Aquecimento global: Há locais que serão inabitáveis!

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Aquecimento global tem se tornado tão intenso que pode tornar ambientes inabitáveis! Sim, exatamente isso! Em um estudo publicado na PNSA (Proceedings of the National Academy of Sciences), mostra que o calor extremo provocado pelas alterações climáticas podem tornar partes do planeta quentes demais para a sobrevivência humana.

Limitar aumento das temperaturas a 1,5ºC pode não ser o suficiente.

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Populações expostas ao calor extremo sob as alterações climáticas (FONTE imagem).

Uma vez que, caso as temperaturas globais aumentem 1°C ou mais em relação aos níveis atuais. Isso significará que, todos os anos, bilhões de pessoas estarão expostas a calor e umidade tão extremos que não conseguirão se resfriar naturalmente. Essa conclusão é resultado de uma pesquisa interdisciplinar realizada pelo Penn State College of Saúde e Desenvolvimento Humano, juntamente com o Purdue University College of Sciences e o Purdue Institute for a Sustainable Future.

Os resultados de um novo artigo publicado indicam que o aquecimento global além de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais terá um impacto cada vez mais devastador na saúde humana. Além disso, esses resultados ressaltam a importância de tomar medidas imediatas para mitigar as mudanças climáticas.

Os seres humanos só conseguem suportar combinações específicas de calor e umidade antes que seus corpos começarem a apresentar problemas de saúde relacionados ao calor. Como insolação ou ataques cardíacos. Conforme as mudanças climáticas continuam a elevar as temperaturas em todo o mundo. Há o risco de que bilhões de pessoas possam ser empurradas além desses limites críticos. Portanto, é crucial agir para enfrentar esse desafio e proteger a saúde pública.

Desde o início da Revolução Industrial…

Quando os seres humanos começaram a queimar combustíveis fósseis em máquinas e fábricas, as temperaturas globais aumentaram aproximadamente 1°C. Em 2015, 196 nações assinaram o Acordo de Paris. Sendo esses com o objetivo de limitar o aumento da temperatura média mundial a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

A equipe de pesquisadores realizou modelagens de aumentos na temperatura global, variando de 1,5°C a 4°C. Considerando o pior e melhor cenário, no qual o aquecimento começaria a acelerar. Sendo feito com o propósito de identificar as áreas do planeta onde o aumento da temperatura resultaria em níveis de calor e umidade que ultrapassariam os limites suportados pelos seres humanos.

Para compreender como os desafios complexos do mundo real. Tal qual, as mudanças climáticas, afetarão a saúde humana, é fundamental possuir conhecimento tanto sobre o funcionamento do planeta quanto sobre o corpo humano. Isso se deve à interligação entre esses dois aspectos, pois as mudanças no clima podem ter impactos significativos na saúde das pessoas. Portanto, uma abordagem abrangente que combine compreensão do ambiente global e do organismo humano é essencial para lidar com essas questões complexas de maneira eficaz.

Sim, é uma ameaça para bilhões.

O limite de temperatura ambiente – com bulbo úmido – para pessoas jovens e saudáveis é de aproximadamente 31°C com 100% de umidade.

Antes de continuar no assunto, vamos fazer um adendo…

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Psicrômetro formado por dois termômetros (bulbo seco e bulbó umido).

A temperatura com bulbo úmido é a menor temperatura que podemos alcançar apenas com a evaporação da água. A temperatura de bulbo úmido é aquela que se sente quando a pele está molhada e exposta à movimentação do ar.

Ao contrário da temperatura de bulbo seco, que é a temperatura indicada por um termômetro comum. Assim, a temperatura de bulbo úmido é uma medida da quantidade de umidade presente no ar.

Dessa maneira, quanto menor for a umidade relativa do ar, maior será o efeito de resfriamento proporcionado por essa temperatura. Uma vez que a evaporação da água da pele é mais eficaz em condições de baixa umidade.

Isso significa que, em ambientes de baixa umidade, a temperatura de bulbo úmido pode ser mais baixa do que a temperatura de bulbo seco. E por consequência, tornando o ambiente aparentemente mais fresco.

… voltando a questão

Esse limite representa a condição crítica em que a capacidade do corpo humano de dissipar calor é sobrecarregada. Assim, destacando a importância de compreender como as condições climáticas extremas afetam a saúde das pessoas.

No entanto, é importante destacar que além da temperatura e da umidade. O limiar específico para qualquer indivíduo em um determinado momento depende de seu nível de atividade física e de outros fatores ambientais. Incluindo a velocidade do vento e a exposição à radiação solar.

Na história da humanidade, os registros de temperaturas e umidade que ultrapassaram os limites toleráveis pelos seres humanos foram raros. Onde ocorreram apenas em um número limitado de ocasiões e por períodos curtos, principalmente em regiões como o Oriente Médio e o Sudeste Asiático.

Entretanto esse aquecimento global

Os resultados, do estudo, indicam que se as temperaturas globais aumentarem 2°C acima dos níveis pré-industriais, um grande número de pessoas será afetado. Cerca de 2,2 bilhões de residentes no Paquistão e no Vale do Rio Indo, na Índia, bem como um bilhão de pessoas no leste da China e 800 milhões na África Subsariana, enfrentarão anualmente longos períodos de calor que ultrapassam os limites toleráveis para o ser humano.

Nessas regiões, as ondas de calor caracterizam-se principalmente por alta umidade. Ondas de calor com alta umidade podem ser particularmente perigosas, uma vez que o ar não consegue absorver o excesso de umidade, limitando a evaporação do suor humano e prejudicando a sua eficácia. É preocupante destacar que essas regiões estão localizadas em países de renda baixa a média, o que significa que muitas pessoas afetadas podem não ter acesso a ar-condicionado ou a medidas eficazes para mitigar os efeitos adversos do calor na saúde.

Se o aquecimento global continuar a 3°C acima dos níveis pré-industriais, os pesquisadores concluem que níveis de calor e umidade que ultrapassam a tolerância humana começarão a afetar a Costa Leste e o Centro dos Estados Unidos, a América do Sul e a Austrália enfrentarão extremos de calor a esse nível de aquecimento. No entanto, os pesquisadores alertam que esses modelos muitas vezes não levam em consideração os eventos climáticos mais extremos e incomuns, o que pode ser ainda pior.

Assim é importante compreender os limites humanos e o aquecimento global futuro

Para tal, nos últimos anos, foram realizados 462 experimentos independentes para documentar os níveis de calor, umidade e esforço físico combinados que os seres humanos podem tolerar antes que seus corpos não consigam mais manter uma temperatura central estável.

À medida que as pessoas ficam mais quentes, elas começam a suar, e mais sangue é direcionado para a pele, permitindo que mantenham sua temperatura central estável, liberando calor para o ambiente. Entretanto, em níveis específicos de calor e umidade, esses mecanismos de adaptação não são mais eficazes, resultando no aumento da temperatura corporal central.

Embora não seja uma ameaça imediata, essa situação requer algum tipo de alívio. Se as pessoas não encontrarem uma maneira de se refrescar em poucas horas, isso pode levar à exaustão pelo calor, insolação e sobrecarga do sistema cardiovascular, que pode culminar em ataques cardíacos, especialmente em pessoas vulneráveis.

E em 2022 demonstrou-se que os limites de calor e umidade que os seres humanos podem suportar são mais baixos do que se pensava anteriormente (veja mais aqui).

E como ficar seguro nesse “calorão” ? Ainda mais com esse aquecimento global?

Independentemente de quão quente o planeta se torne, os pesquisadores enfatizaram que as pessoas devem sempre estar atentas ao calor e à umidade extremos, mesmo quando permanecerem abaixo dos limites humanos identificados. Em estudos preliminares envolvendo populações mais idosas foi observado que esses adultos experimentam estresse térmico e seus efeitos na saúde em níveis de calor e umidade mais baixos do que os jovens.

É sabido que o aquecimento globral e o calor já é o fenômeno climático que tem causado mortes e as pessoas devem cuidar de si mesmas e de seus vizinhos, especialmente os idosos e os doentes, quando ocorrerem ondas de calor.”

Os dados utilizados neste estudo se concentraram nas temperaturas centrais do corpo, mas os pesquisadores ressaltaram que, durante ondas de calor, as pessoas também enfrentam problemas de saúde decorrentes de outras causas. Por exemplo, foi observado que a maioria das 739 pessoas que faleceram durante a onda de calor de Chicago em 1995 tinha mais de 65 anos e experimentou uma combinação de alta temperatura corporal e problemas cardiovasculares, resultando em ataques cardíacos e outras causas cardiovasculares de morte.

Por fim…

Olhando para o futuro, para evitar o aquecimento global, como já estamos “cansados” de falar e ouvir, existe a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, especialmente o dióxido de carbono proveniente da queima de combustíveis fósseis. Se não ocorrerem as mudanças significativas, os países de renda média e baixa serão os mais afetados.

Como exemplo, os pesquisadores mencionaram a cidade de Al Hudaydah, no Iêmen, uma cidade portuária com mais de 700 mil habitantes localizada no Mar Vermelho. Os resultados do estudo indicam que, se a temperatura global aumentar 4°C, essa cidade pode enfrentar mais de 300 dias por ano com temperaturas que ultrapassam os limites de tolerância humana, tornando-a praticamente inabitável.

O maior estresse térmico ocorrerá em regiões que não economicamente desenvolvidas e que devem experimentar um rápido crescimento populacional nas próximas décadas, o que mostra a urgência da questão.

E tal fato é verdade mesmo considerando o fato de que essas nações em desenvolvimento geram muito menos emissões de gases de efeito estufa do que as nações mais ricas. Como resultado, bilhões de pessoas em situação de pobreza sofrerão, e muitas delas podem perder a vida. No entanto, as nações ricas também sofrerão com esse calor, e em um mundo interconectado, todos afetados negativamente de alguma forma. Portanto, a mitigação do aquecimento global e mudanças climáticas é uma preocupação global que exige ação coletiva.

Referências sobre o aquecimento global

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