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Aluno
16:49 Você há 2 minutos a) Infira: Por que, na primeing vari...
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Você
há 2 minutos
a) Infira: Por que, na primeing varios povos indigenas? A poeta estabelece um diálogo com o romance Indianista Iracema, de José de Alencar (página 67). Qual metáfora comum é utilizada pelos dols autores par identificar o papel da mulher indigena?
g) Iracema e o eu lirico de "Brasil" sâo vitimas de diferentes formas de violéncia. Quais sāo as consequências dessa violência para cada uma? entrega das medal Brastila. 2014
2. A poesia amorosa do Romantismo náo se limitou à representaçăo do amor idealizado. Os autores inovaram ora pela representaçāo do cômico ora pela erotizaçâo da mulher. observe como esses traços aparecem em poemas de Álvares de Azevedo e de Castro Alves.
Texto 1
É ela! É elal É ela! É ela!
É ela! é elal - murmurei tremendo, E o eco ao longe murmurou - é ela! Eu a vi minhả fada aérea e pura A minha lavadeira na janela
Dessas águas-furtadas onde eu moro Eu a vejo estendendo no telhado Os vestidos de chita, as saias brancas; Eu a vejo e suspiro enamorado
Esta noite eu ousei mais atrevido Nas telhas que estalavam nos meus passos Ir espiar seu venturoso sono, Vè-la mais bela de Morfeu nos braços! Como dormial que profundo sono! Tinha na māo o ferro do engomado. Como roncava maviosa e pura! Quase caí na rua desmaiado!
Afastei a janela, entrei medroso: Palpitava-Ihe o seio adormecido Fui beijá-la... roubei do seio dela Um bilhete que estava ali metido.
Ohl De certo... (pensei) é doce página Onde a alma derramou gentis amores; São versos dela... que amanhā decerto Ela me enviará cheios de flores.
Tremi de febre! Venturosa folha Quem pousasse contigo neste seio! Como Otelo beijando a sua esposa Eu beijei-a a tremer de devaneio. É ela! é ela! - repeti tremendo: Mas cantou nesse instante uma coruja. Abri cioso a página secreta. Oh! meu Deus! era um rol de roupa suja! Mas se Werther morreu por ver Carlota Dando pão com manteiga às criancinhas, Se achou-a assim mais bela, - eu mais te adoro Sonhando-te a lavar as camisinhas! É elal é ela! meu amor, minh'alma, A Laura, a Beatriz que o céu revela É elal é ela! - murmurei tremendo, E o eco ao longe suspirou - é ela!
AZEVEDO, Álvares de, Lira dos vinte anos. In: BUENO, Alexel (org.). Álvares de Azevedo: obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. 2000
Dica de professor
O Romantismo descartava o uso de modelos rígidos de composiçáo. Note como Alvares de Azevedo une práticas poéticas muito diferentes em seu poema: mantém as referênclas à Idealizaçăo da moça, por quem suspira "enamorado", mas inclui também elementos realistas. Em movimentos anteriores, isso năo ocorria. Por exemplo, as trés facetas de Gregório de Matos - poesia lirica, satirica e religiosa como vimos no Capítulo 5, náo se misturavam.
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16:49 Você há 2 minutos a) Infira: Por que, na primeing varios povos indigenas? A poeta estabelece um diálogo com o romance Indianista Iracema, de José de Alencar (página 67). Qual metáfora comum é utilizada pelos dols autores par identificar o papel da mulher indigena? g) Iracema e o eu lirico de "Brasil" sâo vitimas de diferentes formas de violéncia. Quais sāo as consequências dessa violência para cada uma? entrega das medal Brastila. 2014 2. A poesia amorosa do Romantismo náo se limitou à representaçăo do amor idealizado. Os autores inovaram ora pela representaçāo do cômico ora pela erotizaçâo da mulher. observe como esses traços aparecem em poemas de Álvares de Azevedo e de Castro Alves. Texto 1 É ela! É elal É ela! É ela! É ela! é elal - murmurei tremendo, E o eco ao longe murmurou - é ela! Eu a vi minhả fada aérea e pura A minha lavadeira na janela Dessas águas-furtadas onde eu moro Eu a vejo estendendo no telhado Os vestidos de chita, as saias brancas; Eu a vejo e suspiro enamorado Esta noite eu ousei mais atrevido Nas telhas que estalavam nos meus passos Ir espiar seu venturoso sono, Vè-la mais bela de Morfeu nos braços! Como dormial que profundo sono! Tinha na māo o ferro do engomado. Como roncava maviosa e pura! Quase caí na rua desmaiado! Afastei a janela, entrei medroso: Palpitava-Ihe o seio adormecido Fui beijá-la... roubei do seio dela Um bilhete que estava ali metido. Ohl De certo... (pensei) é doce página Onde a alma derramou gentis amores; São versos dela... que amanhā decerto Ela me enviará cheios de flores. Tremi de febre! Venturosa folha Quem pousasse contigo neste seio! Como Otelo beijando a sua esposa Eu beijei-a a tremer de devaneio. É ela! é ela! - repeti tremendo: Mas cantou nesse instante uma coruja. Abri cioso a página secreta. Oh! meu Deus! era um rol de roupa suja! Mas se Werther morreu por ver Carlota Dando pão com manteiga às criancinhas, Se achou-a assim mais bela, - eu mais te adoro Sonhando-te a lavar as camisinhas! É elal é ela! meu amor, minh'alma, A Laura, a Beatriz que o céu revela É elal é ela! - murmurei tremendo, E o eco ao longe suspirou - é ela! AZEVEDO, Álvares de, Lira dos vinte anos. In: BUENO, Alexel (org.). Álvares de Azevedo: obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. 2000 Dica de professor O Romantismo descartava o uso de modelos rígidos de composiçáo. Note como Alvares de Azevedo une práticas poéticas muito diferentes em seu poema: mantém as referênclas à Idealizaçăo da moça, por quem suspira "enamorado", mas inclui também elementos realistas. Em movimentos anteriores, isso năo ocorria. Por exemplo, as trés facetas de Gregório de Matos - poesia lirica, satirica e religiosa como vimos no Capítulo 5, náo se misturavam. 72