- Leia um poema do autor contemporâneo Paulo Henriques Britto, transcrito da coletânea Macau.
Nunca há ser ninguém nem nada,
porém deixar-se estar no tempo
como se a vida fosse água,
com quem boia à flor da água
sem rumo, sem remo, sem nada
além de sono, tédio e tempo,
E, depois, nada.
BRITTO, Paulo Henriques. Macau. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
a) A conjunção adversativa "porém" introduz uma ideia que modifica o que é dito pelo eu lírico no primeiro verso?
b) De que maneira essa ideia dialoga com o Arcadismo?
c) Que outros princípios árcades são retomados pelo poema de Paulo Henriques Britto?
d) Observe sua resposta às palavras "nada" e "água" ao longo das estrofes.
e) A última estrofe apresenta uma redução no número de sílabas do último verso. Que sentido você atribui a esse recurso?