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Lorena

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Estudos Gerais04/16/2025

Atividade 1 Para estudar sobre o Cangaço, a critério de seu...

Atividade 1

Para estudar sobre o Cangaço, a critério de seu professor, dividam-se em duplas e leiam este texto.

O cangaço teve como área de abrangência a região semiárida do nordeste brasileiro.

O sertão nordestino, compreendido pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, dominado pela caatinga ("mata branca" na língua indígena), único sistema ambiental exclusivamente brasileiro, onde as temperaturas e a evapotranspiração são muito elevadas. Os coronéis, para garantirem sua segurança e a de seus familiares, bem como de seu patrimônio, passaram a se utilizar de homens armados em suas propriedades, ten-do-se em vista que as disputas pelas terras se prolongavam por gerações e gerações. A abolição da escravatura em 1888 e a Proclamação da República em 1889, colocaram um contingente de homens livres, sem terras e sem trabalho, em disponibilidade, aba-lando a estrutura econômica do país, baseada no latifúndio.

Estes homens encontraram no banditismo uma forma de sobrevivência, seja como ca-pangas (homens assalariados a serviço de um fazendeiro que formava seu exército privado), ou como cangaceiros (homens independentes que se organizavam em bandos sob a dire-ção de um chefe prestigioso). Os coronéis, como eram conhecidos, eram autoridade máxima, tinham poder inclusive sobre as autoridades locais, que não ousavam enfrentá-los.

Em outras palavras, o cangaço se caracterizou como um movimento social, dentro do contexto histórico pelo qual se passava o país. Esse movimento sofreu influência da abolição da escravatura, e da Proclamação da República, mas não podemos deixar de considerar, que muitos dos nordestinos que viviam nas regiões mais isoladas do semiárido se revoltavam contra as exigências da classe dominante (coronéis), que queriam fazer valer seus interesses em detrimento de valores humanos. Porém, não podemos deixar de relatar que muitos dos cangaceiros agiam com extrema violência, o que os qualificava como bandidos, servindo, desta forma, de pretexto para um discurso da oligarquia agrária desse período em convencer autoridades e a própria população desinformada de que os cangaceiros eram apenas bandi-dos, que deveriam ser caçados e eliminados, o que realmente ocorreu.

O fotógrafo Benjamin Abrahão cumprimenta Lampião, em foto tirada pelo cangaceiro Juriti. Da esquerda para a direita: Vila Nova, não identificado, Luís Pedro, Benjamin Abrahão (à frente), Amoroso,

Lampião, Cacheado (ao fundo), Maria Bonita, não identificado, Quinta-Feira

SANTOS, W. A. Cangaço um movimento social Revista Caribeña de Ciencias Sociales, fev. 2018. Disponível em: https://www.eumed.net/rev/caribe/2018/02/cangaco-movimento-social.html. Acesso em: 11 nov. 2024.

Na sequência, discutam a seguinte pergunta:

• De acordo com o texto que vocês acabaram de ler, quais foram as principais causas do surgimento do Cangaço e como esse movimento impactou a sociedade nordestina?

• (ESPCEX 2024) O conflito ocorrido durante a República Velha, na área fronteiriça entre os estados do Paraná e Santa Catarina, que apresentava características de movimento messiânico e envolvia sertanejos, ficou conhecido como:

a) Guerra de Canudos.

b) Guerra do Contestado.

c) Revolução Federalista.

d) Guerra dos Farrapos.

e) Questão Christie.

• (FGV 2006)

7 de julho [1922] - Com um saldo de 17 mortos, todos entre os rebeldes, tropas leais ao presidente Epitácio Pessoa sufocaram hoje uma revolta de oficiais que há dois dias haviam tomado o Forte de Copacabana. Eles protestavam contra o fechamento do Clube Militar e a prisão de seu presidente (e também ex-presidente da República) Hermes da Fonseca.

Jayme Brener, Jornal do século XX

Sobre o tenentismo, é correto afirmar que:

a) apesar das divergências ideológicas em relação às correntes revolucionárias - como o anarquismo -, o movimento dos oficiais fez uma série de alianças com o movimento operário, como na greve geral de 1917.

b) esse movimento não tinha uma clara proposta de reformulação política e defendia um poder centralizado e a purificação das instituições republicanas, além da diminuição do poder das oligarquias regionais.

c) foi um movimento inspirado no nazifascismo, que defendia o fortalecimento das insti-tuições liberais-democráticas, como as eleições gerais e diretas, ao mesmo tempo que apoiava o federalismo.

d) teve como principal liderança em São Paulo o capitão Luiz Carlos Prestes, mais tarde organizador da Ação Integralista Brasileira (AIB), defensor de uma ordem centralizada e de uma economia internacionalizada.

e) a ação de julho de 1922 foi contida com facilidade pelas tropas leais ao governo federal e se constituiu na única ação importante relacionada aos militares rebeldes, que pas-saram a apoiar uma saída negociada para a crise.

5- No início do século XX, o Brasil passou por intensos processos de urbanização e modernização, especialmente em grandes centros, como Rio de Janeiro e São Paulo. Esses processos foram marcados por reformas urbanas inspiradas em modelos europeus, visando modernizar a infraestrutura e transformar as cidades em metrópoles alinhadas com o padrão internacional. No entanto, essas transformações também trouxeram à tona profundas contradições, uma vez que a modernização urbana, enquanto beneficiava as elites, marginalizava as populações mais pobres. As reformas no Rio de Janeiro, lidera-das pelo prefeito Pereira Passos, e em São Paulo, voltadas para o desenvolvimento eco-nômico, resultaram no deslocamento de moradores de cortiços para áreas periféricas, contribuindo para o surgimento das favelas e ampliando as desigualdades sociais. Assim, enquanto as cidades se modernizavam, as contradições sociais se acentuavam, revelando o lado excludente do progresso urbano.

(UFF 2017) A questão da qualidade de vida já aparecia, no início do século XX, na reforma urbana realizada pelo prefeito Pereira Passos na cidade do Rio de Janeiro.

Identifique a opção que revela características dessa reforma.

a) Possibilitou que os grupos monarquistas fizessem da capital uma cidade-corte, privilegiando o embelezamento em detrimento da utilidade econômica e política da cidade do Rio de Janeiro.

b) Imitou as reformas de Paris realizadas pelo Barão Haussmann em 1850, trazendo para o Rio de Janeiro um modo de vida europeu. Entretanto, os vestígios da ar-quitetura colonial permaneceram no centro da cidade devido à força política dos proprietários dos cortiços.

c) Associou beleza e saneamento ao considerar que, em uma cidade moderna, além de se construírem avenidas e jardins, devia-se cuidar, também, das instalações de água e esgoto, eliminando-se os odores fétidos e combatendo-se a falta de higiene de seus habitantes.

d) Associou beleza e saneamento ao considerar que, em uma cidade moderna, po-día se construir avenidas e jardins, independentemente das instalações de água e esgoto, uma vez que os maus odores fétidos e a falta de higiene de seus habitantes não fariam nenhuma diferença.

e) Atendeu às reivindicações de engenheiros e médicos que queriam uma cidade limpa, saneada, com características exclusivamente brasileiras e sem nenhuma semelhança com Paris.

6- A política de "higienização" da Primeira República buscava modernizar o Rio de Janeiro e combater epidemias. As reformas urbanas incluíram a demolição de áreas consideradas insalubres pelas autoridades sanitárias, e a implementação de medidas de saúde pública, como a vacinação obrigatória, liderada pelo médico sanitarista Oswaldo Cruz. No entanto, a maneira como essas medidas foram aplicadas gerou resistência po-pular, culminando no evento que ficou conhecido como a Revolta da Vacina. Esse fato, além de expor o conflito entre as políticas de modernização e as condições de vida da população, elucida como a falta de informação e a disseminação de boatos podem minar políticas públicas de saúde, como a vacinação. A falta de informação adequada gerou medo e resistência entre os moradores. Assim, protestos eclodiram nas ruas, resultando em confrontos violentos, depredação de patrimônio público, saques e interrupção de serviços essenciais. Os distúrbios duraram cerca de uma semana, levando o governo a decretar estado de sítio para retomar o controle da cidade.

A desinformação que gerou a Revolta da Vacina evidencia permanências na atuali-dade, já que boatos e fake news continuam a prejudicar as políticas de vacinação. Hoje, notícias falsas nas redes sociais alimentam movimentos antivacina, mostrando que a desconfiança em relação à ciência e às autoridades de saúde podem gerar consequên-cias graves para a saúde pública, tais como o medo em levar as crianças para serem va-cinadas contra sarampo e poliomielite, o que pode ocasionar o reaparecimento de casos dessas doenças até o momento consideradas erradicadas no Brasil.

Leia atentamente a charge abaixo:

QUANTA IGNORANCIA DO POVO EM 1904 AO SE RECUSAR A TOMAR VACINA CONTRA VARIOLA...

AINDA BEM QUE EVOLUIMOS... AGORA O POVO SO ESTÁ COM MEDO DE VACINAR AS CRIANÇAS CONTRA O SARAMPО Е А POLIOMIELITE

A partir de sua leitura, estabeleça qual a relação de permanência trazida pela charge em relação a Revolta da Vacina, notícias falsas e movimentos antivacina no contexto contemporâneo.

(FUVEST 2014) Em 1904, a cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil, foi palco de um dos episódios mais marcantes da história da saúde pública no país: a Revolta da Vacina. Esse movimento de resistência popular surgiu em resposta à campanha de vacinação obrigatória contra a varíola, implementada pelo governo sob a liderança de Oswaldo Cruz. A Revolta da Vacina nos evidencia que a imple-mentação de políticas de saúde pública deve levar em consideração:

a) o uso da força militar para garantir a aplicação das medidas sanitárias.

b) a realização de campanhas de vacinação apenas quando a população já estiver completamente informada.

c) a necessidade de comunicação eficaz e do engajamento da população para o su-cesso das medidas de saúde pública.

d) a suspensão de todas as campanhas de vacinação em caso de resistência popular.

e) a imposição de medidas sanitárias sem considerar o contexto social e as necessi-dades da população,

2 (ENEM) O movimento antivacina não é um fenômeno exclusivo dos tempos atuais. No início do século XX, a imposição da vacinação obrigatória contra a varíola no Rio de Janeiro provocou uma revolta popular, marcada por desinformação, medo e resistência às intervenções do governo. Hoje, o movimento antivacina ressurge com força em diversas partes do mundo, impulsionado por notícias falsas e te-orias da conspiração disseminadas nas redes sociais. Comparando o contexto da Revolta da Vacina com os movimentos antivacina contemporâneos, podemos concluir que:

a) a resistência à vacinação é um fenômeno recente, causado exclusivamente pelas redes sociais.

b) o sucesso das campanhas de vacinação depende unicamente da obrigatoriedade imposta pelo governo.

c) a desinformação e o medo têm sido fatores comuns na resistência à vacinação ao longo da história.

d) a Revolta da Vacina e os movimentos antivacina atuais não têm nenhuma relação, pois ocorrem em contextos totalmente diferentes.

e) a solução para a resistência à vacinação é a suspensão de todas as campanhas de imunização em áreas com resistência.

Atividade 1

O quadro A Redenção de Cam, de Modesto Brocos, é uma obra que retrata uma família negra, ao longo de gerações, passando por um processo de clareamento da pele de seus descendentes. Essa imagem representava a ciência, predominante no final do sé-culo XIX, de que a "redenção" da população negra se daria através do branqueamento racial, uma ideia que se alinhava com as teorias racistas da época. Com base nessa análise, qual dos desafios enfrentados pela população negra após a abolição é mais diretamente representado pelo conceito retratado no quadro? a) A dificuldade dos negros em acessar educação e trabalho remunerado.

b) A crença de que os negros eram uma raça superior, e, portanto, deveria haver um "escurecimento" da população

c) A persistência de linchamentos e outras formas de violência física contra a população negra.

d) A crença de que existiam "raças superiores" e "inferiores", ligando a condição social e econômica a características naturais.

Atividade 2

A imagem abaixo configura uma representação da Lei Áurea, um marco jurídico im-portante para o fim da escravidão no Brasil. No entanto, a assinatura da Lei Áurea é frequentemente analisada criticamente por não ter sido acompanhada de políticas efetivas para a inserção social e econômica dos negros na sociedade pós-abolição. Com base nessa análise, qual dos desafios abaixo é o mais diretamente relacionado às limitações da Lei Áurea?

a) Discriminação racial institucionalizada.

b) Falta de políticas de reparação.

c) Marginalização cultural.

d) Urbanização descontrolada.

(UFPR 2020 - Adaptada) Em 1888, a princesa Isabel, filha do imperador do Brasil, Pedro II, assinou a Lei Áurea, decretando a abolição.

A decisão veio após mais de três séculos de escravidão, que resultaram em 4,9 milhões de africanos traficados para o Brasil, sendo que mais de 600 mil morreram no caminho.

ROSSI AS COSTA C. BBC Brasil São Paulo. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44091469. Acesso em: 25 jun. 2019

De acordo com o trecho, considere as seguintes afirmativas:

I a chamada "Lei Aurea", assinada pela princesa Isabel, não pode ser vista como uma concessão da monarquia, sendo resultado de um longo processo de luta e resistência que contou com a presença ativa de escravizados e escravizadas para sua libertação do cativeiro.

II no período imediato que sucedeu à abolição, os libertos puderam contar com me-didas de apoio na forma de distribuição de pequenos lotes de terra, tal como acon-teceu nos Estados Unidos após a Guerra Civil, com a chamada "Reconstrução.

III escravizados e escravizadas receberam apoio de muitos setores da sociedade da época ligados ao movimento abolicionista, sendo Luís Gama, filho de escravizada e advogado autodidata, un dos personagens mais célebres e atuantes, empenhan-do-se na libertação de centenas de cativos e cativas.

IV os segmentos da sociedade adeptos ao regime escravista defendiam a "emancipa-ção gradual" e nutriam o profundo receio de que a abolição imediata da escravidão trouxesse desorganização econômica e provocasse o caos social.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa III é verdadeira.

b) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.

c) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.

d) somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.

Atividade 1

Leia o trecho do decreto que regulamenta o procedimento para a identificação e o reco-nhecimento das terras ocupadas por remanescentes das comunidades quilombolas: Dispõe sobre a identificação, re-conhecimento, delimitação, demarca-ção e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos

[...] Art. 2-Consideram-se rema-nescentes das comunidades dos quilom-bos, para fins deste Decreto, os grupos étnico-raciais, segundo critérios de auto atribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida.

BRASIL Decreto no 4.887, de 20 de novembro de 2003. Regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos de que trata o art. 66 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2003 Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/d4887htm. Acesso em. 18 set. 2024.

Após ter lido atentamente o trecho do Decreto nº 4.887, de 20 de novembro de 2003, assinale V para afirmativas verdadeiras e F para afirmativas falsas.

( ) O decreto dispõe sobre identificação, reconhecimento, delimitação, demarca-ção e títulação das terras ocupadas por povos indígenas.

( ) O decreto dispõe sobre identificação, reconhecimento, delimitação, de-marcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades quilombolas.

( ) O decreto representa uma conquista histórica frente ao passado escravocrata do Brasil.

( ) A existência de decretos como esse inferioriza a população afrodescendente, colocando-a em posição de submissão ao Estado para obter suas conquistas.

( ) O decreto reconhece que as comunidades quilombolas são remanescentes dos quilombos com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resis-tência à opressão histórica sofrida.

  • a sequência de afirmativas que expressa corretamente as informações fornecidas é:

a) V, V, V, V, V.

b) F, F, F, F, F.

c) F, V, V, F, V.

① (ENEM 2012)

Torna-se claro que quem descobriu a África no Brasil, muito antes dos europeus, foram os próprios africanos trazidos como escravizados. E esta descoberta não se res-tringia apenas ao reino linguístico, estendia-se também a outras áreas culturais, inclusive à da religião. Há razões para pensar que os africanos, quando misturados e transpor-tados ao Brasil, não demoraram em perceber a existência entre si de elos culturais mais profundos.

SLENES. R. Malungu, ngoma vem! África coberta e descoberta do Brasil. Revista USP, n. 12, dez./jan/tex 1991-92. (adaptado)

Com base no texto, ao favorecer o contato de indivíduos de diferentes partes da África, a instituição da escravidão no Brasil tornou possível a:

a) formação de uma identidade cultural afro-brasileira.

b) superação de aspectos culturais africanos por antigas tradições europeias.

c) reprodução de conflitos entre grupos étnicos africanos.

d) resistência à incorporação de elementos culturais indígenas.

Atividade 1

Leia o texto abaixo e responda às questões sobre Marechal Rondon.

Rondon e a política indigenista no século XX

Está escrito com letras a ouro no livro de visitantes da Sociedade de Geografia de Nova York: "Rondon - O homem que mais se adentrou em terras tropicais onde foi também descobridor." A homenagem é um reconhecimento, segundo a institui-ção, a um dos cinco maiores exploradores do mundo.

Ao aceitar a tarefa que o governo havia the confiado, em 1900, de construir a infra-estrutura de telégrafo que cobriria de Mato Grosso e Amazonas, o mare-chal Cândido Mariano da Silva Rondon (1865-1958) acabou por realizar diversas ações e com elas ser reconhecido como importante expedicionário.

Da missão original, foram construídos seis mil quilômetros de linhas telegráficas, responsáveis por integrar a Amazônia às demais regiões do Brasil. Tão importante quanto a integração nacional foi o contato com os indígenas da região, a compreen-são das culturas e o estabelecimento da convivência entre os povos.

Por intermédio de Rondon foi criado, em 1910, o Serviço Nacional de Proteção ao Índio, do qual viria a ser diretor. Em 1952, Rondon apresentou a Getúlio Vargas o projeto de criação do Parque Nacional do Xingu, que viria a ser implementado no go-verno do então presidente Jânio Quadros, sob a direção dos irmãos Villas Boas. O Museu do Índio foi também uma inspiração de Rondon.

Assessoria de Comunicação do CEDEM. Rondon e a politica indigenista no século XX. CEDEM, 17 jun. 2019. Disponível em: https://www.cedem.unesp.br/#!/noticia/367/rondon-e-a-politica-indigenista-no-seculo-xx/.

Acesso em: 11 nov. 2024, Adaptado.

A- Como ocorreu o encontro de Rondon com os povos indígenas?

B- Crie um titulo diferente para o texto e justifique a escolha.

C- Crie uma frase que resuma o texto.

D- Cite pelo menos três criações de Rondon em relação à política de valorização dos indigenas.

E- Faça uma reflexão critica sobre a relação de Rondon com os indigenas, demonstrando os avanços e limites dessa relação.

① (UEFS 2010)

Ao reconhecer a terra indígena Raposa Serra do Sol, situada em Roraima, [], o Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu 19 condições que podem criar um cenário preocupante para os índios da região e para futuros casos de demarcação e homologa ção de terras indígenas. Uma delas prevê que os índios não precisariam ser consultados pela União caso haja interesse do usufruto das riquezas naturais. Essa determinação é conflitante com as normas da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que o Brasil ratificou. Quando o país aceita as proposições de acordos e trata-dos internacionais, consequentemente incorpora na sua legislação as recomendações desses documentos. Entre as normas da OIT, está estabelecido que os índios devem ser consultados antes que seja feita a exploração das riquezas de onde vivem. [...]

Para Ana Valéria Araújo, advogada e coordenadora-executiva do Fundo Brasil de Direitos Humanos, o Supremo Tribunal Federal extrapolou o seu poder e criou leis que deveriam ter sido discutidas no ámbito do poder legislativo. "Neste caso, o Supremo atropelou a competência do Congresso Nacional, considera. A advogada ressalta que é no Congresso que os diversos setores da sociedade podem debater e defender os seus interesses e a lei representa o resultado dessa discussão. "O STF não foi eleito e ele não foi delegado pela sociedade para legislar. O que aconteceu é grave", avalia.

Disponível em: https://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticia Detalhe.asp?idConteudo=106036.

A questão indígena, como relatada no texto, tem adquirido maior atenção da so-ciedade internacional, especificamente a questão indígena brasileira, a partir da ampliação do modelo de desenvolvimento sustentável. Em relação às questões indígenas, ao longo da história do país, pode-se afirmar:

a) a unidade étnica, linguística e cultural dos povos indígenas brasileiros contribuiu para a sua rápida dizimação pelo colonizador.

b) a não adaptabilidade dos índios aos trabalhos escravo e compulsório, sua in-dolência e aversão ao trabalho contribuíram para a sua substituição pelo africano escravizado.

c) o surgimento de organizações indígenas que têm se manifestado em defesa de seus interesses, associadas a uma política de autoafirmação, tem contribuído para o crescimento vegetativo desses povos na atualidade.

d) as reformas estabelecidas pelo Marquês de Pombal, no período colonial, contrá rias à urbanização e ao povoamento do Brasil, contribuíram para a destruição das comunidades indígenas.

e) a Constituição de 1988 inviabilizou a defesa das terras indigenas ao estender aos quilombolas o direito de usufruirem das propriedades que originalmente eram pri. vativas das familias dos chefes indigenas.

② (UFGD 2018)

[] A partir da expulsão dos jesuitas por Pombal, em 1759, e sobretudo a partir da chegada de d. João Vi ao Brasil, em 1808, a política indigenista viu sua arena reduzida e sua natureza modificada: não havia mais vozes dissonantes quando se tratava de es-cravizar indios e de ocupar suas terras. A partir de meados do século XIX, com efeito a cobiça se desloca do trabalho para as terras indígenas. Um século mais tarde, deslocar--se-á novamente: do solo, passará para o subsolo indígena.

CARNEIRO DA CUNHA, Manuela introdução a uma História Indigena, in

(org) História dos indios no Brasil São Paulo: Cia das Letras, 1902, p. 16.

Ao analisar a relação do Estado com os povos indígenas no Brasil, a antropóloga Manuela Carneiro da Cunha afirma a respeito da política indigenista brasileira, abrangendo desde o período colonial até a atualidade, é correto afirmar que:

a) no Brasil, indígenas nunca foram escravizados.

b) as terras dos povos indigenas não foram objeto de esbulho por parte dos colonizadores.

c) a Constituição Federal de 1988 abandonou as metas do indigenismo assi-milacionista e reconheceu o direito originário sobre as terras de ocupação tradicional indigena.

d) a mineração e a exploração de hidroeletricidade em terras indígenas amazónicas proporcionam muitos benefícios aos povos indígenas afetados, inclusive no que diz

respeito à preservação da biodiversidade.

e) as terras indígenas passaram a ser protegidas pelo direito constitucional brasileiro a partir de 1988.

Atividade 1

Vamos analisar dois artigos da nossa Constituição e, a partir dos conhecimentos adquiri. dos e dos questionamentos propostos, realizar uma discussão com os colegas de classe:

CAPÍTULO VIII

DOS ÍNDIOS

Art. 231 - São reconhecidos aos indios sua organização social, costumes, linguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocu-pam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. []

Art. 232 - Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para in-gressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil 03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 6 set. 2024

Pode-se dizer que o entendimento do Estado em relação aos indígenas mudou ao longo do tempo? Como?

De que forma a Constituição de 1988 posiciona os indígenas na sociedade brasileira contemporânea?

1 (UERJ 2022 - Adaptada)

A 14ª Vara Federal de Minas Gerais condenou a União, a Fundação Nacional do Indio (Funai) e o governo do estado por violações dos direitos humanos e civis do povo indígena Krenak, que vive na região do Vale do Rio Doce.

Em 1972, durante a ditadura militar, homens, mulheres e crianças foram expulsos de suas terras pelo governo e obrigados a viver confinados na Fazenda Guarani, per-tencente à Polícia Militar, em Carmésia, a mais de 300 quilômetros de distância de suas terras. A medida teve o objetivo de facilitar a ação de posseiros vizinhos, que tomaram os mais de 4 mil hectares dos indigenas.

A ação do governo brasileiro à época revela a seguinte postura diante de conflitos rurais:

a) contenção violenta da reforma agrária.

b) expropriação arbitrária da comunidade tradicional.

c) redistribuição autoritária da propriedade fundiária.

d) modernização conservadora da estrutura produtiva.

(UFRGS 2018 - Adaptada) Leia o segmento abaixo, do escritor indígena Ailton Krenak.

Os fatos e a história recente dos últimos 500 anos têm indicado que o tempo desse encontro entre as nossas culturas é um tempo que acontece e se repete todo dia. Não houve um encontro entre as culturas dos povos do Ocidente e a cultura do continente americano numa data e num tempo demarcado que pudéssemos chamar de 1500 ou de 1800. Estamos convivendo com esse contato desde sempre.

KRENAK, A. O etemo retorno do encontro. In: NOVAES, A. (org.). A outra margem do Ocidente. São Paulo: Funarte, Companhia das Letras, 1999. р. 25.

Considerando a história indígena no Brasil, a principal ideia contida no segmento é:

a) negação da conquista europeia na América, em 1500.

b) continuidade histórica do contato cultural entre ocidentais e indígenas.

c) ausência de transformação social nas sociedades ameríndias.

d) estagnação social do continente sul-americano após a chegada dos europeus.

Atividade 2

Após ler o trecho a seguir, responda:

Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes. Sigo o destino que me é imposto. [...]

À campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se a dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. [...] Contra a justiça da revisão do salá-rio-mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobras e, mal começa esta a funcionar [...]. Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante [...]. Nada mais vos posso dar, a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida. [] Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.

Getúlio Vargas. Rio de Janeiro, 24 ago. 1954,

Carta-Testamento de Getúlio Vargas. Portal da Câmara dos Deputados Disponível em: https://www2.camara leg.br/atividade-legislativa/plenano/discursos/escrevendohistoria/getulio-vargas/carta-testamento-de-getulio 2024

Por que a politica econômica nacionalista de Vargas enfrentou oposição? Quem seriam os opositores à sua política, que ele menciona na carta-testamento?

Explique a relação entre o texto da carta e o trabalhismo. Qual era a avaliação de Vargas de seu próprio governo?

UNESP) Decretada a extinção da Aliança Nacional Libertadora em 1935, seus membros, os não moderados, organizaram a insurreição comunista que foi abafada pelo Governo Vargas. Assinale a alternativa que apresenta a ação política subse-quente e relacionada com a referida insurreição:

a) a proposta anti-imperialista e antilatifundiária, contida no programa da ANL, foi completamente abandonada.

b) Vargas, em proveito de seus planos ditatoriais, explorou o temor que havia ao comunismo.

c) dois meses após a Intentona, todos os presos politicos que aguardavam julga-mento foram colocados em liberdade.

⚫d) a campanha anticomunista das classes dominantes contribuiu para que Vargas abandonasse seus planos continuístas.

e) os revoltosos só se renderam depois de proclamada a suspensão definitiva do pagamento da dívida externa.

②(ENEM 2021)

Quando Getúlio Vargas se suicidou, em agosto de 1954, o país parecia à beira do caos. Acuado por uma grave crise política, o velho líder preferiu uma bala no peito à humilhação de aceitar uma nova deposição, como a que sofrera em outubro de 1945. Entretanto, ao contrário do que imaginavam os inimigos, ao ruído do estampido não se seguiu o silêncio que cerca a derrota.

REIS FILHO, D. A. O Estado à sombra de Vargas. Nossa História. n. 7, maio 2004.

O evento analisado no texto teve como repercussão imediata na política nacional a

a) reação popular.

b) intervenção militar.

c) abertura democrática.

d) campanha anticomunista.

e) radicalização oposicionista

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