A chamada Geografia radical, denominada também de crítica, ganha força na década de 1970, baseada nos pressupostos do materialismo histórico dialético, elaborado por Karl Marx, que, segundo Suertegaray (2005), busca o entendimento do mundo como processo de totalização em movimento, ou seja, trata-se de um método que valoriza a historicidade, e também a compreensão da parte, como constituinte do todo e da análise da essência, para além das aparências. Nesse conjunto de ideias, a vida social é interpretada conforme a dinâmica da luta de classes e prevê a transformação das sociedades, de acordo com as leis do desenvolvimento histórico de seu sistema produtivo, objetivando, geograficamente, a compreensão da realidade como totalidade.
Fonte: Elaborada pelo professor, 2024.
Considerando essa corrente da Geografia, avalie as asserções a seguir e a relação entre elas.
I – A Geografia Crítica rompe com a visão tradicional de que o espaço geográfico é neutro e estático, argumentando que ele é uma construção social resultante das relações de poder, produção capitalista e contradições econômicas.
PORQUE
II - Essa perspectiva considera que o espaço não apenas reflete as desigualdades sociais, mas também as reproduz, servindo como instrumento de manutenção das relações de poder existentes. Assim, o espaço é ativo na dinâmica socioeconômica, o que exige uma análise que vá além da descrição para compreender as estruturas que o produzem.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.