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Siebrawz

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Estudos Gerais04/16/2025

3. (FAAP-SP) Soneto de separação De repente do riso fez-se o...

  1. (FAAP-SP) Soneto de separação De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente Fez-se do triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente. Vinicius de Moraes

Note na primeira estrofe a repetição sistemática da conjunção "e", figura de linguagem a que chamamos: a) silepse b) anacoluto c) polissíndeto d) metonímia e) elipse

  1. (UECE) O milagre das folhas Não, nunca me acontecem milagres. Ouço falar, e às vezes isso me basta como esperança. Mas também me revolta: por que não a mim? Por que só de ouvir falar? Pois já cheguei a ouvir conversas assim, sobre milagres: "Avisou- me que, ao ser dita determinada palavra, um objeto de estimação se quebraria". Meus obje- tos se quebram banalmente e pelas mãos das empregadas.

Até que fui obrigada a chegar à conclusão de que sou daqueles que rolam pedras durante séculos, e não daqueles para os quais os sei- xos já vêm prontos, polidos e brancos. Bem que tenho visões fugitivas antes de adormecer — seria milagre? Mas já me foi tranquilamente explicado que isso até nome tem: cidetismo (sic), capacidade de projetar no alucinatório as imagens inconscientes.

Milagre, não. Mas as coincidências. Vivo de coincidências, vivo de linhas que incidem uma na outra e se cruzam e no cruzamento formam um leve e instantâneo ponto, tão leve e instan- tâneo que mais é feito de pudor e segredo: mal eu falasse nele, já estaria falando da nada.

Mas tenho um milagre, sim. O milagre das folhas. Estou andando pela rua e do vento me cai uma folha exatamente nos cabelos. A inci- dência da linha de milhões de folhas transfor- madas em uma única, e de milhões de pessoas a incidência de reduzi-las a mim. Isso me acon- tece tantas vezes que passei a me considerar modestamente a escolhida das folhas. Com gestos furtivos tiro a folha dos cabelos e guar- do-a na bolsa, como o mais íntimo diamante.

Até que um dia, abrindo a bolsa, encontro entre os objetos a folha seca, engelhada, mor- ta. Jogo-a fora: não me interessa fetiche morto como lembrança. E também porque sei que novas folhas coincidirão comigo.

Um dia uma folha me bateu nos cílios. Achei Deus de uma grande delicadeza.

LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007, p. 186-187.

O pronome "isso", no primeiro parágrafo, consti- tui uma anáfora. Sobre ele é correto afirmar que: I. além de anafórico, o "isso" aponta para a posição que o substantivo milagre ocupa no plano do texto, posição de anterioridade. II. retoma a expressão "ouço falar" (ouvir falar de milagres) e aponta para a anterioridade dessa expressão no texto. III. tem conotações afetivas.

Estão corretas as complementações contidas em

a) I, II e III. b) II e III somente. c) I e III somente. d) II somente.

  1. (USF) Veja a placa a seguir, encontrada em um estacionamento privado.

Atenção, mensalistas!

Aquele que não estiver com a sua mensalidade em dia, a vaga será automaticamente cancelada e poderá ser ocupada por um novo mensal.

A gerência.

a) Explique o conceito de anacoluto empregando o período do comunicado. b) A seguir, proponha uma correção para o texto, eliminando o vício sintático.

resolva, por favor

3. (FAAP-SP)
Soneto de separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se do triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Vinicius de Moraes

Note na primeira estrofe a repetição sistemática
da conjunção "e", figura de linguagem a que
chamamos:
a) silepse
b) anacoluto
c) polissíndeto
d) metonímia
e) elipse

4. (UECE)
O milagre das folhas
Não, nunca me acontecem milagres. Ouço
falar, e às vezes isso me basta como esperança.
Mas também me revolta: por que não a mim?
Por que só de ouvir falar? Pois já cheguei a
ouvir conversas assim, sobre milagres: "Avisou-
me que, ao ser dita determinada palavra, um
objeto de estimação se quebraria". Meus obje-
tos se quebram banalmente e pelas mãos das
empregadas.

Até que fui obrigada a chegar à conclusão
de que sou daqueles que rolam pedras durante
séculos, e não daqueles para os quais os sei-
xos já vêm prontos, polidos e brancos. Bem
que tenho visões fugitivas antes de adormecer
— seria milagre? Mas já me foi tranquilamente
explicado que isso até nome tem: cidetismo
(sic), capacidade de projetar no alucinatório as
imagens inconscientes.

Milagre, não. Mas as coincidências. Vivo de
coincidências, vivo de linhas que incidem uma
na outra e se cruzam e no cruzamento formam
um leve e instantâneo ponto, tão leve e instan-
tâneo que mais é feito de pudor e segredo: mal
eu falasse nele, já estaria falando da nada.

Mas tenho um milagre, sim. O milagre das
folhas. Estou andando pela rua e do vento me
cai uma folha exatamente nos cabelos. A inci-
dência da linha de milhões de folhas transfor-
madas em uma única, e de milhões de pessoas
a incidência de reduzi-las a mim. Isso me acon-
tece tantas vezes que passei a me considerar
modestamente a escolhida das folhas. Com
gestos furtivos tiro a folha dos cabelos e guar-
do-a na bolsa, como o mais íntimo diamante.

Até que um dia, abrindo a bolsa, encontro
entre os objetos a folha seca, engelhada, mor-
ta. Jogo-a fora: não me interessa fetiche morto
como lembrança. E também porque sei que
novas folhas coincidirão comigo.

Um dia uma folha me bateu nos cílios.
Achei Deus de uma grande delicadeza.

LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos.
Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras.
Rio de Janeiro: Objetiva, 2007, p. 186-187.

O pronome "isso", no primeiro parágrafo, consti-
tui uma anáfora. Sobre ele é correto afirmar que:
I. além de anafórico, o "isso" aponta para a
posição que o substantivo milagre ocupa no
plano do texto, posição de anterioridade.
II. retoma a expressão "ouço falar" (ouvir falar
de milagres) e aponta para a anterioridade
dessa expressão no texto.
III. tem conotações afetivas.

Estão corretas as complementações contidas em

a) I, II e III.
b) II e III somente.
c) I e III somente.
d) II somente.

5. (USF) Veja a placa a seguir, encontrada em um
estacionamento privado.

Atenção, mensalistas!

Aquele que não estiver com a sua
mensalidade em dia, a vaga será
automaticamente cancelada e poderá
ser ocupada por um novo mensal.

A gerência.

a) Explique o conceito de anacoluto empregando
o período do comunicado.
b) A seguir, proponha uma correção para o
texto, eliminando o vício sintático.
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