O urânio empobrecido, um subproduto do enriquecimento do urânio, é utilizado tanto na área civil quanto na militar devido às suas propriedades fisicas. No entanto, seu aumento de uso resultou na disseminaçāo de particulas de urânio empobrecido na natureza, apresentando potenciais riscos à saúde humana e ao melo ambiente. Há suspeitas de que seja empregado em armamentos como uma forma de eliminar resíduos tóxicos, principalmente em áreas afetadas por conflitos recentes.
A história do urânio remonta a 79 a.C., quando era usado para colorir vidros e cerâmicas. Mais tarde, suas propriedades radioativas foram identificadas. Durànte a década de 1940, o urânio ganhou importância estratégica no cenário político global, impulsionado pelo desenvolvimento da primeira bomba atômica e o inicio da era nuclear.
O urânio empobrecido é composto principalmente pelo isótopo U-238, menos radioativo que o U-235, usado em reatores nucleares e armas nucleares. A baixa proporçăo de U-235 no urânio natural faz com que seja necessário empregar grandes quantidades deste último para obter quantidades mínimas do primeiro. O urânto empobrecido é assim chamado devido a essa reduçăo na proporçāo de U-235.
O urânio-238 ( A=238,z=92 ) é notório por sua radioatividade intrinseca. Ao longo de seu processo de decaimento, ele dá origem a uma sequência de elementos intermediários, todos radioativos, culminando no chumbo-206 ( A=206,Z=82), que é estável. Essas transformaçōes envolvem a emissāo de particulas alfa (núcleos de hélio) e particulas beta (cargas idênticas às dos elétrons) Assim, podemos afirmar que em todo o processo foram emitidas :
