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Liliane
25. (Enem) De vez em quando, nas redes sociais, a gente ...
- (Enem)
De vez em quando, nas redes sociais, a
gente se pega compartilhando notícias falsas, fo
tos modificadas, boatos de todo tipo. O proble
ma é quando a matéria é falsa. E, pior ainda, se é
uma matéria falsa que não foi criada por motivos
humorísticos ou literários (sim, considero o “jor
nalismo ficcional” uma interessante forma de lite
ratura), mas para prejudicar a imagem de algum
partido ou de algum político, não importa de que
posição ou tendência. Inventa-se uma arbitrarieda
de ou falcatrua, joga-se nas redes sociais e aguarda--se o resultado. Nesse caso, a multiplicação da notí
cia falsa (que está sempre sujeita a ser denunciada
juridicamente como injúria, calúnia ou difamação)
se dá em várias direções.
Antes de curtir, comentar ou compartilhar,
procuro checar as fontes, ir aos links originais.
TAVARES, B. Disponível em: www.car
tafundamental.com.br. Acesso em: 20 jan. 2015
(adaptado).
O texto expõe a preocupação de uma lei
tora de notícias on-line de que o compartilhamento
de conteúdos falsos pode ter como consequência a
A) displicência natural das pessoas que na
vegam pela internet.
B) desconstrução das relações entre jorna
lismo e literatura.
C) impossibilidade de identificação da ori
gem dos textos.
D) disseminação de ações criminosas na
internet.
des.
E) obtenção de maior popularidade nas re
- (Unimontes – Adaptada) Leia o texto a
seguir para responder à questão.
As três experiências
Há três coisas para as quais eu nasci e para
as quais eu dou minha vida. Nasci para amar os ou
tros, nasci para escrever, e nasci para criar meus fi
lhos. O “amar os outros” é tão vasto que inclui até
perdão para mim mesma, com o que sobra. As três
coisas são tão importantes que minha vida é curta
para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge.
Não posso perder um minuto do tempo que faz mi
nha vida. Amar os outros é a única salvação indivi
dual que conheço: ninguém estará perdido se der
amor e às vezes receber amor em troca.
E nasci para escrever. A palavra é o meu
domínio sobre o mundo. Eu tive desde a infância
várias vocações que me chamavam ardentemente.
Uma das vocações era escrever. E não sei por que
foi esta que eu segui. Talvez porque para as outras
vocações eu precisaria de um longo aprendizado,
enquanto que, para escrever, o aprendizado é a pró
25
pria vida se vivendo em nós e ao redor de nós. É
que não sei estudar. E, para escrever, o único estudo
é mesmo escrever. Adestrei-me desde os sete anos
de idade para que um dia eu tivesse a língua em
meu poder. E no entanto cada vez que vou escrever,
é como se fosse a primeira vez. Cada livro meu é
uma estreia penosa e feliz. Essa capacidade de me
renovar toda à medida que o tempo passa é o que
eu chamo de viver e escrever.
Quanto a meus filhos, o nascimento deles
não foi casual. Eu quis ser mãe. Meus dois filhos
foram gerados voluntariamente. Os dois meninos
estão aqui, ao meu lado. Eu me orgulho deles, eu
me renovo neles, eu acompanho seus sofrimentos
e angústias, eu lhes dou o que é possível dar. Se eu
não fosse mãe, seria sozinha no mundo. Mas tenho
uma descendência e para eles no futuro eu preparo
meu nome dia a dia. Sei que um dia abrirão as asas
para o voo necessário, e eu ficarei sozinha. É fatal,
porque a gente não cria os filhos para a gente, nós
os criamos para eles mesmos. Quando eu ficar so
zinha estarei cumprindo o destino de todas as mu
lheres [...].
LISPECTOR, Clarice. Crônicas para jo
vens. Rio de Janeiro: Rocco, 2010. Adaptado.
Com o enunciado “Ninguém estará perdi
do se der amor e às vezes receber amor em troca”,
a autora
A) permite que, ao lermos, desconfiemos
da humildade de alguém que prefere amar a rece
ber amor.
B) está convencida de que disso depende a
criação de seus filhos.
C) busca ressaltar que “amar os outros”
transcende “receber amor em troca”.
D) julga que seu tempo será curto e passa
rá rápido, instigando-a a cumprir sua missão.
- (Enem) De vez em quando, nas redes sociais, a gente se pega compartilhando notícias falsas, fo tos modificadas, boatos de todo tipo. O proble ma é quando a matéria é falsa. E, pior ainda, se é uma matéria falsa que não foi criada por motivos humorísticos ou literários (sim, considero o “jor nalismo ficcional” uma interessante forma de lite ratura), mas para prejudicar a imagem de algum partido ou de algum político, não importa de que posição ou tendência. Inventa-se uma arbitrarieda de ou falcatrua, joga-se nas redes sociais e aguarda--se o resultado. Nesse caso, a multiplicação da notí cia falsa (que está sempre sujeita a ser denunciada juridicamente como injúria, calúnia ou difamação) se dá em várias direções. Antes de curtir, comentar ou compartilhar, procuro checar as fontes, ir aos links originais. TAVARES, B. Disponível em: www.car tafundamental.com.br. Acesso em: 20 jan. 2015 (adaptado). O texto expõe a preocupação de uma lei tora de notícias on-line de que o compartilhamento de conteúdos falsos pode ter como consequência a A) displicência natural das pessoas que na vegam pela internet. B) desconstrução das relações entre jorna lismo e literatura. C) impossibilidade de identificação da ori gem dos textos. D) disseminação de ações criminosas na internet. des. E) obtenção de maior popularidade nas re
- (Unimontes – Adaptada) Leia o texto a seguir para responder à questão. As três experiências Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar os ou tros, nasci para escrever, e nasci para criar meus fi lhos. O “amar os outros” é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra. As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge. Não posso perder um minuto do tempo que faz mi nha vida. Amar os outros é a única salvação indivi dual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca. E nasci para escrever. A palavra é o meu domínio sobre o mundo. Eu tive desde a infância várias vocações que me chamavam ardentemente. Uma das vocações era escrever. E não sei por que foi esta que eu segui. Talvez porque para as outras vocações eu precisaria de um longo aprendizado, enquanto que, para escrever, o aprendizado é a pró 25 pria vida se vivendo em nós e ao redor de nós. É que não sei estudar. E, para escrever, o único estudo é mesmo escrever. Adestrei-me desde os sete anos de idade para que um dia eu tivesse a língua em meu poder. E no entanto cada vez que vou escrever, é como se fosse a primeira vez. Cada livro meu é uma estreia penosa e feliz. Essa capacidade de me renovar toda à medida que o tempo passa é o que eu chamo de viver e escrever. Quanto a meus filhos, o nascimento deles não foi casual. Eu quis ser mãe. Meus dois filhos foram gerados voluntariamente. Os dois meninos estão aqui, ao meu lado. Eu me orgulho deles, eu me renovo neles, eu acompanho seus sofrimentos e angústias, eu lhes dou o que é possível dar. Se eu não fosse mãe, seria sozinha no mundo. Mas tenho uma descendência e para eles no futuro eu preparo meu nome dia a dia. Sei que um dia abrirão as asas para o voo necessário, e eu ficarei sozinha. É fatal, porque a gente não cria os filhos para a gente, nós os criamos para eles mesmos. Quando eu ficar so zinha estarei cumprindo o destino de todas as mu lheres [...]. LISPECTOR, Clarice. Crônicas para jo vens. Rio de Janeiro: Rocco, 2010. Adaptado. Com o enunciado “Ninguém estará perdi do se der amor e às vezes receber amor em troca”, a autora A) permite que, ao lermos, desconfiemos da humildade de alguém que prefere amar a rece ber amor. B) está convencida de que disso depende a criação de seus filhos. C) busca ressaltar que “amar os outros” transcende “receber amor em troca”. D) julga que seu tempo será curto e passa rá rápido, instigando-a a cumprir sua missão.