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Estudos Gerais11/17/2024

Antropologia evolucionista × relativismo cultural No final ...

Antropologia evolucionista × relativismo cultural

No final do século XIX e no começo do século XX, era predominante a visão de que as sociedades evoluíam com o tempo, tornando-se cada vez mais aprimoradas: elas partiam de um estado primitivo até se tornarem civilizadas. A história da humanidade seria universal, englobando todas as sociedades — cada uma em seu estágio evolutivo. Nesse modo de ver, os povos que se distanciavam culturalmente dos europeus eram considerados atrasados e, consequentemente, quanto mais próximo do padrão europeu, mais adiantado era o povo.

A ideia de que era possível estabelecer critérios científicos para identificar o estágio em que as sociedades se encontravam era bastante difundida na Europa do final do século XIX. Essa classificação dos grupos humanos em primitivos e civilizados, no entanto, passou a ser criticada por antropólogos que praticavam a etnologia, estudos sobre povos que se queria conhecer baseados em registros e descrições de sua organização social e cultural. Esses registros eram chamados de etnografia.

O trabalho de campo, então, passou a ser valorizado em contraposição aos estudiosos que classificavam o outro com base em teorias racistas. Nos Estados Unidos, o antropólogo Franz Boas acreditava que esse trabalho empírico era necessário para a produção do conhecimento. Ele ficou conhecido por ser um representante da Antropologia cultural.

Na Inglaterra, uma geração de antropólogos também criticou as teorias evolucionistas com base no conhecimento direto do outro. Eles praticavam a observação participante. Essa técnica permitia que o estudioso partilhasse de experiências e convívios com as pessoas do povo a ser conhecido. O relato etnográfico, nesse caso, não focava no entendimento da cultura, mas sim na estrutura social. Radcliffe-Brown, um dos principais teóricos dessa escola chamada Antropologia social, interessava-se pelo que, em sua visão, era a estrutura social. A cultura, em seu modo de ver, era algo abstrato e deveria ser captada. A estrutura da sociedade e suas funções deveria então ser objeto dos antropólogos.

resumo

Antropologia evolucionista × relativismo cultural

No final do século XIX e no começo do século XX, era predominante a visão de que as sociedades evoluíam com o tempo, tornando-se cada vez mais aprimoradas: elas partiam de um estado primitivo até se tornarem civilizadas. A história da humanidade seria universal, englobando todas as sociedades — cada uma em seu estágio evolutivo. Nesse modo de ver, os povos que se distanciavam culturalmente dos europeus eram considerados atrasados e, consequentemente, quanto mais próximo do padrão europeu, mais adiantado era o povo.

A ideia de que era possível estabelecer critérios científicos para identificar o estágio em que as sociedades se encontravam era bastante difundida na Europa do final do século XIX. Essa classificação dos grupos humanos em primitivos e civilizados, no entanto, passou a ser criticada por antropólogos que praticavam a etnologia, estudos sobre povos que se queria conhecer baseados em registros e descrições de sua organização social e cultural. Esses registros eram chamados de etnografia.

O trabalho de campo, então, passou a ser valorizado em contraposição aos estudiosos que classificavam o outro com base em teorias racistas. Nos Estados Unidos, o antropólogo Franz Boas acreditava que esse trabalho empírico era necessário para a produção do conhecimento. Ele ficou conhecido por ser um representante da Antropologia cultural.

Na Inglaterra, uma geração de antropólogos também criticou as teorias evolucionistas com base no conhecimento direto do outro. Eles praticavam a observação participante. Essa técnica permitia que o estudioso partilhasse de experiências e convívios com as pessoas do povo a ser conhecido. O relato etnográfico, nesse caso, não focava no entendimento da cultura, mas sim na estrutura social. Radcliffe-Brown, um dos principais teóricos dessa escola chamada Antropologia social, interessava-se pelo que, em sua visão, era a estrutura social. A cultura, em seu modo de ver, era algo abstrato e deveria ser captada. A estrutura da sociedade e suas funções deveria então ser objeto dos antropólogos.
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