- (ENEM 2018) Encontrando base em argumentos supostamente científicos, o mito do sexo frágil contribuiu historicamente para controlar as práticas corporais desempenhadas pelas mulheres. Na história do Brasil, exatamente na transição entre os séculos XIX e XX, destacam-se os esforços para impedir a participação da mulher no campo das práticas. As desconfianças em relação à presença da mulher no esporte estiveram culturalmente associadas ao medo de masculinizar o corpo feminino pelo esforço físico intenso. Em relação ao futebol feminino, o mito do sexo frágil atuou como obstáculo ao consolidar a crença de que o esforço físico seria inapropriado para proteger a feminilidade da mulher "normal". Tal mito sustentou um forte movimento contrário à aceitação do futebol como prática esportiva feminina. Leis e propagandas buscaram desacreditar o futebol, considerando-o inadequado à delicadeza. Na verdade, as mulheres eram consideradas incapazes de adequar às múltiplas dificuldades do "esporte-rei". TEIXEIRA, F. L. S.; CAMINHA, I. O. Preconceito no futebol feminino: uma revisão sistemática. Movimento, Porto Alegre, n. 1, 2018 (adaptado).
No contexto apresentado, a relação entre a prática do futebol e as mulheres é caracterizada por:
a) argumento biológico para justificar desigualdades históricas e sociais.
b) discurso midiático que atua historicamente na desconstrução do mito do sexo frágil.
c) papel ativo para a preservação do futebol como uma modalidade de práticas masculinas.
d) outras feministas que qualificam o futebol como uma modalidade desmasculinizante para as mulheres.
e) a necessidade de sua inserção sobre o "esporte-rei" ao mesmo tempo em que se subvertem suas capacidades de jogo.