A vida do trabalhador na Revolução Industrial
A Revolução Industrial trouxe grandes transformações para o planeta e permitiu o
desenvolvimento da indústria e do capitalismo, como já vimos. Além disso, a vida dos
trabalhadores, grupo que formava a camada mais baixa da sociedade inglesa, também se
transformou radicalmente.
Podemos citar o fato de que o processo de produção de mercadorias foi alterado e passou da
manufatura para a maquinofatura. Isso significa que o trabalho deixou de ser artesanal para
ser industrial, pois antes as roupas eram produzidas manualmente. Já com as máquinas, esse
processo começou a acontecer de maneira industrializada.
Assim, não era mais necessário que o trabalhador possuísse grandes habilidades manuais,
pois o trabalho não era mais artesanal. A máquina era facilmente controlada e qualquer
trabalhador poderia manejá-la. Na prática, o trabalho deixou de ser especializado e isso
gerou redução salarial expressiva.
A redução salarial não foi acompanhada, de maneira alguma, por redução no custo de vida.
Sendo assim, os trabalhadores tinham as mesmas despesas, mas recebiam muito menos do
que recebiam nos anos anteriores ao surgimento das máquinas. Soma-se a isso o fato de que
muitos trabalhadores tinham jornadas de trabalho extremamente longas.
O trabalho poderia se estender por 16 horas, com uma pausa para o almoço, durante todos
os dias da semana. Além disso, os trabalhadores não podiam faltar ao expediente, pois, se
isso acontecesse, o salário deles seria reduzido. Por fim, o ambiente de trabalho não era
seguro e os acidentes com as máquinas eram frequentes.
Essa situação precária no trabalho fez com que os trabalhadores se reunissem em sindicatos,
cujo intuito era que se organizassem para defenderem os direitos da classe trabalhadora. Os
sindicatos passaram a lutar por aumentos salariais, redução na carga diária de trabalho,
direito de férias etc. Dois movimentos de trabalhadores de destaque do período foram
o ludismo e o cartismo.