A ideia de modernidade
O Renascimento italiano é tido como um momento decisivo para o desenvolvimento da modernidade. Nesse modo de ver a Históna, os artistas e cientistas do Renascimento fecharam a cortina do tempo medieval para abrir outra, a de um tempo novo, a da modernidade O historiador inglés Jack Goody discorda disso, para ele, essa versão de que somente o Renascimento italiano impulsionou a modernidade é fruto do olhar europeu sobre a Renascença. Na opinião desse historiador, os conhecimentos e as técnicas dos bizantinos, muçulmanos, judeus, indianos e chineses foram muito importantes para o florescer da modernidade e do próprio Renascimento italiano. As culturas desses povos do Oriente penetraram o Ocidente por meio de um longo processo de trocas culturais, que teve como principal via o mar Mediterráneo.
Jack Goody nos lembra ainda que o "Renascimento como sinônimo de florescimento cultural que ocorre a partir de uma volta ao passado" aconteceu também nos mundos bizantino, islâmico, hindu, judeu e chinês, entre outros. O que existiu, portanto, foram Renascimentos, e não Renascimento.
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Concluindo, para Jack Goody: a modernidade é fruto de um longo processo de trocas culturais de diferentes povos e tradições, o Renascimento italiano não é o único, existiram outros, a exemplo do bizantino, do islamico, do hindu, do judeu e do chinês.
Ao verem o Renascimento ita- liano como único e reconhecerem apenas a cultura greco-romana como digna de ser relida e admi- rada, os renascentistas italianos incluíram o Ocidente antigo, mas excluiram os saberes, as técnicas e as artes recebidas de outros povos com quem os europeus mantive- ram intensas trocas culturais ao longo do tempo.
Fac-símile da capa do livro Renascimentos: um ou muitos?, de Jack Goody
um resumo pequeno sobre esse texto