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Elizabeth

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Estudos Gerais12/20/2024

1.7 – Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qu...

1.7 – Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação

É próprio do pensar certo a disponibilidade ao risco, a aceitação do novo que não pode ser negado ou acolhido só porque é novo, assim como o critério de recusa ao velho não é apenas o cronológico. O velho que preserva sua validade ou que encarna uma tradição ou marca uma presença no tempo continua novo.

Faz parte igualmente do pensar certo a rejeição mais decidida a qualquer forma de discriminação. A prática preconceituosa de raça, classe, de gênero ofende a substantividade do ser humano e nega radicalmente a democracia. Quão longe dela nos achamos quando vivemos a impunidade dos que matam meninos nas ruas, dos que assassinam camponeses que lutam por seus direitos, dos que se organizam e, com isso, se inferiorizam às mulheres. Quão ausentes da democracia se acham os negros e negras, que rejeitam, certamente, negros não têm alma. Negros não rezam. Com igrejas de negras, negros sujeitam-se à branquitude das orações... A mim me dá raiva, quando as igrejas de negras, negros se tornam um campo pedagógico da democracia. Pensar e fazer errado, não é mesmo nada que se possa encarar como sentido. Pensar e fazer certo, é um exercício que regula nossos exageros e evita as nossas caminhadas até o ridículo e a irracionalidade.

Às vezes, tenho que algum leitor ou leitora, mesmo que ainda não totalmente convertido ao "pragmatismo" neoliberal mas por ele já tocado, diga que, sonhador, continuo a falar de uma educação de anjos e não de mulheres e de homens. O que tenho dito até agora, porém, diz respeito radicalmente a natureza de mulheres e de homens. Natureza entendida como social e historicamente constituindo-se e não como um "a priori" da História .

O problema que se coloca para mim é que, compreendendo como compreendo a natureza humana, seria uma contradição grosseira não defender o que venho defendendo. Faz parte da exigência que a mim mesmo me faço de pensar certo, pensar como venho pensando enquanto escrevo este texto. Pensar, por exemplo, que o pensar certo é um ensinamento concomitantemente ao ensino dos conteúdos não é um pensar formalmente anterior ao desagrado do fazer certo. Neste sentido é que ensina o pensar certo não é uma experiência em que se descreve, mas algo que se faz e que se vive enquanto se fala como o primeiro testemunho. Pensar certo implica a existência de sujeitos que pensam, não de sujeitos sobre quem o próprio pensar dos sujeitos. Pensar, por exemplo, que o pensar certo é um espaço de entendimento, do ponto de vista de quem "aconchega" a si mesmo na solidão, mas um ato participativo. Se, do ângulo da gramática, o verbo entender se torna um verbo transitivo, não é transformado em uma ação de um sujeito cujo sujeito é sempre coletivo, não se transforma em um sujeito que está "trabalhado" mecanicamente, se não vem antes de um sujeito que se relaciona a cada vez mais amealhado a outros.

1.7 – Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação

É próprio do pensar certo a disponibilidade ao risco, a aceitação do novo que não pode ser negado ou acolhido só porque é novo, assim como o critério de recusa ao velho não é apenas o cronológico. O velho que preserva sua validade ou que encarna uma tradição ou marca uma presença no tempo continua novo.

Faz parte igualmente do pensar certo a rejeição mais decidida a qualquer forma de discriminação. A prática preconceituosa de raça, classe, de gênero ofende a substantividade do ser humano e nega radicalmente a democracia. Quão longe dela nos achamos quando vivemos a impunidade dos que matam meninos nas ruas, dos que assassinam camponeses que lutam por seus direitos, dos que se organizam e, com isso, se inferiorizam às mulheres. Quão ausentes da democracia se acham os negros e negras, que rejeitam, certamente, negros não têm alma. Negros não rezam. Com igrejas de negras, negros sujeitam-se à branquitude das orações... A mim me dá raiva, quando as igrejas de negras, negros se tornam um campo pedagógico da democracia. Pensar e fazer errado, não é mesmo nada que se possa encarar como sentido. Pensar e fazer certo, é um exercício que regula nossos exageros e evita as nossas caminhadas até o ridículo e a irracionalidade.

Às vezes, tenho que algum leitor ou leitora, mesmo que ainda não totalmente convertido ao "pragmatismo" neoliberal mas por ele já tocado, diga que, sonhador, continuo a falar de uma educação de anjos e não de mulheres e de homens. O que tenho dito até agora, porém, diz respeito radicalmente a natureza de mulheres e de homens. Natureza entendida como social e historicamente constituindo-se e não como um "a priori" da História .

O problema que se coloca para mim é que, compreendendo como compreendo a natureza humana, seria uma contradição grosseira não defender o que venho defendendo. Faz parte da exigência que a mim mesmo me faço de pensar certo, pensar como venho pensando enquanto escrevo este texto. Pensar, por exemplo, que o pensar certo é um ensinamento concomitantemente ao ensino dos conteúdos não é um pensar formalmente anterior ao desagrado do fazer certo. Neste sentido é que ensina o pensar certo não é uma experiência em que se descreve, mas algo que se faz e que se vive enquanto se fala como o primeiro testemunho. Pensar certo implica a existência de sujeitos que pensam, não de sujeitos sobre quem o próprio pensar dos sujeitos. Pensar, por exemplo, que o pensar certo é um espaço de entendimento, do ponto de vista de quem "aconchega" a si mesmo na solidão, mas um ato participativo. Se, do ângulo da gramática, o verbo entender se torna um verbo transitivo, não é transformado em uma ação de um sujeito cujo sujeito é sempre coletivo, não se transforma em um sujeito que está "trabalhado" mecanicamente, se não vem antes de um sujeito que se relaciona a cada vez mais amealhado a outros.
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