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Fabio
CASO CLÍNICO 2: Bronquite Crônica Identificação do paciente:...
CASO CLÍNICO 2: Bronquite Crônica
Identificação do paciente:
Maria Aparecida dos Santos, 64 anos, feminina, auxiliar de serviços gerais aposentada, natural e
procedente de Recife - PE.
Queixa principal (QP):
“Tosse com catarro há muitos anos e estou ficando muito cansada.”
História da Doença Atual (HDA):
Paciente refere tosse produtiva diária há mais de 10 anos, com expectoração mucoide, principalmente
pela manhã. Há cerca de 2 anos vem apresentando episódios frequentes de exacerbação com piora da
tosse, aumento da produção de secreção e dispneia, especialmente no inverno. Atualmente queixa-se
de dispneia aos pequenos esforços (escala MRC grau 2-3) e relata sensação de fadiga constante.
Refere piora significativa nas últimas 2 semanas, com aumento da secreção, mudança de coloração para
amarelada e febre baixa ocasional.
Antecedentes pessoais:
• Tabagismo: 50 maços/ano (interrompido há 1 ano).
• Ex-tabagista há 1 ano.
• HAS em uso de hidroclorotiazida.
• Internação prévia por exacerbação de DPOC há 1 ano.
• Sem história de asma ou doenças cardíacas.
História familiar:
Pai tabagista faleceu de insuficiência respiratória; mãe hipertensa.
Exame físico:
• Estado geral: regular, em uso de oxigênio nasal intermitente.
• Pulso: 88 bpm | PA: 125/80 mmHg | FR: 22 irpm | SpO₂: 91% em ar ambiente.
• Tórax: expansibilidade diminuída, sem tiragem.
• Percussão: som claro pulmonar, sem macicez.
• Ausculta: roncos e sibilos difusos bilaterais, murmúrio vesicular preservado.
• Presença de expectoração espessa e amarelada ao tossir.
Exames complementares:
- Espirometria:
• VEF1/CVF = 58%
• VEF1 = 48% do previsto
→ Obstrução ventilatória moderada (GOLD 2)
- Gasometria arterial:
• pH: 7,36
• PaO₂: 63 mmHg
• PaCO₂: 44 mmHg
• HCO₃⁻: 26 mmol/L
• Sat. O₂: 91%
- Hemograma:
• Leucócitos: 12.000/mm³ (leve leucocitose com neutrofilia)
• PCR: 18 mg/L (elevada) → Sugerem processo infeccioso
- Radiografia de tórax:
• Aumento da trama broncovascular
• Espessamento peribrônquico
• Sem sinais de consolidação
- Cultura de escarro (em andamento)
Conduta e Tratamento:
- Medidas gerais:
• Suspensão definitiva do tabagismo (reforço e suporte psicológico)
• Vacinação: Influenza anual e Pneumocócica 23V e 13V
• Reabilitação pulmonar e orientação sobre fisioterapia respiratória
- Tratamento farmacológico:
Manutenção:
• Broncodilatador de longa ação (LAMA): Tiotrópio inalatório, 1x/dia
• Broncodilatador de longa ação beta-2 (LABA): Formoterol 2x/dia
• Corticoide inalatório: Budesonida associada ao LABA
• Mucolítico/expectorante: N-acetilcisteína 600mg, 2x/dia
Crises agudas (exacerbações):
• Antibiótico empírico (dado o escarro purulento e febre): Amoxicilina + Clavulanato 875/125 mg
8/8h por 7-10 dias
• Corticoide sistêmico (curto prazo): Prednisona 40 mg/dia por 5 dias
• Broncodilatador de resgate: Salbutamol spray 2 jatos se necessário
Monitoramento e Seguimento:
• Acompanhamento ambulatorial mensal durante os primeiros 6 meses
• Repetição de espirometria após melhora da fase aguda
• Avaliação de qualidade de vida (CAT Score, mMRC)
• Avaliação nutricional e suporte psicossocial
EXPLIQUE O CASO CLÍNICO E PRESCREVA UM TRATAMENTO MEDICAMENTOSO E ORIENTAÇÕES FARMACÊUTICAS
CASO CLÍNICO 2: Bronquite Crônica Identificação do paciente: Maria Aparecida dos Santos, 64 anos, feminina, auxiliar de serviços gerais aposentada, natural e procedente de Recife - PE. Queixa principal (QP): “Tosse com catarro há muitos anos e estou ficando muito cansada.” História da Doença Atual (HDA): Paciente refere tosse produtiva diária há mais de 10 anos, com expectoração mucoide, principalmente pela manhã. Há cerca de 2 anos vem apresentando episódios frequentes de exacerbação com piora da tosse, aumento da produção de secreção e dispneia, especialmente no inverno. Atualmente queixa-se de dispneia aos pequenos esforços (escala MRC grau 2-3) e relata sensação de fadiga constante. Refere piora significativa nas últimas 2 semanas, com aumento da secreção, mudança de coloração para amarelada e febre baixa ocasional. Antecedentes pessoais: • Tabagismo: 50 maços/ano (interrompido há 1 ano). • Ex-tabagista há 1 ano. • HAS em uso de hidroclorotiazida. • Internação prévia por exacerbação de DPOC há 1 ano. • Sem história de asma ou doenças cardíacas. História familiar: Pai tabagista faleceu de insuficiência respiratória; mãe hipertensa. Exame físico: • Estado geral: regular, em uso de oxigênio nasal intermitente. • Pulso: 88 bpm | PA: 125/80 mmHg | FR: 22 irpm | SpO₂: 91% em ar ambiente. • Tórax: expansibilidade diminuída, sem tiragem. • Percussão: som claro pulmonar, sem macicez. • Ausculta: roncos e sibilos difusos bilaterais, murmúrio vesicular preservado. • Presença de expectoração espessa e amarelada ao tossir. Exames complementares:
- Espirometria: • VEF1/CVF = 58% • VEF1 = 48% do previsto → Obstrução ventilatória moderada (GOLD 2)
- Gasometria arterial: • pH: 7,36 • PaO₂: 63 mmHg • PaCO₂: 44 mmHg • HCO₃⁻: 26 mmol/L • Sat. O₂: 91%
- Hemograma: • Leucócitos: 12.000/mm³ (leve leucocitose com neutrofilia) • PCR: 18 mg/L (elevada) → Sugerem processo infeccioso
- Radiografia de tórax: • Aumento da trama broncovascular • Espessamento peribrônquico • Sem sinais de consolidação
- Cultura de escarro (em andamento) Conduta e Tratamento:
- Medidas gerais: • Suspensão definitiva do tabagismo (reforço e suporte psicológico) • Vacinação: Influenza anual e Pneumocócica 23V e 13V • Reabilitação pulmonar e orientação sobre fisioterapia respiratória
- Tratamento farmacológico: Manutenção: • Broncodilatador de longa ação (LAMA): Tiotrópio inalatório, 1x/dia • Broncodilatador de longa ação beta-2 (LABA): Formoterol 2x/dia • Corticoide inalatório: Budesonida associada ao LABA • Mucolítico/expectorante: N-acetilcisteína 600mg, 2x/dia Crises agudas (exacerbações): • Antibiótico empírico (dado o escarro purulento e febre): Amoxicilina + Clavulanato 875/125 mg 8/8h por 7-10 dias • Corticoide sistêmico (curto prazo): Prednisona 40 mg/dia por 5 dias • Broncodilatador de resgate: Salbutamol spray 2 jatos se necessário Monitoramento e Seguimento: • Acompanhamento ambulatorial mensal durante os primeiros 6 meses • Repetição de espirometria após melhora da fase aguda • Avaliação de qualidade de vida (CAT Score, mMRC) • Avaliação nutricional e suporte psicossocial EXPLIQUE O CASO CLÍNICO E PRESCREVA UM TRATAMENTO MEDICAMENTOSO E ORIENTAÇÕES FARMACÊUTICAS