Leucemias: Saiba como é feito o diagnóstico

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Hematologia é ciência que estuda os componentes sanguíneos e seus parâmetros. O estudo da hematologia, remete ao funcionamento de cada constituinte do sangue e sua aplicabilidade no organismo humano. Desse modo, o estudo hematológico, nos permite compreender a formação das células sanguíneas e como elas realizam suas funções. Portanto, a hematologia clínica têm a finalidade de investigar a etiologia, fisiopatologia e tratamento acerca das doenças que acometem o sangue. Logo a mais veremos como é realizado o diagnóstico das principais leucemias.

Leucemias: Responsável pela hematologia clínica

Acerca do conhecimento da hematologia, necessita-se de bastante conhecimento sobre o seu assunto. Para tanto, sabe-se que o sangue, líquido de maior preciosidade para o corpo humano, visto que o mesmo transporta água e diversos nutrientes. Sendo assim, a ciência hematológica, requer profissional devidamente capacitado, tanto na teoria quanto na prática. Desse modo, podemos dividir a hematologia em algumas sub áreas do conhecimento. Portanto, veremos essas divisões e quem é o responsável por cada uma delas.

Hematologia na clínica médica: No entendimento da clínica médica, uma especialidade exclusivamente médica. Desse modo, o único responsável por essa área é o médico hematologista. Sendo assim, têm todas as habilidades acerca da hematologia clínica. No entanto, detêm a responsabilidade de averiguar doenças hematológicas e autorizar tratamentos específicos. Portanto, o tratamento mais específico e conhecido é a transfusão de sangue. Logo mais em nosso blog, você verá mais sobre a transfusão sanguínea.

Hematologia clínica laboratorial: É o conhecimento acerca do conhecimento da hematologia aplicado na rotina laboratorial. Sendo assim, o responsável por essa área laboratorial, será o biomédico ou farmacêutico especialista em hematologia. Desse modo, através da sua responsabilidade o mesmo emitirá laudos acerca das mais variadas patologias hematológicas. Entretanto, o mesmo não autoriza a transfusão de sangue, pois o mesmo é ato privativo do médico hematologista. Portanto, os principais exames realizados são: hemograma, coagulograma, plaquetograma e exames complementares na hematologia.

Leucemias: Material biológico para a hematologia clínica

Para realização dos exames na hematologia clínica, necessita-se de material biológico, o qual pode ser o sangue ou a medula óssea. Desse modo, precisamos obter os mesmos, o sangue você pode saber como é feito nesse artigo. Entretanto, a coleta da medula óssea, requer um procedimento mais complexo que requer passo a passo que veremos em outro artigo mais adiante.

Realizando o hemograma

Agora que possuímos nossa amostra biológica podemos seguir para análise da mesma. Sendo assim a amostra deve estar em constante homogeneização. Para tal processo o sangue contido dentro do tubo ficará em suspensão e sendo homogeneizado. Desse modo esse processo têm o objetivo de evitar a sedimentação dos componentes celulares. Logo, isso evita resultados altamente duvidosos. Portanto o aparelho utilizado é homogeneizador.

Homogeneizador utilizado no hemograma para diagnóstico das leucemias.
Homogeneizador utilizado no hemograma. Fonte

Leucemias: Partes do Hemograma de interesse hematológico

Após a obtenção dos resultados do hemograma o mesmo divide-se em 3 partes. Lembrando que todo hemograma já é completo. Logo, alguém falar “hemograma completo” é uma redundância. Porém, o médico pode solicitar apenas alguma sessão do hemograma. Portanto, veremos a seguir quais são essas sessões:

Eritrograma

O eritrograma é parte do hemograma que realiza análise quantitativa e qualitativa das células vermelhas ou eritrócitos ou red blood cells. Sendo assim, é a sessão que pode nos indicar se o paciente está ou não com anemia. Para saber se o indivíduo está com anemia, necessita-se a avaliação dos índices hematimétricos. Portanto, são eles:

  • Hemácias
  • Hemoglobina
  • Hematócrito
  • VCM
  • HCM
  • CHCM
  • RDW

Leucograma e Hemograma

O Leucograma é a sessão do hemograma o qual avalia de forma qualitativa e quantitativa as células brancas ou leucócitos ou white blood cells. Logo, o leucograma nos diz respeito se o paciente tem ou não leucemias de origem linfóide. Além disso, nos revela o qual tipo de infecção está acometendo o individuo e com seguir a terapêutica mais adequada. Além do mais, no leucograma nos diz algumas informações importantes, tais como:

  • Contagem total;
  • Neutrófilos;
  • Linfócitos;
  • Eosinófilos;
  • Monócitos;
  • Basófilos.

No entanto esses valores podem ser expressos em valor absoluto e relativo. Logo mais, você aprenderá como realizar o cálculo do valor absoluto e relativo dos leucócitos.

Diagnóstico mais preciso das leucemias

A confirmação diagnóstica da leucemia é feita com o exame da medula óssea, o mielograma. Em alguns casos, ainda é necessária a realização da biópsia da medula óssea, onde um fragmento do osso da bacia é retirado e enviado para a análise de um patologista.

As taxas de indução de remissão estão na faixa de 50 a 85%. A sobrevida livre da doença a longo prazo é geralmente cerca de 20 a 40%, mas é 40 a 50% em pacientes mais jovens tratados com quimioterapia intensiva ou transplante de células-tronco.

Principais marcadores

Os marcadores linfóides B CD19, CD79a, CD10, CD22 cit, os marcadores linfóides T CD7, CD3 cit, os marcadores mielóides CD13, CD33, CD117 e anti-MPO e o marcador de células progenitoras CD34.

Imunofenotipagem

A imunofenotipagem por citometria de fluxo é um exame de alta complexidade, tem sido o método preferencial para a determinação da linhagem celular e análise da maturação das células nas neoplasias hematológicas. Através dela é possível definir se um paciente é portador de uma leucemia e seu tipo específico. Além disso, A imunofenotipagem é o exame de maior importância utilizado para diferenciar os marcadores de superfície dos blastos conseguindo assim caracterizar se a leucemia é linfoide ou mieloide.

Leucemias: Técnica FISH

Também chamada Hibridização “In Situ” Fluorescente (ou FISH), esta técnica possui o mesmo princípio de funcionamento da HIS, diferenciando-se apenas por utilizar moléculas em sua aplicação que emitem cores fluorescentes quando excitadas por uma luz em um determinado comprimento de onda. A metodologia FISH possibilita a análise de um grande número de células em metáfase e em intérfase, contornando uma dificuldade importante que é a obtenção de metáfases de células neoplásicas. Também permite a identificação de alterações estruturais mais discretas, abaixo da resolução da citogenética convencional.

Técnica do PCR

A técnica de PCR (Polymerase Chain Reaction ou Reação em Cadeia da Polimerase) é um método semiquantitativo rápido que possibilita a amplificação in vitro de fragmentos específicos de DNA, partindo-se de uma quantidade mínima de DNA-alvo ou de RNA previamente convertido em cDNA, a fim de obter material suficiente para as diversas análises.

A PCR convencional é baseada na amplificação das sequências alvo seguidas por eletroforese em gel de agarose para visualização dos fragmentos de DNA amplificados e eventualmente sua posterior clonagem. Modelos que executem a ciclagem utilizando gradientes de temperatura permitem otimização de metodologia.

Metodologia

Essa metodologia possui a desvantagem de permitir a detecção dos produtos de reação apenas no final de todos os ciclos de termociclagem.

No caso das leucemias, a PCR não é usada para fazer o diagnóstico, mas para ajudar a complementar os resultados. “Podemos usar tanto o sangue periférico, quanto o sangue da medula óssea. O segredo para encontrarmos as respostas que desejamos, é sempre usar uma amostra que tenha as células leucêmicas”, diz o especialista.

Enfim, dá para perceber de que se trata de uma técnica bastante vasta, certo? Além dos diversos tipos de aplicações, há também dois tipos de resultados: PCR quantitativo (em tempo real) e PCR qualitativo (tradicional).

O primeira mostra, por exemplo, a quantidade de células cancerígenas presentes no corpo. Ele é bastante usado no monitoramento de pacientes com LMC e LLA Ph+, por causa do gene BCR ABL. Também pode ser aplicado no caso das leucemias agudas, para encontrar possível doença residual mínima, mesmo após remissão completa.

Já a PCR qualitativa busca amplificar uma sequência de DNA específica, como o BCR ABL, por exemplo. Esse exame vai apontar positivo ou negativo para a anomalia buscada. “Para os casos de pesquisa sobre doença residual mínima, é importante tentar identificar um marcador molecular. Cada tipo de leucemia tem um marcador específico e, por meio da PCR quantitativa, vou amplificar esse marcador, para então identificar se há molécula e qual a quantidade dela no organismo. A leucemia mieloide aguda, por exemplo, tem dentre seus diversos marcadores o FLT3 e é ele que será buscado. O primeiro passo é entender qual marcador genético será analisado, diz o especialista.

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