.
A motivação para seu estudos foi entender o comportamento da água-viva Aequorea victoria. Shimomura queria entender o seu mecanismo de emissão de um brilho verde quando agitada.
Após descobrir que a proteína GFP era a responsável por este brilho, Shimomura isolou e descreveu o seu funcionamento. Foi aí que outros cientistas se interessaram no assunto, e um deles revolucionou a ciência.
Desenvolvimento da GFP
Após ouvir uma palestra sobre a GFP, o biólogo americano Martin Chalfie percebeu que poderia visualizar as atividades microscópicas se marcassem os organismos com esta proteína. Isso significou um grande avanço científico, pois até então não era possível a sua visualização.
Desse modo, a inserção da sequência de DNA que codifica a proteína GFP nos organismos permitiu iluminar as atividades celulares, dando a possibilidade de traçar e entender o seu funcionamento.
No entanto, a proteína GFP apresentava limitações. Além de permanecer por pouco tempo, a sua cor verde não era ideal para certos tipos de pesquisa.
Nesse sentido, o bioquímico norte americano Roger Tsien desenvolveu variações a partir da GFP, o qual apresentava cores diferentes e mais brilhantes.
Devido a importância da GFP no entendimento bioquímico e microscópico, Shimomura, Chalfie e Tsien ganharam o prêmio Nobel de química em 2008.
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