1. Leia o excerto dos historiadores Peter Burke e Asa Briggs:
"A ideia de que a invenção da impressão gráfica marcou época é antiga, seja a nova técnica discutida isoladamente, seja em conjunto com a invenção da pólvora ou como parte do trio imprensa-pólvora-bússola. Para o filósofo inglês Francis Bacon (1561-1626), foi este trio que 'mudou todo o estado e a face das coisas em todo o mundo' [...]"
BURKE, Peter; BRIGGS, Asa. Uma história social da mídia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004. p. 26.
A partir dos conhecimentos sobre o período da Idade Moderna, discorra a respeito da afirmação de Francis Bacon sobre o impacto do trio "imprensa-pólvora-bússola", mencionando quais mudanças esse impacto trouxe entre os séculos XV e XVII.
2. Muitos historiadores utilizam o termo "era dos descobrimentos" ou "expansão ultramarina" com o intuito de analisar as explorações marítimas oceânicas, realizadas por navegadores a serviço de Portugal e da Espanha, entre os séculos XV e XVI. Essas "missões" estabeleceram relações comerciais desiguais com reinos e com povos na Ásia, na África e nas Américas, movidos pelo interesse em especiarias e em metais preciosos.
a) Discorram sobre quatro fatores que contribuíram para a expansão marítima europeia dos séculos XV e XVI.
b) Em Portugal, o infante D. Henrique iniciou uma espécie de instituição que reuniu navegadores, cartógrafos, cosmógrafos e outras pessoas curiosas pelas viagens marítimas. Cite o nome dessa instituição e explique quais foram as suas principais contribuições para o expansionismo ultramarino português.
3. O relato a seguir foi escrito pelo missionário calvinista francês Jean de Léry. Entre 1557 e 1558, Léry se estabeleceu na Baía de Guanabara, onde franceses fundaram a França Antártica. No trecho citado, ele narra uma conversa que teve tido com um indígena Tupinambá sobre o arbutan, nome pelo qual os Tupinambás chamavam a árvore que ficaria conhecida como pau-brasil.
"Os nossos tupinambás muito se admiraram dos franceses e outros estrangeiros se deram ao trabalho de ir buscar o seu arbutan. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vens vós outros, mais é pobres (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra? Respondi que tínhamos muita, mas não daquela qualidade, e que não a conhecíamos. Então, disse-me ele, nós da extraíamos tinta por tinger, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas."
Jean de Léry, Viagem à terra do Brasil [1578]. São Paulo: Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, 1998, p. 37.