1- (UFF-RJ/2010) Registre no caderno os versos que apresentam o negro como construtor ativo de sua liberdade.
a) Eu sou carvão!
E tu acendes-me, patrão
Para te servir eternamente como força motriz
Mas eternamente não
Patrão!
José Craveirinha
b) Das velas
Que conduziam pelas estrelas negras
O pálido escravarelho
Dos mares
Cada degradado era um rei
Magra insone incolor
Com barro
Oswald de Andrade
c) Deus ou o Diabo é que me guiam, mas ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe.
Mas eu, que nunca princípio nem acabo,
Nasci do amor há entre Deus e o Diabo
José Régio
d) Cantando os homens
Perdidos em aventuras da vida
Espalhados por todo o mundo!
Em, Lisboa?
Na América?
No Rio?
Francisco José Tenreiro
e) Por que chora o homem?
Que choro compensa
o mal de ser homem?
Carlos Drummond de Andrade
2- (UFBA-UFRB/2008- adaptada) Passado histórico
Do açoite
da mulata erótica
da negra boa de eito
e de cama
(nenhum registro)
FÁTIMA, Sônia. In; Quilombhoje (Org.). Cadernos negros: os melhores poemas. São Paulo: Quilombhoje, 1998. p. 118.
Com base no poema, é verdadeiro o que se afirma na seguinte proposição:
a) O discurso lírico se propõe fazer um tributo à mulher negra, ressaltando, sobretudo, a sua espiritualidade.
b) O poema registra o passado da mulher negra, considerando-o distorcido e, mesmo assim, sugere revivê-lo.
c) A condição feminina da mulher negra na atualidade é questionada, negando-lhe o seu caráter de sensualidade.
d) O sujeito poético pode ser considerado uma contravoz a favor da mulher negra e contra as instâncias históricas do poder.
e) A índegna conduta sexual da mulher negra é focalizada pelo eu lírico como perigosa e maculadora da família no passado colonial.
f) O lugar sociocultural da mulher negra, omitido pela história oficial, é resgatado pela voz poética.