Atividade 1
Leia o poema "A guerra", de Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. Ao término da leitura, fale sobre o que mais lhe chamou a atenção no texto.
A guerra
A guerra que aflige com os seus esquadrões o Mundo,
É o tipo perfeito do erro da filosofia.
A guerra, como todo humano, quer alterar.
Mas a guerra, mais do que tudo, quer alterar e alterar muito
E alterar depressa.
Mas a guerra inflige a morte.
E a morte é o desprezo do Universo por nós.
Tudo é ergulho e inclinsciência
Tudo é querer meser se, fazer cousas, deixar rasto Para o coração e o comandante dos esquadrões
Regressa aos bocados o universo exterior
A quimica direta da Natureza
Não deixa lugar vago para o pensamento.
A humanidade é uma revolta de escravos.
A humanidade é um governo usurpado pelo povo
Existe porque usurpou, mas erra porque usurpar é não ter direito.
Deixai existir o mundo exterior e a humanidade natural!
Paz a todas as cousas pré-humanas, mesmo no homem!
Paz à essência inteiramente exterior do Universo!
CAEIRO, A A guerra. In: PESSOA, F. Poemas inconjuntos. Disponível em: http://www. dominiopublico gov.br/download/texto/pe000003.pdf. Acesso em: 18 ago. 2024
2-As marcas poéticas no poema "A guerra" contribuem para:
a) exaltar a guerra e seus impactos positivos, focando as conquistas militares e a bravura dos soldados.
b) refletir sobre a serenidade da natureza, destacando sua beleza e harmonia em con traste com as ações humanas.
c) criticar a guerra, a condição humana e o desejo de alterar o que é natural, convi-dando o leitor a refletir.
d) descrever batalhas históricas de maneira factual, sem explorar temas emocionais ou filosóficos mais amplos.
3 Como o poema nos faz sentir? Quais imagens ou emoções ele evoca?