Leucemias Crônicas: Venha Saber!!

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Hematologia é ciência que estuda os componentes sanguíneos e seus parâmetros. O estudo da hematologia, remete ao funcionamento de cada constituinte do sangue e sua aplicabilidade no organismo humano. Desse modo, o estudo hematológico, nos permite compreender a formação das células sanguíneas e como elas realizam suas funções. Portanto, veremos o que é a hematopoiese e a sua importância para a hematologia. Contudo veremos mais informações a seguir sobre as leucemias crônicas.

Conceito de hematopoiese

A hematopoiese, conhecido como processo de formação dos novos componentes celulares do sangue. Desse modo, sabe-se que os constituintes do sangue são a parte celular e a porção líquida. Sendo assim, seu processo consiste na formação, replicação, maturação e diferenciação dos componentes sólidos do sangue. Portanto, a grosso modo, a hematopoiese, formará e renovará o sangue de forma constantes, já que o mesmo possui uma sobrevida muito curta.

Órgãos responsáveis pela hematopoiese

Acerca do entendimento da hematopoiese, necessita-se conhecer quem realiza essa função tão importante para o organismo. Desse modo, órgãos do sistema linfático e endócrino são os responsáveis pela formação do sangue. Sendo assim, os órgão pertencentes ao sistema linfático são a medula óssea, linfonodos, e o baço. Já o pertencente ao sistema endócrino é o fígado.

Entretanto, algumas particularidades são exercidas por esses órgãos. No caso do baço, o mesmo possui a capacidade funcional dupla, além da hematopoiese, esse realiza a função da hemocaterese. Logo, essa segunda função tem por finalidade de destruir os eritrócitos com idade avançada, cerca de cento e vinte dias de vida. Já o fígado, importante glândula, e diversas funções importantes, apenas realiza essa função em média até os três meses de vida do indivíduo. Portanto, diversos órgãos com suas particularidades estão relacionados ao processo da hematopoiese e veremos ao longo dos textos que serão publicados aqui no meu guru.

Precursor da hematopoiese

Após a coleta do sangue, estamos preparados para estuda-lo com mais propriedades e afinco. Desse modo no processo da hematopoiese, como em qualquer outro modo de produção, existirá um precursor da etapa de produção. Sendo assim, a célula capaz de realizar todo o processo de inicio da hematopoiese é a célula tronco ou pluripotente. Essa célula, têm a capacidade de se tornar qualquer célula que o organismo necessite, no processo chamado de hiperplasia. Portanto, no processo hematopoiético, a célula tronco dará origem a três linhagens diferentes, que veremos logo a seguir.

Leucemias: Linhagem eritrocitária e hematopoiese

É o processo conhecido como o processo de formação da série vermelha do sangue. Desse modo, a célula pluripotente se iniciará na célula indiferenciada mielóide a qual essa ainda, dará origem a outras sub linhagens importantes. Sendo assim, essa linhagem, de alta complexidade vai dar ainda a formação a diversas sub células antes do do eritrócito(hemácia).

Leucemias: Linhagem leucocitária e hematopoiese

É o processo de formação das células brancas do nosso organismo, conhecidas como leucócitos. São as células que nos defendem de agentes causadores das patologias. Desse modo, conhecido como um processo complexo de formação desses componentes, já que o mesmo possui cinco tipos. Portanto, veremos mais adiante com mais detalhes.

Leucemias: Responsável pela hematologia clínica

Acerca do conhecimento da hematologia, necessita-se de bastante conhecimento sobre o seu assunto. Para tanto, sabe-se que o sangue, líquido de maior preciosidade para o corpo humano, visto que o mesmo transporta água e diversos nutrientes. Sendo assim, a ciência hematológica, requer profissional devidamente capacitado, tanto na teoria quanto na prática. Desse modo, podemos dividir a hematologia em algumas sub áreas do conhecimento. Portanto, veremos essas divisões e quem é o responsável por cada uma delas.

Hematologia na clínica médica: No entendimento da clínica médica, uma especialidade exclusivamente médica. Desse modo, o único responsável por essa área é o médico hematologista. Sendo assim, têm todas as habilidades acerca da hematologia clínica. No entanto, detêm a responsabilidade de averiguar doenças hematológicas e autorizar tratamentos específicos. Portanto, o tratamento mais específico e conhecido é a transfusão de sangue. Logo mais em nosso blog, você verá mais sobre a transfusão sanguínea.

Hematologia clínica laboratorial: É o conhecimento acerca do conhecimento da hematologia aplicado na rotina laboratorial. Sendo assim, o responsável por essa área laboratorial, será o biomédico ou farmacêutico especialista em hematologia. Desse modo, através da sua responsabilidade o mesmo emitirá laudos acerca das mais variadas patologias hematológicas. Entretanto, o mesmo não autoriza a transfusão de sangue, pois o mesmo é ato privativo do médico hematologista. Portanto, os principais exames realizados são: hemograma, coagulograma, plaquetograma e exames complementares na hematologia.

Leucemias

Mielóide Crônica

A leucemia mieloide crônica (LMC) ocorre quando a célula-tronco pluripotente sofre transformação maligna e mieloproliferação clonal, causando superprodução de granulócitos maduros e imaturos. Inicialmente assintomática, a progressão da leucemia mieloide crónica é insidiosa, com estádio “benigno” não específico (fraqueza, anorexia, perda ponderal), eventualmente abrindo caminho para uma fase acelerada ou blástica com sinais mais perigosos, como esplenomegalia, palidez, hematomas fáceis e sangramento, febre, linfadenopatia e alterações cutâneas. Esfregaço de sangue periférico, punção de medula óssea e demonstração de cromossomo Filadélfia são diagnósticos. O tratamento é com inibidores da tirosina quinase (TKI) como imatinibe, nilotinibe, bosutinibe e ponatinibe que melhoram de modo significativo a resposta e prolongam a sobrevida. Fármacos mielossupressores (p. ex., hidroxiureia), transplante de células-tronco e interferona-alfa também são às vezes utilizados.

Leucemias: Cromossomo Philadelphia

O cromossomo Philadelphia (Ph) está presente em 90 a 95% dos casos de leucemia mieloide crônica. O cromossomo Ph é o produto de uma translocação recíproca entre os cromossomos 9 e o cromossomo 22, t (9; 22). Durante essa translocação, uma parte do cromossomo 9 contendo o oncógene ABL é translocado para o cromossomo 22 e fundido no gene BCR. O gene de fusão quimérica BCR-ABL é responsável pela produção da tirosina quinase da oncoproteína bcr-abl.

A oncoproteína bcr-abl apresenta atividade não controlada da tirosina quinase, que desregula a proliferação celular, diminui a adesão das células leucêmicas ao estroma da medula óssea e protege as células leucêmicas da morte celular programada (apoptose) normal.

A leucemia mieloide crônica (LMC) ocorre quando uma célula progenitora hematopoiética pluripotente anormal inicia a produção excessiva de células de linhagem mieloide, primariamente na medula óssea, mas também em locais extramedulares (p. ex., baço, fígado). Embora a produção de granulócitos predomine, o clone neoplásico inclue eritrócitos, megacariócitos, monócitos e mesmo algumas células B e T. As células-tronco normais são retidas e podem emergir após a supressão por fármaco do clone da Leucemia mieloide crônica (LMC).

Fases

Não tratada, a Leucemia mieloide crônica (LMC) passa por 3 fases:

    A fase crônica: uma fase inicial indolente que pode durar 5 a 6 anos

    Fase acelerada: insucesso do tratamento, piora da anemia, trombocitopenia ou trombocitose progressiva, esplenomegalia persistente ou agravada, evolução clonal, aumento dos níveis séricos de basófilos e aumento dos níveis de blastos na medula óssea ou no sangue (até 19%)

    A fase blástica: acúmulo de blastos fora da medula (p. ex., ossos, sistema nervoso central, linfonodos e pele), aumento do número de blastos no sangue ou na medula para ≥ 20%

A fase blástica causa complicações fulminantes, lembrando aquelas da leucemia aguda, incluindo sepse e sangramento. Alguns pacientes progridem diretamente da fase crônica para a fase blástica.

Linfóide Crônica

leucemia linfocítica crônica (LLC) é caracterizada pelo acúmulo progressivo de linfócitos B malignos fenotipicamente maduros. Os locais primários da doença incluem sangue periférico, medula óssea, baço e linfonodos. Os sinais e sintomas podem estar ausentes ou podem incluir linfadenopatia, esplenomegalia, hepatomegalia, febre sudorese noturna, perda ponderal não intencional e saciedade precoce. O diagnóstico é por citometria de fluxo e imunofenotipagem do sangue periférico. O tratamento é adiado até que os sintomas se desenvolvam e geralmente envolve quimioterapia e imunoterapia. Mas os tratamentos estão evoluindo e os esquemas de primeira linha podem incluir agentes direcionados como inibidores da tirosina quinase de Bruton (Btk) e Bcl-2, com ou sem quimioterapia.

Na leucemia linfocítica crônica, os linfócitos B CD5+ sofrem transformação maligna. Os linfócitos B são continuamente ativados pela aquisição de mutações que levam à linfocitose de linfócitos B monoclonais (LBM). Acúmulo adicional de anomalias genéticas e subsequente transformação oncogênica dos linfócitos B monoclonais levam à leucemia linfocítica crônica (LLC). Os linfócitos inicialmente se acumulam na medula óssea e então se disseminam para os linfonodos e outros tecidos linfoides, com o tempo induzindo à esplenomegalia, hepatomegalia e sintomas sistêmicos como fadiga, febre, sudorese noturna, saciedade precoce e perda ponderal não intencional.

Leucemias: Progressão

Com o progresso da doença, a hematopoese anormal resulta em anemia, neutropenia, trombocitopenia e diminuição da produção de imunoglobulina. A hipogamaglobulinemia pode se desenvolver em até dois terços dos pacientes, aumentando o risco de complicações infecciosas. Os pacientes têm maior suscetibilidade a anemias hemolíticas autoimunes (com um teste de antiglobulina direto positivo) e trombocitopenia autoimune.

A leucemia linfocítica crônica (LLC) pode evoluir para leucemia prolinfocítica de linfócitos B e pode se transformar em linfoma não Hodgkin de grau mais alto. Cerca de 2 a 10% dos casos de leucemia linfocítica crônica (LLC) se transformam em linfoma difuso de grandes células B (chamado de transformação de Richter).

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