A transição do Império para a República no Brasil foi um processo político e social que culminou com a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889. Durante o Segundo Reinado, sob o governo de Dom Pedro II, o Brasil experimentou crescimento econômico e modernização, mas também enfrentou tensões sociais e políticas.
Diversos fatores contribuíram para essa transição:
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Questão Militar: Os militares estavam insatisfeitos com o governo imperial devido à falta de reconhecimento e autonomia. O Exército começou a se envolver mais ativamente na política, influenciado por ideias republicanas e positivistas.
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Questão Abolicionista: A abolição da escravatura em 1888, sem compensação aos proprietários de escravos, gerou descontentamento entre a elite agrária, que formava a base de apoio do Império.
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Movimento Republicano: Desde a década de 1870, o movimento republicano ganhava força, principalmente nas áreas urbanas e entre profissionais liberais, intelectuais e setores da classe média.
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Crise Econômica: Problemas econômicos, como a crise do encilhamento, afetaram a confiança no governo imperial e aumentaram o apoio a uma mudança de regime.
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Influência Externa: Ideias republicanas estavam em ascensão globalmente, influenciando intelectuais e políticos brasileiros.
O golpe militar de 15 de novembro de 1889, liderado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, depôs Dom Pedro II e instaurou um governo provisório. A partir daí, o Brasil iniciou sua trajetória como uma república federativa, com a promulgação da primeira Constituição republicana em 1891. Essa transição marcou o início de profundas mudanças políticas, sociais e econômicas no país.