A figura Estatueta antropomorfa da cultura Santarém apresent...

A figura Estatueta antropomorfa da cultura Santarém apresenta uma peça de cerâmica que retrata uma figura humana estilizada, produzida pelos povos agricultores e ceramistas que habitaram a região amazônica, na atual cidade de Santarém, Pará, há cerca de 4000 anos. Essa estatueta, com traços antropomórficos detalhados, reflete o domínio técnico do fogo e a habilidade artística desses povos, que também cultivavam alimentos como mandioca, milho e açaí, e produziam uma variedade de objetos cerâmicos, como potes, tigelas e urnas funerárias. No contexto da Pré-História brasileira, a cultura Santarém se destaca pela sua produção cerâmica sofisticada, que se diferencia de outras tradições, como a marajoara, também amazônica, e de grupos como os povos sambaquieiros, que habitaram o litoral há cerca de 6000 anos e eram seminômades, ou os caçadores-coletores, que ocuparam o território entre 11 mil e 6000 anos atrás, produzindo instrumentos de pedra e osso. A referência mais antiga de ocupação humana no Brasil é o crânio feminino de Luzia, datado de 11 mil a 11,5 mil anos, e as evidências de cerâmica em São Raimundo Nonato (PI), que remontam a 50 mil anos, são algumas das descobertas que ajudam a entender a diversidade cultural dos povos do Brasil. Além disso, a arte rupestre, comum em diversas regiões do Brasil, sugere funções variadas, como rituais, educação ou magia, complementando o entendimento das práticas culturais desses povos. Considerando o papel da estatueta como um artefato da cultura Santarém e sua relação com as dinâmicas culturais e sociais dos povos agricultores e ceramistas da Pré-História brasileira, qual das afirmações a seguir melhor interpreta o significado dessa peça no contexto da produção cultural e das interações sociais desses grupos?

Estatueta antropomorfa (número de tombo T-516) da cultura Santarém.

A estatueta antropomorfa da cultura Santarém demonstra a habilidade técnica dos povos caçadores-coletores, que, ao controlarem o fogo, produziam cerâmicas para rituais, em um contexto de ocupação do território amazônico semelhante ao dos povos sambaquieiros.

A estatueta antropomorfa da cultura Santarém indica a produção cultural dos povos sambaquieiros, que, apesar de seminômades, desenvolveram cerâmicas sofisticadas na região amazônica, utilizando-as para rituais e para o cultivo de alimentos como milho e tabaco.

A estatueta antropomorfa da cultura Santarém representa a arte rupestre dos povos agricultores e ceramistas, que, ao habitarem a região amazônica, usaram cerâmicas para registrar suas práticas de caça e coleta, similares às dos grupos de Lagoa Santa.

A estatueta antropomorfa da cultura Santarém simboliza a produção cultural dos povos agricultores e ceramistas, mas sua função era exclusivamente utilitária, servindo para o armazenamento de alimentos como abóbora e maracujá, sem relação com práticas culturais ou religiosas.

A estatueta antropomorfa da cultura Santarém reflete o avanço técnico dos povos agricultores e ceramistas, que, ao dominarem o fogo e a cerâmica, expressavam sua identidade cultural e religiosa por meio de figuras antropomórficas, indicando as sociedades amazônicas como culturas complexas e integradas à ação.