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Estudos Gerais02/21/2025

A (re)humanização da Medicina Em sua origem, a Medicina Ocid...

A (re)humanização da Medicina Em sua origem, a Medicina Ocidental era uma ciência essencialmente humanística. Suas raízes e seu sistema teórico partiam de uma visão holística que entendia o homem como ser dotado de corpo e espírito. As causas das doenças, portanto, deveriam ser buscadas não apenas no organismo enfermo, mas também e principalmente no que há de essencialmente humano no homem: a alma, esse componente espiritual que distingue o homem dos outros organismos vivos do planeta. Este foi o modelo, a concepção de médico e de medicina que se perpetuou historicamente – obviamente não sem mudanças, rupturas e transformações – no Ocidente até bem pouco tempo atrás. A Antiguidade Latina e a Idade Média herdariam essa concepção e pouco lhe acrescentariam. É certo que no Renascimento, ao alvoroçar do Humanismo, os postulados clássicos passaram a ser revistos, graças ao espírito investigativo que caracterizaria o período então. Isso, entretanto, não afetou a concepção filosófica da medicina, que, muito agora do que antes, se deu conta de que o homem não poderia ser reduzido a um mero organismo biológico. Ao longo do século XIX surgiu-se a imagem romântica do médico sábio, conhecedor das ciências humanas e das ciências exatas, da clínica, da patologia, da farmacologia, mas também de tudo que envolvia o homem em seu meio sociocultural. Por outro lado, essa inserção do médico em seu meio sociocultural, fazia com que seu papel não se restringisse ao de simplesmente atuar na cura das enfermidades. Ele era também aquele que, frente aos limites e às impossibilidades médicas, sabia acompanhar o enfermo e seus familiares no sofrimento e na preparação para a morte, além de ser aquele que intervinha como orientador nos assuntos mais diversos, tais como o despertar da sexualidade nos adolescentes, os problemas de relacionamento do casal e inúmeras outras questões da vida familiar. Paradoxalmente, o mesmo século XIX, que assistiu à consagração da moderna medicina humanística em sua versão romântica, marcou também o início de sua crise. Principalmente a partir da segunda metade desse século, as importantes descobertas em campos, como o da microbiologia, desencadearam uma verdadeira revolução no terreno da patologia. Assistia-se a um “milagre” impar, ao se iniciar o século XX, tudo dava a entender que a medicina estava prestes a entrar em sua idade de ouro, o seu estágio de "ciência exata". De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas e dos meios tecnológicos, que acompanharam o desenvolvimento sem precedentes da medicina nestas últimas décadas, trouxe como consequência mais visível a "desumanização" do médico, que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista. Certamente, mesmo depois de totalmente desvendado o código genético e desenvolvidos as mais sofisticadas técnicas de diagnóstico clínico, os médicos continuarão enfrentando limitações e dificuldades que exigiriam mais do que o conhecimento científico-tecnológico para que possam ser superadas. Sem dúvida, há uma necessidade premente de se “reumanizar” a medicina, quando se reconhece a importância das referências humanísticas para o aprimoramento da relação entre médico e dos pacientes.

A) foi desencadeado B) foram desencadeados C)desencadeou D)têm desencadeado E)tem desencadeado

A (re)humanização da Medicina
Em sua origem, a Medicina Ocidental era uma ciência essencialmente humanística. Suas raízes e seu sistema teórico partiam de uma visão holística que entendia o homem como ser dotado de corpo e espírito. As causas das doenças, portanto, deveriam ser buscadas não apenas no organismo enfermo, mas também e principalmente no que há de essencialmente humano no homem: a alma, esse componente espiritual que distingue o homem dos outros organismos vivos do planeta. Este foi o modelo, a concepção de médico e de medicina que se perpetuou historicamente – obviamente não sem mudanças, rupturas e transformações – no Ocidente até bem pouco tempo atrás. A Antiguidade Latina e a Idade Média herdariam essa concepção e pouco lhe acrescentariam. É certo que no Renascimento, ao alvoroçar do Humanismo, os postulados clássicos passaram a ser revistos, graças ao espírito investigativo que caracterizaria o período então. Isso, entretanto, não afetou a concepção filosófica da medicina, que, muito agora do que antes, se deu conta de que o homem não poderia ser reduzido a um mero organismo biológico. Ao longo do século XIX surgiu-se a imagem romântica do médico sábio, conhecedor das ciências humanas e das ciências exatas, da clínica, da patologia, da farmacologia, mas também de tudo que envolvia o homem em seu meio sociocultural. Por outro lado, essa inserção do médico em seu meio sociocultural, fazia com que seu papel não se restringisse ao de simplesmente atuar na cura das enfermidades. Ele era também aquele que, frente aos limites e às impossibilidades médicas, sabia acompanhar o enfermo e seus familiares no sofrimento e na preparação para a morte, além de ser aquele que intervinha como orientador nos assuntos mais diversos, tais como o despertar da sexualidade nos adolescentes, os problemas de relacionamento do casal e inúmeras outras questões da vida familiar. Paradoxalmente, o mesmo século XIX, que assistiu à consagração da moderna medicina humanística em sua versão romântica, marcou também o início de sua crise. Principalmente a partir da segunda metade desse século, as importantes descobertas em campos, como o da microbiologia, desencadearam uma verdadeira revolução no terreno da patologia. Assistia-se a um “milagre” impar, ao se iniciar o século XX, tudo dava a entender que a medicina estava prestes a entrar em sua idade de ouro, o seu estágio de "ciência exata". De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas e dos meios tecnológicos, que acompanharam o desenvolvimento sem precedentes da medicina nestas últimas décadas, trouxe como consequência mais visível a "desumanização" do médico, que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista. Certamente, mesmo depois de totalmente desvendado o código genético e desenvolvidos as mais sofisticadas técnicas de diagnóstico clínico, os médicos continuarão enfrentando limitações e dificuldades que exigiriam mais do que o conhecimento científico-tecnológico para que possam ser superadas. Sem dúvida, há uma necessidade premente de se “reumanizar” a medicina, quando se reconhece a importância das referências humanísticas para o aprimoramento da relação entre médico e dos pacientes.
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