A literatura indígena, ou dita indígena (não sei quem criou isso, não tenho ideia se foram os indígenas ou os acadêmicos depois), surgiu timidamente, não oficialmente, em 1998, com a publicação A terra de mil povos: história indígena brasileira contada por um índio. […] A publicação de Kaká Werá rendeu matéria no Fantástico e foi tomada como um evento extraordinário, por ser um índio escrevendo. […] A importância para a sociedade brasileira é que, com essas literaturas, se conhece essa diversidade […] O Brasil tem 305 povos oficiais, que falam 274 línguas e, a partir dessa literatura, se começa a entender essa diversidade. […] a literatura indígena […] tem uma linguagem própria, tem muita espiritualidade presente, você reconhece uma literatura que é escrita por um indígena e uma literatura que não é escrita por um indígena. HAKIY, T. Literatura indígena - A voz da ancestralidade. In: DORRICO, J.; DANNER, L. F.; CORREIA, H. H. S.; DANNER, F. (Orgs.). Literatura indígena contemporânea: criação, crítica e recepção. Porto Alegre: Editora Fi, 2018. p. 37-38. (adaptado)
De acordo com a perspectiva de Cristino, é possível considerar que os textos literários podem ser entendidos como espaços para a identificação e o reconhecimento de valores sociais, culturais e de diferentes visões de mundo.
Cite um exemplo real a partir de sua experiência como leitor.