As soft skills e as hard skills são termos que embora não sejam recentes, têm vindo a ganhar maior dimensão,
especialmente para o desenvolvimento, complemento e evolução profissional (Travassos, 2019).
No passado, as hard skills eram as competências que tinham maior destaque, nomeadamente, a título de
exemplo, na época industrial, onde se utilizavam sobretudo processos produtivos que necessitavam de
competências técnicas para serem elaboradas (Ribeiro, 2017; Travassos, 2019). Porém, com o evoluir dos
tempos, houve alterações nos mercados e na própria sociedade, o que despertou necessidades para além das
competências técnicas, as necessidades por competências pessoais e interpessoais (soft skills) (Travassos,
2019).
Mais propriamente, no que diz respeito às hard skills, estas são o conjunto de habilidades que são requisitadas
para um trabalho, tais como programação em computador, matemática e conhecimento linguístico
(Kačamakovic & Lokaj, 2021); são as competências que são passíveis de aplicações teóricas e demonstram o
saber-fazer da profissão (Sato et al., 2021); são as competências específicas, de características técnicas e que
apresentam um caráter quantitativo e que podem ser tangíveis, mensuráveis e testadas, estando acreditadas
por um certificado ou diploma (Ribeiro, 2017).
As soft skills, por sua vez, são as competências pessoais e atributos (Sato et al., 2021); são as competências
não-técnicas e os talentos (Kačamakovic & Lokaj, 2021); são as competências pessoais e interpessoais
inerentes a cada indivíduo (Ribeiro, 2017). Alguns exemplos são a capacidade de trabalhar em grupo, a
comunicação, a liderança e a gestão de conflitos.
Segundo Ribeiro (2017), as soft skills são de mais complexa e demorada aprendizagem, em relação às hard
skills. No entanto, são competências que podem ser utilizadas em diversos contextos e situações e, portanto,
podendo ser afetas a diversas profissões.
Para melhor entendimento destas duas competências, segue-se o seguinte exemplo dado por Ribeiro 2017.