COLÔNIAS GREGAS
A colonização grega, iniciada no século 8 a.C., foi motivada pela escassez de terras, aumento populacional e preconceito social. Grupos de excluídos e aventureiros, liderados por chefes, estabeleceram apoikia, assentamentos permanentes voltados para a produção agrícola, diferenciando dos empórios, centrados no comércio (Cardoso, 1990, p. 24).
As apoikia, fundadas em regiões litorâneas, eram organizadas por metrópoles que enviavam um oikistés. Inicialmente, as terras eram divididas igualmente, mas novas levas de migrantes provocaram redistribuições. Em algumas cidades, os sorteios obrigavam os cidadãos a partir, sob pena de morte ou confisco de bens. Os voluntários também integravam essas expedições (Cardoso, 1990, p. 24-25).
Os assentamentos gregos espalharam-se pela Sicília, sul da Itália, norte da África e mar Negro. Cidades como Siracusa emigrarem como polos comerciais, fortalecendo o comércio marítimo e a produção artesanal, especialmente de armas e cerâmicas. A introdução da moeda facilitou trocas e especificidades à vida econômica e política, conectando as colônias à difusão cultural grega (Guarinello, 2013, p. 63).