- A queda de Napoleão e o governo dos cem dias
O terceiro país a desatar o bloqueio napoleônico contra a Inglaterra foi o Império Russo, que reabriu os portos para os ingleses em 1812. Obviamente, Napoleão reagiu com violência, dando início a uma catastrófica campanha militar que mobilizou mais de 600 mil soldados franceses.
Os russos perderam a batalha para as tropas de Napoleão; queimaram casas, alojamentos, alimentos e campos cultivados, a fim de impedir a marcha do exército para o interior do país. O Exército francês, no entanto, carregado com a ausência de suprimentos e cometeu-se a se abster dos territórios invadidos. Com Moscovo sitiada e num rigoroso inverno, sem abrigo e sem comida, Napoleão decidiu pela retirada das tropas. Quando o exército finalmente chegou a Paris, a coalizão anti-francesa atacou, dessa vez retalhando as vitórias.
Depois de uma série de longas batalhas e sucessivas derrotas, Napoleão perdeu apoio político. Dessa maneira, decidiu abdicar do Trono francês em troca do exílio na Ilha de Elba, no Mar Mediterrâneo, com o título de imperador. No dia 14 de março de 1815, ele retornou à França, onde fez discursos a favor da sua volta ao poder. Após como um novo imperador, os soldados gritaram "Viva o imperador!" e marcharam com Napoleão até Paris. Luís XVIII fugiu e Napoleão foi restaurado.
Durante esse período, o imperador tentou alterar novamente a constituição. No plano da política externa, nova coalizão antifrancesa formou-se contra as tropas de Napoleão, que invadiu a Bélgica em junho de 1815. Com o exército fragilizado, a França novamente é derrotada pelos ingleses e austríacos na Batalha de Waterloo.
Napoleão, então, abdicou do trono pela segunda vez. Dessa vez, foi preso pelos ingleses e exilado na ilha de Santa Helena, na costa africana, em junho de 1815, onde morreu, em 5 de maio de 1821. As circunstâncias envolvendo a morte de Napoleão ainda são discutidas, afirmam que ele contraiu envenenamento por arsênio. O autópsia aponta como causa oficial da morte um câncer no estômago.