As Grandes Navegações, iniciadas no século XV, marcaram o começo do capitalismo mercantil. Essas expedições europeias conectaram continentes por meio de rotas comerciais, transformando profundamente as relações econômicas e culturais globais. O modelo mercantilista, adotado pelas potências europeias, promoveu a exploração colonial, com extração de riquezas e acúmulo de metais preciosos, garantindo a hegemonia econômica de metrópoles europeias, como Portugal, Espanha, Inglaterra, França e Países Baixos. Houve um acúmulo de riqueza das metrópoles, mas um empobrecimento das colônias, que eram utilizadas apenas como base de exploração. A Divisão Internacional do Trabalho, consolidada nesse período, especializou diferentes regiões do mundo em determinadas funções na produção, perpetuando a dependência econômica das colônias.
O acúmulo de riquezas possibilitou a algumas metrópoles, como a Inglaterra, avançarem para a etapa seguinte: a industrialização. Nessa nova fase, o modo de vida foi profundamente alterado, transformando desde os tipos de trabalho até a habitação.
No século XX, o desenvolvimento tecnológico avançou de forma acelerada, mas ficou concentrado em poucos países. As disparidades globais se tornaram ainda mais evidentes, consolidando a globalização e sua influência, a partir de mudanças econômicas, do surgimento de novas tecnologias de comunicação e da concentração das pessoas nas cidades.
Assim como no passado, o domínio tecnológico e informacional está concentrado em poucos países. Esse controle lhes garante uma vantagem significativa em termos de desenvolvimento econômico e de poder global, contribuindo para a ampliação das desigualdades.