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Luan

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Estudos Gerais25/11/2024

Acrobata da dor Gargalha, ri, num riso de tormenta, Com...

Acrobata da dor Gargalha, ri, num riso de tormenta, Como um palhaço, que desengonçado, Nervoso, ri, num riso absurdo, inflado De uma ironia e de uma dor violenta.
Da gargalhada atroz, sanguinolenta, Agita os guizos, e convulsionado Salta, gavroche, salta clown, varado Pelo estertor dessa agonia lenta...
Pedem-se bis e um bis não se despreza! Vamos! retesa os músculos, retesa Nessas macabras piruetas d’aço...
E embora caias sobre o chão, fremente, Afogado em teu sangue estuoso e quente, Ri!Coração, tristíssimo palhaço.*gavroche: S.m. 1. Garoto esperto e travesso. SOUSA, C. Acrobata da dor. In: Melhores poemas – Cruz e Sousa. São Paulo: Global Editora, 1998.

No soneto de Cruz e Sousa, a metáfora que intitula o poema refere-se ao

coração, colocando-o como representante simbólico da experienciação de emoções.

sangue, pautando a violência dos sentimentos a partir da construção de uma hipérbole.

riso, personificando-o para indicar uma obrigação imposta diante do sofrimento humano.

gavroche, relacionando o martírio da vida a uma percepção infantilizada dos sentimentos.

palhaço, reiterando o elemento circense através do paradoxo entre a figura cômica e o sofrer.

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